Anda di halaman 1dari 46

1

2
SUMÁRIO

Biossegurança..................................................................................................................................... 4

RDC 15 ............................................................................................................................................... 18

Biossegurança e CME .................................................................................................................... 24

Dos processos de Limpeza dos produtos para saúde ............................................................. 36

Simulado ............................................................................................................................................ 39

Gabarito............................................................................................................................................. 44

3
BIOSSEGURANÇA

Olá Pessoal, como estão os estudos?

Para começar, devemos saber o conceito de biossegurança, “o conjunto de ações


voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à
saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados".
(Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar, 1996)

A biossegurança se faz em torno do risco, ou seja, tem a finalidade de minimizar,


prevenir e eliminar os RISCOS. Mas riscos relacionados a que? Ao homem, animais, meio
ambientes e qualidade de resultado.

4
O risco refere-se a vulnerabilidade, ao passo que o perigo está associado à
possibilidade de um prejuízo ou de um dano. É, portanto, possível distinguir o risco e o
perigo.

Esses riscos são divididos em 05 grupos de acordo com a sua exposição, divididos
por cores:

1. Risco biológico: são amostras de seres vivos como plantas, animais, bactérias,
leveduras, fungos, parasitas, sangue, e também os vírus.

2. Risco químico: são as substâncias químicas, gases, líquidos ou sólidos que podem
ser inalados ou absorvidos no corpo humano através da pele ou ingestão.

3. Risco físico: são tipos de energias que podem estar expostas aos trabalhadores,
como radiações ionizantes, calor, frio, vibração, pressões atmosféricas, ruído.

4. Risco ergonômico: esforço físico individual intenso, levantamento e transporte


de manual de peso, ritmos excessivos, jornadas prolongadas, turno e noturno,
estresse.

5. Risco de acidente: riscos podem estar associados ao arranjo físico inadequado,


uso de equipamentos de vidro, equipamentos sem proteção e instrumentos
perfuro cortantes ou com defeito, manipulação de amostras de sangue e outros
fluídos biológicos no laboratório de pesquisa e clínico, equipamentos que utilizam
gases comprimidos, iluminação inadequada, eletricidade, incêndio, probabilidade
de explosão.

5
Essas cores formam o mapa de risco que tem como função identificar os tipos de
riscos ambientais existentes em cada área, com uma representação gráfica dos riscos de
acidentes nos diversos locais de trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, de
fácil visualização. As representações gráficas variam de acordo com as cores e os
tamanhos indicando quais locais e os fatores que podem gerar situações maiores e
menores de risco.

(2011 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO) A utilização de luvas de procedimentos na proteção


individual do técnico de enfermagem tem várias finalidades, como

a) reduzir a exposição a agentes biológicos.

b) alterar a exposição ao tipo de risco ocupacional.

c) impedir a exposição a agentes físicos.

6
d) eliminar o risco de acidente percutâneo.

e) erradicar o risco de infecção na realização de técnicas assépticas.

Comentário:

Vamos começar nossa análise de baixo para cima.

e) erradicar o risco de infecção na realização de técnicas assépticas.

No enunciado da questão não tem nada sobre luva estéreo, nele cita luva de procedimento que
não necessita de técnica asséptica, por isso o item é errado.

d) eliminar o risco de acidente percutâneo.

Quando o profissional de saúde está de luva ele ainda corre o risco de ocorrer um acidente
percutâneo, como, por exemplo, lesões percutâneas que são causadas por objetos como
agulhas, instrumentos cirúrgicos ou vidro, por isso o item é errado.

c) impedir a exposição a agentes físicos.

Agentes físicos como já foi dito à cima são tipos de energias que podem estar expostas aos
trabalhadores, como, por exemplo, calor, frio e ruído e a luva de procedimento não tem essa
finalidade, por isso o item é errado.

b) alterar a exposição ao tipo de risco ocupacional.

Risco ocupacional são acidentes ou doenças possíveis a que estão expostos os trabalhadores
no exercício do seu trabalho, ruído e a luva de procedimento não tem essa finalidade, por isso
o item é errado.

a) reduzir a exposição a agentes biológicos.

Agentes biológicos como já citados a cima, são amostras de seres vivos como, por exemplo,
bactérias, fungos, parasitas, sangue e por esse motivo que se usa luva. Item correto.

Resposta Correta:

a) reduzir a exposição a agentes biológicos.

7
“Atualmente, programas que enfocam a segurança no cuidado do paciente nos serviços
de saúde tratam como prioridade o tema higienização das mãos, a exemplo da “Aliança
Mundial para Segurança do Paciente”, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS),
firmada com vários países, desde 2004. Embora a higienização das mãos seja a medida mais
importante e reconhecida há muitos anos na prevenção e controle das infecções nos serviços
de saúde, colocá-la em prática consiste em uma tarefa complexa e difícil”. (ANVISA)

A banca FCC adora cobrar questões sobre higienização das mãos, vamos
aprofundar nesse assunto! Recebeu esse termo “higienização das mãos” por se tratar de
um procedimento mais complexo, que visa reduzir a quantidade de microrganismos
sobre as mãos e não somente a remoção de sujidade, porque por meio das mãos, muitos
microrganismos da microbiota residente e transitória podem ser transmitidos, de forma
direta e indireta. É realizada utilizando somente água e sabão, substância antisséptica,
como: degermante ou solução alcoólica. Deve ser seguida a sequência correta que
contempla todos os locais das mãos:

(2010 – FCC -TRF - 4ª REGIÃO) A higienização das mãos tem como finalidade a:

a) remoção de suor, pelos, células da derme e microbiota da hipoderme.

b) redução das infecções causadas pela transmissão de patógenos pertencentes à


microbiota medular.

c) remoção de sujidade e redução da microbiota transitória.

8
d) proteção do paciente, evitando a transmissão da microbiota da hipoderme para
outras partes do corpo.

e) proteção do paciente e do profissional no contato com materiais esterilizados.

Comentário:

a) remoção de suor, pelos, células da derme e microbiota da hipoderme.

