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Disciplina: Fundamentos da Análise de Riscos

Instrutora: Karla Lins

João Pessoa, 23/10/2019


PROCESSOS DE ANÁLISES DE RISCOS

Os processos de análises de riscos são complexos e de grande


responsabilidade por parte dos emitentes das autorizações de
início das atividades.
São complexos porque o resultado das análises pode ou não, salvar
vidas.
E de responsabilidade porque o simples fato de avaliar o local e
emitir uma autorização não exime as responsabilidades legais
associadas.
De uma maneira geral, um risco quase sempre não é um item
isolado em um processo. É uma probabilidade de falha que decorre
desde um projeto inadequado a uma execução falha. Quando não
se avaliam todas as circunstâncias no entorno do local onde serão
executadas as atividades poderá estar se dando “sorte ao azar”, ou
seja, deixar de ter a oportunidade de, ao agir preventivamente,
salvar vidas.
O risco pode ser entendido como uma falha casual em um
equipamento, a falta de cumprimento dos procedimentos de
instalação e montagem ou de manutenção deste equipamento.
Um risco é um ato aleatório, possível, incerto, futuro e que tende a
causar perdas ou danos quando se materializa.
Em instalações industriais muitas vezes se está realizando atividades em
uma área sem que se saiba o que está acontecendo na área vizinha e, o
que pior, as interfaces entre essas áreas. Desta forma, uma falha que
não se originou na área onde o trabalho está sendo desenvolvido pode
não só vir a ser ampliada como também atingir as unidades ao redor.
Muitas vezes as análises de risco abrangem somente a identificação dos
riscos nos locais onde ocorrerá a intervenção, esquecendo-se da análise
dos locais vizinhos.
RISCO E PERIGO

Existem diversas definições para risco e


perigo, podendo variar de acordo ao
contexto aplicado. Eis algumas definições
baseadas no contexto de saúde e
segurança:
PERIGO
DEFINIÇÃO DE PERIGO
• “É uma condição ou conjunto de circunstâncias que têm o potencial de
causar ou contribuir para uma lesão ou morte”. (Sanders e McCormick, 1993,
p. 675).
• “Toda fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos humanos
em termos de lesão ou doença”. (OHSAS 18001, 3.21).
• “Fonte com potencial para causar lesões e problemas de saúde. Os perigos
podem incluir fontes com potencial de causar danos ou situações perigosas,
ou circunstâncias com potencial risco de exposição, levando a lesões e
problemas de saúde”. (ISO 45001, 3.19)
PERIGO

Propriedade ou condição inerente.


Exemplos:
• Inflamabilidade da gasolina;
• Toxicidade do cloro;
• Queda de lugares altos.
RISCO
DEFINIÇÃO DE RISCO

• “Risco é a probabilidade ou chance de lesão ou morte”. (Sanders


e McCormick, 1993, p. 675).
• “Risco é a combinação entre a probabilidade de ocorrência de um
evento ou exposição perigosa e a gravidade da lesão ou doença
que pode ser causada por este evento ou exposição”. (OHSAS
18001, 3.6)
• “Efeito da incerteza”. (ISSO 45001, 3.20)
Risco é um número que indica a
probabilidade de um evento
indesejado acontecer.
PERIGO X RISCO
PERIGO X RISCO

Risco é a probabilidade de um Perigo é uma ou mais condições


evento acontecer, seja ele uma que têm o perfil de causar ou
contribuir para que o Risco
ameaça, quando negativo, ou
aconteça. Não se mede e não há
oportunidade, quando como eliminar o Risco. O Risco é
positivo. É o resultado obtido um evento, ele está lá e pode
pela efetividade do perigo. acontecer a qualquer momento.
Risco é a consequência do perigo; se não
existe perigo, não existe risco.
EXEMPLO PRÁTICO E FÁCIL PARA ENTENDERMOS A
DIFERENÇA ENTRE PERIGOS E RISCOS:

Ação: Dirigir por um trajeto.

Resultado esperado dessa ação: Chegar ao destino com segurança.

