MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

INSTITUTO RIO BRANCO

EDITAL Nº 1, DE 5 DE JULHO DE 2019
CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA

Te r c e i r o - s e c r e t á r i o d a c a r r e i r a d e d i p l o m a t a

INSTRUÇÕES

ES a
• Você receberá do fiscal:

AD rov
o um caderno de questões das provas objetiva e discursiva contendo 50 (cinquenta) questões de múltipla escolha, com 5 (cinco)
alternativas de resposta cada uma e apenas 1 (uma) alternativa correta, e 1 (uma) questão discursiva;
o uma folha de respostas personalizada da prova objetiva; e

ep
o uma folha de texto definitivo da prova discursiva.
• Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva no espaço apropriado da folha de respostas da prova
objetiva, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase:
ba o d
Todo mundo pode!
•
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Verifique se estão corretas a numeração das questões e a paginação do caderno de questões, bem como a codificação da folha de
at

respostas da prova objetiva e da folha de texto definitivo da prova discursiva.

nc
• Você dispõe de 4 (quatro) horas para fazer as provas objetiva e discursiva e deve controlar o tempo, pois não haverá prorrogação
pe rm

desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas da prova objetiva e o preenchimento da folha de texto definitivo da
prova discursiva.
• Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas da prova objetiva, a folha de texto defini-
fo

tivo da prova discursiva e o caderno de provas, bem como retirar-se da sala.

la

• Somente será permitido levar o caderno de questões das provas objetiva e discursiva 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos após o início
ica o no

da prova.
• Após o término da prova, entregue ao fiscal do IADES a folha de respostas da prova objetiva, devidamente assinada, e a folha de
texto definitivo da prova discursiva.
• Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente.
do


a ead

• Não é permitida a utilização de nenhum aparelho eletrônico ou de comunicação.

• Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas.
• Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação de provas na companhia de um fiscal do IADES.
• Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova.
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pl

I N S T R U Ç Õ E S PA R A A P R O VA O B J E T I VA E D I S C U R S I VA


B

• Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva e na folha de texto definitivo da prova discursiva.
Caso haja algum dado incorreto, comunique ao fiscal.
• Leia atentamente cada questão e assinale, na folha de respostas da prova objetiva, uma única alternativa.
• A folha de respostas da prova objetiva e a folha de texto definitivo da prova discursiva não podem ser dobradas, amassadas, rasuradas
ou manchadas e nem podem conter nenhum registro fora dos locais destinados às respostas.
• O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, as respostas da prova objetiva para a folha de respostas e o
texto definitivo da prova discursiva para a folha de texto definitivo.
• A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas da prova objetiva é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de
tinta preta, o espaço a ela correspondente.
• Marque as respostas assim:

Realização: simulado
Preparatório para Concursos
 P R O VA O B J E T I VA – T A R D E
PROVA OBJETIVA – PRIMEIRA FASE
Tarde
LÍNGUA INGLESA
(Alexandre Hartmann)
TEXT 1
As far back as 4000 B.C., historians believe, formal record-
keeping systems were first instituted by organized businesses
and governments in the Near East to allay their concerns
about correctly accounting for receipts and disbursements and
collecting taxes. Similar developments occurred with respect to
the Zhao dynasty in China (1122-256 B.C.).
The need for and indications of audits can be traced back
to public finance systems in Babylonia, Greece, the Roman
Empire, the City States of Italy, etc., all of which developed
a detailed system of checks and counterchecks. Specifically,
these governments were worried about incompetent officials
prone to making bookkeeping errors and inaccuracies as well
as corrupt officials who were motivated to perpetrate fraud
whenever the opportunity arose.
Even the Bible (referring to the period between 1800 B.C.
and A.D. 95) explains the basic rationale for instituting
controls rather straightforwardly: “…if employees have an
opportunity to steal they may take advantage of it.” The Bible
also contains examples of good internal control practices,
such as dual custody of assets, restriction of access to assets,
and segregation of duties, as well as examples of the need for
competent and honest employees.
Historically then, the emergence of double-entry
bookkeeping in circa 1494 A.D. can be directly traced to the
critical need for exercising stewardship and control. Throughout
European history, for instance, fraud cases — such as the South
Sea bubble of the 18th century, and the tulip scandal — provided
the justification for exercising more control over managers.
Source: S. Ramamoorti. Internal auditing: history,
evolution, and prospects. p. 3. Internet: <https://na.theiia.
org> (adapted).
QUESTÃO 35 with agribusiness.
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) The author points to a discontinuity in the history of
financial bookkeeping from the end of the 15th century to
the 18th century.
2) The word “allay” is used as a verb and it means
reduce or ease.
3) People have inherited from the Bible the notion that auditing
is necessary because of the inherently dishonest nature of
human beings.
4) Without changing the meaning of the text, the fragment
“explains the basic rationale for instituting controls
rather straightforwardly” could be correctly replaced
with explains a common-sense approach to retain
control instead of simply handing it over.
SIMULADO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
TEXT 2
Shining a light on the auditors
Every financial meltdown prompts a hunt for scapegoats.
In the wake of the most recent one, calls to reform accounting
have grown particularly loud, and action is on the way. In the
coming months both America and the European Union are
expected to introduce new rules aimed at enhancing auditors’
independence. But for all the heated debate over the changes,
any improvement is likely to be modest.
America’s bean-counters were effectively self-regulating
until 2002. That year, following a wave of accounting scandals,
Congress passed the Sarbanes-Oxley act to reform corporate
governance. It limited the consulting work firms could do for
their audit clients and set up a new regulator, the Public Company
Accounting Oversight Board. At a meeting on December 4th it
outlined three policies it expects to implement by the end of 2014.
One aims to make audit reports more useful by requiring
a section highlighting “critical audit matters” — the high-
stakes judgment calls that keep accountants up at night, such
as how the business being audited has valued its intangible
assets. Another would cut the share of an audit that accounting
firms can outsource without disclosure from 20% to 5%. Such
information is valuable in emerging markets, where local
accountants vary widely in quality.
The most controversial reform would identify by name the lead
partner responsible for each audit. Although identifying partners
does not increase their legal liability, it does put their reputation on
the line. This seems to make accountants more cautious.
Source: www.economist.com (adapted).
QUESTÃO 36
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) If the expression “for all the” were replaced by despite
the, the text would still be correct, and the meaning of the
sentence would be maintained, something that would not
occur if it were replaced by if there is.
2) “Bean-counters” is a derogatory expression used to
describe second-class accountants who deal specifically
3) According to the text, Congress underlying motivation
to pass the Sarbanes-Oxley act was its indignation over
the shameful behaviour of some corporations in the early
21st century.
4) One of the premises of the text is that, every time there is
a sudden economic crisis, we tend to quickly try to find
a culprit.
TEXT 3
A compelling case can be made for mandatory audit
rotation that auditors who keep the same client for too long get
excessively cosy with its management. As somebody has put
it, “When the same incumbent firm has been in place for 100
years, to me that’s not an audit, that’s a joint venture.”
PÁGINA 2
 Most academic studies have either found no link between
the length of a relationship and its quality, or determined that
longer tenures yield better results, because the accountants
have time to master the intricacies of clients’ businesses.
Obliging companies to solicit bids at regular intervals, as Britain