O nome do processo pelo qual ocorre a remoção dos pelos é tricotomia, errado.

b) redução das infecções causadas pela transmissão de patógenos pertencentes à microbiota


medular.

Não tem nada a ver com a microbiota medular, errado.

c) remoção de sujidade e redução da microbiota transitória. Item correto.

d) proteção do paciente, evitando a transmissão da microbiota da hipoderme para outras


partes do corpo. Errado.

e) proteção do paciente e do profissional no contato com materiais esterilizados.

O que diz respeito aos materiais esterilizados são as técnicas assépticas, errado.

Resposta Correta:

c) remoção de sujidade e redução da microbiota transitória.

(2012 – FCC - TJ-PEP) A higienização das mãos é fundamental para evitar as infecções
relacionadas à assistência à saúde porque

a) a microbiota transitória que coloniza a camada mais profunda da pele sobrevive por
longo período de tempo e é passível de remoção com antisséptico alcoólico.

b) a presença de solução de continuidade na pele dos profissionais transmite bacilos, de


forma direta ou indireta ao cliente, ocasionando as infecções virais.

9
c) os microrganismos residentes nas camadas mais profundas da pele são removidos
mediante fricção mecânica com antisséptico a base de ácidos graxos essenciais.

d) a microbiota residente ou transitória é constante entre indivíduos, não tem o


percentual variado nas 24 horas e necessita ser removida por meio de fricção.

e) as mãos, na transmissão de microrganismos multirresistentes, constituem a principal


via entre um paciente colonizado e outro não colonizado.

Comentário:

a) a microbiota transitória que coloniza a camada mais profunda da pele sobrevive por longo
período de tempo e é passível de remoção com antisséptico alcoólico.

A microbiota transitória é aquela adquirida ao tocar as superfícies durante a rotina assistencial


e, por isso, está nas camadas mais externas da pele. Ela é passível de ser facilmente eliminada
através de higienização simples de mãos, errado.

b) a presença de solução de continuidade na pele dos profissionais transmite bacilos, de forma


direta ou indireta ao cliente, ocasionando as infecções virais.

Bacilos são bactérias, não vírus, errado.

c) os microrganismos residentes nas camadas mais profundas da pele são removidos mediante
fricção mecânica com antisséptico a base de ácidos graxos essenciais.

A microbiota residente é aquela presente nas camadas mais profundas e a carga microbiana só
é reduzida com a técnica de preparo cirúrgico das mãos, com uso de escovas de fricção e
antisséptico, errado.

d) a microbiota residente ou transitória é constante entre indivíduos, não tem o percentual


variado nas 24 horas e necessita ser removida por meio de fricção.

A microbiota transitória não é constante entre os indivíduos, ela varia de acordo com
microrganismos aparecem em determinado local, de maneira temporária, errado.

10
e) as mãos, na transmissão de microrganismos multirresistentes, constituem a principal via
entre um paciente colonizado e outro não colonizado. Correto.

Resposta Correta:

e) as mãos, na transmissão de microrganismos multirresistentes, constituem a


principal via entre um paciente colonizado e outro não colonizado.

(2012 – FCC - TRF - 2ª REGIÃO) Ao esvaziar o coletor de urina de sistema fechado, o


técnico de enfermagem percebeu que a luva de procedimento estava furada,
ocasionando contato direto com a pele íntegra da mão e a urina do paciente, com
diagnóstico de hipertensão arterial. Após a retirada das luvas, essa situação requer,
como procedimento mínimo:

a) fricção antisséptica das mãos com gel alcoólico.

b) degermação da pele das mãos com iodo povidine.

c) lavagem das mãos com clorexidine degermante.

d) higienização das mãos com água e sabão.

e) degermação da pele das mãos com gel alcoólico.

Resposta Correta:

d) higienização das mãos com água e sabão.

(2010 – FCC -TRT - 9ª REGIÃO) Uma das recomendações constante no Manual de


Segurança do Paciente - Higienização das Mãos, da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), é:

11
a) utilizar o secador elétrico, para a secagem das mãos, devido à possibilidade menor do
aparelho carregar microrganismo em relação a outros métodos de secagem.

b) prover um lavatório externo servindo a, no máximo, duas enfermarias ou quatro


quartos.

c) proceder à técnica de higienização simples das mãos por um período de tempo entre
15 a 20 segundos.

d) usar, para a secagem das mãos, papel toalha composto por 85% de fibras celulósicas,
sem fragrância e livre de impurezas ou furos.

e) desinfetar com álcool etílico a 70%, no mínimo duas vezes ao dia, os recipientes não
descartáveis de sabão líquido.

Comentário:

“Todos esses lavatórios/pias devem ter fácil acesso e atender, no mínimo, à proporção abaixo
definida:

• Quarto ou enfermaria: um lavatório externo pode servir a, no máximo, quatro quartos


ou duas enfermarias;
• Unidade de Terapia Intensiva: deve existir um lavatório a cada cinco leitos de não
isolamento;
• Ambientes destinados ao preparo e cocção de alimentos e mamadeiras: um lavatório
em cada ambiente;
• Berçário: um lavatório a cada quatro berços;
• Ambientes destinados à realização de procedimentos de reabilitação e coleta
laboratorial: um lavatório a cada seis boxes;
• Unidade destinada ao processamento de roupas: um lavatório na área “suja” (banheiro)
e um lavatório na área “limpa”.” (ANVISA)

Resposta Correta:

b) prover um lavatório externo servindo a, no máximo, duas enfermarias ou quatro


quartos.

12
(2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO) A higienização das mãos deve ser do conhecimento
de todos os profissionais de enfermagem. Com base nessa afirmação, o Técnico de
Enfermagem deve saber que:

a) o uso de água, sabão e saneante é indicado quando as mãos estão contaminadas com
sangue e outros fluidos corporais.

b) o procedimento requer o uso de água, sabão e saneante quando as mãos estão


visivelmente sujas.

c) uma das finalidades é a prevenção e redução das infecções causadas pelas


transmissões cruzadas.

d) o uso de luvas de procedimento dispensa a necessidade da higienização das mãos,


antes de iniciar o preparo da medicação.

e) o uso de preparação alcoólica substitui a utilização da água e sabão quando as mãos


estiverem visivelmente sujas.

