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A Era Napoleônica foi um dos principais períodos da História Contemporânea,

inserindo-se entre os anos de 1799 e 1815. Mas o jovem leitor sabe os motivos
da importância dessa era e o porquê desse nome?

O nome dessa era está ligado ao general – e depois imperador –


francês Napoleão Bonaparte, que esteve no poder entre 1799 e 1815. Sua
importância está no fato de que Napoleão pretendeu expandir para toda a
Europa as instituições burguesas criadas durante a Revolução Francesa,
principalmente através da ação militar, o que gerou inúmeras batalhas.

Napoleão foi um dos maiores estrategistas militares da História. Ele conseguiu


chegar rapidamente aos mais altos cargos do exército revolucionário francês.
Aos 24 anos, já havia se tornado general, após liderar tropas francesas na
libertação da cidade de Toulon, em 1793. Seu prestígio aumentou com a
conquista de outras importantes vitórias, das quais cabe destacar as
campanhas realizadas no norte da Península Itálica.

Bonaparte ganhou destaque no âmbito da Primeira República Francesa e liderou com


sucesso campanhas contra a Primeira Coligação e a Segunda Coligação. Em 1799,
liderou um golpe de Estado e instalou-se como primeiro cônsul.[3] Cinco anos depois, o
senado francês o proclamou imperador. Na primeira década do século XIX, o império
francês sob comando de Napoleão se envolveu em uma série de conflitos com todas as
grandes potências europeias, as Guerras Napoleônicas. Após uma sequência de vitórias,
a França garantiu uma posição dominante na Europa continental, e Napoleão manteve a
esfera de influência da França, através da formação de amplas alianças e a nomeação de
amigos e familiares para governar os outros países europeus como dependentes da
França. As campanhas de Napoleão são até hoje estudadas nas academias militares de
quase todo o mundo.

Primeira coligação 1792-1797 prussia, austria, Inglaterra, italia, paises baixos austríacos.
Reino de napoles, sardenha.

Segunda coligação= austria, russia, grã Bretanha, e o império otomano. Reino de napoles.
1799 e prolongou-se até 1801. Formalmente, a guerra só terminou em 1802 com a
assinatura do Tratado de Amiens

Terceria coligação- austria, Inglaterra, suécia. Napoles, russia. 18 de maio de 1803 a 26 de


dezembro de 1805

Vitória francesa, Paz de Pressburg

 Consolidação do Império Francês


 Fim do Sacro Império Romano-Germânico
 Criação da Confederação do Reno
 Hostilidades recomeçam na Quarta Coligaçã

QUARTA COLIGAÇÃO ; A Quarta Coligação ou Quarta Coalizão foi a aliança formada


pela Grã-Bretanha e pela Rússia e Suécia, contra a França de Napoleão Bonaparte,
em 1806. A Prússia aderiu à Coligação, sendo as suas tropas derrotadas na batalha de
Jena (14 de Outubro), tendo as forças francesas ocupado Berlim. Em seguida, Napoleão
derrotou os exércitos russos na batalha de Friedlândia, obrigando o czar Alexandre I da
Rússia a assinar o Tratado de Tilsit. Uma tênue paz se seguiu na Europa, até a volta das
hostilidades dois anos mais tarde
Data Outubro de 1806 - Julho de 1807

Local Europa Central

Desfecho Vitória francesa, Tratados de Tilsit:

 Prússia perde metade de seu território


 Criação do Ducado de Varsóvia
 Aliança franco-russa
 Criação do Bloqueio Continental
 Hostilidades recomeçam na Quinta
Coligação

A Quinta Coligação ou Quinta Coalizão foi a aliança formada pelo Reino Unido e
pelo Império austríaco, contra a França de Napoleão Bonaparte, em 1809.[1]
No ano de 1808, os exércitos de Napoleão dominavam praticamente toda a Europa,
exceto a Rússia e a Grã-Bretanha. Na Suécia ocupada, o marechal francês Jean-Baptiste
Bernadotte, foi eleito o novo herdeiro do trono. Na Espanha ocupada, entretanto, onde
após ter destronado Carlos IV de Espanha, Napoleão nomeara seu irmão, José Bonaparte,
como rei da Espanha, tiveram início insurreições de cunho nacionalista. Os espanhóis,
revoltados, expulsaram José Bonaparte de Madrid, vindo a eclodir a chamada Guerra da
Independência Espanhola (1808-1814)
Vitória francesa, Tratado de Schönbrunn

 Aliança franco-austríaca
 Napoleão se casa com Maria Luísa da Áustria
 França anexa as Províncias Ilírias
 Baviera anexa Tirol e Salzburgo
 Varsóvia anexa a Galícia Oriental
 Rússia anexa Ternopil
 Hostilidades recomeçam na Sexta Coligação

A Sexta Coligação (pt) ou Sexta Coalizão (pt-BR) foi a união militar


da Áustria, Prússia, Rússia, Suécia, Reino Unido e alguns estados alemães contra
o Império Francês de Napoleão Bonaparte. A coalizão conseguiu derrubá-lo do poder e
forçá-lo ao exílio na Ilha de Elba.[2]

Vitória da coligação: tratados de Fontainebleau e Paris

 Abdicação e exílio de Napoleão


 Restauração Bourbon
 Várias mudanças territoriais
 Congresso de Viena

Em 1799, voltando de uma campanha no Egito, Napoleão tornou-se o primeiro-


cônsul da França, após liderar um golpe de Estado que depôs o Diretório, que
ficou conhecido como o golpe de 18 Brumário, segundo o calendário
revolucionário. Sua função na frente do governo era reprimir tanto as forças
monarquistas quantos os grupos republicanos mais radicais, como
os jacobinos, já que ambos pretendiam voltar ao poder.
O Congresso de Viena foi uma conferência entre embaixadores das grandes
potências europeias que aconteceu na capital austríaca, entre setembro de 1814 e junho
de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a
derrota da França napoleônica na primavera anterior. Este congresso pretendia também
restaurar os tronos das famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão (como a
restauração dos Bourbons).[1]
Os termos de paz foram estabelecidos com a assinatura do Tratado de Paris (30 de maio
de 1814),[2] em que se estabeleciam as indenizações a pagar pela França aos países
vencedores. Mesmo diante do regresso do imperador Napoleão I do exílio, tendo
reassumido o poder da França em Março de 1815, as discussões prosseguiram. O Ato
Final do Congresso foi assinado nove dias antes da derrota final de Napoleão na batalha
de Waterloo em 18 de junho de 1815
Bonaparte tornar-se-ia ainda cônsul vitalício em 1802 após um plebiscito.
Porém, o poder máximo seria alcançado em 1804, quando, após novo
plebiscito, Napoleão Bonaparte recebeu o título de imperador da França. A
burguesia que lutou contra o absolutismo e instaurou uma república tinha agora
como principal representante um imperador.

A própria coroação de Napoleão marcava o reatar de mais um laço do


Absolutismo, entre Estado e Igreja Católica, representado pela participação do
papa Pio VII. Ao colocar a coroa em sua própria cabeça, Napoleão
demonstrava sua intenção de ter um poder acima do religioso.

