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Ensalos sobre Economia Politica Moderna: ia do pensamento econdmico ricardo tolipan ¢ joaquim de andrade wandyr hagge * carlos magno lopes maria de lourdes rollemberg mollo J040 heraldo lima * mauro boianovsky edward j. amadeo « martin bes mario luiz possas + joao sabdia fernando cardin de carvalho jonas zoninsein Wy eo Rte eto Centro de Teoria Econémica ~ CETE Apoio Financeic: Fundagao Banco do Brasil me & FUNDAMENTOS DA ESCOLA POS-KEYNESIANA’ ‘A TEORIA DE UMA ECONOMIA MONETARIA Femando J. Cardin de Carvalho" |. ANTECEDENTES Aescola pés-keynesiana nasceu da crfica & teoria econmica cl lada por Keynes principalmente nos anos 30. De acordo com Keynes, dos da teoria cldssica sfo aplicéveis apenas a um caso especial re que as caracterlsicas do caso especial assumido ssica néo so aq las da sociedade econdmica em que (Keynes; 1964, A teoria cléssica era acusada de ser ‘graciosas e polidas técnicas ue tentam lidar com 0 presente abstraindo-se do fato de que saberios muito pouco Sobre o futuro" (Keynes; 1973, XIV, p. 118). Em contraste, segundo Keynes, “na ver- dade, porém, temos, em regra, apenas a mais vaga idéia de qualsquer conseqién- cas de nossos atos que ndio sejam as mals diretas” (i. Por esta raza0, 05 atores econémicos devem tomar decisbes e implementar planos apoiados em expec {ativas que sabem incertas e, assim, passiveis de desapontamentos. Em face da pos- sibiltade da falha de julgamento, do erro de decis6es, 0 agente econdmico “racional” adota estratégias delensivas, que pareceriam desprovidas de sentido em situacces diversas, mas que servem para astabelacer uma linha de retaguarda, de contoneao de danos, se e quando © desapontamento sobrevier. Na economia de Keynes, com: posterior inutimente detensivos ou excessivae um novo objeto para a teora econémica que Keynes vai tabalar na tansisio e seu Tratado sobre a Moeda para a Teoria Geral das Empreoo, Juros © Mocda". Isto consitul um dos objtos cenirats dos rascunhos da Teoria Geral proparados fem 1992 6 1933, bem como de sous textos para aulas om Camorcigo. ‘principal raqueze da teoiacléssica sera sua tora do acumuiagdo do quo 2a, Nas palavras de Keynes, "0 fato de quo nosso conhecimento do futuro 6 fut, ago @ ncerto toma ariqueza um assunto pariularmentainadequado pare os mélo- 49s da tora econtrica cléssica" (Keynes; 1973, XIV, p. 119) nesta alvdade quo 2 incerieza se mostra mais iniensa, om faco do horizonte das decisées envelides €, por esta azo, comporiamentos inaxpicdvels poa eoracldssice omevgem © po- dem até mesmo dorinar aqueles prevstes por ela. A incertoza era demand por 8e- guranga, 0 que neste contort sigitice texiiicade para adplar estralgias om Tac + Prolessor dos Dopartamentos de Economia da Universidade Feder Flurinense e da Universidade Federal do Fio ce Jano, 9 de imprevisios. On 0 individuo (tira ou cons (908, riqueza em forma abs ‘arte em bases razodvels, parte instintivas, nosso desejo de reter mooda coma reserva de valor & umb aréme de ‘nossa desconfianca em nossos prbprios célculos @ convencdes reterentes ao full 10" (it, p. 116), ‘A consideracéo de novos papéis para a moeda (ou novas raz6es para compor= famentos observados que fossem incompatl “tevolucéo" que o préprio Keynes esporava causar no problemas econémicos Jo Se Ocupava entéo era o desenvolvimento ‘8 moeda, no curto como no lango perio 'ago da teovia cléssica (Keynes, 1973, XI A escola pbs-keynesiana se propde a desenvolver 0 concelto de econo ‘etéria proposto por Keynes nos trabalhos produzidos em lorno da Teoria Ge @canamia monetéria no se define apenas pela presenca de moeda, mas pola no- nneutralidace da moeda, no curlo como no longo perfodo (idem). Como para Keynes, ara os pés-keynesianos a tarela € 0 desenvolvimento de instrumentos de andliso (ue substanciem a viséo de Keynes da uma economia moneléria. A ertica & teoria cldssica néo é, assim, imanente, mas externa. Nao se busca formas altemativas de 628 a seus postulados, t@ & escola ortodoxa, fago ern comum, porém, pelo conceito de econc- igo pbs-keynesiana® co- le sobre 0s quais pode- dado 0 cardter essen mia monetétia. Hyman Minsky, por exemy ‘mo significando que “Keynes nos dé os om mos nos apoiar para ver mais lange e de modo mais aprol Cial de economies capitaistas avangadas... 