---===------------------------------ia=.;......._.,,..__
• Relacionamento/interação.
Avaliação do Paciente • Observe a interação entre o cuidador e a criança, e determine a adequa-
ção desta interação. A intera~o demonstra preocupação, ou há raiva ou
indiferença?
• Outras avaliações importantes que podem ser feitas durante a inspeção do
local do atendimento são as seguintes:
• Ordem, limpeza e segurança da casa.
0
Aparência geral de outras crianças na família.
Estudo de Caso • Presença de quaisquer dispositivos médicos utilizados pela criança
(p. ex., respirador).
Seu paciente é um menino de 4 anos de idade com febre. O menino agarra-se no pai enquanto este explica que a " Indícios de abuso de drogas pelos pais. O uso abusivo de drogas pelos
criança está doenle com febre há 2 dias e tem chorado com frequ ência. genitores está associado a um aumento de mais de duas vezes do risco
Usando o Triângulo de Avaliação Pediátrica (TAP), a sua impressão inicial da criança é que ela está acordada de exposição a abuso físico e sexual da criança.1
e consciente de sua presença. Sua fre11uência respiratória está dentro dos limites normais para a sua idade, sem • Determine se são necessários recursos adicionais, incluindo aplicação das
evidências de aumento do esforço respiratório. A expansão torácica parece simétrica. Seu nariz está escorrendo e a leis, equipamento de incêndio, equipamento de desencarceramento, servi-
pele parece corada. ços especiais de salvamento, equipe médica adicional ou serviços especiais
de transporte (transporte aeromédico).
Com base nas informações fornecidas, esta criança estí -doente" ou "não doente'? Como você deve proceder?
Para maior clareza, os passos ulilí1.ados para realizar uma avaliação pediátrica Avaliação Pediátrica:
são aqui descritos como um processo linear. Na prática, alguns passos podem Componentes
Objetivos ser realizados ao mesmo tempo, particularmente se houver outros profissio-
nais de saúde disponíveis para auxiliar.
1. Discutir os componentes de uma avaliação pediátrirn. • Avaliação inicial
2. Descrever as técnicas para uma avaliação bem-sucedida de !adentes e crianças. • Triângulo de Avaliação Pediátrica (TAF) (impressão inicial).
3. Identificar as caraclerísticas anatômicas e fisiológicas fundamentais de lac- • Avaliação primária (avaliação ABCDE).
tentes e criarn,:as e suas implicações. • Avaliação secundária.
4. Identificar os sinais vitais normais relacionados com a faixa etária. • Sinais vitais.
5. Discutir o equipamento adequado utilizado para obter os sinais vitais pedi- • História direcionada.
átricos. • Exame físico detalhado.
6. Identificar os componenles de uma avalictção pediátrica. • Reavaliação.
Figura 2-2 Batimento de asa nasal. Um a largamento das narinas pode ser ob
servado em lactentes com desconforto respiratório. Figura 2-4 Tirngens. O w lapso interno da parede torácica anterior inferiol' pode
ser observado nesta criança prema lura com síndrome do desconfor-
to rc:spiratl>rio.
• Aparência ansiosa, concentração na respiração.
• Uso da musculatura acessória: músculos do pescoço, tórax e ab- • Movimenlo de balancim (Lorácico/ahdominal}.
dome que se tornam ativos durante uma respiração difícil. • O aumento do esforço respiratório puxa o tórax para dentro
• Inclinação para frente para inspirar. enquanto força o abdome para fora.
• Batimento de asa nasal: alargamento das narinas à inspiração; uma • Indicador de insuficiência respiratória grave.
tentativa de aumenlar o Lamanho da via aérea e aument<'lr a quan- • Observe o ritmo da respiração (regular, irregular, periódico).
tidade de oxigênio disponível (Fig. 2-2). • A inspiração prolongada sugere uma obstrução da via aérea
• Tiragens: afundamento dos tecidos moles acima do esterno (su- superior.
praesternal) ou clavícula (supraclavicular), ou entre (inlercoslal) ou • A expiração prolongada sugere uma obslrução da via <térea in-
abaixo (subcostal) das costelas durante a inspiração (Hgs. 2-3 e 2-4). ferior.