does, has shaken up the business: HSBC said in August that it
will drop KPMG in favour of PwC; on December 2nd Unilever
announced that it is making the opposite switch. Indeed, the
big accounting firms argue that forced rotation would reduce
competition by preventing the incumbent from bidding.
Proponents counter that the accounting giants, and
academics whose research is often financed by them, have good
reason to resist change. Among the reform’s strongest supporters
are smaller firms that hope to break the Big Four’s stranglehold.
Yet even the most vocal advocates of mandatory rotation
concede that it is no magic bullet. Auditors have a conflict of
interest at the heart of their business — they are paid by the
companies they are supposed to assess objectively. Unless that
changes, there will be no substitute for investors doing their
own due diligence.
Source: www.economist.com (adapted).
QUESTÃO 37 Decide whether the following statements are right (C) or wrong
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) The author accuses some firms of bribing unscrupulous
academics to put forward compelling arguments thereby they
could block proposals to create mandatory audit rotation.
2) The fragment “longer tenures yield better results”
indicates that a considerable amount of time is necessary
for an auditing company which has been hired to sharpen
its auditing skills and deliver superior results.
3) In “to me that’s not an audit, that’s a joint venture”, the
word “that” refers to the situation mentioned before, that is,
the same auditing firm being responsible for a client for too
long a period of time.
4) The expression “magic bullet” could be correctly replaced
by cure-all, wonder drug or perfect solution, without any
change in its meaning.
TEXT 4
Government: stay out of the Economy
The current expansion of government intervention is
going to reinforce economic growth. Pro or con?
Over the past nine months, government intervention in the
economy has spread like a wildfire. From federally mandated
executive compensation rules for companies and job roles that
had nothing to do with the financial meltdown, to the ouster of
General Motors (GM) CEO Rick Wagoner at the behest of the
White House, to forcing banks to take and keep Troubled Asset
Relief Program money, Washington’s tentacles are reaching
into the minutiae of private business dealings like never before.
Setting aside the long-term philosophical questions this raises
about the role of government in society, one short-term question is
whether or not it will aid recovery. I do not believe it will.
A 1998 Congressional Joint Economic Committee
study concluded the optimal size of government to maximize
economic growth was about 18% of gross domestic product
(GDP). Even before today’s unprecedented debt and spending,
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
all levels of government in the U.S. controlled 37% of GDP.
Recent federal spending will drive up government’s share to
more than 40%. A single federal health-care plan would gobble
up another 16%, putting more than 50% of the economy in
government’s hands.
Economists increasingly understand the Great Depression
was prolonged by government intervention in trade, private
industry, and banking. We have evidence from other countries,
too. As Ireland’s tax burden and share of GDP fell, the Celtic
Tiger roared. Recent National Bureau of Economic Research
findings show that Jamaica’s pursuit of “social justice” policies
has retarded its growth compared with its less interventionist
sister island, Barbados. From 1960 to 2002, Barbados’ per
capita GDP doubled, but Jamaica’s grew only 50%.
Government has an important and legitimate role to play
in a growing economy. It should enforce contracts, create a
level playing field for all businesses, and steadfastly promote
the rule of law. U.S. entrepreneurs can take it from there.
Source: <www.businessweek.com> (adapted).
QUESTÃO 38
(E) according to text.
1) “reinforce” is the same as undermine.
2) “that” can be correctly replaced by whose.
3) “behest” is closest in meaning to an authoritative
command or request.
4) “gobble” is synonymous with swallow.
TEXT 5
Island of the Blue Foxes
In 1733, a Russian land-and-sea expedition, initially funded
by Tsar Peter the Great and later charged by Empress Anna to
explore Siberia and the uncharted shores of the North Pacific, set
off eastward from St. Petersburg. Led by a career naval officer, a
Dane, Vitus Bering, the expedition was as massive as its mission
was challenging: not only to map and inventory new lands, but
also, according to Canadian history writer Stephen Bown (author
of the recently published book Island of the Blue Foxes: Disaster
and Triumph on the World’s Greatest Scientific Expedition), “to
demonstrate to Europe the power and sophistication of Russia.”
No roads spanned the thousands of miles to Russia’s coastal
frontier on the Kamchatka peninsula at the time, and, even in the
few Siberian settlements under control of central government,
there was little infrastructure other than that sustaining local fur
trapping and forestry. Bering’s entourage, accordingly, needed
to bring along mammoth loads of supplies if it were to carry out
the threefold tasks of conducting scientific studies, constructing
vessels for venturing into the Pacific, and simply surviving and
avoiding hunger. Timber would be plentiful on site, but not iron,
sailcloth, medical supplies, books, scientific instruments, and a
host of other raw materials and finished goods.
The expedition party, numbering in the thousands,
