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LÓGICA PROPOSICIONAL

1. CONJUNÇÃO, NEGAÇÃO E DISJUÇÃO

Em geral, as línguas naturais são demasiado vagas, ambíguas, possuem repetidas


vezes metáforas, o que torna a avaliação da validade dos argumentos algo, na maioria das
vezes, difícil. Para evitar esta dificuldade, criou-se uma linguagem simbólica artificial. “...
Com a ajuda da lógica simbólica, podemos efetuar quase mecanicamente, por meio da
visão, transições de raciocínio, as quais exigiriam, sem aquela, o uso das faculdades
superiores do cérebro.” (Whitehead).

Oberserve os argumentos a seguir:

(1) O cego tem um chapéu vermelho ou o cego tem um chapéu branco.


O cego não tem um chapéu vermelho.
Portanto, o cego tem um chapéu branco.

(2) Se o Sr. Silva é o vizinho do Continente Shopping, então o Sr. Silva vive a meio
caminho entre Palhoça e Biguaçu.
O Sr. Robinson não vive a meio caminho entre Palhoça e Biguaçu.
Portanto, o Sr. Silva não é vizinho do Continente Shopping.

Os dois argumentos acima são formados por proposições compostas, ou


moleculares. Proposições moleculares são aquelas formadas por duas proposições simples
ou atômicas. Proposições atômicas são aquelas que não possuem nenhuma outra
proposição como sua componente. Por exemplo, “João é asseado” é uma proposição
atômica. Já a proposição “João é asseado e amável” é uma proposição molecular, pois é
composto por duas proposições simples:”João é asseado” e “João é amável”. Podemos
perceber que as duas proposições são conectadas pela palavra “e”. Neste caso, temos uma
conjunção. Adotamos “^” como símbolo para representar a conjunção. Assim, sendo p e q
duas proposições quaisquer, a conjunção entre elas é representada assim: “p ^ q”.
Toda proposição pode ser verdadeira ou falsa. Chamamos a isso de “valor de
verdade”. Como cada proposição atômica possui seu valor de verdade (V = verdadeiro; F
= falso), podemos concluir que o valor de verdade de uma proposição molecular depende
do valor de verdade das proposições que a compõe. Dadas quaisquer proposições p e q,
só existem quatro conjuntos de valores de verdade que lhes possamos atribuir:

p q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F

A negação (ou contradição, ou negativa) de uma proposição é formada pela inserção


de um “não” no enunciado original. Alternativamente, podemos expressar a negação de
uma proposição antepondo-lhe a frase “é falso que” ou “não é o caso de”. Usa-se o símbolo
“~” (til) para expressar a negação. Dito isto, dada qualquer proposição p, a sua negação é
representada como “~p”. A negação de toda proposição verdadeira é falsa, e a negação de
qualquer proposição falsa é verdadeira:

p ~p
V F
F V

A disjunção entre duas proposições forma-se inserindo a palavra “ou” entre elas. Na
língua portuguesa, este conectivo é ambíguo. Observe:
(P1) “Não se pagarão prêmios no caso de doença ou desemprego.”
Neste caso, afirma-se que não serão pagos prêmios a quem estiver doente,
desempregado ou nos dois casos. Este sentido é chamado de “ou inclusivo”.
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(P2) “Você pode se calar ou morrer”.


Neste caso, a palavra “ou” indica que somente uma das opões é possível. Neste caso
acontece o que chamamos de “ou exclusivo”.
Na disjução inclusiva, interpretamos que pelo menos uma das proposições é
verdadeira. Na disjução exclusiva, pelo menos uma das proposições é verdadeira, mas não
as duas. Entretanto, essa ambiguidade não existe no latim, onde temos a palavra vel que
corresponde à disjunção inclusiva e a palavra aut que corresponde à disjução exclusiva.
Usamos a primeira letra da palavra latina vel (v) para representar a disjunção inclusiva.
Sendo p e q duas proposições quaisquer, sua disjução é representada assim p v q.

p q pvq
V V V
V F V
F V V
F F F

O primeiro exemplo de argumento citado nessa seção é um silogismo disjuntivo. Sua


primeira premissão é uma disjução, sua segunda premissa é a negação da primeira das
proposições atômicas da primeira premissa, e a conclusão é a segunda proposição da
primeira premissa. Como um silogismo disjutivo é válido em qualquer uma das duas
interpretações da palavra “ou”, podemos simplificar tratando qualquer um dos dois
signifcados da disjução como sendo inclusivo.
Assim como a pontuação é importante nas línguas naturais, para evitar
ambiguidades, também o é na linguagem da lógica simbólica. A expressão p ^ q v r é
ambígua: pode significar a conjunção de p com a disjunção q v r, ou pode significar a
disjunção de p ^ q com r. Distinguimos esses dois sentidos pontuando p ^ (q v r) ou (p ^
q) v r. Para abreviar as pontuações e reduzir a ambiguidade, estabelecemos que, em
qualquer fórmula, o símbolo de negação deve ser entendido como aplicado à proposição
mínima a que a pontuação permite. Assim, a proposição ~p v q significa: “a negação de p
ou q”; e não “a negação de p v q”.