No poder, Bonaparte realizou inúmeras reformas que representaram o


fortalecimento das instituições burguesas e que foram utilizadas na
posterioridade. No campo jurídico, foi criado o primeiro Código Civil que
estabelecia a igualdade de todos os cidadãos perante a lei. Assegurava
o direito à propriedade privada e a manutenção das terras da nobreza e da
Igreja nas mãos dos camponeses. Porém, proibia a união de trabalhadores em
sindicatos, enquanto era livre a associação de patrões; a mulher estava
subordinada ao marido, e os filhos somente seriam responsáveis por si após os
21 anos.

Na área econômica, criou o Banco da França e o franco, uma moeda oficial


que foi muito importante para o comércio interno e externo francês, além de
auxiliar na estabilização econômica do país.

Dividiu a França em departamentos administrativos que facilitaram seu controle


centralizado. Construiu estradas, aquedutos e pontes, organizou os correios,
embelezou cidades, facilitando a comunicação dentro do território francês.

Napoleão tornou ainda o ensino primário obrigatório, sob a responsabilidade


do Estado. Criou escolas em diversos níveis, o que fortaleceu culturalmente a
burguesia e garantiu uma base educacional comum aos franceses de diversas
regiões do país. A educação geral a todo o país somada à existência de
um exército nacional constituiu a base do nacionalismo que iria se
desenvolver durante o século XIX.

Mas Napoleão não se restringiu a atuar dentro das fronteiras da França. Seu
império foi marcado também por uma forte ação de expansão militar. Seu
objetivo era derrotar as antigas monarquias absolutistas que existiam na
Europa. Seus principais inimigos foram a Áustria, a Rússia e a Inglaterra.

Contra a última, em 1806, Napoleão impôs o Bloqueio Continental, que


pretendia impedir o comércio dos países do continente europeu com a
Inglaterra, em uma tentativa de estrangular economicamente os britânicos.
Essa ação resultou na intensificação do conflito entre ingleses e franceses,
bem como ainda na fuga da corte portuguesa para o Brasil, em 1808.

O império Napoleônico conseguiu anexar ou criar alianças com países e reinos


que iam desde a Espanha até o Grão Ducado de Varsóvia, onde hoje se
localiza a Polônia. Toda a Península Itálica estava subordinada aos franceses.

O declínio do Império Napoleônico iniciou-se quando Bonaparte decidiu invadir


a Rússia após o país se opor publicamente ao Bloqueio Continental. A
campanha do exército francês foi um fracasso, em virtude tanto do rigoroso frio
da Rússia quanto pela estratégia de terra arrasada adotada pelos russos. O
resultado foi a crise de abastecimento do exército francês e a volta para casa
com 60 mil dos 600 mil soldados enviados.

Enfraquecido, Napoleão foi obrigado a abdicar do trono após a derrota para a


coligação formada por Suécia, Áustria, Rússia e Prússia, financiada pela
Inglaterra. Ficou exilado na ilha de Elba, próxima ao litoral italiano. Em seu
lugar, subiu ao trono Luís XVIII, representando a antiga família real francesa,
que perdeu o poder com a revolução.

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Mas a volta dos antigos nobres gerou uma tensão na França, pois parte da
população não queria a restauração do Absolutismo. Aproveitando-se da
situação, Napoleão fugiu do exílio e retornou a Paris com o apoio da
população. Mas seu novo governo iria durar apenas cem dias. A união da
Inglaterra e da Prússia contra a França foi vitoriosa após a vitória sobre o
exército francês em Waterloo, em 1815. Napoleão foi preso e enviado para a
ilha de Santa Helena, no oceano Atlântico, onde faleceu em 1821.

Com o Congresso de Viena, realizado entre 1814 e 1815, os Estados


Absolutistas garantiram a manutenção do poder que detinham antes da
Revolução Francesa e do Império Napoleônico, redesenhando ainda as
fronteiras dos países europeus. Mas as instituições criadas por Napoleão não
foram extintas, permanecendo na França e espalhando-se pela Europa e pela
América, influenciando os movimentos de independência. Apesar da derrota de
Napoleão Bonaparte, a burguesia europeia saiu vitoriosa.
18 de brumário
O golpe de Estado de 18 de brumário do ano VIII (brumário, palavra derivada de "bruma"
ou "névoa", em francês - pelo calendário da Revolução Francesa, correspondente a 9 de
novembro de 1799 pelo calendário gregoriano)[1] iniciou a era do governo napoleônico
na França.
Os admiradores de Napoleão criaram um jornal em Paris que divulgava a imagem de um
general patriota, invencível e adorado pelos seus soldados. Nacionalismo, glórias militares,
ideais de igualdade fascinavam os franceses. Napoleão valeu-se de sua ação no Egito e
de sua vitória sobre os exércitos ítalo-austríacos para formular sua imagem de herói
nacional francês. O general recebeu uma recepção apoteótica quando retornou a Paris e,
em seguida, começou a planejar o golpe de Estado. Napoleão, ainda que jovem, destacou-
se como um dos mais respeitáveis generais do exército francês durante a Revolução. Sua
habilidade na guerra devia-se principalmente à verdadeira reforma que empreendeu com
suas tropas, concedendo vantagens, motivação, profissionalização e, sobretudo, a infusão
de um espírito nacional nos soldados. O exército de Napoleão foi o primeiro exército
popular da história ligado à ideia de nação, ao contrário dos exércitos tradicionais,
associados à aristocracia.[2]
Em plena crise generalizada, os promotores do golpe derrubaram o Diretório e criaram
o Consulado, estabelecendo um novo regime na França, protagonizado pelo jovem
general Napoleão Bonaparte, que assumiu o cargo de primeiro-cônsul. O golpe foi
acolhido com entusiasmo pela burguesia, que aspirava à paz, à ordem interna e à
normalização das actividades. Os conspiradores do golpe não temiam o general
Bonaparte, escolhido para liderar o movimento, pois acreditavam que acabariam por
reduzir a sua importância.
A burguesia e os políticos astutos do Diretório perceberam que o general Bonaparte era o
homem certo para consolidar o novo regime. Propuseram-lhe que utilizasse a força do
exército para assumir o governo. Assim foi feito. Numa ação eficaz, apesar de tumultuada,
Napoleão fechou a Assembleia do Diretório. Foi o golpe que ocorreu no dia 18 do mês
de brumário do ano VIII, que marcaria o início de um período em que a burguesia
consolidaria seu poder económico. Napoleão pôde, assim, reprimir tanto os revolucionários
que estavam à esquerda quanto os monarquistas que estavam à direita política.[2]
Após o Golpe do 18 de Brumário começa o regime do Consulado, quando a burguesia,
ansiosa por dar um fim à instabilidade política, que já durava dez anos (de 1789 a 1799),
concentra o poder na mão de três cônsules: Napoleão Bonaparte, Roger Ducos,
e Emmanuel Joseph Sieyès.

