HISTORIOGRÁFICO1
1
Maria Amélia M.Dantes. “A implantação das ciências no Brasil. Um debate historiográfico”. In: Alves, José
Jerônimo de Alencar (org.). Múltiplas faces da história das ciências na Amazônia, Belém, Ed.Universidade
Federal do Pará, 2005, 31-48;
George Basalla e seu modelo para a difusão científica
Foi somente a partir dos anos 1960 que a difusão da ciência moderna e a
implantação de tradições científicas em diferentes contextos passaram a ser temas para os
historiadores da ciência. Um marco nesta linha de estudos foi a publicação, pela revista de
divulgação científica Science, do texto do historiador norte-americano George Basalla,
“The Spread of Western Science”, em 19672.
Este texto teve grande influência e trouxe uma perspectiva mundial para a História
da Ciência, até então voltada para o desenvolvimento das ciências em países que tiveram a
liderança na produção de conhecimentos científicos modernos3.
Foi editado no contexto dos debates sobre a questão do desenvolvimento, nos anos
que seguiram a segunda guerra mundial e, a partir de estudos históricos, procurou
apresentar propostas que orientassem países dependentes cientificamente a se tornarem
lideranças científicas.
No texto, Basalla utiliza estudos históricos existentes sobre o processo de difusão da
ciência moderna- produzida em alguns países europeus e paradigma científico por
excelência- para outras regiões do globo: América, África e Ásia, desde os primeiros
períodos da expansão européia. A partir destes estudos, constrói um modelo geral para a
difusão da ciência moderna, constituído por 3 fases. Uma primeira, caracterizada pela
inexistência de comunidades científicas locais e pelo levantamento feito por europeus das
regiões contatadas; uma segunda, denominada colonial, de existência de uma comunidade
científica local, no entanto, dependente de padrões científicos externos e sem contribuições
relevantes para a produção científica mundial; uma terceira, dos paises independentes
cientificamente.
Algumas questões merecem ser destacadas.
A primeira é que o texto de Basalla está inserido no quadro tradicional da História
da Ciência, pelo qual a ciência moderna é vista como conhecimento universal e cujo
desenvolvimento conceitual é movido por determinantes internos e orientado para a busca
de um conhecimento correto do universo físico. Influências sociais só se dariam em
aspectos mais externos da prática científica, como papéis a ela atribuídos, ou sua
utilização4.
Assim, a difusão da ciência ocidental é vista como um processo pelo qual um
conhecimento epistemologicamente superior- a ciência moderna- se instala em outros
contextos sociais. Para o autor, em alguns casos- como na China e na Índia, com grandes
civilizações antigas-, a ciência se impôs aos saberes locais por sua superioridade cognitiva.
O exemplo dado é dos sistemas de classificação, considerados superiores aos locais. Em
outros casos- como nas Américas- a não existência de civilizações avançadas, teria
facilitado o processo.
Como, para o autor, o objetivo dos vários países deveria ser tornar-se
cientificamente independente, crenças filosóficas e religiosas que criassem resistências à
2
George Basalla, “The Spread of Western Science”, Science, 156, 1967, pp.611-622;
3
Antonio Lafuente, Alberto Elena e M.Luiza Ortega, na introdução ao livro por eles organizado,
Mundialización de la ciência y cultura nacional, Madrid, Ed.Doce Calles, 1992, declaram que os
historiadores da ciência têm uma dívida com Basalla que, em primeiro lugar, chamou a atenção para a
importância do processo de expansão mundial da ciência;
4
Neste sentido, se aproxima do sociólogo Joseph Ben-David, autor de O papel do cientista na sociedade,
S.Paulo, Ed.Pioneira, 1972;
implantação da ciência moderna, deveriam ser erradicadas pelas elites locais. O exemplo
dado pelo autor é do confucionismo, na China, que fazia críticas às práticas científicas.
Finalizando, quero sublinhar que o texto de Basalla considerava, também, a difusão como
um processo unidirecional, pelo qual, um conjunto já estabelecido de conhecimentos se
difundia para outros contextos.
Note-se que, analisando a implantação da ciência moderna nos vários continentes, o
autor não considera fundamental a ação de fatores políticos. E, em nenhum momento,
registra alguma interação positiva da ciência moderna com saberes locais.