0 aspecto essenclel da Teoria Gerar de Keynes 6 uma profunda andlise do como as forgas financeir ragem com duo € 0 consumo para determinar 0 produto, 0 emprego e os pracos (Minsk; . 100). Outro dos principals autores da escola pds-keynesiana escreveu: “A la de mercados © contratos temporalmente relacionados para operagao e pagemantos moneirios & a esséncia de uma economia monetaria, pois & bésico para 0 conceito de juidez em um quacro temporal, dada a unidade de salério monetério G05 resultante, & 0 fundamento da revolugéo de Keynes” (Davidson; 12 um gig ue se segue, o conceito de economia monetéria val ser utiizado como fio {da apresentagéo dos fundamentos da escola pés-keynesiana. Na seco se- 'sculifemos 0 conceito de economia monotéria e suas caracteristicas. Em mostraremos como se dé a consirugao da teorla do emprego e o modo po ‘adindmica destas economias é descrita. Finalmente alguns problemas importan: 18s para o desenvolvimento da teoria séo abordados. UL A ECONOMIA MONETARIA riodoxa que Keynes erticou admitia a moeda apenas como um véut \'mocda seria apenas um "meio convenionte de efetuar trocas” sem “afetat a natura. za essencial da transagao, enquanto uma |felta] entre colsas reais, na mente dos que 2 oparam, ou [som modiicar os motivos @ decis6es das partes envolvidas” (Keyn0s; 1973, Xill p. 408). Neste tipo de economia, os fatores podem ser contratados em di- ‘nhsiro “mas hd um mecanismo de algum tipo que garante que o val rendas monelérias dos fatores & sempre igual no agregado 2& pro corrente que teria sido @ parcela do fator numa econo ‘economia om quo 0 produto fosse distribuldo em espécio| cictonal do sistema de p ‘até que 08 pregos de mer modelo comporta mesmo a ndo-net igdes A velocidade de di do sor mera conveniéncia tomp¢ i @ 6, em resumo, um dos falores operativos na situacao, de modo que 0 curso dos eventos nao pode ser precio, soja no longo period coma no curto, sem um conh mento do comportamento da moeda entre o primeiro estado e o iiimo” (Keynes; ipo de economia (que Keynes chamara alternativarmente 1 “economia do salé-" de uma economia monetiia fol empro- pouce sistemética em textos e rascunhos da Teoria Go- Essa forma de organizacao, porém, pat de Keynes com 0 quadto ortadoxo dentro do qual a teoria léssica e neocléssica tinha 50 movida. Na versdo final, ruptura 6 de certo modo atenuada, talvez tar a acertacao do nova mor € apenas em 1937, em resposta a criticos, que Keynes parece ter-se decidido a rnalmente radicalizar 0 debate, recolocando-o nos caminhs propostos nas versdes da Teoria Para o que se segue, porém, estas marchas @ o Chas fazem com que uma caractetizago mais completa de uma economia monetara | demande estargo significative de sistoralizacio. Por esla raziio, nesta Sogo apr sentaremos as caractersticas de, conceito de economia monetéria de moxi Keynes apresentou 0 conceito de economia monetéia de mocos dis complementares, em ocasides distintas sem so fixar aspecto m curto e longo perfod >, mais do que tempor ve ge ' coniraste, os agentes podem decidir com mats iber= (iat, nora ji ndo m presos a herangas do pasado, representadas po. Teese de capil x apenas no longo petfodo seria possi. "el obler equilfrio pleno, em que proferéncias & idades se harmonizessem 2 parodo s6 pocl we valvels monléis no aleve apenas docsbes do eae bes pins a posio de ea de ong perade tee Seta dosventar a condeos ennis a fluéncia, Em outras paldvras, como deve ser uma ecx 7 Pode ter esta in- sonomia em que a moeda possa os escritos de Keynes, esta economia se define a parr de cinco "a. las Com o fim de venda em mercado; 2, 0 do segundo @ classe de agentes; 3. néo empo fui uniirecionalmente; 5. a moe ferenciam de outros objelos de transacao, existom mecanismos de pré-concil a tom certas propriadades que a 1. Axioma da Produgao Na economia de Keynes, 08 6 Agente tim que produ mercedoas antes Poder consumi-las ou acumt Comer ty eee Mente ado. Na teoria ortodoxa, as frmas nao tem existéncia firma 6 na verdade a fungao de produgéo, a