Comentário:

Resposta Correta:

c) uma das finalidades é a prevenção e redução das infecções causadas pelas


transmissões cruzadas.

13
(2014 – FCC - TJ-AP) A higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como
uma medida primária, mas muito importante no controle de infecções relacionadas à
assistência à saúde. De acordo com as boas práticas de higienização das mãos, quanto
aos equipamentos e insumos necessários, os profissionais dos serviços de saúde
devem considerar:

I. A validade do sabonete ou antisséptico, quando fracionado e mantido fora da embalagem


original, é de 24 meses.

II. Quando a limpeza e a desinfecção do recipiente para sabão líquido tiver sido realizada em
um período inferior a 7 dias, o conteúdo pode ser completado antes do término do produto.

III. Para os sabões líquidos não utilizados em recipientes descartáveis, deve-se manter os
registros dos responsáveis pela execução, data de manipulação, envase e validade da solução
fracionada.

Está correto o que se afirma em:

a) I, II e III. d) I e III, apenas.

b) III, apenas. e) II, apenas.

c) I e II, apenas.

Comentário:

I. A validade do sabonete ou antisséptico, quando fracionado e mantido fora da embalagem


original, é de 24 meses.

Depende do fabricante, errado.

II. Quando a limpeza e a desinfecção do recipiente para sabão líquido tiver sido realizada em
um período inferior a 7 dias, o conteúdo pode ser completado antes do término do produto.

O conteúdo deve ser trocado, errado.

14
III. Para os sabões líquidos não utilizados em recipientes descartáveis, deve-se manter os
registros dos responsáveis pela execução, data de manipulação, envase e validade da solução
fracionada. Correto.

Resposta Correta:

b) III, apenas.

(2012 – FCC - TRE-PR) Segundo a ANVISA, os produtos utilizados na higienização das


mãos têm ações distintas.

I. Sabonetes líquidos removem a microbiota transitória da pele e esse nível de


descontaminação é suficiente para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde.

II. Soluções alcoólicas com concentrações entre 60 a 80% são mais efetivas e as de
concentrações mais altas são menos potentes, pois as proteínas não se desnaturam com
facilidade na ausência de água.

III. Soluções a base de clorexidina apresentam modificação da atividade antimicrobiana na


presença de matéria orgânica e têm efeito residual nulo.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas. d) I e III, apenas.

b) I e II, apenas. e) I, II e III.

c) II e III, apenas.

Comentário:

“A atividade antimicrobiana é pouco afetada na presença de matéria orgânica,


incluindo o sangue. Uma vez que a clorexidina é uma molécula catiônica, sua atividade pode

15
ser reduzida por sabonetes naturais, vários anions inorgânicos, surfactantes não iônicos e
cremes para as mãos contendo agentes emulsificantes aniônicos”. (ANVISA)

Resposta Correta:

b) I e II, apenas.

(2015 – FCC -TRT - 3ª Região) O enfermeiro ao informar o paciente e seus familiares


sobre a importância, a técnica e os momentos que devem higienizar as mãos, está
adotando estratégias para higiene das mãos com o intuito de:

a) reduzir o erro de dose e preparo para a segurança da medicação.

b) assegurar o uso de dispositivos injetáveis únicos.

c) realizar conexões corretas de cateteres endovenosos e sondas.

d) identificar corretamente o paciente.

e) prevenir infecções associadas aos cuidados à saúde.

Resposta Correta:

e) prevenir infecções associadas aos cuidados à saúde.

(2016 – FCC - AL-MS) Imediatamente após o contato direto com sangue nas mãos,
durante punção venosa em paciente sem histórico de doença infecciosa, feita
inadvertidamente sem luvas, cabe ao profissional de saúde:

a) aplicar nas mãos preparação alcóolica gel a 70% por 10 segundos.

b) friccionar nas mãos solução gel antisséptica à base de clorexidina por 5 segundos.

c) fazer antissepsia das mãos com solução gel de Triclosan a 5%.

16
d) aplicar nas mãos solução à base de PVPI e aguardar a ação por 5 minutos.

e) higienizar as mãos com água e sabão.

Resposta Correta:

e) higienizar as mãos com água e sabão.

17
RDC 15

Este Regulamento tem o objetivo de estabelecer os requisitos de boas práticas


para o funcionamento dos serviços que realizam o processamento de produtos para a
saúde visando à segurança do paciente e dos profissionais envolvidos.

Este Regulamento se aplica aos Centros de Material e Esterilização - CME dos


serviços de saúde públicos e privados, civis e militares, e às empresas processadoras
envolvidas no processamento de produtos para saúde.

Excluem-se do escopo desse regulamento o processamento de produtos para


saúde realizados em consultórios odontológicos, consultórios individualizados e não
vinculados a serviços de saúde, unidades de processamento de endoscópios, serviços
de terapia renal substitutiva, serviços de assistência veterinária.

Você, concurseiro, deve ter em mente algumas definições, como:

I - barreira técnica: conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de


saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o
ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas;

II - carga de maior desafio: carga utilizada na qualificação de desempenho dos


equipamentos, cujo desafio represente o pior cenário na rotina do serviço;

III - centro de material e esterilização - CME: unidade funcional destinada ao


processamento de produtos para saúde dos serviços de saúde;

18
IV - centro de material e esterilização de funcionamento centralizado: unidade
de processamento de produtos para saúde que atende a mais de um serviço de
saúde do mesmo gestor;

V - consultório individualizado: serviço de atendimento individualizado


funcionalmente independente de um serviço de saúde;

VI - controle de qualidade do processamento dos produtos para saúde:


avaliação sistemática e documentada da estrutura e do processo de trabalho e
avaliação dos resultados de todas as etapas do processamento de produtos para
saúde;