Quanto às críticas a este modelo, lembremos que elas se inserem no conjunto mais
amplo das críticas às propostas desenvolvimentistas tão em voga no pós-guerra, e que se
desmontaram com sua própria ineficácia na resolução de problemas dos países sub-
desenvolvidos.
No entanto, como já dito, o texto teve grande influência, estimulando estudos sobre
o processo de implantação das ciências nos mais variados contextos. O que, no entanto, já
ocorreu em um outro quadro conceitual da História da Ciência.
5
Um texto que trabalha desta forma a implantação da física newtoniana no contexto europeu e no colombiano
é o artigo de Luiz Carlos Arboleda, “Acerca de la difusión cientifica en la periferia” In, QUIPU, 4(1), 7-32,
1987;
6
A nova historiografia vem trabalhando com a idéia de que a ciência é uma atividade local, contextual, que
circula. Sobre esta produção v. Dominique Pestre, “Por uma Nova História Social e Cultural das Ciências:
Novas Definições, Novos Objetos , Novas Abordagens”, Cadernos IG-UNICAMP, Campinas, Vol. 6, nº 1,
1996, 3-56 (trad. de artigo publicado nos Annales ESC, vol. 50, nº 3, mai-juin 1995);
francês, inglês, alemão-, alguns deles, partindo do artigo de Basalla e propondo novos
modelos que, por exemplo, diferenciavam as práticas imperialistas das metrópoles7
Outra linha é a dos estudos sobre a implantação das ciências nos vários contextos,
em geral realizados por pesquisadores dos próprios países, partícipes de comunidades de
historiadores da ciência que se formaram dos anos 1960 aos 1980. Na América Latina, a
Sociedade Latinoamericana de História da Ciência e da Tecnologia, criada em 1982, teve
um papel fundamental, estimulando estudos e debates sobre as especificidades da
historiografia da ciência no continente.
Esta nova produção partiu de uma crítica à generalização feita por Basalla em seu
artigo e passou a trabalhar a especificidade de cada contexto. Hoje, podemos dizer que
existe uma gama expressiva de estudos sobre os vários continentes, o que já permite
estudos comparativos. A forte presença destes estudos no congresso internacional de 20018
nos mostra que esta é uma das características da História da Ciência atual: os estudos sobre
os vários contextos nacionais.
Em muitos destes estudos, o processo de difusão passa a ser visto como um
encontro de diferentes tradições/culturas. E não como a transposição de um conhecimento
já estabelecido em um meio receptor, com pouca- ou nenhuma – contribuição ao
desenvolvimento científico.
Dois estudos- um sobre o México e outro sobre o Irã e o Egito são bastante
ilustrativos desta nova leitura.
Outro estudo, bastante elucidativo, foi publicado em 1992 pelo historiador Roshdi
10
Rashed , e trata da introdução, no século XIX, de elementos da tradição matemática
européia no Irã e no Egito, países com tradição antiga em estudos matemáticos.
Rashed mostra-se bastante crítico em relação ao modelo proposto por Basalla, pela
generalização que faz para contextos sociais distintos e por considerar os contextos
receptores como caracterizados por um “vazio científico”. Em seu estudo trata de países nos
quais, ainda no século XIX, permaneciam tradições matemáticas distintas da européia, por
ele denominadas tradições clássicas por terem se iniciado em período anterior à idade
moderna. O autor identifica sua permanência em vários países- Irã, Egito, Turquia e
Tunísia-, como atividades que se mantinham vivas, não decadentes, sendo ensinadas e
orientando atividades de pesquisa.
Estuda detalhadamente as obras de al-Asfahani (1800-1876), da cidade de Ispahan
no Irã, que continuava resolvendo equações algébricas por métodos tradicionais, chegando
a resultados análogos aos demonstrados, por outros métodos, por matemáticos europeus.
Registra, assim, no Irã do século XIX uma atividade, vista por ele como condenada a
desaparecer, mas que apesar de subalterna a nível da produção mundial, mantinha-se viva,
produzindo conhecimentos. Observa, também que al-Asfahani não se mostrava
completamente refratário à tradição matemática européia.
Também estuda o Egito do século XIX, aí encontrando um corpo de professores que
atuaram como mediadores da transferência de ciência moderna, em especial após a
formação do Estado de Muhammad Ali, com seus projetos modernizadores que, mesmo
mantendo o sistema tradicional de ensino, trabalhou no sentido da introdução de valores
ocidentais na sociedade egípcia. Sublinha, assim, a atuação de grupos locais neste processo.
