Anda di halaman 1dari 1

34ª Jornada Acadêmica Integrada

O DISCURSO PRESENTE NO PODER JUDICIÁRIO ACERCA DAS


TRAVESTIS SOB O VIÉS DA CRIMINOLOGIA CRÍTICA
FEMINISTA

Leal, Carolina M.1(GR); Cezne, Andrea N.1(O)


1
Departamento de Direito, Universidade Federal de Santa Maria

O presente trabalho trata da problemática da questão do Sistema Criminal brasileiro atual


frente à flagrante e recorrente violação de Direitos Humanos no que se refere às questões
de gênero das travestis, a partir da metodologia e epistemologia feminista. Esta é uma
discussão iminente, uma vez que se torna cada vez mais necessário a visibilidade dessa
população específica LGBT, tendo em vista a alta criminalização e mortalidade das
travestis. Não obstante, salienta-se que para além desse alto encarceramento, ou seja, falta
de acesso à justiça, as travestis têm grande dificuldade também de acesso à saúde e à
educação, direitos igualmente fundamentais. Assim, o problema é saber se existe, sob
ponto de vista da criminologia crítica feminista, o amparo pelo princípio da dignidade
humana e dos direitos fundamentais em relação às travestis dentro do ordenamento jurídico
criminal. Para tanto, investiga-se o referido tema em relação à dogmática penal brasileira
atual e as divergências discursivas, ora apontando a criminalização das travestis como
saída mitigadora dos danos causados, ora apontando o caráter ineficaz do Direito Penal
para enfrentar as questões de gênero. Nesse sentido, aplicando-se o método dialético,
parte-se da revisão da literatura, a qual compreende as seguintes etapas: formulação da
questão de pesquisa; comparação entre a legislação, a doutrina e jurisprudência;
interpretação e discussão dos resultados obtidos; apresentação da revisão. Embora se tenha
inicialmente acreditado que tanto a legislação quanto parte da doutrina ofereça proteção às
questões de gênero no que tange a população travesti, quando em confronto com a lei, a
jurisprudência representa na prática o controle social de tudo que se faz uso para reprimir,
vigiar, encarcerar (em casa ou em instituições totais) as mulheres travestis, devido a
articulação de mecanismos de exercício de coerção do Estado. Nesse sentido, é importante
analisar esse discurso que se apresenta nas decisões de forma a explicitar os preconceitos
presentes e combatê-los, buscando uma efetiva proteção à população travesti.

34ª Jornada Acadêmica Integrada - JAI


Universidade Federal de Santa Maria, 21 a 25 de Outubro de 2019

Anda mungkin juga menyukai