VII - data limite de uso do produto esterilizado: prazo estabelecido em cada


instituição, baseado em um plano de avaliação da integridade das embalagens,
fundamentado na resistência das embalagens, eventos relacionados ao seu
manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de pacotes, dobras das
embalagens), condições de umidade e temperatura, segurança da selagem e
rotatividade do estoque armazenado;

VIII - desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói a maioria
dos microrganismos de artigos semicríticos, inclusive microbactérias e fungos,
exceto um número elevado de esporos bacterianos;

IX - desinfecção de nível intermediário: processo físico ou químico que destrói


microrganismos patogênicos na forma vegetativa, microbactérias, a maioria dos
vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies;

19
X - detergentes: produto destinado a limpeza de artigos e superfícies por meio da
diminuição da tensão superficial, composto por grupo de substâncias sintéticas,
orgânicas, líquidas ou pós solúveis em água que contêm agentes umectantes e
emulsificantes que suspendem a sujidade e evitam a formação de compostos
insolúveis ou espuma no instrumento ou na superfície;

XI - embalagem para esterilização de produtos para saúde: invólucro que


permite a entrada e saída do ar e do agente esterilizante e impede a entrada de
microrganismos:

XII - lavadora ultrassônica: equipamento automatizado de limpeza que utiliza o


princípio da cavitação, em que ondas de energia acústica propagadas em solução
aquosa rompem os elos que fixam a partícula de sujidade à superfície do produto;

XIII - limpeza: remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga


microbiana presente nos produtos para saúde, utilizando água, detergentes,
produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual ou
automatizada), atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a
tornar o produto seguro para manuseio e preparado para desinfecção ou
esterilização;

20
XIV - pré-limpeza: remoção da sujidade visível presente nos produtos para
saúde;

XV - produtos para saúde críticos: são produtos para a saúde utilizados em


procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos
subepteliais, e sistema vascular, incluindo também todos os produtos para saúde
que estejam diretamente conectados com esses sistemas;

XVI - produtos para saúde semicríticos: produtos que entram em contato com
pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas;

XVII - produtos para saúde não-críticos: produtos que entram em contato com
pele íntegra ou não entram em contato com o paciente;

CRÍTICO PROCEDIMENTOS INVASIVOS


Semicrítico Pele não integra + mucosa integra colonizada
Não-crítico Pele integra

XVIII - produtos para saúde passíveis de processamento: produto para saúde


fabricado a partir de matérias primas e conformação estrutural, que permitem
repetidos processos de limpeza, preparo e desinfecção ou esterilização, até que
percam a sua eficácia e funcionalidade;

XIX - produto para saúde crítico de conformação complexa: produtos para


saúde que possuam lúmem inferior a 05 milímetros ou com fundo cego, espaços
internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas;

XX - produto para saúde de conformação não complexa: produtos para saúde


cujas superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação durante

21
o processo de limpeza e tenham diâmetros superiores a 05 milímetros nas
estruturas tubulares;

XXI - processamento de produto para saúde: conjunto de ações relacionadas à


pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da
funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e
distribuição para as unidades consumidoras;

XXII - qualificação da instalação: evidência documentada, fornecida pelo


fabricante ou distribuidor, de que o equipamento foi entregue e instalado de
acordo com as suas especificações;

XXIII - qualificação de operação: evidência documentada, fornecida pelo


fabricante ou distribuidor, de que o equipamento, após a qualificação da
instalação, opera dentro dos parâmetros originais de fabricação;

XXIV - qualificação de desempenho: evidência documentada de que o


equipamento, após as qualificações de instalação e operação, apresenta
desempenho consistente por no mínimo 03 ciclos sucessivos do processo, com
parâmetros idênticos, utilizando-se pelo menos a carga de maior desafio,
determinada pelo serviço de saúde;

XXV - rastreabilidade: capacidade de traçar o histórico do processamento do


produto para saúde e da sua utilização por meio de informações previamente
registradas;

XXVI - resíduos de serviços de saúde: são todos aqueles resultantes de


atividades exercidas nos serviços de saúde, públicos ou privados, que por suas

22
características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo
ou não tratamento prévio à sua disposição final;

XXVII - representante legal: pessoa física investida de poderes legais para


praticar atos em nome da pessoa jurídica;

XXVIII - responsável técnico - RT: profissional de nível superior legalmente


habilitado, que assume perante a vigilância sanitária a responsabilidade técnica
pelo serviço de saúde ou pela empresa processadora, conforme legislação
vigente;

XXIX - unidades satélites: são unidades dos serviços de saúde que realizam uma
ou mais etapas do processamento de produtos para saúde, localizadas fora da
estrutura física do CME e subordinadas a este em relação aos procedimentos
operacionais.

23
BIOSSEGURANÇA E CME

Os CME passam a ser classificados em CME Classe I e CME Classe II.

O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde


não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de
processamento.

O dimensionamento das áreas do CME Classe I deve ser efetuado em função da


demanda e dos métodos de processamento utilizados, porém, deve possuir, no mínimo,
barreira técnica entre o setor sujo e os setores limpos, além dos seguintes ambientes:

I - Área de recepção e limpeza (setor sujo);

II - Área de preparo e esterilização (setor limpo);

III - Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);

IV - Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e

V - Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor


limpo).

O CME Classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde


não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis
de processamento. Nele e na empresa processadora, o processo de esterilização deve
estar documentado de forma a garantir a rastreabilidade de cada lote processado.

O CME Classe II e a empresa processadora devem possuir, minimamente, os


seguintes ambientes:

I - Sala de recepção e limpeza (setor sujo);

A área para recepção dos produtos para saúde deve estar localizada dentro da sala
de recepção e limpeza.

24
É obrigatória a separação física da área de recepção e limpeza dos produtos para
saúde das demais áreas. Essa área deve dispor de pelo menos uma bancada com
dimensões que permitam a conferência dos materiais de forma a garantir a segurança do
processo, e deve possuir ainda recipientes para descarte de materiais perfuro cortantes
e de resíduo biológico.

II - Sala de preparo e esterilização (setor limpo);

III - Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);

IV - Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e

V - Sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo).