included drovers, sailors, soldiers, shipwrights, coopers,
blacksmiths, carpenters, secretaries, surveyors, and physicians
– a sizeable sample of the skilled and unskilled work force of
“civilized” Russia.
PÁGINA 3
 Drawing on journals, logs, and official reports, Bown
presents a moving account of how the great Kamchatka – North
Pacific expediton became a tenyear odyssey of hardship and
conflict. Physical rigors were expected, but equally significant
were social dramas playing out along the way. Siberian officials,
overwhelmed by the sudden – and sometimes unannounced
– arrival of imperious strangers, were reluctant to provide
necessary services. Further delays arose from Bering’s cautious
regard for carrying out every step of his mandate and getting
everything in line before proceeding to the next step, a habit
not always well received by younger and more adventurous
officers under his command.
Not until June 1742 did newly built ships depart from
Kamchatka on a voyage that was to secure Bering’s posthumous
reputation and provide a basis for Russia’s colonization of
Alaska. The key figure in this climactic episode is Georg Steller,
who served as a naturalist and physician aboard Bering’s ship.
Steller’s arrogance made him the target of scorn by most of
the crew, but his notes on the appearance and behaviour of
novel species of North American wildlife have earned him a
lasting place in the history and nomenclature of biology – a few
months ago, I spent an evening watching a group of Steller’s
sea lions asleep on the shore of the Columbia River.
The villain of the story – as in so many expeditions of this
era – is the vitamin-C deficiency known as scurvy. Near the end
of the book, marooned on a fox-infested island that today bears
Bering’s name, sailors die, one after another, from this malady
that nowadays can be avoided with a daily vitamin-C enriched
cough drop. Here Steller emerges as the ultimate hero of the
expedition, nursing crew members back to health with local
herbs. Thanks to Steller, 46 of his 76 shipmates, along with
Steller, survived to tell their tales, now retold so well in Stephen
Bown’s fine addition to the literature of Artic exploration.
Source: Laurence A. Marschall Adapted from Natural
History, March 2018.
QUESTÃO 39 people had as strong an impact on the expedition as did
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) At the time of the expedition, all of Russia, from St.
Petersburg to the Pacific coast, was uncharted wilderness.
2) Tsar Peter the Great and Empress Anna made a point of
choosing a Dane to command the expedition because they
wanted someone with both naval and scientific experience.
3) Along with increasing Russia’s scientific and geographical
knowledge, the expedition was designed to prepare the way
for future Russian military conquests in Asia.
4) The main stimulus for the expedition was the intense
competition among the great European powers to build
overseas empires.
QUESTÃO 40 in the last paragraph, they would not have contracted scurvy.
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) The journey through Siberia was so difficult that, in the
end, the expedition could go no farther than the Kamchatka
peninsula.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
2) At the time of the expedition, Russia did not possess the
infrastructure and technology to build ships capable of
sailing to the Kamchatka peninsula.
3) Even though the expedition would journey across thousands
of miles of territory to reach Kamchatka, the planners were
unsure of finding adequate food supplies along the way.
4) If not for the generous help of Siberians involved in local
fur trapping and forestry activities, the expedition probably
would not have reached Kamchatka.
QUESTÃO 41
At the end of paragraph 3, the word “civilized” (in bold) most
likely appears between quotation marks in order to
1) highlight the fact that the expedition was going to spend a lot
of time traveling in and studying what was then considered
an uncivilized part of Russia.
2) comment ironically on the fact that, despite its scientific
pretensions, the expedition was essentially an exercise in
Russian imperialism.
3) point out that, despite European beliefs to the contrary,
Russia was in many ways as well developed as any of the
so-called “great” countries.
4) show that, even when dealing with such an important
scientific expedition, Russian planning tended to be
characterized by extravagance and incompetence.
QUESTÃO 42
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) Vitus Bering showed a disciplined approach to leading the
expedition and was in general unwilling to improvise or
take short cuts.
2) Relations between Siberian officials and the members of the
expedition were at times marked by the officials’ resentment
and lack of cooperation.
3) It is fair to say that, in their own way, problems caused by
problems caused by nature.
4) Although the expedition really was an adventure, some
military officers were frustrated by what they considered its
slow, cautious pace.
QUESTÃO 43
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) It is only recently that Georg Steller has been given credit
for his important contributions to the expedition.
2) Georg Steller was a difficult man who gave medical
treatment to his shipmates more out of a sense of duty than
out of humanitarian concern.
3) If the sailors had not been marooned on the island mentioned
4) It is reasonable to assume that, in successfully treating
numerous shipmates for scurvy, Georg Steller used herbs
that supplied vitamin C.
PÁGINA 4