Era napoleônica
A sociedade francesa estava passando por um momento tenso com os processos
revolucionários ocorridos no país, de um lado com a burguesia insatisfeita com
os jacobinos, formados por revolucionários radicais, e do outro lado as tradicionais
monarquias europeias, que temiam que os ideais revolucionários franceses se difundissem
por seus reinos.
O fim do processo revolucionário na França, com o Golpe 18 de Brumário, marcou o início
de um novo período na história francesa e, consequentemente, da Europa: a Era
Napoleônica.
Pode-se dividir seu governo em três partes:

 Consulado (1799-1804)
 Império (1804-1815)
 Governo dos Cem Dias (1815)
O governo do diretório foi derrubado na França sob o comando de Napoleão Bonaparte,
que, junto com os girondinos (alta burguesia), instituiu o consulado, primeira fase do
governo de Napoleão. Este golpe ficou conhecido como Golpe 18 de Brumário (data que
corresponde ao calendário estabelecido pela Revolução Francesa e equivale a 9 de
novembro do calendário gregoriano) em 1799. Muitos historiadores alegam que Napoleão
fez questão de evitar que camadas inferiores da população subissem ao poder.[53]

Consulado
Ver artigo principal: Consulado Francês
Instalou-se o governo do consulado de Napoleão após a queda do diretório. O consulado
possuía características republicanas, além de ser centralizado e dominado por militares.
No poder executivo, três pessoas eram responsáveis: os cônsules Roger
Ducos, Emmanuel Sieyès e o próprio Napoleão. Apesar da presença de outros dois
cônsules, quem mais tinha influência e poder no executivo era Napoleão, que foi
eleito primeiro-cônsul da república.
Criavam-se instituições novas, com cunho democrático, para disfarçar o seu centralismo
no poder. As instituições criadas foram o senado, o tribunal, o corpo legislativo e o
conselho de Estado. Mas o responsável pelo comando do exército, pela política externa,
pela autoria das leis e quem nomeava os membros da administração era o primeiro-
cônsul.
Quem estava no centro do poder na época do consulado era a burguesia (os industriais,
os financistas, comerciantes), e consolidaram-se como o grupo dirigente na França.
Abandonaram-se os ideais "liberdade, igualdade, fraternidade" da época da Revolução
Francesa, e mediante forte censura à imprensa e ação violenta dos órgãos policiais,
desmanchou-se a oposição ao governo.

Projeção da figura de Napoleão


Napoleão Bonaparte teve sua figura projetada na história francesa, quando recebeu o
poder através do consulado, juntamente com os dois cônsules citados acima.

Reforma dos setores do governo francês


Durante o período do consulado, ocorreu uma recuperação econômica, jurídica e
administrativa na França:

 Economia - criou-se o Banco da França, em 1800, regulando-se a emissão de


moedas, reduzindo-se a inflação. As tarifas impostas eram protecionistas (ou seja,
com aumento de impostos para a importação de produtos estrangeiros); o resultado
geral foi uma França com comércio e indústria fortalecidos, principalmente com os
estímulos à produção e ao consumo interno.
 Religião - com o objetivo de usar a religião como instrumento de poder político,
Napoleão assinou um acordo, a Concordata de 1801, entre a Igreja Católica e o
Estado. O acordo, sob aprovação do Papa Pio VII, dava direito ao governo francês de
confiscar as propriedades da Igreja e, em troca, o governo teria de amparar o clero.
Napoleão reconhecia o catolicismo como religião da maioria dos franceses, mas se
arrogava o direito de escolher bispos, que mais tarde seriam aprovados pelo papa.
 Direito - estabeleceu-se o Código Napoleônico, um Código Civil, em 1804,
representando em grande parte os interesses da população e burguesia, como
casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à
liberdade individual e igualdade de todos ante a lei. Está em vigor até hoje, embora
com consideráveis alterações legislativas posteriores. Napoleão também instituiu
em 1809 um código penal, que vigorou até 1994, quando a Assembleia
Nacional aprovou o novo código.
 Educação - reorganizou-se o ensino, que antrem era organizado e regido pela igreja e
o clero, com base maior nos ideiais iluministas. Também Reconheceu-se a educação
pública como meio importante de formação das pessoas, principalmente nos aspectos
do comportamento moral, político e social.
 Administração - Indicavam-se pessoas da confiança de Napoleão para cargos
administrativos. Após uma década de conflitos gerais no país, com a Revolução
Francesa, as medidas aplicadas deram para o povo francês a esperança de uma
estabilização do governo. Os resultados obtidos neste período do governo de
Napoleão agradaram à classe dominante francesa. Com o apoio desta, elevou-se
Napoleão ao nível de cônsul vitalício em 1802, podendo indicar seu sucessor.
Aproximando -se cada vez mais de um regime monárquico.
Venda da Luisiana para os Estados Unidos
Ver artigo principal: Compra da Luisiana
Em 1803, durante o governo de Napoleão, a França vendeu seus territórios na América
para os recém-fundados Estados Unidos. Isso permitiu a expansão das fronteiras dos
Estados Unidos para o oeste.
A maior parte do dinheiro obtido na venda foi direcionada ao fortalecimento do exército
francês para sua expansão territorial no continente europeu.

Império
O primeiro-cônsul Napoleão cruzando os Alpes no passo de Grande São Bernardo, por Jacques-
Louis David, 1800, no Kunsthistorisches Museum.