A empresa processadora NÃO poderá utilizar a desinfecção química líquida por imersão
como processo de desinfecção.

No CME Classe II, que recebe para processamento instrumental cirúrgico e


produtos consignados, deve existir uma área exclusiva, dimensionada de acordo com o
volume de trabalho desenvolvido, para recepção, conferência e devolução destes.

Essa área deve dispor de uma bancada com dimensões que permitam a conferência
dos materiais de forma a garantir a segurança do processo.

Os equipamentos destinados à limpeza automatizada devem ser instalados em


área que não obstrua a circulação da sala de recepção e limpeza, obedecendo às
especificações técnicas do fabricante.

O sistema de climatização da área de limpeza do CME Classe II e da empresa


processadora devem atender além do disposto nas normatizações pertinentes, os
seguintes itens:

I - Manter temperatura ambiente entre 18º e 22º C;

II - Garantir vazão mínima de ar total de 18,00 m3/h/m2;

25
III - Manter um diferencial de pressão negativo entre os ambientes adjacentes,
com pressão diferencial mínima de 2,5 Pa; e

IV - Prover exaustão forçada de todo ar da sala com descarga para o exterior da


edificação.

O ar de reposição pode ser proveniente dos ambientes vizinhos.

A sala de preparo e esterilização do CME Classe II e da empresa processadora


devem dispor de:

I - Equipamento para transporte com rodízio, em quantitativo de acordo com o


volume de trabalho;

II - Secadora de produtos para saúde e pistolas de ar comprimido medicinal, gás


inerte ou ar filtrado, seco e isento de óleo;

III - Seladoras de embalagens; e

IV - Estações de trabalho e cadeiras ou bancos ergonômicos com altura regulável.

O sistema de climatização da sala de preparo e esterilização do CME Classe II e da


empresa processadora devem atender além do disposto nas normatizações pertinentes,
os seguintes itens:

I - Manter temperatura ambiente entre 20 e 24º C;

II - Garantir vazão mínima de ar total de 18,00 m3/h/m2;

III - Manter um diferencial de pressão positivo entre os ambientes adjacentes,


com pressão diferencial mínima de 2,5 Pa.

A sala de desinfecção química deve conter bancada com uma cuba para limpeza e
uma cuba para enxágue com profundidade e dimensionamento que permitam a imersão
completa do produto ou equipamento, mantendo distanciamento mínimo entre as cubas
de forma a não permitir a transferência acidental de líquidos. Além disso, os seguintes
itens:

26
I - Garantir vazão mínima de ar total de 18,00 m3/h/m2;

II - Manter um diferencial de pressão negativo entre os ambientes adjacentes,


com pressão diferencial mínima de 2,5 Pa; e

III - Prover exaustão forçada de todo ar da sala com descarga para o exterior da
edificação.

O ar de reposição pode ser proveniente dos ambientes vizinhos, exceto da área suja.

A sala de armazenamento e distribuição deve possuir:

I - Equipamento de transporte com rodízio;

II - Escadas, se necessário; e

III - Prateleiras ou cestos aramados.

O armazenamento de produtos para saúde deve ser centralizado em local


exclusivo e de acesso restrito, não podendo ocorrer em área de circulação, mesmo que
temporariamente. As prateleiras devem ser constituídas de material NÃO poroso,
resistente à limpeza úmida e ao uso de produtos saneantes.

Para que o produto de saúde seja processado pelo CME ele deve ser compatível
com a sua capacidade técnica operacional e a sua classificação. Quando não especificada
a classificação, se aplicam os dois tipos de CME e às empresas processadoras. Porém,
tanto o CME quanto as empresas processadoras só podem processar produtos para
saúde regularizados junto à Anvisa.

27
No CME e na empresa processadora destinadas à assistência humana é proibido
processar produtos para saúde oriundos de procedimentos realizados em animais,
incluindo cirurgias experimentais.

A responsabilidade pelo processamento dos produtos no serviço de saúde é do


Responsável Técnico, e a responsabilidade pelo processamento dos produtos na
empresa processadora é do Representante Legal. Sendo que o responsável pelo CME
Classe II deve atuar exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho.

O serviço de saúde que realize mais de 500 cirurgias/mês, excluindo partos, deve
constituir um Comitê de Processamento de Produtos para Saúde - CPPS, composto
minimamente, por um representante:

I - da diretoria do serviço de saúde;

II - responsável pelo CME;

III - do serviço de enfermagem;

IV - da equipe médica;

V - da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar).

Produtos para saúde classificados como críticos devem ser submetidos ao


processo de esterilização, após a limpeza e demais etapas do processo. Produtos para
saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de
desinfecção de alto nível, após a limpeza. Produtos para saúde classificados como não-
críticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de limpeza.

28
PRODUTOS CRÍTICOS ESTERILIZAÇÃO
Produtos Semicríticos Desinfecção de alto nível
Produtos Não-críticos Limpeza

Bizú do consurseiro

Produtos para saúde semicríticos utilizados na assistência ventilatória, anestesia e


inalo terapia devem ser submetidos à limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível
intermediário, com produtos saneantes em conformidade com a normatização sanitária,
ou por processo físico de termo desinfecção, antes da utilização em outro paciente.

Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inalo terapia, NÃO


poderão ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a
utilização de saneantes a base de aldeídos.

(2017 – FCC - TRT - 11ª Região - Técnico Judiciário – Enfermagem) Após utilizar o
oxímetro de pulso em um paciente portador do Zika vírus, e antes de utilizá-lo em

29
outro paciente, o profissional de enfermagem deve realizar como processamento
mínimo a:

a) desinfecção de alto nível.

b) limpeza e/ou desinfecção de baixo nível.

c) esterilização com vapor úmido.

d) autoclavação com vapor saturado.

e) desinfecção por formaldeído.

Comentário:

Nessa questão o foco é no produto de saúde, oxímetro. Esse é um produto não-crítico porque
ele é usado em pele integra sendo assim necessita minimamente de um processo de limpeza.

Resposta Correta:

b) limpeza e/ou desinfecção de baixo nível.

