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UniCEUMA

COORDENADORIA GERAL DA SAÚDE


COORDENADORIA DO CURSO DE BIOMEDICINA

Aula 05- Avaliação Laboratorial


da Função Hepática

Profª Dra. Amanda Aliança


E-mail: profa.alianca@gmail.com
Fígado

• O fígado é um grande órgão maciço, com aproximadamente 20


cm de diâmetro, 17 cm de altura e peso médio de 1.4 Kg,
localizado no quadrante superior direito da cavidade abdominal,
logo abaixo do diafragma.
Fígado

• Seu suprimento sanguíneo é feito por duas vias, pela artéria


hepática (20-40%) e pela veia porta (60-80%). O fígado é um
órgão tão vascularizado que chega a receber 1.5 litro de sangue
por minuto.
Fígado

• A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, parecido com


uma pera, localizada abaixo do lobo direito do fígado. Sua
função é armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que
atua na digestão de gorduras no intestino.
1- Metabolização dos nutrientes digeridos:
2- Metabolização de substâncias
Gorduras, proteínas e glicose tóxicas

3- Formação e

Fígado excreção da bile

Central metabólica

4- Produção de substâncias
5- Destruição de bactérias
essenciais ao organismo
e outros microrganismos
Funções do Fígado
1- Metabolização dos nutrientes digeridos:
Toda a circulação sanguínea do
Gorduras, proteínas e glicose trato digestivo drena em
direção à veia porta.

• Gordura: a gordura vinda do processo da digestão é transformada em


diversas substâncias, como fosfolipídios ou colesterol;

• Aminoácidos: utilizados fonte de produção de albumina, globulinas,


fatores de coagulação, formação de massa muscular;

• Glicose: armazena outra sob a forma de glicogênio, para que esta possa
ser usada como fonte de energia nos períodos de jejum ou atividade
física.
Funções do Fígado
Assim como os nutrientes, qualquer outra
2- Metabolização de substâncias substância ingerida também passará pelo fígado
tóxicas antes de chegar ao resto do organismo, incluindo
remédios, drogas, toxinas ambientais e álcool.

• Os hepatócitos são ricos em citocromo P450, o nome dado a uma família


de enzimas que têm a capacidade de metabolizar, inativar e facilitar a
eliminação pelos rins de diversas substâncias.

• O álcool é uma substância extremamente tóxica, mas que até certo ponto
pode ser consumida, pois o fígado tem a capacidade de transformá-lo em
ácido acético, uma metabólito muito menos tóxico e facilmente eliminado
pelos rins através da urina.
Funções do Fígado
3- Formação e
excreção da bile

• A bile produzida pelo fígado é parte armazenada na vesícula biliar e parte


liberada no intestino, para facilitar o processo de digestão;
• A bilirrubina é metabolizada no fígado e acrescentada a bile, uma
substância que auxilia na digestão de gorduras;

• A presença da bilirrubina na bile é a responsável pela cor marrom das


fezes. Pacientes com doenças no fígado ou nas vias biliares que impeçam
a drenagem de bile para os intestinos apresentam problemas de digestão
de gorduras e fezes esbranquiçadas.
Funções do Fígado
4- Produção de substâncias

essenciais ao organismo

• Além da produção de proteínas


importantes, como albumina e
fatores da coagulação, já explicados
acima, o fígado também é capaz de
produzir, metabolizar e armazenar
uma grande diversidade de outras
substâncias, como vitaminas e ferro.
Funções do Fígado
5- Destruição de bactérias

e outros microrganismos

• O fígado possui células de defesas, chamadas células de Kupffer, capazes


de eliminar microrganismos e fragmentos de células mortas que passem
pelo fígado.
Testes de Função Hepática

• Dosagens que fornecem pistas sobre a existência, extensão e o


tipo de lesão no fígado;
• Estes testes não medem quantitativamente a capacidade do
fígado desempenhar as funções descritas anteriormente;

• Essas investigações podem ajudar a diferenciar as seguintes


situações:
• Obstrução do trato biliar
• Dano hepatocelular agudo
• Doença hepática crônica
Testes de Função Hepática

• Principais exames utilizados


• Bilirrubina (Total e frações)- Função secretora
• Fosfatase Alcalina (ALP)- Função secretora/Integridade Hepática
• Aminotransferases (ALT, AST)- Integridade Hepática
• Gama-glutamiltranspeptidade (GGT)- Integridade Hepática
• Proteínas Plasmáticas- Capacidade de síntese
• Tempo de Protrombina (TP)- Capacidade de síntese
Bilirrubina

• A bilirrubina é o principal metabólito


do heme – o anel tetrapirrólico de
ligação ao ferro encontrado em
hemoglobina, mioglobina e
citocromos.

• Aproximadamente 250 a 350 mg de


bilirrubina são produzidos diariamente
em indivíduos adultos sadios, sendo
que cerca de 85% desse total deriva da
renovação de hemácias senescentes.
Bilirrubina

• É um exame que pode avaliar ao mesmo tempo lesão hepatocelular, fluxo


biliar e função de síntese do fígado.