Napoleão I em regalia, por François Gérard, 1805, no Palácio de Versalhes

Ver artigo principal: Primeiro Império Francês


A opinião pública foi mobilizada pelos apoiadores de Napoleão, que levou à aprovação
para a implantação definitiva do governo do Império. Em plebiscito realizado em 1804,
aprovou-se a nova fase da era napoleônica com quase 60% dos votos, reinstituiu-se o
regime monárquico na França e indicou-se Napoleão para ocupar o trono.
Realizou-se uma festa em 2 de dezembro de 1804 para se formalizar a coroação do agora
Napoleão I na catedral de Notre-Dame. Um dos momentos mais notórios da História
ocorreu nesta noite, onde, com um ato surpreendente, Napoleão I retirou a coroa das
mãos do Papa Pio VII, que viajara especialmente para a cerimônia, e ele mesmo se
coroou, numa postura para deixar claro que não toleraria autoridade alguma superior à
dele. Logo após também coroou sua esposa, a imperatriz Josefina.
Concederam-se títulos nobiliárquicos aos familiares de Napoleão, por ele mesmo. Além
disso, colocou-os em altos cargos públicos. Formou-se uma nova corte com membros da
elite militar, da alta burguesia e da antiga nobreza. Para celebrar os triunfos de seu
governo, Napoleão I construiu monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo que, como
outras grandes obras da época, por sua grandiosidade e por criar empregos, melhorava a
imagem de Napoleão ante o povo.
O Império Francês atingiu sua extensão máxima neste período, em torno de 1812, com
quase toda a Europa Ocidental e grande parte da Oriental ocupadas, possuindo 150
departamentos, com 50 milhões de habitantes, quase um terço da população européia da
época.
Expansão territorial militar
Ver artigo principal: Guerras Napoleónicas
Neste período, Napoleão realizou uma série de batalhas para a conquista de novos
territórios para a França. O exército francês (chamado agora de Grande Armée, ou
"Grande Exército") aumentou o número de armas e de combatentes, e tornou-se o mais
poderoso de toda a Europa.
Pensando que a expansão e crescimento econômico-militar da França era uma ameaça
à Inglaterra, os diplomatas ingleses formaram coligações internacionais para se opor ao
novo governo francês e a seu expansionismo. Também acreditavam que o governo
francês poderia influir em países que estavam sob doutrina absolutista e assim causar
uma rebelião. A primeira coligação formada para deter os franceses era formada pela
Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia.
Em outubro de 1805, os franceses usaram a marinha para atacar a Inglaterra, mas não
obtiveram êxito, derrotados pela marinha inglesa, comandada pelo almirante Nelson,
batalha que ficou conhecida como Batalha de Trafalgar, firmando-se o poderio naval
britânico.
Ao contrário do malogro com os ingleses, os franceses venceram seus outros inimigos da
coligação, como a Áustria, em 1805, na Batalha de Austerlitz, além da Prússia em 1806 e
Rússia em 1807.
Bloqueio Continental
Ver artigo principal: Bloqueio Continental
Na busca de outras maneiras para derrotar ou debilitar os ingleses, o Império
Francês decretou o Bloqueio Continental em 1806, em que Napoleão determinava que
todos os países europeus deveriam fechar os portos para o comércio com a Inglaterra,
debilitando as exportações do país e causando uma crise industrial.
Um problema que afetou muitos países participantes do bloqueio era que a Inglaterra, que
já passara pela Revolução Industrial, estava com uma consolidada produção de produtos
industriais, e muitos países europeus ainda não tinham produção industrial própria,
dependendo da Inglaterra para importar este tipo de produto, em troca de produtos
agrícolas. Napoleão pretendia, dessa forma, enfraquecer a economia britânica, que
precisava de mercado consumidor para os seus produtos manufaturados e, assim, impor a
superioridade francesa em toda a Europa. O decreto, datado de 21 de novembro de 1806,
dependia, para seu real vigor, de que todos os países da Europa aderissem à idéia.
O Acordo de Tilsit, firmado com o czar Alexandre I da Rússia, em julho de 1807, garantiu a
Napoleão o fechamento do extremo leste da Europa. A França procurou beneficiar-se do
bloqueio com o aumento da venda dos produtos produzidos pelos franceses, ampliando as
exportações dentro da Europa e no mundo. A fraca quantidade de produtos manufaturados
deixou alguns países sem recursos industriais.
O governo de Portugal relutava em concordar ao Bloqueio Continental devido à sua
aliança com a Inglaterra, da qual era extremamente dependente. O príncipe D. João, que
assumira a regência em 1792, devido ao enlouquecimento de sua mãe, a rainha D. Maria
I, estava indeciso quanto à alternativa menos arriscada para a monarquia portuguesa.

Fuga da família real portuguesa para o Brasil


Ver artigo principal: Transferência da corte portuguesa para o Brasil, Guerra Peninsular
O governo português possuía relações privilegiadas com a Inglaterra, depois da assinatura
do Tratado de Methuen, em 1703, e ainda graças à velha Aliança que vinha dos tempos
da dinastia de Avis.
Portugal tinha então a Inglaterra como principal parceira para seus negócios. Pressionados
por Napoleão, os portugueses não tiveram escolha: como não podiam abdicar dos
negócios com a Inglaterra, não participaram do Bloqueio Continental.
Insatisfeito com a decisão portuguesa, o exército francês começou a dirigir-se a Portugal.
Napoleão forçara uma aliança, sob a forma do Tratado de Fontainebleau com a casa real
espanhola (onde veio a forçar a abdicação do trono de Carlos IV para o seu irmão, José
Bonaparte) para a Invasão de Portugal, apesar de se saber que havia já planos
anteriormente delineados para conquistar tanto Portugal, como Espanha. A ideia era a de
dividir Portugal em três reinos distintos:

 Lusitânia Setentrional, a ser governado pela filha de Carlos IV, Maria Luísa;
 Algarves, a ser governado por Manuel de Godoy com o título de rei;
 O resto do país, a ser administrado diretamente pela França Imperial até ao fim da
guerra.
Nesse sentido, realizaram-se três expedições militares a Portugal, conhecidas em Portugal
pelo nome de Invasões Francesas.
Numa jogada de antecipação estratégica, pensada e planeada para evitar que a família
real portuguesa fosse aprisionada e obrigada a abdicar, como virá a acontecer
com Fernando VII e Carlos IV de Espanha, e sabendo-se que o Brasil era considerado, na
época, a pérola da coroa portuguesa, toda a corte portuguesa, incluindo o príncipe-
regente D. João VI, saiu para o Brasil, instalando o governo português no Rio de
Janeiro em 1808, tornando-a capital do que vem a ser um sonhado Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarves (1816-1826), que o rei acalentou e para o qual institui um
nova bandeira com a esfera armilar.
A saída foi precipitada, com as tropas francesas já em solo português, mas conseguiu-se
que cerca de 15 mil pessoas saíssem para o Brasil, transferindo praticamente todo o
quadro do aparelho estatal. Além de pessoas do governo, saíram muitos nobres,
comerciantes ricos, juízes de tribunais superiores, entre outros.
Os sectores afrancesados em Portugal chamaram a esta retirada estratégica "a fuga para
o Brasil", frustrados pelas tropas de Napoleão não terem conseguido aprisionar e depor a
família real portuguesa. Com a corte e a capital de Portugal no Brasil, passaram a
considerar-se sem rei nem lei, pedindo de imediato ao General Junot que Napoleão lhes
desse um novo rei e uma nova constituição. Este episódio da saída da família real
portuguesa para o Brasil, assim como a dificuldade encontrada por Napoleão em, por um
lado, invadir Portugal e por outro, dominar Espanha, pode ser visto como uma das maiores
falhas estratégicas de Napoleão que, aliás, referiu-se a ele, nas Memoires de Ste.
Hélène como: c'est ça qui m'a perdu (tradução: foi isso que me fez perder).

A saída da família real para o Brasil marcou também o início do processo


de Independência do Brasil. Na sequência da Revolução de 1820 em Portugal, a corte
voltou a Portugal, restabelecendo-se em Lisboa a capital, voltando o Rio de Janeiro a ser
de novo uma cidade colonial.
Derrota francesa na Rússia
Em 1812, a aliança franco-russa é quebrada pelo tzar Alexandre I da Rússia, que rompe o
bloqueio contra os ingleses. Napoleão empreende então a campanha contra a Rússia, à
frente de mais de 600 000 soldados[54] oriundos dos mais diferentes recantos da
Europa.[55] Sem saída, a Rússia usa uma tática de guerra chamada terra queimada, que
consistia em destruir cidades inteiras para criar um campo de batalha favorável aos
defensores. Aliada com o inverno rigoroso, a Rússia consegue vencer o exército
napoleônico que sai com apenas 120 000 homens (o restante ou morreu ou se dispersou
pelo continente). Enquanto isso, na França, o general Malet, apoiado por setores
descontentes da burguesia e da antiga nobreza francesa, arma uma conspiração para dar
um golpe de Estado contra o imperador. Napoleão retorna imediatamente a Paris e domina
a situação.