lulos em relagdes definidas tecnologicamer ‘ass firma é uma insituiggo, @ ndo apenas a descricéo de uma tScnioa, nrome nestes casos a tima no tem personalidade propria, Seus ma. °F Ge SeuS proprietéios ou OS de seus gorentes. As “est aly 5or estas instituiebes 20 aquelas que maximizam a salistagdo tendo suas preferén- firme é apenas um ins- 'Na economia monetitia de K odo um agente de plano cireito, opr 7% no esta subordinado ao primeira, Para Keynes, embora a produgéo se destine “em consumo, sua organizagao obedece a motives mals i ua forma meis ger Nas palavas de Keynes: Eta nao tem qualquer of comegou. Esta 6 a cara XXIX, p, 89). Nao 6 cerlamente um acidente que ao apresentar estas id ica abservagéo lavordvel a Marx conhecida em seus ma no busca a utiidade de bens especiicos mas ‘empresario esta interessado nao na quantidade de produto, mas na quantide- de de dinheiro que he caberd. Ele s6 aumentaré a producéo se ao fazé-lo ele espe- rar eumentar seu lucro monetatio,n lucro representar uma qui {de produto menor do que antes" fp. 62). A firma aplica para obtor mais dinheit, Em conseqiiéncia, com este “axioma" Keynes esta introduzindo um agente c Ja Tungao objetivo nao se med em tetmos “nominais", mas sedetine em termos "in0- elérios™*. Na monetéria envolvida na alitmagao de que a fima que esta: belace sous objetivos em termos de bens produzidas ao invés de rendas monet No correspond 2s ja empresar o, Acumular dinheiroé oobjetvo “real das fimnas que operam nunna economia monetéria. 2. Axioma da Decisdo Nesta economia consiituida de empresérios ou fimas e trabalhadores, com 03 primeitos buscando a acumulagéo de dinhelro © os segundos a obengéo de bens: {de consumo, o poder de deciséo sobre 0s processos econémicos nao é cistibuldo, e forma iqualitia, Na verdade, as decisoes empresatiais so as que regem a opera porque elas detém os meios com os quais a avid ja: “Concebemos a organizagdo econémica da socieday Por um lado, de um conjunto de firmas ou empresérins que pos ‘suem 0 equipamanto de capi ‘980 de uma economia mon de produtiva pode ser excedam os custos itens em temos de AAs lirmas tém 0 poder de decisao d ‘que nostas economias 0 capital 6 "escasso”(Keynes, 1964,’ 2 208 trabalhadores. A escassez pormite eos empresarios nao aper a" (ou uma *quase-renda” na terminologia de Marsh a8 allernativas existentes, quando e onde se uliizar 0 capital. Deste modo, em conseqiéncia destes dois axiomas, da produgéo e da decisdo, temos que na economia monetatia néo apenas existe um agente cvjes preferéncias ‘do estabelecidas em termos monetérios sem que isso represente qualquer forma de iluso monetéria, como também s20 estes agentes que dominam a operagéo da economia. S80 as decisdes dos empresérios que doterminam o rimo ¢ a estrutura da alividade produtiva, o que equivale a dizer que @ a dnamica da economia como de multpicacao de Yeonst- de produgao por \acossivel assim ‘obler uma “ren moneléria. OCOnsU 0 fim imediato das firmas em “tazer dinhelto loa da I Em uma econorni lelerinada do produto le esperado, seja em aspécie seja om termas de algo que tenha um valor de Cambio igual aquole da parcela predeterminada” (idem, p. 77), No madelo de economia cooperativa, concabido pela economia cléssica, os fa- fecebem em produlo ou em algo cuja conversdo em produto est4 garantida a Se algum intermediétio de trocas, um meio de citculagso, este no se iudo se passa como se a distribui¢go do produlo se desse dlretamente meni en pre do ur mode exer os fataes co lazer do aema, ra conalegaoe egos, una cat do quo dan converts ra monet pagemonto em med por sp enagdo ene prowugto © Consumo 86 posse se oar @ pesto tuo, otto, na madam uo pours anloceda consumo, tena do sor dcdlca base Ge execaves en tee, comences”povirert celina. Na ecororsa sia a produto também & um proceso queso dosnrla no tompo.e conaagbes om delet abromo espayo pra expecta & ste portamerios. Tambsm aa os products tam de omar 0s makores expeclaras em cam relao eo gue os consumdates corde prepaathspars pape stvoron! pon] Poa supe [bene (Keynes, 16% p 0) Ne eran vas ost conexto&¢ podem sda em os da ot cop sara an, Asomgcu tacoranda sa pote ta Cn a ja