EXERCÍCIOS

1. Quais dos seguintes enunciados são verdadeiros ou falsos?


a) Getúlio Vargas se suicidou ^ Tancredo Neves se suicidou
b) ~ (Tancredo Neves se suicidou v Getúlio Vargas se suicidou)
c) ~ Tancredo Neves se suicidou v ~Getúlio Vargas se suicidou
d) ~ (Tancredo Neves se suicidou ^ Getúlio Vargas se suicidou)
e) ~ Tancredo Neves se suicidou ^ ~ Getúlio Vargas se suicidou
f) Getúlio Vargas se suicidou v ~ Tancredo Neves se suicidou
g) Tancredo Neves se suicidou ^ ~ Getúlio Vargas se suicidou
h) (Getúlio Vargas se suicidou ^ Tancredo Neves se suicidou) v (~ Getúlio Vargas
se suicidou ^ ~ Tancredo Neves se suicidou)
i) (Getúlio Vargas se suicidou v Tancredo Neves se suicidou) ^ (~ Getúlio Vargas
se suicidou ^ ~ Tancredo Neves se suicidou)
j) Tancredo Neves se suicidou v ~ (Getúlio Vargas se suicidou ^ Tancredo Neves
se suicidou)
k) Getúlio Vargas se suicidou v ~ (Getúlio Vargas se suicidou v Tancredo Neves
se suicidou)
l) ~ (~ Getúlio Vargas se suicidou ^ ~Tancredo Neves se suicidou)
m) ~ [~ (~ Tancredo Neves se suicidou v ~Tancredo Neves se suicidou) v ~ (~
Getúlio Vargas se suicidou v Tancredo Neves se suicidou)]
n) ~ [~ (~ Getúlio Vargas se suicidou ^ Tancredo Neves se suicidou) ^ ~
(Tancredo Neves se suicidou ^ ~ Tancredo Neves se suicidou)]
o) ~ [~ (Getúlio Vargas se suicidou v Tancredo Neves se suicidou) v (~ Getúlio
Vargas se suicidou ^ ~ Tancredo Neves se suicidou)
p) Getúlio Vargas se suicidou v (~ Tancredo Neves se suicidou v São Paulo é a
maior cidade do Brasil)
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q) Tancredo Neves se suicidou ^ ~ (Tancredo Neves se suicidou ^ São Paulo é a


maior cidade do Brasil)
r) (Getúlio Vargas se suicidou v ~ Tancredo Neves se suicidou) v ~ (~ Getúlio
Vargas se suicidou ^ ~ São Paulo é a maior cidade do Brasil)
s) ~ [~ (Tancredo Neves se suicidou ^ São Paulo é a maior cidade do Brasil) v ~
(~ Getúlio Vargas se suicidou v ~ São Paulo é a maior cidade do Brasil)]
t) ~ [(~ Tancredo Neves se suicidou v São Paulo é a maior cidade do Brasil) ^ ~
(~ São Paulo é a maior cidade do Brasil v Rio de Janeiro é a maior cidade do
Brasil)]

2. Se A, B e C são proposições verdadeiras e X, Y e Z são proposições falsas, quais


são as proposições verdadeiras?
a) (C v Z) ^ (Y v B)
b) (A ^ B) v (X ^ Y)
c) ~ (B v X) ^ ~ (Y v Z)
d) ~ (C v B) v ~ (~ X ^ Y)
e) ~ B v C
f) ~ B v X
g) ~ X v A
h) ~ X v Y
i) ~ [(~ B v A) v (~ A v B)
j) ~ [(~ Y v Z) v (~ Z v Y)
k) ~ [(~ C v Y) v (~ Y v C)
l) ~ [(~ X v A) v (~ A v X)
m) ~ [A v (B v C)] v [(A v B) v C]
n) ~ [X v (Y v Z)] v [(X v Y) v Z]
o) [A ^ (B v C)] ^ ~ [(A ^ B) v (A ^ C)]
p) ~ [X ^ (~ A v Z)] v [(X ^ ~ A) v (X ^ Z)]
q) ~ {[(~ A v B) ^ (~ B v A)] ^ ~ [(A ^ B) v (~ A ^ ~ B)]}
r) ~ {[(~ C v Z) ^ (~ Z v C)] ^ ~ [(C ^Z) v (~ C ^ ~ Z)]}
s) [A v (B ^ C)] ^ ~ [(A ^ B) v (A ^ C)]
t) [B v (~ X ^ ~ A)] ^ ~ [(B v ~ X) ^ (B v ~ A)]