(2016 – FCC - AL-MS -Auxiliar de Enfermagem) Para destruir os microrganismos do


inalador utilizado em atendimento do portador da gripe A, recomenda-se submeter o
dispositivo ao processo de:

a) antissepsia. d) assepsia.

b) desinfecção. e) degermação.

c) limpeza.

Comentário:

Já foi citado o processo sobre esse tipo de produto, porém vamos relembrar:

30
Com esse “esqueminha” você consegue responder questões desse tipo, porém é valido ressaltar
que “antissepsia” não é um processo feito em produtos e sim em pessoas, de maneira que na
realização de um procedimento estéreo ele é necessário, para você gravar, lembre-se sempre
deste esquema:

Resposta Correta:

b) desinfecção.

(2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Enfermagem do Trabalho) Após
realizar a aplicação de inalação a um paciente idoso, diabético e portador de enfisema
pulmonar, o Técnico de Enfermagem deve estar ciente que, considerando as medidas
de prevenção de Infecção do Trato Respiratório, o inalador e os circuitos respiratórios
utilizados exigem:

a) desinfecção de alto nível, no mínimo.

31
b) esterilização, obrigatoriamente.

c) a limpeza, como processamento mínimo.

d) esterilização de baixo nível, no mínimo.

e) limpeza específica com hipoclorito a 1,5%, antes de serem esterilizados por vapor
saturado sob pressão, obrigatoriamente.

Comentário:

Novamente a banca FCC cobra o esqueminha que apresentamos a cima, e você já sabe a
resposta, mas vamos relembrar os outros itens, começando de baixo para cima?!

e) limpeza específica com hipoclorito a 1,5%, antes de serem esterilizados por vapor saturado
sob pressão, obrigatoriamente.

Esse tipo de produto não pode ir em autoclave, ou seja, “vapor saturado sob pressão”.

d) esterilização de baixo nível, no mínimo.

Esse tipo de esterilização deve ser feito em produtos não-críticos, que não é o caso do citado no
enunciado.

c) a limpeza, como processamento mínimo.

Esse tipo de limpeza também deve ser feito em produtos não-críticos, que não é o caso do citado
no enunciado.

b) esterilização, obrigatoriamente.

Esterilização é um procedimento feito em produtos críticos, que não é o caso do citado no


enunciado.

a) desinfecção de alto nível, no mínimo. Correto.

Resposta Correta:

a) desinfecção de alto nível, no mínimo.

32
(2013 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO - Técnico Judiciário – Enfermagem) Quanto ao risco
potencial de transmissão de infecção ao paciente, os artigos médico-hospitalares são
classificados, segundo Spaulding, em:

a) críticos, semicríticos e não-críticos.

b) críticos, semicríticos e livres.

c) perigosos, semiperigosos e não-perigosos.

d) de risco, com pouco risco e sem risco.

e) risco alto +, risco alto ++ e risco alto +++.

Resposta Correta:

a) críticos, semicríticos e não-críticos.

O processamento de produtos deve seguir um fluxo direcionado sempre da área suja


para a área limpa.

O processamento dos produtos para saúde pode ser terceirizado para empresa
processadora desde que esta esteja regularizada junto aos órgãos sanitários e deve ser
formalizada mediante contrato de prestação de serviço. Sendo assim, a empresa
contratada e é corresponsável pela segurança do processamento dos produtos para
saúde, respondendo solidariamente por eventuais danos ao paciente causados, no que
se refere às atividades relacionadas ao processamento dos produtos para saúde.

Os produtos para saúde devem ser encaminhados para processamento na empresa


processadora após serem submetidos à pré-limpeza no serviço de saúde.

33
A empresa processadora deve realizar todas as fases do processamento incluindo
limpeza, inspeção, preparo e acondicionamento, esterilização, armazenamento e
devolução para o serviço de saúde. Os produtos recebidos que não forem aceitos para o
processamento devem ser listados com a indicação do motivo da não aceitação e
devolvidos para o serviço de saúde de origem.

O processo (limpeza, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e


distribuição) devem ser realizados tanto pelo CME e suas unidades satélites quanto
pelas empresas processadoras. O processamento de produtos para saúde não-críticos
pode ser realizado em outras unidades do serviço de saúde definido pelo CME.

CME e a empresa processadora devem dispor de um sistema de informação manual


ou automatizado com registro do monitoramento e controle das etapas de limpeza e
desinfecção ou esterilização constante nesta resolução, bem como da manutenção e
monitoramento dos equipamentos. Os registros devem ser arquivados, de forma a
garantir a sua rastreabilidade, em conformidade com o estabelecido em legislação
específica ou, na ausência desta, por um prazo mínimo de 05 anos, para efeitos de
inspeção sanitária.

Todas as etapas do processamento de produtos para saúde devem ser realizadas


por profissionais para os quais estas atividades estejam regulamentadas pelos seus
conselhos de classe. Deve ter um Profissional Responsável de nível superior, para a

34
coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos para a
saúde, de acordo com competências profissionais.

Os profissionais da CME e da empresa processadora devem receber capacitação


específica e periódica nos seguintes temas:

I - classificação de produtos para saúde;

II - conceitos básicos de microbiologia;

III - transporte dos produtos contaminados;

IV - processo de limpeza, desinfecção, preparo, inspeção, acondicionamento,


embalagens, esterilização, funcionamento dos equipamentos existentes;

V - monitoramento de processos por indicadores químicos, biológicos e físicos;

VI - rastreabilidade, armazenamento e distribuição dos produtos para saúde;

VII - manutenção da esterilidade do produto.

O trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar vestimenta


privativa, touca e calçado fechado em todas as áreas técnicas e restritas, além dos
seguintes Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de acordo com a sala/área:

• Para a descarga de secadoras e termo desinfetadoras e carga e descarga de


autoclaves é obrigatória a utilização de luvas de proteção térmica impermeável.
• Na sala de recepção e limpeza, o protetor facial pode substituir o uso de máscara
e óculos.
• Quando não especificado, o equipamento de proteção deve ser compatível com o
risco inerente à atividade.
• Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de
proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades.