outa, A ualdade ore esd parent pb ‘que a renda gerada e dist a causa. satemente estével pa ;curs05, sem que O ni para precos e alocagé daqueles recursos se Na economia mon igd0 de renda também so foitas em termos monetérios. Também aqui os produlores precisam formar suas me- thores expectativas de modo a oriantar suas decisées de produgao (e, a fortiori, de investimento). Mas 08 desapontamentos a que estio sujelos no sao apenas de or a contratagao @ a di ‘dom setorial. A vorticagdo de perdas om algumas ficagdo de ganhos oxtraordindrios em outras, que si do recursos. Em contraste com econ estdo sujeltas a futuagdes de der ‘moede em termos da qual os falores de produgao so remunerado: produto que eles esto sendo pagos para produzir .. Este & 0 ‘caso porque € caracterfstico de bens acabados, que nao S40 consumides nem usa- dos, mas manlidos em estoque, que incoirem em substancials custos de retencdo ~ pelo armazenamento, ‘modo que eles rendam um retorno ne ‘gativo enquanto sei rém, $20 reduzidas a um minimo ten [Em outras palavras, em ecchomias monetarias, nada hd que garanta que desa- pontamentos de expectativas gerem um proceSso dé gravitagao em torno de um pon- to fixo de alocagao de recursos. Em suma, a contratago de fatores por dinhelro por si implica que demandan- tes de bens finais no precisem informar de antemao as tirmas como pretendem gas- tar suas rendas. A existéncia de moai a de trocas, meio de circulagao © pagamen'os, assim, & suliciente para caracterizar um problema de coordenagéo de aividades’. Em uma economia monetéria, o problema & agravado pela inexisténcia de mecanis- ‘mos que garantam que a renda monetéria seré gasta em sua totaldade. A moeda estas economias néo é apenas um moio de cit ia & também um objeto de retonedo. Os detentores de moeda nao tém que def jue a gastardo, nem quan do, Mais importante do que desecullbrios setoriels so deficiéncias de demanda efelt- vva que realmente ameagam as economias moneté 4, Axioma da Irreversibiidade do Tempo e da Incerteza elo axiomna anterior, abriu-se 0 espago pare a inlrodugéo de expectativas na eciséo de Iniciar um processo de produgao. Isto se dé porque na teoria monelaia {a produgao reconhece-se, por umn lado, a tomporalidade deste proceso, ou seje, ‘que ele se desdobra em tempo rel, @, por outro, que o méye! da atvidade, a produ- ‘G80 com lucro, s6 se revela ao final do processo, o que equivale a dizer que o ele- | ‘mento fundamental de informago para a deciséo de produzir s6 se revela depois que a decisdo foi tomada e implementaca. (© que confere especial importéncia &s expectativas na opt 6 @ proposigéo de que o tempo 6 unidiecio define como posigdes de eq ‘de modelos que proponham c vitagao *. Em seus termos mais simples, esta proposigéo & a de que nfo ha reversio de planos e processos sem custos em uma economia monetétia. O conhiecimento isto in luencia a tomada de decisdes polos agentes que sabem também que o que dispSem.no momento da dacsao s20 conjacturas e nao infomagées. A insuticiéncia, informagSes nao & um problema de custos de pesquisa, mas sim de inexisténoia lum conjunto completo de dados que permitisse aos agentes tomar a deciséo que mesmo tempo fosse a melhor para si mas fosse também consistente com a8 Jo- 3588 dos outros agentes. Apenas cumprindo estes dois requisites 0 equillyio seria angado e desapontamentos de expectativas (com os custos a eles assoclados) iam climinados. Como mostrou Shackle, fa auséncia de mecanismos, ex- ro dos walrasianos, ou um GOS- possives. Isto porque para cada somo parte do contexto os planos 880 dados, sendo também condi Numa economia mor 28 outros agentes. Estes planos, poréin, ais aos planos de outras e assim por dia tenlo destes condicionantes 6 requerimen Este 6 0 significado de incerteza em Keynes e pbs-Keynesiano: possibildade de determinacao a prior’ do quadro relevante de inluéncias que ai ‘a decisdo de se implemen lino pen 89 obama ln 9 revit sep ia oo i, corse coms cre ras a 6 crucial no modelo pés-keynesiano, pois em uma eco- 1am a dar “iquidez" a objetos estas economias que seriam i ia de Keynes, 0 conceito de comportamento cont za (Koynes; 1964, pp. ). A preteréncia