HISTÓRIA DO BRASIL
(Anderson Batista)
QUESTÃO 44 de ocupação e de constituição de núcleos pioneiros de atividade
Sobre o processo de expansão territorial na América portu-
guesa, analise os itens.
1) A Região Amazônica foi ocupada, pelo modelo colonial,
em dinâmica orientada pelo desenvolvimento da pecuária e
agricultura de subsistência.
2) Podemos dizer que a presença e ocupação do interior do
Brasil, no período colonial, foi uniforme e compacta, com
início no século XVI.
3) A pecuária foi fator fundamental para a ocupação do inte-
rior nordestino e ao longo do vale do São Francisco e em
áreas adjacentes no Centro-Oeste.
4) A ocupação do Planalto Central, acompanhando a extra-
ção aurífera, alentou, pela primeira vez, a proposta de inte-
riorização da capital.
QUESTÃO 45 serviu de base para a criação do Distrito Diamantino, retar-
Leia o texto: Qualquer pessoa que matar outra ou mandar
matar, morra por isso morte natural*. Porém, se algum fidalgo
de grande solar matar alguém, não seja julgado à morte sem
no-lo fazerem saber, para vermos o estado, linhagem e condi-
ção da pessoa, assim do matador como do morto, qualidade e
circunstâncias da morte, e mandarmos o que for de serviço de
Deus e bem da República. O escravo, ora seja cristão, ora o não
seja, que matar seu senhor, ou filho de seu senhor, seja atena-
zado, e lhe sejam decepadas as mãos, e morra morte natural
na forca para sempre; e se ferir seu senhor sem o matar, morra
morte natural. E se arrancar alguma arma contra seu senhor,
posto que não o fira, seja açoitado publicamente com baraço e
pregão pela vila, e seja lhe decepada uma mão.”
(*) A expressão morrer morte natural designa a condenação
de alguém à pena de morte.
Lara, Silvia H. (ed.). Ordenações Filipinas, Livro V. São
Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 143-44; 158.
Considerando o texto acima, que apresenta um extrato das Orde-
nações Filipinas, base do direito português do início do século
XVII até meados do século XIX, julgue os itens que se seguem.
1) Pode-se depreender do texto que nobres e fidalgos acusados
dispunham de tratamento especial por parte da justiça metro-
politana, estamentalidade jurídica garantida pelo absolutismo.
2) As Ordenações Filipinas, como tal, nunca chegaram a ser
aplicadas em território brasileiro devido às resistências da
população local motivada pelo “nativismo”.
3) A utilização crescente de escravos africanos ao longo do
período colonial tem sua razão na maior adaptabilidade e
docilidade desses ao trabalho compulsório.
4) No Brasil colonial, os escravos de origem africana trabalha-
vam em diferentes setores da economia, como agricultura,
mineração, artesanato e comércio, bem como exerciam ser-
viços domésticos.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
QUESTÃO 46
Em termos de contribuição para o ordenamento territorial,
sobressai, na Região de Influência da Estrada Real, o processo
econômica — como foram os polos de mineração —, e a cria-
ção e a organização de aldeias, vilas e cidades, muitas das quais
incorporavam arruamentos, infraestruturas, serviços básicos e
técnicas construtivas do mais elevado nível tecnológico, equi-
valente àquele prevalente no Portugal de correspondente época.
G.D. Calaes; G.Ferreira (Eds). A estrada real e a trans-
ferência da corte portuguesa. Programa Rumys – Projeto
Estrada Real. Rio de Janeiro: CETEM/MCT/CNPq/CYTED,
2009, p. 36 (com adaptações).
A partir das informações acima, julgue os itens.
1) No século XVIII, no Centro-Sul do Brasil Colônia, surgiu
a Capitania de Goiás. O modelo de organização urbana e
econômica utilizado nas cidades mineradoras dessa capita-
nia, que esteve na Região de Influência de Estradas Reais,
datário com relação ao processo de expansão da atividade
de extrativismo mineral no Brasil.
2) As estradas reais no mundo colonial brasílico demonstram
o esforço despótico do Aparelho de Estado metropolitano
em controlar as vias de comunicação e transporte em suas
possessões territoriais.
3) O sistema de estradas reais era controlado por um número
significativo de burocratas, fiscais e forças militares.