Invasão dos aliados e derrota de Napoleão


Tem início então a luta da coligação europeia contra a França na Batalha das
Nações (Confederação do Reno) que acabou com a derrota de Napoleão. Com a
capitulação de Paris, o imperador é obrigado a abdicar.
Governo dos Cem Dias
Exílio em Elba
O Tratado de Fontainebleau, de 1814, exila Napoleão na Ilha de Elba, mas lhe dá o direito
a uma pensão de 2 000 francos e o de poder levar uma escolta com 400 militares; além
disso, o seu título de imperador é mantido. Quando chega na ilha, em 4 de maio de 1814,
ele acaba por passar dificuldades lá, pois a sua pensão não é paga.[56] Separado da
esposa e do filho e sabendo de rumores de que ele iria ser banido para uma ilha remota no
meio do oceano Atlântico, Napoleão escapa de Elba em 26 de fevereiro de 1815. Ele
aportou em Golfe-Juan, na França, dois dias depois. O 5º Regimento foi enviado para
interceptá-lo. Napoleão encarou toda a tropa sozinho, desmontou de seu cavalo e, quando
encontrou-se sob a linha de fogo, gritou, "Aqui estou eu! Matem seu imperador, se assim o
quiserem!" Os soldados responderam com "Vive L'Empereur! (Viva o Imperador!)" e
marcharam com Napoleão até Paris, de onde Luís XVIII fugiu. Assim, Napoleão
reconquista o poder.
A volta ao poder
Inicia-se então o "Governo dos Cem Dias". Napoleão então tenta fazer uma constituição
baseada no liberalismo, contrariando as expectativas dos republicanos, que queriam a
volta da revolução e a perseguição aos nobres.[56] A Europa coligada retoma sua luta
contra o Exército francês. Napoleão entra na Bélgica em junho de 1815, mas é derrotado
por uma coligação anglo-prussiana na Batalha de Waterloo e abdica pela segunda vez,
pondo fim ao império napoleônico. Mas a expansão dos ideais iluministas continuou.

Exílio em Santa Helena


Napoleão foi preso e então exilado pelos britânicos na ilha de Santa Helena, na costa
da África, em 15 de outubro de 1815. Lá, com um pequeno legado de seguidores, contava
suas memórias e criticava aqueles que o capturaram.

A burguesia se divide em dois grupos.

A alta burguesia e a pequena burguesia, a pequena burguesia não é muito bem uma
burguesia, mas como diz o nome ela é pequena e tem aspirações burguesas de se ascender
para ser o grupo ou classe dirigente, com prestigio, status e poder.

Pequena burguesia que estamos falando são pessoas que vedem o seu trabalho, sua técnica,
mas que tem aspirações burguesas de enricar e acumular capital, de ascender
economicamente. Geralmente são profissionais liberais ou pessoas qualificadas em algum
ramo de trabalho ganhando bons salários e tem algum padrão razoável mente bem de vida e
de consumo, gozam de conforto, são o que chamamos hoje de as classes médias.

A pequena burguesia é assalariada. Ela ganha salários melhores porque são versados em
alguma arte ou profissão, prestam concursos. Tem instrução, são qualificados, tem algumas
posses, bens, imóveis, casas gerando alguma renda pra elas e pras suas famílias. Mas não são
bens de capital, bens de capital são bens de produção, bens de investimento ou produção. Ter
casa, carro, roupas caras, iphone, um padrão de consumo não te torna um capitalista. Quem
produz essas coisas tampouco é o capitalismo, capitalismo não gera nenhuma riqueza, é o
trabalho dos assalariados que produzem a mais valia para o patrão que gera toda essa riqueza
social, a concorrência e o acumulo de capital gera a concentração de capital que
consequentemente gera a desigualdade e a pobreza.

Pequeno burguês é o medico, o advogado, o engenheiro, reitor, professor, juiz etc.c não
importa se esse ganha 20 mil reais a 3 mil ou mil e ou mil e pouco. São assalariados. Sendo
assalariados não são burgueses nem capitalistas. Capitalista é o que investe seu dinheiro para
gerar mais dinheiro, é o detentor da grande propriedade privada.

Tem os pequeno burgueses ligados aos serviços do estado, ocupam cargos nas instituições
publicas, são servidores, concursados. Fazem parte do aparalho burocrático estatal. São
pessoas que ganham salarios melhores pelo seu trabalho e tem até uma certa estabilidade.
Mas podem se tornar burgueses a medida que investem seu dinheiro em algum ramo ou
negocio lucrativo fora do seu trabalho assalariado. O que muitas vezes é até ilegal. Um
promotor de justiça ou um juiz não pode ter uma empresa no seu nome, ou qualquer outro
negócio isso inclusive está previsto na legislação.

Pequenos burgeues também são comerciantes, donos de pequenas lojas, mercearias,


mercadinhos de bairro, restaurantes, ou bares- geralmente esse tipo de comercio é gerido por
uma família ou um grupo de sócios, são conhecidos como empresas familiares porque todos
trabalham ali na empresa , controlam e socializam seus lucros entre si. Seu negocio depende
da dinâmica do mercado interno, do consumo, e da pequena concorrência. Sua empresa
depende de outros negócios também para funcionar, um mercado precisa de frigoríferos, de
estantes e prateleiras de vidro, e de outros serviços de toda sua infraestrutura que outras
empresas que fornecem, eles compram produtos e são mercados para outras empresas
maiores. A pequena burguesia comercial atende a uma pequena demanda interna de
consumo, são pequenos concorrentes entre si, sofrem com as crises econômicas porque
perdem muito com a queda das vendas com o declínio do consumo e do comercio.

Comerciantes por exemplo tiram seu lucro bruto no comercio, na compra e revenda de
produtos. Seu lucro está na circulação de mercadorias e não na produção. O capitalista
indústria lucra no processo de produção de mercadorias. O rentista financista lucra com seus
investimentos em empresas de capital aberto, tendo parte dos seus lucros do patrimônio de
uma empresa ou corpoeação, ou vendendo servições financeiros e privados, como
empréstimos, compra e venda de ações, seguridade e etc..
O dono da pequena loja de doces geralmente revende doces que compra de uma outra
indústria.

Claro que a cacau show por exemplo já é uma empresa que fabrica seus próprios chocolates.
Eles são donos dos meios de produção e de uma franquia de lojas, é uma grande marca hoje.
Pode se dizer que é uma pequena empresa capitalista.

Mas as grandes empresas abrem seu capital no mercado de ações, tem um patrimônio
enorme. São grandes corporações industriais e financeiras.