pela Naturalmente, nem toda deciso enfrenta graus iguais de incerteza, 1 ‘es om que 0 contexto em que uma atividade deve se desenrolar é sui ‘estdvel, ¢ a propria atvidade suticientemente ropeltiva para que o a) ossivel e a incerteza contida em inlervalos pouco relevantes. A at ‘do seria um destes processos para os quais a incerteza cit anle pequena (Keynes; 1964, p. 51; 1973, Xi iualmente impossivel levar em conta as mditiplas infuéncias que podem lano se implementa. A alividade néo é sulicientemente repe- ¥@ Para que possa realmente aprencier da expariéncia. Ainda mais impor 0 de alivos do capi crucial": aquela que ao sor implementada modifica zando qualquer nogéo de reversibildace (Shackle; Portanto, que @ incerteza ‘extrema precariedade da bas ‘omos prospectivos tém de ser 8. NOSSO conlrecimento dos fatores que govt ‘0 0 rendimento de um investimento daqui a alguns anos é usuaimente muito pe ano € geraimente negligivel” (Keynes; 1964, p. 149). Neste caso, Portante que @ canje ra pode sor 0 grau de «% de compensar 0 perigo de que as expect incorretas, os agentes buscardo a allernativa representada pelos ativos feguranga compensa seu menor rendimento, Em economias monet turo mais ‘@ moeda se torna um aivo, um pela demanda dos detentores de rqueza. A compra d te de umesquema de escolha de alivos para a acum ‘os prospectives tém de pelo menos se igualar 20 val ‘queza_confram.& segurenga proporcionada pela posse de ativos llquldos (oem, | pp. 212-18), 5. Axioma das Propriedades da Moeda ‘A moeda existente em economies monetiras & caractarizada por duas proprie= dades fundamentais: a nula ou negliglvel elasticidade de producao e a nula ou neglig- velelasticidade de substiuigao (Keynes; 1964, .230; Davidson, 1978a, cap. 6, p. 220) Na viséo de Keynes e de pos-ke 10S, a fung&o essencial da moeda 6 @ de servit como unidace de conta para a realizagdo de contrates. Segundo Keynes, pBsiios socias e econdmicos mais ‘que importa 6 a moe- ois 6 a moede-de-co alos @ obigagies con (Keynes; 1982, XXVIl,p. 252). Ou, “a inrodugo de uma moade, em tormos da qual empréstimos e contralos com um elemento temporal podem set expres ‘808, € 0 que realmente muda 0 status econdmico de uma sociedade primitiva” (idem, . 255). No pri de Tre escreveu que " 0 poder de compra em geral so expressos, é 0 concollo primario de moeda” (Key- nes; 1971, V, p. 3). A impartancia das contrat denominados em moede na detnigao de uma eco ‘nomia monetéia Se deve a que a "[produgéo toma tempo e, assim, em uma econo- ‘mia ofentada por meroados, a m dela de fimmas independentes envolue contatos f ser consiserados como 0 meio pelo qual os empresdros om um conlexto de ™merca- dos lvres'tenla manter salaries e pregos sob contiole.” (Davidson; 19780, pp. 87, 60). ‘A mosda-ce-conta 6 uma unidade do medida e néo tem existéncia palpével Mas i um objeto que a representa cujo papel é, de qualquer mado, subordinado @ seu pepe de medida: "A moeda em aquela que por cua entrega contatos mma uma reserva de poder de com- ago com a moada-ée-conta,da- ‘ser expressos em termos desta dima... do term, s6 pode exisir em relagao a Ccontratos futuros podem Sendo a unidade em que contra obra, sao fixados, 0 ‘sto 6, por sua ve 1. A Deciséo de Investir 'niciamos 0 pertodo de andlise em um ponto do tempo ne ficar contexto material dentro do qual esta economia dever Este contexto compreende varios elementos, como a dispor da forea de trabalho, o grau de compeligéo, as preferéncias dos consumidores, Das elementos serdo especialmente importantes neste ponto de partida: os esteqa 08 ativos, de capita, financeiros @ monetérios, e 0 estado de expect igo preconizadas de longo termo, representadas pelas conjecturas a respeito das condigées futuras elevado em larga ‘Ros mercados de ativos e pelo grau de confianca nestas conjecturas, que suporemos fixos contratos nesta unidade fo &, porque so gralados contratos na mocda-der Conia, emerge uma ancora segura onde estabilzar aquelas expectalivas, Urs cove Wiuoso se estabelece sustentando a “viscosidade” dos pregos monetétios, E neste contexto que as elaslcades do produgdo e sub or Keynes assumem sentido, O prémio de lquder ca meens