35
Dos processos de Limpeza dos produtos para saúde

Os produtos para saúde passíveis de processamento, independente da sua


classificação de risco, inclusive os consignados ou de propriedade do cirurgião, devem
ser submetidos ao processo de limpeza, dentro do próprio CME do serviço de saúde ou
na empresa processadora, antes de sua desinfecção ou esterilização. Na limpeza manual,
a fricção deve ser realizada com acessórios NÃO abrasivos e que NÃO LIBEREM
PARTÍCULAS.

No CME Classe II e na empresa processadora, a limpeza de produtos para saúde


com conformações complexas deve ser precedida de limpeza manual e complementada
por limpeza automatizada em lavadora ultrassônica ou outro equipamento de eficiência
comprovada.

Para produtos para saúde cujo lúmen tenha diâmetro interno inferior a 05
milímetros é obrigatório que a fase automatizada da limpeza seja feita em lavadora
ultrassônica com conector para canulados e que utilize tecnologia de fluxo intermitente.

O enxágue dos produtos para saúde deve ser realizado com água que atenda aos
padrões de potabilidade definidos em normatização específica. O enxágue final de
produtos para saúde críticos utilizados em cirurgias de implantes ortopédicos,
oftalmológicos, cirurgias cardíacas e neurológicas devem ser realizadas com água
purificada.

O CME Classe II e a empresa processadora devem utilizar pistola de água sob


pressão para limpeza manual de produtos com lúmen e ar comprimido medicinal, gás
inerte ou ar filtrado, seco e isento de óleo para secagem dos produtos.

O CME Classe I deve dispor de ar comprimido medicinal, gás inerte ou ar filtrado,


seco e isento de óleo para secagem dos produtos.

36
Os produtos para saúde e o instrumental cirúrgico consignado e disponibilizado
pelo distribuidor devem ser submetidos à limpeza por profissionais do CME do serviço
de saúde, antes de sua devolução.

É obrigatório o monitoramento, com periodicidade definida em protocolo


elaborado pelo CME ou pela Empresa Processadora, da limpeza dos produtos para saúde
e dos equipamentos automatizados de limpeza dos produtos para saúde. O CME Classe
II e a empresa processadora devem realizar o monitoramento e registro, com
periodicidade definida em protocolo, da qualidade da água, incluindo a mensuração da
dureza da água, Ph, íons cloreto, cobre, ferro, manganês e a carga microbiana nos pontos
de enxágue da área de limpeza.

O descarte de material biológico e perfuro cortante gerado na área de limpeza


devem ser realizados em recipientes disponíveis no local.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de acordo com a sala/área

Óculos Avental
Protetor Calçado
EPI Sala/área de Máscara Luvas Impermeável
Auricular fechado
Proteção Manga longa
Impermeável
Recepção X X X X
Antiderrapante
Borracha,
Impermeável
Limpeza X X cano X X
Antiderrapante
longo
Preparo,
Se
Acondicionamento X X X
necessário
Inspeção
Borracha,
Desinfecção Impermeável
X X cano X
Química Antiderrapante
longo

37
1. (2011 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO) A utilização de luvas de procedimentos na
proteção individual do técnico de enfermagem tem várias finalidades, como:

a) reduzir a exposição a agentes biológicos.

b) alterar a exposição ao tipo de risco ocupacional.

c) impedir a exposição a agentes físicos.

d) eliminar o risco de acidente percutâneo.

e) erradicar o risco de infecção na realização de técnicas assépticas.

2. (2010 – FCC -TRF - 4ª REGIÃO) A higienização das mãos tem como finalidade a:

a) remoção de suor, pelos, células da derme e microbiota da hipoderme.

b) redução das infecções causadas pela transmissão de patógenos pertencentes à


microbiota medular.

c) remoção de sujidade e redução da microbiota transitória.

d) proteção do paciente, evitando a transmissão da microbiota da hipoderme para


outras partes do corpo.

e) proteção do paciente e do profissional no contato com materiais esterilizados.

3. (2012 – FCC - TJ-PEP) A higienização das mãos é fundamental para evitar as


infecções relacionadas à assistência à saúde porque:

a) a microbiota transitória que coloniza a camada mais profunda da pele sobrevive por
longo período de tempo e é passível de remoção com antisséptico alcoólico.

b) a presença de solução de continuidade na pele dos profissionais transmite bacilos, de


forma direta ou indireta ao cliente, ocasionando as infecções virais.

c) os microrganismos residentes nas camadas mais profundas da pele são removidos


mediante fricção mecânica com antisséptico a base de ácidos graxos essenciais.

38
d) a microbiota residente ou transitória é constante entre indivíduos, não tem o
percentual variado nas 24 horas e necessita ser removida por meio de fricção.

e) as mãos, na transmissão de microrganismos multirresistentes, constituem a principal


via entre um paciente colonizado e outro não colonizado.

4. (2012 – FCC - TRF - 2ª REGIÃO) Ao esvaziar o coletor de urina de sistema fechado, o


técnico de enfermagem percebeu que a luva de procedimento estava furada,
ocasionando contato direto com a pele íntegra da mão e a urina do paciente, com
diagnóstico de hipertensão arterial. Após a retirada das luvas, essa situação requer,
como procedimento mínimo:

a) fricção antisséptica das mãos com gel alcoólico.

b) degermação da pele das mãos com iodo povidine.

c) lavagem das mãos com clorexidine degermante.

d) higienização das mãos com água e sabão.

e) degermação da pele das mãos com gel alcoólico.

5. (2010 – FCC -TRT - 9ª REGIÃO) Uma das recomendações constante no Manual de


Segurança do Paciente - Higienização das Mãos, da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), é:

a) utilizar o secador elétrico, para a secagem das mãos, devido à possibilidade menor do
aparelho carregar microrganismo em relação a outros métodos de secagem.

b) prover um lavatório externo servindo a, no máximo, duas enfermarias ou quatro


quartos.

c) proceder à técnica de higienização simples das mãos por um período de tempo entre
15 a 20 segundos.

d) usar, para a secagem das mãos, papel toalha composto por 85% de fibras celulósicas,
sem fragrância e livre de impurezas ou furos.