• A primeira bilirrubina a ser produzida é a bilirrubina indireta (também


chamada de bilirrubina não conjugada – vinda da hemólise), que circula
no sangue ligada à albumina sérica.

• A BI é transportada para o fígado e, no hepatócito, é conjugada ao ácido


glicurônico transformando-se em mono e diglicuronídio de bilirrubina
(bilirrubina direta). A bilirrubina direta é excretada pelo fígado para a
vesícula biliar, fazendo parte da bile.
Bilirrubina
(Lipofílica)

(Solúvel em água)
Hiperbilirrubinemia

• A icterícia é a pigmentação amarela de pele, esclerótica e membranas


mucosas, resultante da hiperbilirrubinemia.
• Torna-se evidente clinicamente quando as concentrações plasmáticas da
bilirrubina excedem 3,0 mg/dL, apesar de graus menores terem
significância clínica.
• A icterícia é o sinal mais precoce de uma série de patologias hepáticas e
biliares.
Hiperbilirrubinemia

• Causas da elevação dos níveis séricos de bilirrubina não conjugada (BI)


• Hemólise: se deve à elevação anormal dos níveis de hemoglobina liberada a
partir dos eritrócitos;

• Síndrome de Gilbert: caracterizada por uma discreta hiperbilirrubinemia não


conjugada;

• Síndrome de Crigler-Najjar: caracterizada por elevados níveis séricos de


bilirrubina não conjugada, são detectadas mutações múltiplas.

• Icterícia fisiológica do recém-nascido: sobrecarga de bilirrubina ao


hepatócito e a menor capacidade de captação, conjugação e excreção hepática da
bilirrubina (limitações do metabolismo da bilirrubina).
Hiperbilirrubinemia

• Causas da elevação dos níveis séricos de bilirrubina conjugada


• Síndrome de Dubin-Johnson: Erro inato do metabolismo que gera um
bloqueio da excreção de bilirrubina no interior dos canalículos em decorrência de
defeitos no transportador de ânions orgânicos;

• Colestase intra-hepática: Quando qualquer porção da árvore biliar está


bloqueada ou anormalmente permeável, à passagem da bilirrubina;

• Obstrução biliar extra-hepática, completa ou parcial dos ductos biliares,


produz concentrações séricas aumentadas de bilirrubina conjugada.
Fototerapia

• A luz pode causar fotoisomeração, transformando a forma trans em uma


forma cis mais compacta, que é bem mais hidrossóluvel e, portanto,
excretável pela urina (Onishi, 1986). Esse processo constitui a base da
fototerapia no tratamento da hiperbilirrubinemia (não conjugada)
neonatal.
Bilirrubina

• Determinação da Bilirrubina
• Paciente: Permanecer em jejum por 8 h antes da prova.
• Amostra: Soro obtido em jejum e isento de hemólise e lipemia. Até a
realização do teste (no máximo 3 h após a colheita) o soro deve ser
mantido no escuro. Conserva-se por uma semana no escuro e
refrigerado.
• Dosagem:
Bilirrubina

• Valores de referência
Aminotransferases

ALT (Alanina aminotransaminase) ou TGP (Transaminase glutâmico-


pirúvica)
• Encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma do
hepatócito, o que torna o seu aumento mais específico de lesão
hepática;
• Atenção: pode estar aumentada em conjunto com a AST (TGO) em
miopatias (doenças musculares) graves. Indica lesão aguda (presente no
citoplasma).
• Recomendada para rastreamento de hepatites => normalmente elevação
importantes nas hepatites virais, mas é menos sensível que a AST (TGO)
para hepatite alcoólica.
Aminotransferases

ALT (Alanina aminotransaminase) ou TGP (Transaminase glutâmico-


pirúvica)

• Presente no citoplasma => indica lesão aguda!


• Atenção: geralmente está elevada em obesos, mesmo sem doença
hepática ou muscular! => esteatohepatite não alcoólica!

• Valores de referência:
• Feminino: até 31U/L.
• Masculino: até 41U/L
Aminotransferases

AST (Aspartato aminotransaminase) ou TGO (Transaminase glutâmico-


oxaloacética)
• Não é exclusivamente utilizada para a avaliação da integridade dos
hepatócitos, já que também é produzida em músculos esquelético e
cardíaco, rins, pâncreas e eritrócitos;

• Nas miopatias a TGO aumenta junto com a CPK e LDH;

• Pode aumentar em infartos renais, grandes tumores,


sendo acompanhada, em tais casos, de aumentos de LDH;

• Pode aumentar nas anemias hemolíticas e no choque;


Aminotransferases

AST (Aspartato aminotransaminase) ou TGO (Transaminase glutâmico-


oxaloacética)

• Frequentemente está elevada em 20x ou mais na fase aguda das


hepatites virais;
• Também se eleva em hepatite alcoólica, e necroses hepatocíticas tóxicas
ou isquêmicas.
• É mitocondrial , indica lesão grave!

