Alma Lusa
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PREFÁCIO
“Eu sou o Senhor teu DEUS; não terás outros deuses a Meu lado!”
Sou um espírito humano, tal qual vós, que tem o mais sincero amor e devoção ao
Criador, procurando nos meandros da História e dos ensinamentos e aprendizados do
homem o caminho que nos leva á bem-aventurança, partindo do princípio que “a
experiência como madre das coisas” serve como canal para expelir tudo o que está
errado.
Muitos são os atalhos que o espírito humano tem que percorrer nesta Terra para
encontrar o caminho que o levará para cima em direcção á Pátria, de onde proveio e
para onde deverá regressar livre de todos os conceitos materiais que o enredam nesta
vida, na simplicidade e amor prestimoso ao seu próximo, não se deixando conduzir por
“profetas e condutores de homens” que com palavras bonitas e cheias de emoção nada
mais fazem que aprisionar almas nas teias da indolência por falta de movimento e
pensar próprio.
Alma Lusa
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ÍNDICE
Prefácio
I – Porquê?
III – Sê livre
IV – Ecos do Passado
V – Natureza
VI – Prece de Geia
VIII – Tempestade
IX – Grito
X – No silêncio da noite
XV – Partida
Epílogo
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Na Luz da Verdade, Mensagem do Graal
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I - Porquê?
Porquê? Palavra mais usada no vocabulário humano. O porquê das coisas intriga desde
milénios a Humanidade numa sã pesquisa do entendimento e evolução do
conhecimento, evolução das sociedades, do que nos rodeia, visível e para além do
visível. Inquirir, pesquisar, espírito aberto e simplicidade infantil. Assim é da vontade
do Criador expressa através de Suas Leis que regem as Criações!
As ciências têm contribuído para o desenvolvimento do património cultural e educativo
do ser humano, enquanto entidade individual e de grupo. Deus não é produto da
filosofia do homem, mas o homem é produto da vontade de Deus!
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No entanto, muitos porquês ainda atormentam a alma humana, mantendo-se
intransponíveis no seu esclarecimento; dirão alguns “os desígnios de Deus são
insondáveis”, “é da vontade de Deus”, acomodando-se numa atitude de resignação e
lançando sobre Ele a causa das coisas.
Porquê?
“Reflecti: Se verdadeiramente a alma é imortal, cumpre que zelemos por ela, não só
durante o tempo actual, isso a que chamamos viver, mas também pela totalidade do
tempo; pois seria um grande perigo não se preocupar com ela. Admitamos que a
morte nada mais seja do que uma total dissolução de tudo. Que admirável sorte não
estaria reservada então para os maus, que se veriam nesse momento libertos de seu
corpo, de sua alma e da própria maldade! Mas, em realidade, uma vez evidenciado
que a alma é imortal, não existirá para ela nenhuma fuga possível a seus males,
nenhuma salvação, a não ser tornando-se melhor e mais sábia.”
Porque o ser humano sente que as respostas não vão ao encontro de sua vontade e
reage hostilmente, numa atitude de fraqueza e medo, àqueles que o podem ajudar e
esclarecer.
“Aproxima-se por isso a época em que a Terra deverá por um espaço de tempo ser
entregue ao domínio das trevas sem imediato auxílio da Luz, porque a humanidade
isso forçou com sua vontade.”
As respostas estão no livro da Criação, abrir o pensamento e calmamente lê-lo, trará paz
de espírito e esclarecimento, pressuposto é que saibamos ler!
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Procura e acharás, disse Jesus há dois mil anos atrás, esta advertência mantém-se
actual nos nossos dias, faz parte da Lei que o Criador instituiu na Sua Obra. Procurai a
Verdade e a Verdade encontrareis. Nada do que procurais vos será escondido. Ansiai
por isso e isso vos será revelado. Por excelência a Obra do Altíssimo é maravilhosa e
perfeita.
**O mal é produzido pela mesma força pura e Divina, assim como o bem! E é dessa
maneira voluntária e livre de aplicar a força divina uniforme que acarreta consigo a
responsabilidade de que ninguém pode escapar. Por isso clamo a cada um que
procura: “Conserva limpo o foco de teus pensamentos. Assim obterás paz s serás
feliz!”
Se cumprimos com as leis dos homens, porque não cumprir com a Lei de Deus?
Alma Lusa
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II - E tudo isto para quê?