• Indicam aumento do trabalho respiratório. • Ouça
• Em casos de obstrução grave, as tiragens podem estender-se • Ouça o movimento do ar no nariz. e na boca. Observe se a respi-
para a incisura supraesternal e para as áreas supraclaviculares. ração é ca lma, ausente ou ruidosa (p. ex., estridor, sibilos, ronco,
f .
Z.-J
ia \
Linha axila.
anterior
(decú bito lateral) e administre oxigênio suplementa r, se indicado.
• Se houver diriculdad e respirató ria e a frequência for muito baixa ou
muito alta, forn eça oxigênio suplementar e, se necessário, ventilação
com pressão pos itiva .
( ' \ Linha axilar média
1__,...__,_ (vertical a partir • Se a respiração estiver a usente, insira um adjuvante da via aérea (câ -
do ápice da axila)
1 nula o rofaríngea/ nasofaríng ea), se não previa mente feilo, e administre
_......_..___.....;.! Linha axilar
B duas respirações com uma máscara de bolso o u com bo lsa-válvula-
' posterior (vertical
a partir da prega máscara/ máscara- balão a utoinflável com oxigênio suplementar. Ad-
( \. axilar)
ministre cada respirêlção por 1 segundo. Certi~ que-sc de q ue a parede
tosse ou choro ladrante, gorgolejo). O sibilo pode ser ouvido em • runção cardio va scular e perfusão tecidual adequadas.
todo o pulmão, ou, no caso de uma obstrução por corpo estranho, • Acordado e aler'la.
• Ouça para a detecção da presença e qualidade do murmúrio vesi- • A frequência cardíaca e a pressão arterial estão denlro da faixa normal
• Os sons respiratórios são normalmente silenciosos. Pelo fato de • Cor da pele norma l; quente e seca.
o tórax de uma criança ser pequeno e a parede torácica ser fin a, • Tempo d e preenchime nlo capila r* é menor que 2 segundos (avalie em
os sons respiratórios são facilmen te transmitidos de um lado crianças meno res de 6 anos).
para o outro da caixa tor<icica. • lngeslã o o ral e hidratação adequadas.
Como resultado, os sons respiratórios podem ser ouvidos, apesar • Débito urinário ad equado para a idade e peso.
da presença de um pneumotórax, hemotórax, ou atelectasia. Para • Volume de líquido circulante adeq uado (vo lernia).
minimizar a possibilidade de transmissão do som de um lado do • Não há evidência de sang ra mento externo.
tórax para o outro, ausculte ao longo da linha axilar média (abaí- • Sinais vitais dentro dos limites normais para a id ade.
xo de cada axila) e na linha clavicular média sob cada clavícula • Mucosas úmidas.
{Fig. 2-5). Alterne de um lado para outro e compare os resultados. · Nnta da Revisão Científica: A <1utora afirma que o tempo de preenchimento capilar deve ser
avaliado cm crianças menores de 6 anos, contudo, essa avaliaçilo deve ser feita em todas <IS idades.
• Umidade da pele: seca, úmida, sudoreica (diaforética). TABELA 2-6 Avaliação do Turgor da Pele e Estimativa de Desidratação
• A pele é normalmente seca com um mínimo de transpiração.
Tempo Decorrido para Grau ;\proximado de Desidratação
• Use as superfícies dorsais de suas mãos e dedos para avaliar o teor a Pele Retornar ao Normal
de umidade da pele.
Menos de 2 segundos Menos de 50/o do peso corporal da criança
• Turgor da pele.
2 a 3 segundos 5% a 8% do peso corporal da criança
• Para avaliar o turgor da pele (elasticidade), segure a pele do abdome
3 a 4 segundos 90/o a 10% do peso corporal da crianç;i
entre o polegar e o dedo indicador (Fig. 2-8). Estique a pele e então
libere rapidamente. Observe a velocidade com que a pele retorna ao Mais de 4 segundos Mais de 10% do peso corporal da criança
seu estado original após liberada. De Sciclcl HM, Rali JW, Dains Jt, et ai. Mosby's 9uide to physical examinalion, 5th cd. SI. Louis: Mosby, 2003.