O burguês capitalista é detentor de capital, ele é dono de grandes terras, de fabricas, de


indústrias, de redes de lojas, de portos, navios, ferrovias, em geral dos meios de produção, ele
é sócio majoritário de um grupo ou rede de lojas e corporações, ele é dono dos bancos, ele
tem capital. Ele não é a assalariado, ele é o cara que compra a força de trabalho, que paga o
salario das pessoas. Ele não está sujeito as crises, ele geralmente perde muitos investimentos e
bens,,mas não está sujeito a pobreza, pq ele tem muitos bens para vender e aplicar como
capital. Capitalistas são sócios ou donos de grandes grupos e conglomerados que detém
grandes monopólios de ramos inteiros de uma produção, mercado, ou de uma economia, e
que tem seu capital investido em vários ramos, produtos, subsidiárias de seus produtos,, . A
gente tem por exemplo o grupo record, a familia roberto marinho nos grandes meios de
comunicação e imprensa , gravadoras e produtos,, as grandes empresas do ramo da
construção civil como a odebretech, a Camargo correia, andrade gutierrez. Então não fica
achando que o seu vizinho rico, ou o dono da mercearia, ou aquele coleguinha que mora em
algum condômino caro é burguês. Talvez seus pais sejam. Mas não é o consumo que define o
caráter do capitalista. Tampouco é o capitalismo que produz os bens. São os trabalhadores que
produzem com sua mão de obra assalariada paga pelo capitalista. Alguns capitalistas são
poderosos que detem sobre seu controle monopólios de ramos inteiros da produção e dos
mercados consumidores. Um verdadeiro capitalita é mais que um milionário, as vezes ganha
dinheiro só investindo em ações e administrando as finanças sem valor real com seu esforço e
tempo de trabalho... Alguns ganham milhões por dia só sentado algumas horas.

A burguesia dona das empresas está em constante concorrência e ela é obrigada a reinvestir
cada vez mais capital nos seus recursos e forças produtivas para gerar mais produção, mais
capital e para competir com as outras empresas , inovar cada vez mais seus produtos para
manter sua hegemonia na concorrência. Ela precisa aniquilar seus rivais de uma forma ou de
outra, vendendo mais barato, comprando suas patentes. Ou até mesmo comprando suas rivais
ou associando se a elas, comprando ações dessas empresas. Estabelecendo acordos
comerciais.

A direita política em essência é conservadora desde os tempos em que a definição política de


direita era sinônimo de ser monarquista reacionário nos fins dos século XVIII e no XIX. A
medida que a alta burguesia ( industrial, rentista, e financeira, e não a pequena burguesia de
profissionais liberais, comerciantes ou micro empreendedores) e sua ideologia liberal triunfa
e consolida sua ordem burguesa capitalista politica nas revoluções burguesas nos séculos XVIII
e XIX, ela se torna a nova classe no poder passa a ser identificada na direita, alias a burguesia
passa a ocupar a mesma posição ideológica e física perante as mesas das assembleias onde a
direita monarquista antes ocupava, já os monarquistas se tornaram os reacionários de
extrema direita naquele contexto, lembrando que a alta burguesia que levou a cabo a
revolução, ela era reformista e não radical, ela se alinhava a uma nobreza reformista e liberal,
queriam apenas reduzir os poderes do rei mas preservar a monarquia. Claro que as definições
de direita e esquerda variaram e variam conforme o tempo e o contexto mas historicamente
tendo como origem a revolução francesa, A gente percebe um elemento de continuidade que
permanece sempre a direita e que esta associada ao conservadorismo e ao elitismo, mesmo
que queriam dissociar liberalismo de conservadorismo, os dois sempre andaram de mão juntas
no contexto da revolução francesa, o liberalismo tinha ideias revolucionárias em até certo
ponto, mas suas ideias e propostas revolucionárias foram limitadas pela própria burguesia
para não extender a revolução a participação popular. A burguesia após consolidar uma nova
hierarquia social de classe, consequentemente estabeleceu seu valores, ritos, tradições,
sacralizou instituições de acordo com a sua visão e suas aspirações burguesas. Porém uma
coisa não mudou; o elitismo. O que apenas mudou foi que agora havia uma elite (burguêsa )
no poder, a velha ideologia metafísica que revestia e legitimava a velha ordem pautada
por um pensamento teocrático mudou para um pensamento ‘’moderno’’ secularizado não
mais existia. Em lugar dela triunfa o pensamento iluminista e o republicanismo que legitima a
nova ordem burguesa.

Historicamente o que define a direita é o fato de que ela aceita que a desigualdade é um fato
natural e as hierarquias sociais são fatores naturais, a-históricos, atemporais, e fundamentais
para a manutenção de uma boa ordem social minimamente desenvolvida, civilizatória ou
civilizacional, ela defende o status quo. Alguns setores da burguesia conservadora enfatiza
que as tradições pautadas na religião cristã, o patriarcado, a família tradicional, a propriedade
privada, são instituições seculares e são fundamentais para a uma verdadeira civilização. Para
ela sempre existiu a desigualdade humana e esse fato não pode ser mudado tal como uma lei
natural. Mudam- se as teorias sociais, civis, as ideologias que fundamenta a desigualdade, mas
a visão elitista permanece. Alias o que a burguesia fez nada mais foi do que suplantar uma
determinada desigualdade que era legitimidade e interpretada por um sistema religioso
aristocrático teocrático da classe que ela destronou por outra forma de diferença, status, e
desigualdade, por um novo tipo de desigualdade baseada na relações de propriedade privada
do trabalho e dos meios de produção agora justificados pela ‘’meritocraicia’’ da ascenção da
classe burguesa. Para os elitistas conservadores é sempre necessário de alguma forma
manter a desigualdade. Alguns vão defender que deve existir uma ética burguesa capitalista
mínima em termos razoáveis para o bom funcionamento da sociedade, para não minar as
bases da tradição e da civilização. Igualitarismo e democracia radical seria sempre prejudicial.

Por isso também defendem a superioridade de uma classe de elite e sua dominação sobre as
massas populares. As massas populares e analfabetas são geralmente tidas como irracionais,
não pensantes, inferiores e devem ser controladas e exploradas. A burguesia raiz tem horror a
uma democracia radical e direta porque isso iria levar a um tribunal popular violento jacobinista
ou bolchevique, a uma ditadura ateísta do proletariado destruindo as boas bases da civilização
burguesa colocando em riscos suas posses e propriedades. Já os liberais moderados que
colocam muito valor no individuo, diriam que a superioridade estaria no individuo enobrecido,
educado, mais ético, com faculdades bem desenvolvidas, e moralizado dentro do espirito da
ética e tolerância liberal, ou seja, este individuo tomaria as melhores decisões porque saberia
respeitar as fronteiras entre seu interesse individual e o bem estar coletivo, saberia melhor
conduzir e conciliar perfeitamente seus interesses pessoais com os interesses e necessidades
coletivos na esfera publica, dando mais importância aos interesses coletivos visando a
harmonia, o bem estar, tendo mais tolerância as diferenças etc.. respeitando e defendendo as
liberdades individuais de cada pessoa independente das diferenças de pensamento dentro de um
espirito democrático e plural etc....