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Lembranças, memórias de vida passada,
Fundem-se nas brumas da madrugada …
No esquecimento do tempo,
Na orla de Universos…
Alma Lusa
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III - Sê livre!
No entanto, apesar desta evolução e marca de sucesso, nem tudo vai bem no reino da
Dinamarca!
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Este século também trouxe muito sofrimento, duas guerras mundiais ficaram na
memória da História, com as legiões de horrores que carrega, as muitas guerras e
atentados à vida humana por motivos políticos e religiosos, que se transportaram para o
século presente, bem como a incerteza e a dúvida quanto ao futuro próximo. A fome
não foi erradicada, nem a miséria, desconforto para os que tudo têm; o fosso de
desenvolvimento económico entre os povos, fruto da ganância dos mais ricos e da
corrupção dos desvalidos, leva a sistemas económicos globais, em que os grandes
grupos dominam, espalhando os tentáculos por entre os povos, permissivamente. As
assimetrias entre os povos ditos desenvolvidos e civilizados e os subdesenvolvidos,
pobres e iletrados, são gritantes. O desequilíbrio é pujante. Os atentados ao meio
ambiente e à dignidade humana são de tal modo graves, que só não vê quem não quer e
só não toma consciência quem olha para o lado. A esperança média de vida aumentou, à
custa de fármacos que sustentam todas as maleitas que nos atormentam; tornámo-nos
seres artificiais? Para lá é o caminho, clonagem… E tudo isto é fruto da participação do
ser humano, rico ou pobre, culto ou inculto, religioso ou não, politico ou não!
* Lei do equilíbrio: Tem que haver uma harmonia, equilíbrio entre o desenvolvimento
espiritual e material.
No passado o homem olhava para o céu à procura da ligação com o seu Criador, hoje, o
homem olha para o céu à procura de novos lugares para habitar. O maravilhoso planeta
azul está a ficar esgotado, e ele, o homo sapiens, tem consciência que ao ritmo de
consumo das matérias-primas, em determinado período de tempo, o seu modo de vida
vai ficar afectado ou terminar. A sua religiosidade está enfraquecida, motivada por um
cultivo exagerado do materialismo que não permite a ligação ao espiritual. E ele reza! O
homem vive acorrentado ao espaço e ao tempo, à matéria, e para esta chegará a hora
como em todos os processos naturais, a decomposição pela maturidade e a regeneração
para um novo actuar, qual Fénix renascida. E ele baixa o olhar em atitude beata! Não
queira o homem estar presente na matéria quando este tempo chegar!
Procurem o Criador na Sua obra, nas Suas Leis, essas Leis que regem os Universos e
sobre as quais estamos sujeitos, porque dela fazemos parte. * “Quem possui em si
decisiva vontade para o bem e se esforça por outorgar limpidez a seus
pensamentos, esse já achou o caminho para o Altíssimo!”
Alma Lusa
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IV - Ecos do Passado!
O que leva os homens com tanto afinco a procurar nas entranhas da terra mãe resíduos
da sua História, do seu passado?
O conhecimento cientifico do seu passado ou o despertar da sua herança genética que se
revolve agitada no interior da sua alma?
Temos uma herança de milhares de anos de civilização humana e universal, que não nos
deixam indiferentes, aqui com mais intensidade, num desassossego incontrolável, ali
menos intenso, em que o interesse é relevado apenas ao estudo ou aos bancos da escola.
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Não somos indiferentes, em casos particulares, a este ou aquele episódio da História,
Atlântida, Tróia, Cruzadas… clamam no recôndito da alma por resgate de culpas
passadas!
Levantam-se os deuses antigos saídos das brumas da História, contam histórias antigas
dos homens e pasme-se, não são iguais às que a História dos homens descreve. Saem da
lenda e entram na vida real, revolvendo as entranhas das almas amarguradas pelo
esquecimento e pelo desvirtuamento da verdade, clamam por seu Senhor e Este lhes é
revelado!
Almas cansadas com o peso da História, ansiosas por libertação do fardo que carregam
por milénios de actos indignos, mentiras e vitupério.
Ecos do Passado murmuram aos entes do vento, filhos de Zéfiro, “Veritas vos liberabit”
…
Alma Lusa
Fontes de pesquisa:
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V - Natureza
O céu era azul, o sol brilhava e ia já alto. Nuvens nem vê-las, estavam para as bandas do
norte onde os ventos sopravam mais agrestes e o ar era mais frio. Bela e branca era a
paisagem nessas bandas. Grandes blocos de gelo deslizavam entre montanhas para o
mar. Criaturas deslocavam-se nos campos de gelo com andar bamboleante e engraçado.