" A pele deve voltar à sua forma imediatamente e sem ficar levantada
Um achado positivo é mais útil que • Compressões torácicas.
um achado negativo. Nunca assuma nem enrugada. O turgor bom da pele indica hidratação adequada.
• Conlrole de sangramento.
que urna criança está bem hidratada • O l11rgor reduzido da pele (um sinal de desidratação eiou desnutrição)
• Reposição hídrica.
com base no bom turgor da pele. está presente quando a pele é liberada e conlinua elevada (em forma
• Desfibrilação.
de tenda) e então retorna lentamente à sua forma habitual (Tabela 2-6).
Disfunção
• Avalie o preenchimento capilar.
• Meta: acordado e alerta. Avaliação
• Para avaliar o preenchimento capilar, pressione a pele com firmeza sobre
• Uma versão da E'ic:al<1 de Coma de Glasgow (EG) modificada parei uso pediátri-
o ponto mais quente no corpo da criança e libere. Observe o tempo que
co é usada durante esta fase da avaliação primária para estabelecer uma linha
leva para o tecido branqueado voltar à sua cor original.
de base para comparação cm observações em série e posteriores (Tabela 2-7).
• Se a ternperalura ambienle esliver quente, a cor deve retornar em 2
• Quando o escore da EG cai dois pontos, sugere deterioração significa tiva;
segundos.
O tempo de preenchimento capilar de 3 a 5 segundos é considerado lento uma reavaliação urgente do paciente é necessária.
Um achado positivo é mais útil
• Para evitar confusão com reflexos espinhais, avalie a resposta motora do
que um achado negativo. Nunca e pode indicar má perfusão ou exposição a temperaluras ambienlais frias.
assuma que uma criança está bem
p<tciente aplicando um estímulo acima do pescoço.
"' Um tempo de preenchimento capilar de mais de 5 segundos é nitida-
perfundida com base cm um bom Pergunte ao genitor/cuidador sobre o humor normal da c.rian~:a, o nível
mente prolongado e sugere choque (Fig. 2- 9).
tempo de preenchimento capilar. de atividade, período que fica alerta, vontade e capacidade de cooperar.
• Os locais allernalivos para a avaliação do preenchimento capilar são a
• Oxigênio. Intervenções
testa, o tórax, o abdome ou a parte carnuda da palma da mão.
Intervenções
• Ventilação.
• Oxigênio.
• Posição.
• Posição.
• Estabilização da coluna verlebral.
• Respiração.
A B e • Circulação.
Figura 2-9 Preenchimento capilar de urna criança em choque.
• Exame detalhado (ou direcionado), Diagnóstico diferencial, Procedimentos
diagnósticos.
• Avalie intervenções, manejo da dor.
• facilite a presença da família para os procedimentos invasivos e de reani- Ver Tabelas 2-2 e 2-5 para valores
mação. normais de frequências respiratória e
Sinais Vitais cardíaca por idade.
TABELA 2- 7 Escala
de Coma de Glasgow do Adulto,
• Temperatura.
da Criança e do Lactente • Obtenha a temperatura da criança por urna via adequada (p. ex., oral,
Escala de Coma de Glasgow Adulto/Criança Escore Lactente
axilar, retal, timpânica) considerando-se a idade da criança e sua condi-
Abertura do olho Espontânea 4 Espontânea
ção clínica.
Ao estímulo verbal 3 Ao estímulo verbal
Ao estímulo doloroso 2 Ao estímulo doloroso • A temperatura varia com exercício, choro, estresse e roupas.
Sem resposta 1 Sem resposta • Os sinais comuns de aumento da temperatura corporal incluem face e
Orientada pele coradas, mal-estar, hipoatividade, aumento das frequências respira-
Melhor resposta verbal 5 Murmúrios, balbucias
Desorientada 4 Choro irritável tória e cardíaca e ''olhos brilhantes".
Palavras inadequadas 3 Chora apenas à dor • Os lactentes e as crianças podem perder calor rapidamente. Mantenha
Sons incompreensíveis 2 Geme à dor a criança coberta. É particularmente importante manter a cabeça de um
Sem resposta 1 Sem resposta
lactente coberta.