medida porque os agents sua no antecipam que sua oferta possa ser le excessiva relativa a outios bens e alivos ameacada O estado de expectativas de longo termo a respelio dos rendimentos dos diver-) G2 Gita em dina andkse 6 o que ita as expectaivas do poder de compra 508 alivos néo coincide necessariamente com aquela colecéo de ox da unidade monetéria. vels nao Iém poder comparavel para ancorar das que foram responsdveis, i € nfo tém, porta to de fquidez compardvel & moeda cujas elas Vel de cada um no infcio do perlodo. Vamos efelivamente supor que nove Cos eProducto e substuico sejam bales (Keynes; 1964, p 299, 2s 9°9, 8, Por exemple, cue em fungan do XXIK, pp. 85-6), progresso técnico, de alguma inovag: imontos esperacios da aquisi¢go de ina. 5 | equipamentos de capital real se olevar \ sean oe Dada osia mudanga de oxpect ‘acordo com Keynes, todo ativo @ caracterizado pola presonga de um conjunto de at Dutos que definem qual serd sua taxa de retorno medida em termos monetérios | nes; 1964, cap. 1/; 1973, XIV, pp. 101-8). Estes atrulos sao qualro: a taxa de re ‘esperados pela posse ou uso destes ativos, na forma de flixos de rendas, ius, cvidendos, aluguéis, etc, como proporedo do prego de mercado = QIPC); 0 custo do retengao destes alivos, lambém como propor. {0 do valor de mercado do item (¢ = C/PC); uma deduodo de ilquide2", represen {ada pox uma proporcgo do velor do ativo, que mega a ciiculdade de cisposigao da. quale item em caso de necessidade de mudanca de portéio (r=1PC/PC), a taxe de | Vealorizagao esperada No final do perfodo, em termos da unidade monetéra cullbrada de uma economia monetiria de produgéo coo a aconcia so adap a ea? ‘de medida para contratos, A limitagao & poss do pet songa de um Sorin dea 1940 20 poder de compra ia de manutengdo de rqueza ‘as sto inelésticas, eventuais ica da economia. Se aque: luacao de elevada instabi No afetarao a organizagao lado, fossom elevadas, jeita a deticiéncias clas dos datento- ‘mou de taxa pr idos, entre os quais da estado de exp nada disponivel po {quatro Componentes, a-4q-c-r, nos dé o que Keynes cha- fs do ativo, medindo seus relomos esperados totais. Ca- ‘aS compreonde valores especilicos para 08 pregos espera dos no futuro (PE), rendimentos esperados (Q), custos de 8 + €m lace dos progos dos ativos nos mercados existentes, farz0 com lesmodtiquem seus portidios de modo. maximizar seus rotornos esperatos. Caso as expectativas de retoinos criem uma demanda de alivos, aos prosos \igentes iniciamente, diversa dos estoques dispaniveis, 0s precos de mercado subi Bo 6 aqueles ativos de malar procure, enquanio SUS precos rebaixados alé que seus retor- Il INVESTIMENTO & EMPREGO No exemplo em discusséo, 0 tado de expectativas indica que os lueros Prospectvos co investimento em capital real foram aumentados, ou see, Q € agora ‘maior para bens de capital. Se nosso ponto de partida era uma situaga todos os ativos estavam cia de apenas dois ati ak-takeck-rh=0 E possivel conceber vérias formas de se operacionalizer o c monotéria que tenha as caracte 3oola pés-keynesiana, autores spoctos formais. A operacai ‘como se sague. ora supera seus riscos. A demanda ela 0s pragos dos itens existentes, até que a alta 05 oferecides por este ativo, ‘ak , principalmente,q'k s80 reduzidos e uma no. Yor bens do capital subi 'e pregos seja suticiente ‘0 Subir PC (os pregas cor ‘algualdade se estabelece. Porém, o que houve foi apenas uma reavaliagdo dos estoques “ase d@ cada item, estabelecendo-se o valor corranta de bons de capt ot oe ‘el superior ao anter Ufo que 0 prego de reprodugéo (ou seja, 0 preco de oferla de bons de capital) do ativo seja igual ao sou prego esperad ne ©, @ equagéo (2) acima equivale a PEK-PCK + QK-Ck > rkPCk ‘ Rearranjando os termos, POK-PEK > Ok - (Ck + rkPCK) “ 2 nove equiltoro sera PCK-PEk = Ok (Ck + rkPCk) ) $e © lucto esperado no periodo supera seus custos e riscos, a diferenca da va @ indica que estes alivos esto em periodo de excesso de de, eS esto dispostos a pagar por eles mais do que cuslam ree otuzit. Esta situacdo, que Keynes chamou de backwardation, @ situacao cate camnegstimentos 880 postivos (equivale & situapao em que