Quando a burguesia era reformista ou revolucionaria ainda no século XVIII, sua ideologia era
verdadeiramente revolucionária. Ela lutava pela limitação dos poderes do Rei absoluto, contra a
tirania do estado e dos privilégios aristocráticos do Antigo Regime mas ela não queria tanto
inteiramente o seu fim. No inicio ela tentou conciliar seus interesse com a nobreza, mas a
nobreza recusou qualquer tipo de conciliação ( levo mais em consideração a experiência da
revolução francesa), e não percebia que sua existência em boa parte dependia e era mantida pela
burguesia, tanto que algumas fases ou etapas da revolução burguesa culminou na instauração de
monarquias parlamentares constitucionais num primeiro momento. A guerra da burguesia contra
a religião e o clericalismo da esfera política se deu por uma causa muito obvia, essa instituição
secularmente forneceu as bases ideológicos da estrutura do Antigo Regime e recusava
quaisquer mudanças em seus privilégios tidos como legítimos de direito. Os burgueses lutavam
por uma novo sistema jurídico político, pela extensão de privilégios e direitos políticos aos não
aristocratas, queriam que a aristocracia distribuísse uniformemente o seu dinheiro nos impostos,
já que ela mesmo não pagava nada e vivia dos rendimentos do Estado e de seus títulos de
nobreza ( tanto a nobreza palaciana como a provincial feudal literalmente mamava nas tetas do
Estado). A burguesia ‘’revolucionária’’ lutava pela liberdade econômica e maior participação
na política e no poder, mas com o tempo desde aquela época já mostrava sua face
conservadora. Após terem aprovado a primeira constituição ficou evidente que a tal liberdade
era apenas para os que dispunham de certo poder, propriedade e dinheiro. A igualdade civil e
jurídica só para quem tinha bens, posses, e certo grau de instrução. O tal o sufrágio universal
era para homens ricos somente acima de 21 anos excluindo analfabetos, mulheres, e jovens o
espaço da mulher era socialmente bem definido até o século XX com sua nova moral burguesa.
A liberdade de associação era apenas entre os ricos e nobres liberais. Extavam exclusos do
processo a incipiente classe proletária e os camponeses, estes deveriam ser barrados de qualquer
participação política e estavam proibidos de se organizar politicamente economicamente para
melhorar a sua condição de vida. Porém a revolução se radicalizou exatamente porque as
demandas sociais de boa parte da população insatisfeita não foram atendidas, apenas as
demandas de uma minoria já ascendida socialmente que era a alta burguesia, que já fazia parte
do establishment mesmo sendo subalterna a nobreza. A revolução saiu do controle, a
participação se tornou cada vez mais popular, o conflito foi inevitável, a reação contra a
participação gerou a violência política pelos que não detinham propriedade e passavam
necessidades, culminando em muitos episódios violentos. Os nobres reformistas e burgueses
então perceberam que muita democracia é um erro, pois poderiam perder seus privilégios e
posses caso saíssem do controle. Então mudaram seu discurso dizendo que democracia nem
sempre é bom. Que o povo não está preparado para uma democracia. Uma democracia boa é
quando é tutelado por uma elite ou um grande líder preparado. Os mesmos burgueses liberais
que criaram a liberdade, a igualdade, a democracia, o republicanismo etc.. Criaram o discurso
que a igualdade e democracia é uma ilusão. Uma classe dominante sempre irá subsistir
enriquecendo-se cada vez mais, ou seja. Todo bom liberal raiz acredita que as desigualdades
sociais fazem parte de uma ordem natural. Os liberais e republicanos só deram uma nova base
para o fundamento da desigualdade, uma nova forma de desigualdade não mais fundada na
aristocracia, mas num iluminismo conservador. Interessante lembrar que muitos aristocratas
eram liberais e muitos ricos liberais se tornaram altamente aristocratas antes mesmo dessas
revoluções. Outro fato interessante é que o discurso da boa economia politica burguesa se
disseminou depois, é apenas um discurso para legitimar a nova ordem economica mundial que
se expande nos séculos XIX.

A burguesia comercial e a alta burguesia manufatureira e industrial, assim como também a


burguesia financeira, antes mesmo das revoluções elas já eram poderosíssimas, existem muitas
famílias, as principais famílias europeias que já eram ricas desde dos séculos XV e formavam
verdadeiras aristocracias financeiras, são as mesmas de hoje os donos de grandes bancos
mundiais e reservas monetárias. Alguns nobres passaram a se tornar liberais pois já eram
detentoras de terras e souberam acompanhar as mudanças porque passaram a investir em suas
terras em parceria com outros burgueses como foi com a indústria lanífera inglesa, muitos
nobres expulsaram camponeses de suas terras para transformar suas terras em pastos para
ovelhas para atender a crescente indústria de lã,,O próprio capitalismo só triunfou com muita
intervenção estatal. Muitos ricos burgueses se tornaram mais fortes graças as intervenções do
Estado desde a era Absolutista mercantil capitalista, o capitalismo convivia com a escravidão
nas colonias e o feudalismo no campo.. . O rei fazia aliança com algumas corporações, ligas de
comercio, concedia monopólios reais, investia em infraestrutura e empreendimentos comerciais
e militares para o capitalismo burguês se desenvolver e em troca recebia financiamentos,
impostos, empréstimos para investir no seu palácio, no seu exercito agora unitário, mantendo
sólidas instituições e controle sobre todo seu território unido constituído numa nação, mantendo
uma estrutura fiscal tributária única que beneficiava e muito a burguesia, recolhia impostos,
circulava uma moeada única em todo um território abolindo taxas alfandegarias e impostos
excessivos para a circulação de mercadorias internamente, protegendo as industrias nacionais
da concorrência estrangeira, muitas dessas práticas são as chamadas praticas mercantilistas que
mais tarde serão criticadas pelos fisiocratas. As trocas eram vantajosas tanto para os
comerciantes e burgueses que se fortalecia cada vez mais economicamente, como para o rei
absoluto que conseguia domesticar os nobres e manter domínio. Claro que em alguns casos a
intervenção era prejudicial por conta do excessivo monopólios das corporações assim como das
excessivas intervenções e exigência do estado em relação ao padrão das mercadorias, e a corte
palaciana era um verdadeiro custo do Estado. A burguesia passa investir cada vez mais e serem
ela os donos dos meios de produção, substituindo a manufatura artesanal, se tornam mais ricas e
poderosas economicamente. A medida que a economia se desenvolve aumentando sua produção
ela se torna cada vez mais independente controlando o comercio, a indústria, as finanças mas
sem nenhuma compensação política por conta da sociedade aristocrática divida em estados,
então ela passa a se rebelar e exigir mudanças. Ela passa a ter cada vez mais consciência da sua
importância e papel. E essa é o caráter da burguesia entre os séculos XVI ao XVIII. As
ideias liberais foram sim revolucionárias naquele tempo, e fazia sentindo as ideias de liberdade
de propriedade, livre comercio, combater o Estado grande, porque o Estado e seus membros era
realmente custoso e grande e promovia medidas que muitas vezes contrariava burguesia com
suas praticas mercantilistas intervencionistas, medidas lesivas que prejudicava a própria
burguesia nacional quando por exemplo a monarquia francesa aboliu as taxas protecionistas dos
produtos ingleses a véspera da revolução, e a nobreza vivia como uma classe parasitária ( a
nobreza) que passa a ter cada vez pouca função social ( antes era militar e agora eram
burocratas), cheia de privilégios de sangue, não pagavam impostos e ainda viviam dos
rendimentos dos impostos e etc...A burguesia derruba o Estado Absoluto e instaura a
Constituição. Mesmo com um Estado burguês, ele continua intervindo, continua ajudando os
burgueses intervindo com tarifas protecionistas contra os produtos estrangeiros, abrindo
estradas, portos, e outras obras de infra estrutura, só quando a indústria e a burguesia industrial
está plenamente forte e desenvolvida e com muita produção capaz de abastecer e concorrer no
mercado mundial. É que os paises mais fortes industriais que acabaram com monarquias
constitucionais e estavam com suas industrias plenamente desenvolvidas com republicas
burguesas consolidadas acabam pressionando os outros para abertura comercial de venda de
seus produtos. Promovendo o discurso do livre comercio.