O seu grasnar enchia o ar de melodia e a sua imagem transportava-nos para um baile em
que os cavalheiros se vestiam de smoking negro e camisa branca. Bela, a imagem que
preenchia os nossos sentidos e estendia-se até onde a vista alcança.
As crias mais pareciam bonecos de peluche, fofos e engraçados, que o humano com
tanto carinho presenteia os seus filhos. Uns e outros deslocavam-se de olhar atento,
sentido alerta, uns para evitarem servir de repasto e outros movidos pela necessidade de
se manterem fortes e saudáveis. Equilíbrio, não mais do que a necessidade obriga. Os
seus olhos brilhavam de alegria e vida, alerta mas não preocupados, todos eles
conhecem as regras e o que a natureza espera deles; em bandos andavam ou deslizavam
pelo mar gelado, seguidos de perto por seus acompanhantes que os miravam atentos na
expectativa de uma brecha.
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O etéreo está povoado por corpos elegantes e fusiformes, que esbeltamente deslizam
nos ares, os seus olhos controlam o espaço, as suas asas controlam os ventos, em danças
irrequietas e controladas, mergulham no mar capturando os descuidados ou pouco
velozes animais do mundo aquático, que em movimentos esguios e rápidos se
esgueiram dos bicos afiados.
O etéreo azul aos poucos desvanece e dá lugar a uma sintonia de cores ondulantes, que
num bailado efémero muda daqui para ali, sem regra aparente, numa simplicidade
organizada. Negro é o palco, multicolor o espectáculo, movimento ondulante sem
formas definidas.
Equilíbrio em tudo vibra, força e vontade de uma obra única, leis justas e perfeitas! A
Natureza e seus habitantes seguem o curso rítmico do horário celeste, adaptados às
variações das estações que em esplendor único vestem e despem os seus trajes, qual
artista em palco encarnando vários personagens.
Alma Lusa
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VI - Prece de Geia
De rosto triste e olhos marejados, contemplava a planície que se estendia á sua frente
em neblina envolvida e de cinzento vestida. Altas chaminés jorravam novelos de fumo
para o ar, febrilmente os homens movimentavam-se em correria desenfreada á procura
do nada…
Do alto do seu palácio, a senhora da Terra, Geia, desviou o olhar da planície dos
homens e contemplou com carinho o movimento que se gerava no jardim, fadas
esvoaçavam de flor em flor, rasando os gnomos que na terra espreitavam sorridentes.
Altas figuras olhavam seriamente em seu redor, obra feita, montanhas, vales e rios…
construtores da Natureza e dos elementos, titãs, gigantes, gnomos, elfos…
Pensamentos interrogativos e de tristeza cruzavam em prece o Cosmos, numa ansiedade
de resposta e entendimento:
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vontade de nosso Senhor e assim cumprido por todos nós e tu, espírito humano, que
fizeste?
Lentamente, a Mãe da Terra, levantou a sua bela cabeça coroada e as suas mãos
delicadas e brancas uniram-se em prece de louvor ao Eterno.
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VII - “Senhor, perdoa-nos por adulterarmos a Tua Casa”
O que a Humanidade está a fazer ao Meio Ambiente, não só é crime como também é
suicídio, em nome de um progresso que nos traz tristeza e desalento.
Oiçam o grito da Mãe Natureza. Esta é a Obra do Senhor e nós não temos o direito de a
conspurcar abusivamente, quando nos é permitido habitar nela para a nossa evolução.
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VIII - Tempestade
Ensinamento Sumério
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vez mais; ao longe, dedos eriçados, morada dos homens, rasgavam os céus; indiferentes,
construíam e alimentavam a máquina devoradora, para sua própria destruição:
transformar o Planeta. Os servos do Criador, que tinham por função manter o Planeta
limpo e equilibrado, sentiam um misto de perplexidade e incompreensão, por um lado,
cumpriam incondicionalmente a Vontade de seu Senhor, por outro lado viam a eficácia
da máquina destrutiva dos homens, que diligente e metodicamente iam destruindo o que
eles construíam e reparavam. E era a estes seres que eles deviam servir e auxiliar como
hóspedes na casa de seu Senhor!