Risco: Acidente de trânsito


Perigos:

• Não saber dirigir


• Dirigir em alta velocidade
• Não respeitar as leis de trânsito
• Não fazer a manutenção preventiva do automóvel
• Entre outros.
Ações preventivas e/ou corretivas para minimizar os perigos:

• Ter carteira de motorista,


• respeitar as leis de trânsito,
• fazer a manutenção do automóvel, etc.
SITUAÇÃO:

Um trabalhador está lavando um piso escorregadio. Neste caso,


identifique:

1. Qual o perigo?
2. Qual O risco?
O perigo é o piso escorregadio.
O risco é a possibilidade de acontecer uma queda durante a
execução do trabalho.
POR QUE IDENTIFICAR OS RISCOS?
Segurança x Nível aceitável de Risco

Vivemos em um mundo cercado de riscos, alguns visíveis, outros nem tanto.


Os riscos são derivados dos perigos; desta maneira, onde há uma atividade
perigosa, certamente existirão um ou vários riscos. O risco é inerente à toda
atividades humana então, nesse caso tem mais sentido falarmos em nível
aceitável de risco do que em segurança.
Quando se fala em nível aceitável de risco não significa que o risco
seja algo natural cuja ocorrência deveremos entender como algo
normal, muito pelo contrário. Entretanto, como os riscos estão
diretamente relacionados às atividades, os riscos passam a existir.
O que devemos ter em mente é que temos o dever de definir
nossos níveis de tolerância quanto à ocorrência dos riscos. A
situação ideal é aquela que prevê níveis de tolerância zero, ou seja,
não deverão conter riscos no processo.
Muitas vezes não temos como eliminar 100% dos riscos nos
ambientes de trabalho por ser algo impossível. Assim, devemos
sempre estar um passo à frente no quesito segurança, trabalhando
a atualização constante dos processos e investindo no
abrandamento dos riscos e na proteção dos trabalhadores.
COMO IDENTIFICAMOS RISCOS?

1. Experiência
2. Histórico de situações semelhantes
3. Análises estruturadas
APR
HAZOP
FMEA
ÁRVORE DE FALHAS
A fim de que possamos identificar corretamente os riscos deveremos contar
com equipes que tenham como premissas:
• Competências individuais e coletivas;
• Habilidades;
• Atitudes;
Quando essas premissas se materializam em todo o grupo as chances de
ocorrência de acidentes são minimizadas.
GERÊNCIA DE RISCOS
O gerenciamento de riscos é um conjunto de ações que tem por
objetivo identificar e mensurar os riscos que possam vir a ocorrer
por várias razões ou modo de falha. Para que a análise seja
completa os especialistas empregam técnicas bem específicas de
análise e conceitos matemáticos para quantificação das perdas e
danos decorrentes.
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO - APR
Conhecida pela sigla APR, a Análise Preliminar de Riscos é uma
ferramenta eficaz para a identificação de potenciais riscos no
ambiente de trabalho. Partindo da identificação antecipada de
elementos e fatores ambientais que representem perigo elevado,
analisa, de maneira detalhada, cada uma das etapas do processo,
possibilitando assim a escolha das ações mais adequadas para
minimizar a possibilidade de acidentes.
A APR é uma das técnicas mais utilizadas atualmente, e devido à
sua alta eficácia e pelo envolvimento de diversos profissionais, faz
parte do cotidiano tanto de profissionais, como de estudantes do
setor de segurança e saúde do trabalho.
ORIGENS HISTÓRICAS DA ANÁLISE
PRELIMINAR DE RISCOS
O desenvolvimento da APR deu-se, inicialmente, pela necessidade do
Departamento de Defesa dos Estados Unidos de estabelecer padrões de
segurança para o transporte, armazenamento e manipulação de mísseis
militares, que pela natureza das operações, apresentava alto grau de
periculosidade.
Devido ao alto valor de cada um desses equipamentos balísticos, foi
necessário o desenvolvimento de análises minuciosas que aumentassem o
nível de segurança, assegurando a segurança dos militares envolvidos e
evitando prejuízo de milhões de dólares no caso de uma explosão acidental ou
da perda de um dos mísseis por problemas operacionais.
A APR foi criada e desenvolvida para evitar prejuízos e melhorar processos
E QUAIS SÃO OS OBJETIVOS PRINCIPAIS
DA APR?
O âmbito da Análise Preliminar de Risco é bastante amplo, mas dentre
as principais metas estão:
• Identificação aprofundada dos riscos no ambiente de trabalho;
• Orientação clara e objetiva da equipe de colaboradores;
• Estabelecimento de procedimentos que visem a segurança;
• Organização e sistematização das tarefas desenvolvidas no processo;
• Planejamento amplo de cada etapa e de cada tarefa;
• Orientação e capacitação da equipe quanto aos riscos da atividade
laboral;
• Prevenção de acidentes, causados por falha mecânica ou humana.
A principal meta da APR é garantir a
segurança de todos no ambiente de
trabalho.
ELABORAÇÃO DA APR

Para elaborar uma APR eficiente devem ser observados e relatados todos os
riscos do ambiente. Para descobrir os riscos podemos usar como base o PPRA,
Check lists, ou outros formulários elaborados para tal.