10
Roshdi Rashed, “Science classique et science moderne à l’époque de l’expansion de la science européenne”
In, Petitjean, Patrick, Jami, Catherine; Moulin, Anne-Marie(eds.), Science and Empires. Historical studies
about scientific development and european expansion, Dordrecht/Boston/London, Kluwer Academic
Publishers, 1992, pp.19-30;
2. História das ciências no Brasil - A implantação da ciência e seus encontros e
desencontros com outros saberes
11
Expressão usada por Simon Schwartzmann, em seu livro Formação da comunidade científica no Brasil, de
1979, para descrever as condições existentes no país no século XIX;
12
V., entre outros, Silvia Figueirôa, As Ciências Geológicas no Brasil: uma História Social e Institucional,
1875-1934, S.Paulo, Ed.Hucitec, 1997; Clarete P. da Silva, O Desvendar do grande livro da natureza. Um
estudo da obra do mineralogista José Vieira Couto, 1798-1805, S.Paulo, Fapesp/AnnaBlume/Unicamp. 2002;
M. Margaret Lopes, O Brasil Descobre a Pesquisa Científica. Os Museus e as Ciências Naturais no Século
XIX, S. Paulo, Hucitec, 1997; Alda Heizer e Antonio A.P.Videira: Ciência, Civilização e Império nos
Trópicos, Rio de Janeiro, Ed.Access, 2001;
Para ilustrar como vem sendo trabalhada a implantação de teorias evolucionistas no
Brasil e as adaptações por que passaram, escolhi dois estudos recentes. O de Regina
Cândida E.Gualtieri sobre os trabalhos de cunho evolucionista realizados nos museus
cientificos brasileiros; e o de Lilia Schwarcz sobre as teorias raciais em instituições
brasileiras. O período dos dois estudos é o mesmo, a segunda metade do século XIX e o
início do século XX.
Já o estudo de Lilia Schwarcz14 ilustra bem como no final do século XIX, a difusão
de teorias evolucionistas no Brasil embasou a disseminação de teorias racistas. A autora vê
13
Regina C.Ellero Gualtieri, “O evolucionismo na produção científica do Museu Nacional do Rio de Janeiro
(1876-1915)” In, Heloisa M.B.Domingues, Magalí Romero Sá e Thomas Glick (eds.), A recepção do
darwinismo no Brasil, Rio de Janeiro, Ed.Fiocruz, 2003, 45-96;
esta utilização como própria ao caso brasileiro, em um momento em que o destino do “país
mestiço” era pensado por seus intelectuais.
Da mesma forma que no estudo anterior, aqui são lembradas as várias leituras que
teorias evolucionistas tiveram na Europa, e que também seriam referências para os
cientistas brasileiros. Desde concepções monogenistas, que trabalhavam a humanidade
como uma unidade, mesmo com diferentes raças; e as poligenistas que defendiam
diferentes origens para os vários povos, com a idéia de uma humanidade cindida. Estas
vertentes embasaram teorias raciais diferentes, que no segundo caso incluia o conceito de
raças superiores e inferiores. Como a autora sublinha, eram concepções científicas na
época..
Para o caso brasileiro, a autora faz um amplo levantamento da presença de temas
raciais em publicações de instituições científicas brasileiras: museus de história natural,
institutos históricos, faculdades de medicina e de direito. Acaba detectando diferenças
significativas no tratamento dado ao tema pelos diferentes profissionais. Por exemplo, entre
médicos baianos e da Corte; ou entre advogados do Recife e São Paulo.
A autora chama a atenção para como as teorias raciais foram incorporadas pelos
cientistas brasileiros, ganhando novos significados, ou seja, construindo interpretações
originais que vinham de encontro aos temas candentes no país. São encontradas, assim,
diferenciadas concepções- sempre apoiadas em argumentos científicos- da melhor política
de imigração a ser implantada.
Vemos, assim, estes estudos ilustrando bem o que queremos sublinhar na nova
historiografia: a implantação de teorias científicas sempre implica- com maior ou menor
grau- em adaptações, traduções, recriações.