39
e) desinfetar com álcool etílico a 70%, no mínimo duas vezes ao dia, os recipientes não
descartáveis de sabão líquido.

6. (2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO) A higienização das mãos deve ser do conhecimento
de todos os profissionais de enfermagem. Com base nessa afirmação, o Técnico de
Enfermagem deve saber que:

a) o uso de água, sabão e saneante é indicado quando as mãos estão contaminadas com
sangue e outros fluidos corporais.

b) o procedimento requer o uso de água, sabão e saneante quando as mãos estão


visivelmente sujas.

c) uma das finalidades é a prevenção e redução das infecções causadas pelas


transmissões cruzadas.

d) o uso de luvas de procedimento dispensa a necessidade da higienização das mãos,


antes de iniciar o preparo da medicação.

e) o uso de preparação alcoólica substitui a utilização da água e sabão quando as mãos


estiverem visivelmente sujas.

7. (2014 – FCC - TJ-AP) A higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como


uma medida primária, mas muito importante no controle de infecções relacionadas à
assistência à saúde. De acordo com as boas práticas de higienização das mãos, quanto
aos equipamentos e insumos necessários, os profissionais dos serviços de saúde
devem considerar:

I. A validade do sabonete ou antisséptico, quando fracionado e mantido fora da


embalagem original, é de 24 meses.

II. Quando a limpeza e a desinfecção do recipiente para sabão líquido tiver sido realizada
em um período inferior a 7 dias, o conteúdo pode ser completado antes do término do
produto.

40
III. Para os sabões líquidos não utilizados em recipientes descartáveis, deve-se manter
os registros dos responsáveis pela execução, data de manipulação, envase e validade da
solução fracionada.

Está correto o que se afirma em:

a) I, II e III. d) I e III, apenas.

b) III, apenas. e) II, apenas.

c) I e II, apenas.

8. (2012 – FCC - TRE-PR) Segundo a ANVISA, os produtos utilizados na higienização


das mãos têm ações distintas.

I. Sabonetes líquidos removem a microbiota transitória da pele e esse nível de


descontaminação é suficiente para a maioria das atividades práticas nos serviços de
saúde.

II. Soluções alcoólicas com concentrações entre 60 a 80% são mais efetivas e as de
concentrações mais altas são menos potentes, pois as proteínas não se desnaturam com
facilidade na ausência de água.

III. Soluções a base de clorexidina apresentam modificação da atividade antimicrobiana


na presença de matéria orgânica e têm efeito residual nulo.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) I e II, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I e III, apenas.

e) I, II e III.

41
9. (2015 – FCC -TRT - 3ª Região) O enfermeiro ao informar o paciente e seus familiares
sobre a importância, a técnica e os momentos que devem higienizar as mãos, está
adotando estratégias para higiene das mãos com o intuito de:

a) reduzir o erro de dose e preparo para a segurança da medicação.

b) assegurar o uso de dispositivos injetáveis únicos.

c) realizar conexões corretas de cateteres endovenosos e sondas.

d) identificar corretamente o paciente.

e) prevenir infecções associadas aos cuidados à saúde.

10. (2016 – FCC - AL-MS) Imediatamente após o contato direto com sangue nas mãos,
durante punção venosa em paciente sem histórico de doença infecciosa, feita
inadvertidamente sem luvas, cabe ao profissional de saúde:

a) aplicar nas mãos preparação alcóolica gel a 70% por 10 segundos.

b) friccionar nas mãos solução gel antisséptica à base de clorexidina por 5 segundos.

c) fazer antissepsia das mãos com solução gel de Triclosan a 5%.

d) aplicar nas mãos solução à base de PVPI e aguardar a ação por 5 minutos.

e) higienizar as mãos com água e sabão.

11. (2017 – FCC - TRT - 11ª Região - Técnico Judiciário – Enfermagem) Após utilizar o
oxímetro de pulso em um paciente portador do Zika vírus, e antes de utilizá-lo em
outro paciente, o profissional de enfermagem deve realizar como processamento
mínimo a:

a) desinfecção de alto nível.

b) limpeza e/ou desinfecção de baixo nível.

c) esterilização com vapor úmido.

42
d) autoclavação com vapor saturado.

e) desinfecção por formaldeído.

12. (2016 – FCC - AL-MS -Auxiliar de Enfermagem)Para destruir os microrganismos do


inalador utilizado em atendimento do portador da gripe A, recomenda-se submeter o
dispositivo ao processo de:

a) antissepsia. d) assepsia.

b) desinfecção. e) degermação.

c) limpeza.

13. (2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Enfermagem do Trabalho)
Após realizar a aplicação de inalação a um paciente idoso, diabético e portador de
enfisema pulmonar, o Técnico de Enfermagem deve estar ciente que, considerando as
medidas de prevenção de Infecção do Trato Respiratório, o inalador e os circuitos
respiratórios utilizados exigem:

a) desinfecção de alto nível, no mínimo.

b) esterilização, obrigatoriamente.

c) a limpeza, como processamento mínimo.

d) esterilização de baixo nível, no mínimo.

e) limpeza específica com hipoclorito a 1,5%, antes de serem esterilizados por vapor
saturado sob pressão, obrigatoriamente.

14. (2013 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO - Técnico Judiciário – Enfermagem) Quanto ao risco
potencial de transmissão de infecção ao paciente, os artigos médico-hospitalares são
classificados, segundo Spaulding, em:

a) críticos, semicríticos e não-críticos.

b) críticos, semicríticos e livres.

43
c) perigosos, semiperigosos e não-perigosos.

d) de risco, com pouco risco e sem risco.

e) risco alto +, risco alto ++ e risco alto +++.

1 A 8 B
2 C 9 E
3 E 10 E
4 D 11 B
5 B 12 B
6 C 13 A
7 B 14 A

44
45
46

Anda mungkin juga menyukai