Campos que não podem faltar na APR:


• Responsáveis: Responsáveis pela aplicação da APR.
• Data: Deve ser a data de aplicação da APR.
• Nome da empresa:
• Tarefa a ser executada:
– Riscos do trabalho: Devem ser listado com riqueza de detalhes, afinal a APR
(Análise Preliminar de Risco) existe justamente para listar os riscos e a partir
dos riscos começamos a processo de neutralização, eliminação ou atenuação.
– EPI’s: Descrição dos EPI’s de uso obrigatório durante a realização dos
trabalhos.
– Equipamentos usados durante o trabalho: Cada equipamento gera um
risco específico, e por menor que pareça, merece atenção e deve ser listado.
Quanto mais detalhes, mais eficiente será a APR.
– Normas de segurança a serem observadas: É importante relatar, tanto para
ciência do funcionário quanto para efeito de documentação.

– Etapas de trabalho: Cada etapa tem seu risco específico e deve ser
observado e listado.

No campo de descrição das etapas de trabalho cada etapa precisa conter:


etapa, risco, medidas preventivas a serem observadas, e nível de risco.

– Revisão: A cada revisão deve ser alterada a ordem numérica da APR.


Responsáveis pela APR: A equipe de trabalho deve ser envolvida na APR.
Normalmente os integrantes do SESMT são os responsáveis pela implantação
e gerenciamento da APR. Isso não impede que outros funcionários como os
chefes de setores sejam incluídos.

A APR é uma técnica que pode ser aplicada a várias atividades e pode ser
usada em conjunto com outras técnicas de avaliação e controle.
Validade da APR (Análise Preliminar de Risco)

A APR não tem vigência definida ao contrário da PT - Permissão de


Trabalho.
Cada empresa pode definir a vigência da APR da forma como
preferir. Algumas empresas costumam fazer semanal, outras
mensal etc.
Quem assina a Análise Preliminar de Risco

Qualquer profissional que tenha conhecimento em Segurança do


Trabalho, por exemplo, o líder de setor pode aplicar e assinar.
Quem aplica a APR

Qualquer empregado pode emitir a APR, não existe impedimento legal para
isso. Porém, é preciso que o emissor tenha conhecimento na área de
segurança do trabalho e que conheça também os riscos do ambiente de
trabalho.
Somente assim a APR pode realmente cumprir sua missão que é levantar
riscos e propor medidas preventivas.
Modelo de APR

Não existe um modelo de APR, as normas não definem um modelo


específico. Sendo assim, cada empresa pode criar e determinar o
tipo de APR que melhor atenda as necessidades de segurança da
empresa.
A APR proporciona melhoria contínua

O processo de melhoria da APR deve ser contínuo, ela deve ser


mutável assim como o ambiente do trabalho é mutável. Sempre
que forem observados novos riscos ou situações perigosas no
ambiente, elas devem ser inclusas na APR.
Documentar

Na Segurança do Trabalho não basta fazer é preciso documentar! E com a APR


não é diferente. A APR deve ser documentada colhendo a assinatura de todos
os envolvidos na atividade. E claro, precisa ser arquivada para consultas
posteriores.
Assim ela mostrará a linha do tempo dos riscos e das medidas preventivas que
a empresa adotou para eliminá-los ou controlá-los.
APR PARA ESPAÇO CONFINADO
REFERÊNCIAS
• SANDERS, M.S.; McCORMICK, E. J. Human Error, Accidents, and Safety. In:
SANDERS, M.S.; McCORMICK, E. J. Human Factors in Engineering and
Design. 7th ed. New York: McGraw-Hill, 1993. chap. 20, p. 655 - 695.
• Ohsas - Occupational Health and Safety Assessment Series Nº 18001.
• ISO 45001/2018 - Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional
• https://segurancadotrabalhonwn.com/analise-preliminar-de-risco-apr/ -
acesso em 23/10/2019.
• https://areasst.com/apr-analise-preliminar-de-risco/ - acesso em 23/10/2019.

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