Melhor resposta motora Obedece comandos 6 Espontânea • Pressão arterial. A pressão arterial é um dos
Localiza dor 5 Evita o toque
• /\ pressão arterial deve ser medida apenas após a avaliação de pulso e indicadores menos sensíveis de
Evita a dor 4 Evita a dor
Flexão anormal {decorlicada) 3 Flexão anormal {decorticada} respiração. As crianças muitas vezes ficam agitadas durante este pro- circulação adequada nas crianças.
Extensão anormal 2 Extensão anormal (descerebrada) cedimento, o que aumenla as frequências de pulso e respiratória. Para
{descerebrada) Sem resposta diminuir a ansiedade das crianças sobre a rnedi ~:ão da pressão arterial,
Sem resposta 1
diga-lhes que vai dar "um abraço" no braço delas.
Total = E + V + M 3 a 15 • Meça a pressão arterial em crianças maiores de 3 anos. Em crianças com O manguito deve estar ao nível
-·.
menos de 3 anos, um pulso central forte é considerado um sinal aceitável do coração e o braço deve estar
de pressão arterial adequada. A Tabela 2-8 mostra o limite inferior da completamente apoiado pelo
socorrista.
pressão arterial sistólica normal por idade.
t Responsivo?
Via aérea aberta?
Estabilização da coluna, se indicada
Inconsciente?
1
Doente
• Prossiga imediatamente com avaliação
Não Doente
Prossiga sistematicamente:
t t
Avalie Q.isfunção (nível de consciência) Sim Atividade elétrica presente? , Não
rápida da via aérea,da respi ração e da • Avaliação primária (avaliação
circulação
• Se um problema for identificado, realize as
intervenções necessárias - "Trate assim que
ABCDE)
• Avaliação secundária
Sinais vitais
• Escala de Coma de Glasgow Pediátrica
t 1
t 1 t
encontrar" História direcionada
Exame físico Exposição/ambient e Se f ibrilação Se atividade elétrica Se assistoli a -
•Reavaliação • Preserve o caior do corpo ventricular (FV) ou sem pulso (AESP) - continue RCP e vá
• Mantenha a temperatura apropriada taquicardia ventricular continue RCP e vá para algorit mo de
(TV) - continue RCP e para algoritmo de assistolia
Figura 2-10 Algoritmo de Avaliação Inicial Pediátrica. Continua
t vá para algoritmo de
FV/TV
AESP
• A pressão arterial deve ser medida com um manguito, com a braçadeira Prossiga para a avaliação secundária
circundando completamente o men-1bro e a largura cobrindo metade a Figura 2-10 Continuação Algoritmo de Avaliação Inicial Pediálrica
dois terços do comprimento da parte superior do braço o u superior da
perna. O uso de um manguito muito grande levará a uma leitura falsa- • Peso.
mente baixa. O uso de um manguito demasiadamente pequeno resulta rá • Sempre que possível, obtenha um peso medido. Se não for possível obter
em uma leitura falsamente alta. um peso medido, use uma fita de medição baseada no comprimento
Para determinar a pressão • Pressão de pulso. para estimar o peso da criança se este for 35 kg ou menos, ou pergunte
arterial sistólica mínima para • A pressão de pulso é a diferença enlre a pressão arterial sistólica e diastólic:a. ao cuidador qual foi o último peso da criança.
uma criança de 1 a 10 anos Je • Indicador de volume sistólico (quantidade de sangue ejetado pelo ven- • Fórmula de peso pediátrica.
idade, pode ser usada a fórmula a
trículo durante uma contração). • Peso em kg = 8 + (2 x idade em anos).
seguir: 70 + (2 x idade em anos).
• Pressão de pulso convergente (estreita) é um indicador de comprometi- " Use 3 kg para recém-nascidos.
mento circulatório. • Use 7 kg para bebês de 6 meses de idade.
Sutura frontal
Fontanela anterior
Sutura coronal
Sutura sagital
Osso parietal
Figura 2- 12 Si'lngue na câmara anterior do olho (hifema}.
Sutura lambdoide
Fontanela posterior
Osso
A occipital
vascular distal à lesão. Compare uma extremidade lesionada com uma não
lesionada e documente seus achados.