Cinzento era o céu, o sol escondia-se atrás de nuvens pesadas, escuras como chumbo,
prenhes de água viva. O silêncio era expectante, presságio do que estava por vir. Os
animais, silenciosos e atentos, seguiam os sinais da natureza e de seus obreiros. Os
homens, cegos e surdos, monitorizavam nos seus equipamentos o evoluir da situação,
presos às difíceis decisões do seu intelecto, mantinham a fraca ilusão de que tudo
passasse e os danos minimizados. A cidade estava abarrotada de gente, como desloca-la
em ordem? As estradas entupiriam, o tráfego causaria o pânico e criaria uma imensa e
fatal armadilha, obra de si próprio. A teia envolveu a aranha!
Os pequenos obreiros da natureza retiraram-se e deram lugar aos grandes enteais dos
elementos que com fulgor fizeram o que lhes estava destinado. Zeus, senhor do Olimpo,
a tudo assistia, com ar triste, mas firme. Era necessária a depuração, a ordem deveria ser
restabelecida e eliminada a fonte do desequilíbrio, que tanto sofrimento causava aos
animais e à natureza. Zeus, servo do Altíssimo, cumpria com os desígnios da Lei que a
tudo rege, no cumprimento da Vontade de seu Senhor. Tristeza era o sentimento
dominante, o homem falhara na sua missão… nem todos, e por esses poucos uma nova
oportunidade nasceria da depuração e o Planeta ficaria mais belo do que nunca, pátria
de humanos e seres enteais que em uníssono vibrariam na Vontade e cumprimento das
Leis do Altíssimo, cumprindo assim o seu desígnio, criar na Terra a imagem do Paraíso
eterno.
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IX - Grito!
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Uma ténue luz brilhou no seio das brumas,
Os passos aceleraram, o olhar brilhou,
E o caminho em direcção à luz tornou-se claro.
Alma Lusa
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X - No silêncio da noite...
Alma Lusa
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XI - O Pão que falta a uns sobra a outros!
Infelizmente as sociedades estão em desequilíbrio, cada vez mais, vivem com base
numa economia de lucro com total falta de respeito pelo ser humano bem como pelo
meio ambiente.
Os governos dos mais fortes sufocam os países mais fracos e pobres exaurindo-os das
suas riquezas, das suas matérias-primas, pisando os princípios mais elementares dos
direitos humanos, e o paradoxo desta situação é que são os países, ditos cristãos e
defensores da democracia e direitos humanos, que estão á frente da lista nesta
ignomínia.
Princípios cristãos na sua terra, olhar fechado e costas voltadas em terra alheia.
Nunca se falou tanto de Religião e princípios como nos tempos de agora, nunca tantos
lugares de culto dos mais variados proliferaram como agora, nunca tantos pregadores de
trato fácil apareceram com as suas hostes, todos em benefício da razão e da fé, são como
cogumelos, mas se cogumelos os há bons também há os que matam, só os atentos os
conhecem e os evitam.
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A sociedade de amor que Jesus pregou e ensinou e pela qual foi sacrificado está
enterrada nos escombros e entulho da História pelo poder brutal dos senhores á força
mandadores sem lei, vampiros ávidos de dinheiro, de poder, de lucro… que em seu
nome e como porta-estandarte levam a cabo os seus desígnios. Até o poder religioso,
numa base do politicamente correcto e diplomático, sufocam os gritos angustiosos dos
que sofrem injustiça e vitupério dos mais poderosos, para manter as suas estruturas e
não entrar em contendas.
Esperai os desalentados e os que sofrem que o fim das dores está próximo, esperai os
prevaricadores que a justiça cumprir-se-á!
Alma Lusa
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XII - Nascer de novo!
João 3-1:12
“Na verdade, na verdade te digo, que aquele que não nascer de novo não pode ver o
reino de Deus. (…) O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é
espírito. (…)”
Jesus
Quando Jesus conversou com Nicodemus, em privado por vontade deste, príncipe entre
os judeus, sacerdote e guardião dos preceitos religiosos da época, esclareceu-o sobre a
nova doutrina que conduzia os homens para um novo comportamento e uma nova
maneira de estar, amar o próximo como a ele mesmo, sem antagonismos, com uma nova
espiritualidade, conhecer-se primeiro em espírito, dentro de si, conhecer o caminho que
o conduz para o Alto e em companhia do seu próximo trilhá-lo.