a fienele eee ‘al do capital € superior & taxa de juros relevant ’prémio” para aqueles que c 0 invés de esperar pela nova prod thar pola operagao imediata do ativo, Frauento hd este excesso de demanda, hi novas ordens de alivos #86 cessarao se houver rendimentos deot Sugere Keynes na Teoria Geral) ou sky, mu 00s ‘daptagdo do principio do risco crescente, 2.0 Multpicador A redlzacio de investimenios aumenta o estoque de atives disponivel. Néo Auzidisio a um excesso de oferta que reverta o impulso iiea!? A resposta de nes 6 negative. Numa economia monetéra, uma decisao dos empresérios, das rea g ameniar seu equipamonto de capital mplca aumentar © amprege nese ‘Bhar 9 genPeclatva de vendas destes equipamentos quo indus cove oseares ‘lar © emprego. Ao fazer Isto, permilo-se aos novos omprogados ereery os gar, 22 bens de consume que nao existria de ouo modo, Ere lace sees expan oo cemanda por bens de consumo, os produlores deste selor exoraran ay “lo nlvel de emprego de modo a satisfazor a procura. Os Tecém-empregados no de recebida que G0 de riqueza. Esta {ada por algum ativo e, portant, o proceso de expansfo induzido pel ‘airbém expandam seusgastos. mente, curar para sempre. De ‘quando a renda dos consumidores se expande, suas despesas Se expandem, mas nao no mesmo oF Isto, a cada ro- domanda 6 m tA pate da randa onsumo se lorna poupanca, acumulae alguma forma, tom de ser oupanea tem que assur imonto) fel amin u process de xpansto ca demandn or ats, esata la nova poupanga, Na verdade, pelo principio do estas duas grandazas seriam iguais, isto 6, o mi final de sua operaco a poupanca desejada (e verilica iodo © processo. que dot Seos detentor mercado, Inelizmen de poupanga e invest ores podem néo ser uas coisas pode acontecer (ou uma cor ‘manda para alguns alivos @ exces: leréo de mover-se de ides financeiros que absor emitréo obrigacoes 08 pregos dos ativos Completo, com a nova avaliagao dos ativos plenamante vi icador, Keynes \desta nova poupanga desejassem os mesmos aivos cuja ofer- ido © processo muliplicador se completasst iada pelo Néo ha nada que garanta este resullado. Os velores giobais ‘do iguals, mas os ativos desejados pelos novos poupa. eles que foram recentemente ciiados. Neste caso, uma de | 1980 delas): a. haverd excesso de do- Para outros, € seus progos correntes ». serdo crados interme 'S 40 mesmo tempo em que 'smOS para satistazer aos poupadores; neste caso, 0 sofrer nenhuma mudanga signifcativa, tal modo ni io precis WV. CONCLUSAO No modelo pés- {6a operagao teal da economia néo pode de mode ua operacdi inancei a um sistema em que a moeda tem um papel do. Keynes jé havia advertido que "a idéia c 1502s hipotéticas de uma economia de ‘as.con ‘mig monet roblem: -Keynesiano, sequindo os passos de Keynes, a compreenséo A moeda 6 um fetor “ a ido por . 410). Portanto, as Keynesianos” no quadro das teorias eléssicas 6 neoots. ‘a pos-keynesianos, um esforca init. A divergéncia esté nos Imus fundamentals adolados por cada escola e néo nas qualiicagdes que susten conelusBes parlculares. Keynos supunha esiarrevolucionands o modo polo quel sto Eeteados brobamas econémicos modernos, néo por proposigdes especticas ¢ ai Kepncae’ Pela forma quo suas proposigoos ivescem assumido, Para a escola pos, Keynesiana, Keynes Sua tareta é concrat inha ‘240 em demandar uma nova abordagem da economia. & horas (uma scuoso mals dethada da tansigdo do Treatise on Money pata a Genorat Theory, vela-se Carvaio (1967). Com perspective enfases dersas, vojase Ades (1900) a dlsoussoas ies mas nBo confitanes com 0 que $0 segue, veja-se Besrora (0905) © Dias (1984; 198 ‘ortodoxa de nossos mais preciso de suas caractarstoas, 6. Fara signticagao da dlstnedo ante “nominal” ¢ "nonest ‘5 varidveis se define no modelo de Keynes © nas tors ontddox 7. Glad opontode Clower eLejonhutud. Veja-se lower (1964), cap. 15e Lejonhuinad 8.4 crfica, de um ponto de vista pés-keyneslana, de models ¢e gravtagto par 6 desenvelvida em detanes om Carvalho (1980-4, 1984: 985). 6 0 lalor qua Keynes, concordando com S 40 mais impotane de movment de capt! ‘ames considera 9 prémio de iuides, 4 20 : s. Estamns agul secuinds a proposta e Kaldor para medir!