• Verifique se há DCAP-BLS, dispositivos de acesso vascular, púrpura, peté-
quias (Figs. 2-15 e 2- 16), presença de anomalias congênitas (p. ex., baquete-
;irnento dos dedos das mãos, pé Lorto), posição anormal da extremidade e
pulseira de idenlificação médica.
• Palpe para detecção de DCAP- BLS·TIC
• Avalie a temperatura da pele, umidade e preenchimento capilar em cada
extremidade.
• Avalie a força e a qualidade dos pulsos, função motora e sensibilidade
(PMS) em cada extremidade.
• Se a criança estiver alerta, avalie a sensibilidade tocando levemente a
extremidade e perguntando: 'Você sente eu esfregar sua pele? Onde?"
• Avalie a função motora de um membro superior em um paciente a ler--
ta instruindo a criança: "Aperte meus dedos na sua mão.'' Para avaliar
a função motora de um membro inferior, instrua a criança : "Empurre
meus dedos da mão para baixo com seus dedos dos pés."
Se houver suspeita de trauma,
Parte Posterior do Corpo
certifique-se de que uma
• Verifique se há DCAP-BLS, púrpura, peléquia\ erupções cutâneas e edema. estabilização alinhada manual
Figura 2-14 Inspecione o Ló rax e avalie traba lho respira tório, simetria do movi-
men to, uso de musculatura acessória e presença de tiragens. • Ausculte o tórax posterior. da cabeça e da coluna é mantida
• Palpe o tronco posterior para detecção de DCAP-BLS. durante o exame.
Púrpuras - manchas
não clareáveis Componentes de Reavaliação
roxo-avermelhadas • Reavalie a permeabilidade da via aérea e a saturação de oxigênio.
maio res que 0,5 cm
de diâmetro. Causa: • Reavalie a eficácia da respiração:
defeitos • Reavalie a expansibilidade torárica.
intravasculares,
infecção. • Frequência respiratória.
• Profundidade/ simetria do movimento respiratório.
• Rilrno da respiração.
• Sinais de aumento do lrabalho respiratório (esíorço respiratório).
• Sons respiratórios.
• Reavalie frequência de pulso e qualidade, estado de perfusão, ritmo cardíaco:
Figura 2-15 Púrpuras são mandli:ls não darecíveis roxo-avermelhadas na pele
• Procure alterações na cor da pele e nas membranas mucosas.
maiores que 0,5 cm de diâmelro. A púrpura é produzida por pe-
quenos vasos em s;.mgramento próximos da superfície da pele.
• Toque a pele para a detecção de mudanças na temperatura e na umidade.
• Reavalie o preenchimento capilar em recém-nascidos e crianças com me-
intravasculares,
• Certifique-se de que há equipamento para aspiração prontamente disponível.
infecção. • Se uma COF ou CNFfoi colocada, verifique se está posiàonada correlamentE'-
• Se o paciente está sendo ventilado com bolsa-válvula-máscara:
• Verifique se o dispositivo está ligado ao oxigênio em 10 a 15 L/min.
• Reavalie a eficácia da ventilação:
• Certifique-se da expansibilidade adequada do tórax.
• Certifique- se da vedação adequada da face à máscara.
Figura 2- 16 Petéquias são manchas não branqueáveis roxo- avermelhadas na
• Avalie a complacência pulmonar (resistência à venlilação):
pele menores que 0,5 cm de d iâmetro.
• Aumento da resistência sugere obslrução da viil aérea.
• Se o oxigênio está sendo ofertado por máscara não reinalante:
• Verifique se a máscara está ligada ao oxigênio em 10 a 15 L/min.
• Verifique se a bolsa do reservatório não ficou murcha e permanece
Reavaliação Propósito
inílada.
• Reavalie a condição do paciente.
• Verifique se a válvula de inalação não está obstruída.
• Avalie a eficácia das intervenções de cuidados de emergência prestados.
• Se o oxigênio está sendo ofertado por cânula nasa l:
• Identifique eventuais lesões o u condições não atendidas.
• Verifique se o fluxo c.Je oxigênio está fixado em não mais c.Jo que 6 L/min.