Era um novo “Deus” que Jesus anunciava, não o velho “deus” dos judeus impregnado
de conceitos humanos, de velhas tradições carregadas de preconceitos e discriminações
sociais *, onde os valores humanos eram adulterados numa sociedade que de
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humanidade tinha pouco, fruto da intolerância religiosa e comportamental de uma classe
que primava pelo seu conhecimento e domínio de “deus”.
E Jesus ousou transmitir valores perenes e revolucionários, para a época, neste meio,
valores de equidade, valores comportamentais e de alto significado espiritual, mais não
podia fazer e ensinar porque quem o ouvia não o compreenderia, fruto da sua falta de
cultura e abertura espiritual.
E hoje, quando a humanidade está num degrau de evolução cultural e do conhecimento
mais evoluído, chega até nós o que Jesus prometeu **, na Mensagem do Graal, Na Luz
da Verdade, uma obra vinda do Alto, para que o conhecimento da humanidade possa ter
o remate que as “coisas”, fruto da lei da reciprocidade, infalivelmente têm que resgatar,
por força do cumprimento da Lei.
Mas, a humanidade, presa dos seus preconceitos, onde o querer saber melhor que o
próximo é uma máxima, continua a dividir a Palavra numa sequência de acontecimentos
e objectividades que trazem fraqueza e dúvidas sobre altos valores que a serem
apreendidos pelo homem comum só proveito espiritual lhe traria.
A Palavra transmitida por Jesus foi tão singular e promissora, que só mentes escuras a
poderiam desvirtuar, e aconteceu! A Palavra da Mensagem do Graal, com a mesma
singularidade de Jesus leva o homem “a nascer de novo”, simples e com uma nova
espiritualidade, sem alimentar a intelectualidade dos preconceitos e do conhecimento
enviesado, raciocínio pragmático que alcança as fronteiras da materialidade sem dela
sair.
Sem o sentido da oportunidade e com a melhor boa vontade pode o homem fazer mais
estragos do que bênçãos.
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Esta advertência tem a ver com o comportamento do homem, individual, com a sua
maneira de estar perante o seu próximo, o que ele transmite, o que faz e pensa,
conforme a sua postura e exemplo para os outros, conforme a sua obra, que será
medida pelos valores da nova espiritualidade e não pelos valores humanos, os quais
ele domina! O tempo urge, é tempo de mudança e não de confrontos, é tempo de
encontrar o caminho que conduz ao Alto de modo singelo e puro.
Alma Lusa
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XIII - Dar a outra face…
“Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, e dente por dente: Eu, porém, vos digo que
não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a
outra; (…) Eu, porém, vos digo; amai os vossos inimigos, bendizei os que vos
maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem;”
Jesus
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“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei a vós (João 13-34) ”, e mesmo em
agonia, na vergonha da acção dos homens, Ele respeitou o Seu ensinamento, “Pai,
perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem (Lucas 23-34) ”, cimentando no coração dos
homens o mandamento!
As Suas parábolas expressavam uma via de ensino simples, pequenas histórias que
encerravam os segredos da Criação, essa mesma Criação que nós, tão afincadamente
pesquisamos; “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade;
(João 15 -12,13) ”; A continuidade dos Seus ensinamentos, da Sua mensagem, seria
divulgada de um modo mais abrangente pelo Consolador, o Espírito de Verdade, “Mas,
aquele consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. (João 14-
26) ”. E cumpriu-se! A palavra de Jesus está viva e testemunhada na Mensagem do
Graal, na Luz da Verdade, e a Criação, em toda a sua maravilhosa estrutura, está
explicada de um modo simples e em rigor, a obra do Altíssimo.
* ”O caminho para o Altíssimo se acha pronto na frente de cada criatura humana!
Quem possui em si decisiva vontade para o bem e se esforça por outorgar limpidez a
seus pensamentos, esse já achou o caminho para o Altíssimo!”.
Alma Lusa
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XIV - De crise em crise…
O homem, por força da sua natureza, é um ser sociável, a liberdade, fruto do livre
arbítrio, é a ferramenta certa para a sua evolução como ser criativo, nas artes, nas
ciências, na politica… a livre expressão e o caudal do pensamento permitem que o
homem evolua no Conhecimento.