=-r, como unis de media venient, Voja-s0 Kalr(1239), 1 Estamos assumindo, por sinpiioagso, que artery implica cusios de (¢=0). Os valores de a 200 de eprodugdo, nda haveria qualquer pre ro ©, portant, © desgasteprogressivo dos bens exit lado” deste ato. Se o prero veporadd fosse sper BIBLIOGRAFIA ‘Amadeo, C4. (1866). “Changes in Outputin Keynes's Treatise on Money", PUCRL, textos para discusséo, n? 118, ‘Asimakopulos, A. (1885). "Keynes and Sratfa: Vision and perspectives", Potlical Eco- Approach, (I), ‘Les Fondements de L'Economie Monelaire de Producto Keynes Aujoura’ hut. Peris, Economica. "On the concept of ime in Shackleen and Sratfian Econo- 9st Keynesian Economies, (VI), 2 ‘Allemative analyses of short and long run in Post Keynesian economics", Joumal of Post Keynesian Economics, . 987). “O caminho da Revolugéo: O ‘Treatise on Money’ na Revolugdo CM. Lopes (org,), Ensaios de Teoria Pés-Keynesiana. Fortale. C, |. Money and Markets. Cambridge, Cambridge University Press. 1784). Money and the Real World, Londres, Mach 7780). "Why money matter em Garegnani. P. (19839). “A reply to Joan Robinson", em J. Ea M, Milgate, Key- ‘nes's Economics and the Theory of Value and Distribution. O: Oxlord Univer- silly Pres. Gategnani, P. (198% value and distributor Im in recent work on 'y and Economic Grow", em N. Kaldor, ‘mie Stabilty and Growth, New York, Holmes and Meier Publishers, Keynes, JM, (1964), Tho General Theory of Employment, Inerost and Money. New Jovanovich. 1983). The Collected Writings of John Maynard Keynes, Londres, Mactailan © Cambridge, Cambridge Universily Press. Os volumes séo reterides 1980 @ numeracao na colecéo, le: deux aspects de Barrere (ora), op. ci ‘A. (1981). aformation and Cocrdination, New Yor ‘Maynard Keynes, New York, Columbia versity Press, ilzing and Unsiabe Economy. New Haven, Yale University Press. ). What are the questions and other assays. Aumonk. WE. Sharpe, + (1969). Scheme of economic theory. Cambridge, Cambridge University (6, (0970) Imagination and the nature of choice. Ecinburgo, Edinburgh Uni- versity Press. REGULAGAO, CRISES E RELAGAO SALARIAL FORDISTA* Jodo Sabéia‘* “Um regime de acumulecao nao-plana desencarnado no mundo eléro dos es quomas do reprodugdo. Para que este ou aquele esquema se realize e se reproduza & preciso que formas institucionals, procedimentos, Nabi ‘como forgas coercitivas ou incitativas, conduzam os agentes privados a se co em com iais esquemas. Este conjunto de formas 6 chamado modo de rogulagao.” Alain Lipiotz (Redéploiment et Espace Economique, 1982) | ORIGENS ncesa da cerca de tras décadas de {28 0 inicio da crise do keynosianismo. As do pensamento econor Do lado neoclassico sur 5 is (Lucas e Sar- gent). Partindo da otimizacéo 80 onde as relacdes so esié- XOmicos comportam-se racionalmente, de modo que seus ertos de previsao estéo lmitados ao curto prazo. A médio e longo prazos, progos e quant. dades se ajustam nos civersos mercados, fazendo desaparecer 0 ds leno emprego surge, portanto, como conseqUéncla da adigéo de es duals, Sem que seje necesséria qualquer inlervengéo exleina 0 pr Assim, fica explicada a ailernancia entre fases de pleno emprogo e dé Sendo estas diltimas conseqiiéncia de erros de percep¢éo dos proprios assalariatios ‘quanto a suas oportunidades reais de salérios. do dasequiftrio (Malinvaud © Benassy) representa um outro exemplo 60 pensamento econémico. Ela faz uso tanto do ferramental neoclassico do oquilbrio geral quanto da constatacéo keynesiana de existéncia de desemprego ‘urével, buscando assim reconciiar a micro com a macroeconomia. Ela recontiece a idade de crise, que uma origem. © desemprego pode ser (aldrio elevado em relagao a produtividade) ou keynesieno (salério baixo em lacéo surge a parlir de meados dos anos 70. Apés taxas de crescimento da economia mundial no pos pastas das diversas correntes * © autor agradece & Edward Amadeo, Miso Poss cardo Tolan e demals colagas do CETE, ‘ujes comenidrios contrbutam paa a versB0 inl do Je Presser de Departamanto de Economia da Unversdacs Feral da Ro de Janko © do Instituto de Economia indi

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