• Observe as mudanças sutis o u tendências na condição do paciente.
• Verifique se os prongs estão devidamente colocados no nariz do paciente.
• Altere as intervenções de cuidados de emergência, se necessário.
• Verifique se as lesões abertas no tórax foram devidamente seladas
/\ reavaliação deve ser:
com um curativo oclusivo.
• Realizada em TOlJOS os paciente.
• Verifique se o sangramento está controlado. Avalie e documente o
• Realizada após certificar-se da condusiio das intervençües fundamentais_
tipo e a quantidade de drenagem pelos curativos.
• Realizada após o exame físico detalhado, se ele foi realizado. (Em algumas
• Se íluidos por via intravenosa (IV) forem administrados, avalie o ;ices-
situações, a condição do paciente pode impedir a realização de um exame
so IV quanto à permeabilidade. Documente o tipo e a quantidade de
físico detalhado.)
íluido administrado.
• Repelida e registrada a cada 5 minutos para um paciente instável.
• Se a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) for realizada, assegure- se de
• Repetida e registrada a cada 15 minutos para um paciente estável.
que pulsos são produzidos com compressões torácicas.
Não Urgente (Baixo Risco) Uma condição não urgente é aquela que pode seguramente esperar 2 horas
ou mais para ser avaliada sem o risco de morbidade ou mortalidade; o paciente
Questões sobre o Capítulo
apresenta funções vitais estáveis e não requer a utilização de recursos. A doença
ou trauma do paciente tem uma baixa probabilidade de progressão para doença
1. O Triângulo de Avaliação Pediátrica (TAP):
mais grave ou de desenvolvimento de complicações. O paciente com uma con-
/\) É usado para determinar rapidamente se uma criança está ''doente" ou "não doente.''
dição não urgente deve ser reavaliado periodicamente (em geral a cada 60 a 120
B) É uma avaliação prática de um lactente ou criança.
minutos) para garantir que não haja deterioração da sua condição.
q É realizada de maneira sistemática a partir da cabeça até os pés, e requer o uso de um estetoscópio e de
• Infecção da via aérea superior (IVAS).
manguito de medição de pressão.
• Febre em uma criança com mais de 36 meses.
D) Deve ser repetido a cada 15 a 30 minutos se a criança parecer muito doente.
• lmpetigo.
• Conjuntivite.
2. Liste os componentes do Triângulo de Avaliação Pediátrica.
• Lesões de tecidos moles isoladas.
• Assaduras por uso de fraldas.
3. TICLS é um mnemônico usado para lembrar as áreas a serem avaliadas em relação à aparência de uma criança.
• Resfriado ou gripe.
Explique o significado de cada uma das letras deste mnemônico.
• Desconforto no ouvido.
T=
• Dor de garganta.
I=
• Gastroenterite leve.
C-
• Afta.
L=
s-
/\s questões 4-8 referem-se à seguinte situação do paciente:
Com base nas informações fornecidas, esta criança está ;'não doente" (ou seja, estável). Prossiga de maneira
Uma criança de 2 anos de idade apresenta-se com falla de ar. A mãe afirma que seu fil ho tem um histórico de 3 dias
sistemática. Realize uma avaliação inicial (ou seja, avaliação primária), uma avaliação secundária (incluindo sinais
de tosse e coriza. A criança está segurando um cobertor e observando atentamente seus movimentos enquanto está
vitais, história direcionada e exame físico detalhado) e uma reavaliação.
sendo carregada pelos braços da mãe. Sua frequêncii"i respiratória parece estar denlro dos limites normais para a sua
Se a criança parecesse "doente" (instável), você deveria proceder imediatamente com uma rápida avaliação da
idade sem evidências de aumento do esforço respiratório. A expansão torácica parece simétrica, e sua pele é rosea.
via aérea, da respiração e da circulação. Se um proble ma fosse identificado, você deveria realizar as intervenções
necessárias C'Trate assim que encontrarJl
4. A partir das informações fornecidas, complete a seguinte document;ição relativa ao Triângu lo de Avaliação
Pediátrica:
Aparência:
Referência Respiração:
Circulação:
l. Walsh C, MacMillan HI, Jamieson E. The relationship between parental substance abuse and child maltreatment:
findings from the Ontario Health Supplcmcnt. Child l lbuse Negl 2003;27:1409- 1425.