A espiritualidade molda o comportamento primário e aprimora-o no sentido da
sensibilidade e refinamento do trato, é uma conjugação importante que define o estado
do ser, a espiritualidade e o raciocínio como um todo, actuando em benefício e
equilíbrio, assim fomos criados, assim seremos até ao fim dos tempos, no cumprimento
da Vontade do Altíssimo.
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e fundamentalistas, amordaçando a livre expressão individual, seja na politica ou na
religião. O raciocínio frio passa a dominar, o egoísmo toma contornos epidémicos, as
acções de domínio, a falta de respeito pela dignidade humana e a hipocrisia dominante
de quem, “de barriga cheia, fala moralmente sobre a fome!”.
Alma Lusa
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XV - Partida
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Nas asas da aurora conheci o amanhecer,
Da penumbra à Luz
Os meus olhos se afeiçoaram,
E o caminho ficou claro…
No etéreo naveguei,
Fronteiras desconheci,
A liberdade assolou-me
E a vida incandesceu,
Vivi…
Pressenti a Magnificência
De quem com sabedoria
Governa os Mundos!
Tal qual a criança
Que em confiança
Se aninha no regaço
Da mãe deleitosa,
Assim meu espírito
Caminha confiante
Em direcção à Luz,
À Pátria!
Alma Lusa
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XVI - O Mundo não vai acabar!
* “Assim se encontra nas leis da reciprocidade a dádiva como uma grande graça do
caminho para a liberdade ou a ascensão. Não se pode, por conseguinte, falar
absolutamente em castigo. Castigo é uma expressão errada, uma vez que exactamente
nisso se encontra o grandiosíssimo amor, a mão que o Criador estende para o perdão
e a libertação.”
Abdruschin
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Tudo ao nosso redor está perfeitamente adaptado ao ciclo evolutivo da Criação.
Equilíbrio. As Leis e seus executores a laborarem no sentido da Vontade.
O Mundo não vai acabar. Tranquilizem-se almas humanas amedrontadas, o Mundo não
vai acabar. A obra do Criador é por demais valiosa e bela para ser exterminada só
porque a maioria dos seres humanos falhou na sua educação espiritual e civilizacional.
O ser humano falhou em toda a linha e ainda hoje, à beira da catástrofe, mantém-se
ufano sentado num trono de lata emoldurado de lantejoulas, que de reluzente nada tem e
de beleza nem risco, no entanto, toma o fruto das suas acções, essas mesmas acções que
o há-de levar ao precipício da perdição.
A Terra passará, porque o seu tempo ainda não chegou, mas os prevaricadores não
passarão, nem as mentes tortuosas dos que agarrados aos livros sagrados deambulam
pelas ruas do além na procura de almas para o seu séquito, para engrossarem fileiras
flácidas de vontades e espectros bizarros de mandadores sem lei.
O Mundo não vai acabar, mas a Humanidade será expulsa do Paraíso. Triste sina, a
quem tal está destinado.
A obra do homem vai marcar, indelevelmente, o nosso planeta, o fruto do nosso sucesso
e conforto marcará a negro o meio ambiente, toda a Terra está minada pelas nossas
necessidades e essas serão a causa do cataclismo, eras vão passar até que este esteja
limpo e revigorar-se em fulgor de beleza e equilíbrio.
O Mundo não vai acabar, mas tu, criatura humana, tens razões para temer o que está
por vir. Teme o Juízo, porque a esse não escaparás, tu que tens a alma cheia de
sombras teme, alimenta o temor que te pertence e que por ti foi cultivado, sega o seu
fruto.
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identificados, mas cujas soluções não são aplicadas pelo efeito da teia de aranha, quanto
mais se mexem mais se enredam.
“Fizeste a cama, agora deita-te nela”, a sabedoria popular no seu estado mais simples e
directo.
As profecias confirmam-se ou estão em vias de se confirmar e o homem poderia mudar
tudo isto se para tanto estivesse imbuído de vontade de mudança.
“E vi outro anjo que subiu da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo;
e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a
terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que
tenhamos assinalado, nas suas testas, os servos do nosso Deus.” – Apocalipse 7-1:17
Mas a força que alimenta as nossas acções e os nossos pensamentos adensa-se ao nosso
redor, fortalecendo mais e mais a nossa vontade, que assim alimentada mais se fortalece
no desequilíbrio.
O Mundo não vai acabar, mas tu, criatura humana, atenta para o teu
comportamento, muda-o, nasce de novo!
Alma Lusa
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EPÍLOGO
Alma Lusa
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