• Valores de referência:
• Feminino: até 32 U/L.
• Masculino: até 38 U/L.
Aminotransferases

IMPORTANTE!
• Coeficiente de Ritis

• Relação AST/ALT < 1 = sugere doença hépática não-alcoólica

• Relação AST/ALT > 1 = sugere doença hépática alcoólica

• Elevação e declínio rápido de AST sugere doença biliar extra-hepática


Aminotransferases
Fosfatase Alcalina (FALC ou ALP)

• A Fosfatase Alcalina compreende um grupo de enzimas fosfoidrolases que


apresentam atividade máxima em pH alcalino, próximo de 10,0;

• Localizada predominantemente em superfícies de troca (presente


principalmente no fígado e ossos);

• Está elevada em:


• Obstrução canalicular hepática (bom marcador de colestase)
• Doenças ósseas (níveis muito elevados na doença de paget)
Fosfatase Alcalina (AL ou ALP)

• Importante: eleva-se nas metástases hepáticas e ósseas sendo BOM


MARCADOR TUMORAL!

• VALORES DE REFERÊNCIA:
• Adultos : de 36 a 110 U/L
Gama-GT

• Enzima encontrada no fígado, rins, pâncreas, intestino e na próstata;

• Significado clínico: refere-se principalmente às doenças


do fígado e das vias biliares.
• Indicadorsensível de colestase, com elevação precoce e
duradoura!

esteatose hepática Cirrose hepática

 GGT
x
melhora do quadro=> valores normalizam valores não normalizam
Gama-GT

• Sua elevação sérica sugere efeito tóxico do álcool e drogas (deve-se


afastar as outras causas de elevação!)
• A GGT possui meia-vida de 10 dias, no entanto esse tempo de meia-vida
pode ser de até 28 dias durante a recuperação do consumo abusivo de
álcool.
• Eleva-se em neoplasias primárias ou metastáticas.

• Valores de referência:
• homens : 15 a 60 U/L
• mulheres: 10 a 40 U/L
Albumina

• É a principal proteína produzida pelo fígado.


• É a proteína isolada mais abundante no plasma normal e,
usualmente, constitui até dois terços do conteúdo plasmático
total de proteínas.

• Baixos níveis séricos de albumina decorrentes de doença


hepática são quase sempre causados pela destruição massiva do
tecido hepático, sendo detectados primariamente na cirrose e,
com mais frequência, secundariamente ao alcoolismo.
Tempo de Protrombina

• O fígado sintetiza a maioria dos fatores e inibidores da


coagulação.
• A síntese de protrombina pelo fígado é dependente da vit. K.
• Na prática clínica, o TP é um método simples, barato e útil na
avaliação do conjunto dos fatores de coagulação e, portanto, da
síntese hepática.

• O teste: determina o tempo necessário para a ativação


completa da cascata de coagulação, uma vez iniciada pela
tromboplastina.
Tempo de Protrombina
Doenças Hepáticas
Doenças Hepáticas
Exercícios

• Um homem de 47 anos faz uso de um medicamento hepatotóxico e a


equipe médica deseja acompanhar o impacto desse medicamento sobre a
integridade do fígado. Além de outros parâmetros, a equipe médica pode
pedir o doseamento das enzimas:

a) CK-BB/LDH.
b) CK-MM/CK-MB.
c) ALT/AST.
d) PSA/CK.
e) Amilase/CK-MM.
Exercícios

• Defeitos no metabolismo da bilirrubina, resultando em icterícia podem ocorrer,


gerando distúrbios caracterizados por elevações dos níveis de bilirrubina conjugada ou
bilirrubina não conjugada que podem ser avaliados por várias técnicas analíticas. Em
relação à interpretação dos resultados das dosagens de bilirrubina, assinale a
alternativa INCORRETA.

A) A doença hemolítica devida à incompatibilidade Rh ou ABO é causa de


hiperbilirrubinemia conjugada no neonato.
B) A destruição excessiva de hemácias circulantes pode ocorrer devido à exposição a
produtos químicos, sendo caracterizada pelo aumento de bilirrubina indireta no soro.
C) A hiperbilirrubinemia predominantemente conjugada indica comprometimento na
captação, no armazenamento ou na excreção da bilirrubina.
D) As doenças que interferem no fluxo biliar para o intestino e disfunção hepatocelular
são patologias associadas a valores elevados de bilirrubina direta.
• ASTc E ALT: Citoplasma

• ALP E GGT: superfície


canalicular do hepatócito

• ASTm: na mitocôndria
UniCEUMA
COORDENADORIA GERAL DA SAÚDE
COORDENADORIA DO CURSO DE BIOMEDICINA

BONS
ESTUDOS!

Profª Dra. Amanda Aliança


E-mail: profa.alianca@gmail.com

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