5. Com base nas infonm1ções fornecidas, esta criança está "doente'' ou "não doente"? Como você deve proceder?
12. A fórmula usada para aproximar o limite inferior dét pressão arterial sistólica em crianças de 1 a 10 anos de idade é:
6. B. Para obter a cooperação da criança, sente-se e ouça atentamente enquanto conversa com a mãe da criança.
A) 70 + (2 x idade em anos)
Crianç.as entre l e 3 anos não confiam em estranhos, são suscetíveis a resistir ao exame e tratamento, e não
B) Idade cm anos x 2,2
gostam de ter suas roupas removidas. Elas temem a dor, separação de seu cuidador, e a separação de objetos de
C) 16 +idade em anos/4
transição (p. ex., cobertor, brinquedo). Aproxime-se da criança lentamente e fal e com ela na altura de seus olhos
D) 2 x 90/idade em anos
usando palavras e frases simples e um lorn de voz tranquili7.ador. A criança vai entender seu to m, mesmo que não
enlenda suas palavras.
Res ostas das Questões sobre o Capítulo --~~~~~~--..-J
7. A avaliação primária é realizada para determinar se existem condições de ameaça à vida e consiste em ABCDE:
l A O TAP é utilizado para: 1) estabelecer él gravidade da doença ou trauma da criança (doente ou não doente), 2) Via aérea, nível de respost;r e proteção da coluna cervical
identificar a categoria geral de anormalidade fisiológica (p. ex., cardiopulrnonar, neurológica etc.) e 3) determinar Respiração
a urgência de uma maior avaliação e intervenção. Como aproximar-se de uma criança doente ou ferida pode Circulação
aumenlar sua agitação, possivelmente agravando a condic.;ão da crianc.;a, o TAP é uma avaliação do "outro lado da Disrunção/lncapacidacJe (nípido exame neurológico)
sala" que é feita antes de se aproximar ou tocar na criança e, geralmente, pode ser concluído em 60 segundos ou e Exposição/Ambiente
menos. Nenhum equipamento é necessário.
8. Uma frequência respiratória normal para uma criança (1 a 3 anos de idade) é de 24 a 40 incursões/minuto. Uma
2. Os componentes do Triângulo Avaliação Pediátrica são: frequência cardíaca normal para urna criança desta idade é de 90 a 150 balimentos/minuto.
l) Aparência
2) Respiração 9. Verdadeiro. A respiração em lactentes e crianças com menos de 6 ou 7 anos é principalmente abdominal
3) Circulação. (diafragmática), porque os músculos intercostais da parede torácica não estão bem desenvolvidos e fadigam com
focilidade devido ao esforço da respiração. 1\ transição de respiração abdominal para a respiração intercostal
inicia-se entre 2 e 4 anos de idade e é completada aos 7 a 8 anos de idade.
10. D. O uso de um manguito de pressão arterial demasiadamente grande irá resultar em uma leitura fa lsamente
baixa. A pressão arterial é um dos indicadores menos sensíveis da circulação adequada em crianças. A pressão
arterial deve ser medida apenas depois de avaliar pulso e respiração. J\!luitas vezes, as crianças ficam agitadas
durante este procedimento, o que aumenta suas írequências de pulso e respiratória. Avalie a pressão arterial em
crianças mais velhas que 3 anos. Em crianças menores de 3 anos, um pulso central forte é considerado um si nal
aceitável de pressão arterial adequada.
11. íl. A localização pi!ra a avaliação de pulso central varia de acordo com a idade da criança. No recém-nascido,
avalie a força e a qualidade do pulso central através de palpação da base do cordão umbilical entre o polegar e
o dedo indicador, ou ausculte o pulso apical. Em um !adente, avalie o pulso braquial. Avalie o pulso carotídeo
ou femoral em qualquer criança com mais de l ano.
12. /\. J\ fórmula usada para aproximar o limite inferior da pressão sanguínea sistólica em crianças de 1 a 10 anos
de idade é de 70 + (2 x idade em anos).