14
Lilia Schwarcz, O Espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão racial no Brasil (1870-1930),
S.Paulo, Companhia das Letras, 1993;
15
Tem atuação destacada nestes estudos, o Centro de Pesquisa em História social da cultura, IFCH-
UNICAMP;
Os médicos metropolitanos e, depois, os profissionais formados nas primeiras
escolas de medicina e cirurgia- Bahia e Rio de Janeiro, em 1808, sempre se viram
confrontados a outros práticos que se dedicavam às artes da cura. Barbeiros, parteiras,
curandeiros, pajés, boticários, sangradores. Como mostra Tânia Pimenta16, atividades que
até 1832, quando os cursos médicos passaram por nova regulamentação, eram reconhecidas
socialmente. Para esta autora, este ano marca o início da luta da medicina acadêmica pelo
controle das práticas de cura. No entanto, esta regulamentação só aconteceu nas primeiras
décadas do século XX.
Como entender este processo tão longo, já que a medicina acadêmica contou com o
apoio das elites dirigentes nacionais, apoio muito intenso nos governos republicanos? Terá
sido devido à pouca eficiência terapêutica da medicina acadêmica até o início do século
XX, quando as práticas microbiológicas se institucionalizaram?
Vários estudos corroboram neste sentido, mostrando, por exemplo que, em meados
do século XIX leigos participavam de debates sobre questões médicas em periódicos
científicos17. Há exemplos, também, de que médicos prescreviam até meados do século
XIX, práticas como as sangrias, ou o uso de remédios similares aos utilizados pelos
curadores populares.
Mais ainda, há registros de que estes práticos eram muitas vezes bastante populares
e mais procurados por parcela significativa da população, do que os médicos. Vemos assim
no Brasil do século XIX, um meio social que contava com um sistema complexo de práticas
de cura, em que tradições mais modernas, européias , dividiam espaço com tradições vindas
do período colonial.
Para o século XIX, há estudos tratando da ação de pajés na Amazônia; e de
curandeiros e outros práticos no Rio de Janeiro e em Minas Gerais18. Ou o estudo de Sidney
Chalhoub sobre a resistência da população de cortiços cariocas às medidas da junta de
higiene do governo imperial e, em especial à vacinação anti-variólica. O autor após análise
cuidadosa, conclui que as raízes destas ações estavam em crenças religiosas africanas e suas
concepções de doença e cura, que levavam a uma oposição à práticas médicas oficiais19.
Já outros estudos mostram como práticas de cura populares continuavam sendo
bastante difundidas no Brasil nas primeiras décadas do século XX. No Rio Grande do Sul,
sendo mesmo oficializadas pela liberdade profissional estabelecida pela constituição
estadual de caráter positivista20. Ou mesmo em 1918, durante a gripe espanhola, quando
foram largamente acionadas em um contexto de falência da medicina oficial21.
16
Tânia S. Pimenta, “Terapeutas populares e instituições médicas na primeira metade do século XIX” In,
Sidney Chalhoub, Vera Regina Beltrão Marques, Gabriela dos Reis Sampaio, Carlos Roberto Galvão
Sobrinho (org.), Artes e Ofícios de curar no Brasil, Campinas, Ed.UNICAMP, 2003, pp.307-330;
17
L. Otavio Ferreira, “Ciência médica e medicina popular nas páginas dos periódicos científicos (1830-
1840)”, In, Sidney Chalhoub, Vera Regina Beltrão Marques, Gabriela dos Reis Sampaio, Carlos Roberto
Galvão Sobrinho (org.), Artes e Ofícios de curar no Brasil, Campinas, Ed.UNICAMP, 2003, pp. 101-122;
18
Aldrin M.Figueiredo, “Pajelança e medicina na Amazônia no limiar do século XX” In, Sidney Chalhoub et
allii, Op.Cit., pp.273-304; Tânia P. Salgado, Op.Cit; e Betânia G. Figueiredo, Artes de Curar. Cirurgiões,
médicos, boticários e curandeiros no século XIX em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ed.Vício de Leitura, 2002;
19
Sidney Chalhoub, Cidade febril. Cortiços e epidemias na corte imperial, S.Paulo, Companhia das Letras,
1996;
20
Beatriz Teixeira Weber, As artes de curar. Medicina, religião, magia e positivismo na república rio-
grandense. 1889-1928, Santa Maria/Baurú, Ed.Univ.Fed.Santa Maria/ Ed.Univ.Sagrado Coração, 1999;
21
Liane Maria Bertucci, Influenza, a medicina enferma. Ciência e práticas de cura na época da gripe
espanhola em São Paulo, Campinas, Ed.UNICAMP, 2004;
3. À guisa de conclusão
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22
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