3. Sejam as proposições P: Suely é rica e Q: Suely é feliz, a tradução mais adequada


para a linguagem simbólica da proposição complexa: “Suely é pobre, mas feliz”
é:
a) ~P v Q.
b) ~P ^ Q.
c) P ^ Q.
d) ~P ^ ~Q

4. Seja a proposição simples P: Araranguá é a cidade das avenidas. A negação da


proposição P é:
a) Japão é a cidade das avenidas
b) Japão não é a cidade das avenidas
c) Não é verdade que Araranguá não é a cidade das avenidas
d) Araranguá não é a cidade das avenidas

5. Sejam as proposições P : Marcos é alto e Q : Marcos é elegante. Traduzir para a


linguagem simbólica as seguintes proposições:
a) Marcos é alto e elegante.
b) Marcos é alto, mas não é elegante.
c) Não é verdade que Marcos é baixo ou elegante.
d) Marcos não é nem alto e nem elegante.
e) Marcos é alto ou é baixo e elegante.
f) É falso que Marcos é baixo ou que não é elegante.
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2. PROPOSIÇÕES CONDICIONAIS

Se duas proposições se combinam mediante a colocação da palavra “se” antes da


primeira proposição e a inserção da palavra “então” entre elas, o resultado é uma
proposição condicional (proposição hipotética, implicativa ou implicação). Numa
condicional, a primeira proposição se chama antecedente e a segunda se chama
consequente. Por exemplo: “Se o Sr. Souza é vizinho do Sr. Vieira, então o Sr. Souza ganha
o triplo do Sr. Vieira” é uma proposição condicional, onde “O sr. Souza é vizinho do Sr.
Vieira” é o antecedente e “O Sr. Souza ganha o triplo do Sr. Vieira” é o consequente.
Uma proposição condicional afirma que que seu antecedente implica seu
consequente. Não afirma que seu antecedente seja verdadeiro, mas unicamente que, se o
antecedente for verdadeiro, então seu consequente também será verdadeiro. Assim, dadas
quaisquer proposições p e q, simbolizamos a implicação por p → q. Toda proposição
condicional significa negar que o seu antecedente é verdadeiro e seu consequente falso,
como segue na tabela:

p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Uma proposição bicondicional é aquela que afirma a equivalência de duas


proposições, representada por “p se e somente se q”. Seu valor lógico é verdade sempre
que as duas proposições atômicas forem ao mesmo tempo verdadeiras ou falsas. O
bicondicional é simbolizado por p ↔ q.

p q p ↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

EXERCÍCIOS

1. Supondo que A, B, C, D têm valores V, F, F e V, respectivamente, calcule o valor


das fórmulas abaixo:
a) ~A˄B
b) ~B→(A˅B)
c) (C˅A)↔~~C
d) A˅(A→B)
e) (D˅~A)→~C
f) ~(A˄B)→~(C˄B)
g) ~~D˄~(A→A)
h) (~A˅C)↔~(A˄~C)

2. Sejam as proposições P : Está frio e Q : Está chovendo. Traduzir para a linguagem


corrente as seguintes proposições:
a) ~P
b) P˄Q
c) P˅Q
d) Q↔P
e) P→~Q
f) P˅~Q
g) ~P˄~Q
h) P↔~Q
i) P˄~Q→P
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3. Traduzir para a linguagem simbólica as seguintes proposições matemáticas:


a) x = 0 ou x > 0
b) x≠0ey≠0
c) x > 1 ou x + y = 0
d) x² = x . x e x⁰ = 1
e) se x > 0 então y = 2
f) se x + y = 2 então z > 0
g) y = 4 e se x < y então x < 5
h) x é maior que 5 e menor que 7 ou x não é igual a 6

4. Determinar o valor lógico (V ou F) de cada uma das proposições:


a) 3 + 2 = 7 e 5 + 5 = 10
b) 2 + 7 = 9 e 4 + 8 = 12
c) senπ = 0 e cosπ = 0.
d) 1 > 0 e 2 + 2 = 4.
e) 0 > 1 ˄ √3 é irracional.
f) Roma é a capital da França ou tg45º = 1.
g) √5 < 0 ou Londres é a capital da Itália.
h) 5 = 10 ou π é racional.
i) Se 3 + 2 = 6 então 4 + 4 = 9.
j) Se 0 < 1 então √2 é irracional.
k) 3 + 4 = 7 se e somente se 5³ = 125.
l) 0² = 1 se e somente se (1 + 5)⁰ = 3.
m) Não é verdade que 12 é um número par.
n) Não é verdade que Belém é a capital do Pará.
o) É falso que 2 + 3 = 5 e 1 + 1 = 3.
p) ~(1 + 1 = 2 ↔ 3 + 4 = 5)

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