A relação entre a direita e o conservadorismo é interessante. O conservadorismo imprime


uma certa legitimidade da desigualdade com base no direito natural, na herança ou nas
tradições, ou na religião como faziam os aristocratas absolutistas de antigamente.

Algumas ideologias políticas legitimam as desigualdades por fatores raciais, genéticos, ou


culturais estabelecendo uma clara distinção entre cultura superior e inferior. Ou sociedade
superior e inferior, alta cultura refinada, erudita e baixa cultura . O conservadorismo tende a
negar as contradições sociais, nega se os conflitos e os antagonismos de classe porque pra ela
as classes sociais estão cumprindo o seu papel cada um em seu devido lugar onde deve estar e
permanecer. Basta que tudo esteja num certo equilíbrio para a ordem permanecer como no
positivismo comtiano. Para os materialistas a desigualdade existe porque existe divisão social,
exploração do trabalho, divisão de classe sociais, entre aqueles que tem os meios de
produção em sua posse, e consequentemente maiores riquezas, ou classes, grupos que
ocupam posições de liderança e monopolizam conhecimentos mantendo sua hegemonia e
suas propriedades, e servem a esses os que apenas trabalham com sua força de trabalho. A
Divisão técnica do trabalho, especialização do conhecimento, e as relações de propriedade
privada do trabalho e dos meios de produção geram as classes sociais.

Para os conservadores, a boa ordem sempre deve depender da liderança e da administração


dos melhores ou mais qualificados que geralmente estão associados aos filhos de uma elite
ou classe social dominante ou seja seus próprios filhos. O que mudou com o ideal liberal foi
que a ascensão social não é baseada na herança de títulos e sangue, a nobreza e o valor de
alguém agora é baseada na meritocracia, no trabalho, nas posses e propriedades que cada um
tem. Nas faculdades que cada um tem e desenvolve para adquirir riquezas e poder. A
meritocracia sempre foi um debate bastante controverso tanto no liberalismo, no
conservadorismo e nas criticas socialistas. A fundamentação no Direito natural é porque é
fundamentada numa razão natural, numa intepretação natural. E não na teologia. Direitistas
conservadores acreditam serem necessários conservar determinados aspectos valores ou
instituições que garantem a boa ordem social conservando as diferenças sociais. A boa ordem
social depende das hierarquias e diferenciações sociais. As relações desiguais são boas quando
alguns direitos mínimos são assegurados e respeitados como seria no liberalismo. A maneira
como eles compreendem esses valores como eu já disse; compreendem como naturais,
sempre existiram diferenças e relações de propriedade e poder porque faz parte de uma razão
natural. Não tem origem histórica definida, não foi construída, elas surgem a partir de uma
vontade superior racional. Portanto sua visão sobre o mundo tem bases neoplatônicas e
idealistas diferentes do materialismo histórico e do realismo crítico. A propriedade é
legitimidade pelo trabalho sobre ela, o que é uma contradição porque muitos capitalistas não
trabalham, já nascem ricos. Portanto meritocracia e trabalho é uma contradição na ideologia
liberal.

Mas há divergências em relação ao que é certo e deve ser preservado entre as varias facções
da direita, e como a desigualdade deve ser entendida, mantida e administrada. Para alguns
direitistas atuais ( em alguns aspectos) moderados; O capitalismo, a propriedade privada, a
religião, a nação, as liberdades civis a democracia liberal, economia de mercados, são valores
máximos encerrados em si mesmo, intemporais e sagrados. Invioláveis e necessários para a
civilização. As diferenças existem, mas é impossível mudar tudo, ou toda a sociedade, mas aos
poucos pode se fazer concessões sem abalar as bases. Como diz alguns o capitalismo não é
perfeito, mas é o melhor que existe até agora. Melhor do que todas as tentativas frutadas de
mudar a sociedade radicalmente.

Direito a proteção a vida= não ter sua vida violada, direito a defesa, a um advogado, de ser
interrogado, ouvido, a uma testemunha ou e ser julgado antes de ser condenado. Não ser
torturado ou preso arbitrariamente sem direito a defesa. Não ser morto arbitrariamente ou
condenado sem justiça e investigação. Não ser preso por expressar ideias ou manifestar
pensamento diferente.

Liberdade de ir e vir sem ser incomodado nos espaços sociais e públicos.

Direito de investir e dispor sobre uma propriedade, lembrando que no período feudal, o servo, o
camponês e nem o senhor era proprietário de terras. O feudalismo consistia num sistema de
privilégios de terras, e arrendamentos de terras e servições preso por laços de lealdade e
servidão, de vassalidade para com um superior ou senhor. O proprietário já poderia dispor
libremente sobre uma terra, investir nela, hipotecar, e vender, de ascender socialmente.

Liberdade de trabalho através do trabalho assalariado. Hoje nós podemos escolher em qual
emprego nós podemos trabalhar, naquela época os camponeses e trabalhadores estavam presos a
terra e a fidelidade ao seu senhor.

Igualdade de direitos jurídicos e civis. Todos são iguais perante as leis e gozam das mesmas
responsabilidades.

Todos tem direitos e deveres comuns a todos. Nenhum deve ser discriminado pela sua origem
social, raça, ou crença. Individualismo. Individuo.

A desigualdade, a ordem o status quo social, e as diferenças sociais individuais são assentadas
sobre uma outra ordem jurídica.

A propriedade privada. Heranças, O livre mercado, a sociedade de mercados. Meritocracia.

Liberdades civis, direitos civis, liberdades individuais. Todos eles foram inspirados num ramo
histórico do direito chamdo de jusrinaturalismo, herdeira do pensamento filosófico iluminista
sobre a condição humana e os direitos do homem. Dignidade, honra e cidadania.

Direito de escolha ao trabalho. Liberdae de representar e ser representado. De voto.O livre


empresa, associação, empreendimento ou comercio.

A legitimidade do poder agora viria do povo, todo poder é concedido pelo povo, e o poder
deve ser expressão da vontade coletiva, das aspirações e desejos humanas, atendendo
também as necessidades do individuo, e deve ser exercido sem violar os direitos mais
fundamentais. Os representantes e os indicados ao poder não seriam mais por meios
hereditários, mas escolhidos pela vontade do povo para representar os interesses deles.

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