4) No século XVIII, o desenvolvimento da economia minera-
dora na região da Estrada Real foi acompanhado de signifi-
cativos movimentos populacionais e culminou com o des-
locamento do eixo administrativo e econômico do Brasil
colônia para a região Centro-Sul. É nesse contexto que se
pode entender a transferência da capital do Vice-Reinado
do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763.
QUESTÃO 47
Leia o texto: “Na História do Brasil ocorreram algumas poucas
rupturas. A principal delas foi a Independência, não por acaso
denominada “Revolução” pelo historiador Caio Prado Júnior.
Ao longo do processo de descolonização, desde a insurreição de
1817 até a Proclamação da República, em 1889, plasmaram se
algumas matrizes de pensamento que definiram as pautas pelas
quais se regeriam a vida política, econômica, administrativa e a
organização da sociedade pós-colonial. Ideias de Brasil adquiri-
ram nova dimensão histórica, cultural, geográfica, social e polí-
tica com o santista José Bonifácio, estadista da independência,
homem da Ilustração e fundador da política externa brasileira.
Com ele, mas também com oponentes a seu projeto de nação,
como Cipriano Barata e o padre Diogo Antonio Feijó (ex-deputa-
dos em Lisboa), ou o jornalista Evaristo da Veiga, um dos líderes
do 7 de abril de 1831, “nossa identidade” coletiva se delineava.”
Carlos Guilherme Mota. Introdução. In: Carlos Guilherme
Mota (org.). Viagem incompleta — a experiência brasileira
(1500-2000). Formação: histórias. São Paulo: SENAC,
2000, p. 22-3 (com adaptações).
PÁGINA 5
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens
que se seguem.
1) As fronteiras brasileiras que estabeleceram a unidade terri-
torial do país, tal como hoje é reconhecida, foram demarca-
das todas durante a fase do Império com o apoio britânico.
2) Ao transferir-se para o Brasil, há mais de duzentos anos,
o Aparelho de Estado português obrigou-se a confirmar e
aprofundar o sistema colonial como forma de afirmação e
domínio sobre o território de sua mais importante colônia e
a preservar suas boas relações com a Inglaterra.
3) O caráter “revolucionário” da Independência do Brasil, tra-
tado no texto, sustentou-se no fato de o Brasil ter rompido
com as bases da colonização e na convergência de ideias
entre as principais lideranças revolucionárias.
4) A identidade nacional brasileira, aludida no texto, que an-
tecede o surgimento do Estado nacional, foi fundamentada
em movimentos como Revolta de Beckman, no Maranhão,
e Inconfidência Mineira.
QUESTÃO 48 da Independência.
Após a Independência política do Brasil, em 1822, era neces-
sário organizar o novo Estado, fazendo leis e regulamentando
a administração por meio de uma Constituição. Para tanto, reu-
niu-se em maio de 1823, uma Assembleia Constituinte com-
posta por 90 deputados pertencentes à aristocracia rural. (...)
Na abertura dos trabalhos, o Imperador D. Pedro I revelou sua
posição autoritária, comprometendo-se a defender a futura
Constituição desde que ela fosse digna do Brasil e dele próprio.
VICENTINO, C; DORIGO, G. “História Geral do Brasil.”
São Paulo: Scipione, 2001.
 
A Independência política do Brasil, em 1822, foi cercada de
divergências, entre elas, o desagrado do Imperador com a pos-
sibilidade, prevista no projeto constitucional, de o seu poder vir
a ser limitado, o que resultou no fechamento da Constituinte
em novembro de 1823. Uma comissão, então, foi nomeada por
D. Pedro I para elaborar um novo projeto constitucional, outor-
gado por este imperador, em 25 de março de 1824.
Em relação à Constituição Imperial, de 1824, analise os itens
seguintes.  ra. A pregação de uma moral pública, de forte viés positivis-
1) Foi introduzido o sufrágio censitário, dois níveis de eleito-
res, exclusivamente homens brancos, e as bases legais para
o funcionamento do sistema parlamentar.
2) Estabeleceu o padroado e o beneplácito, que, na prática,
vinculavam Estado e Igreja. A permanência dessa aliança,
ao longo de todo o período imperial, marca nossa sociedade
até os dias atuais como a maior nação católica do Planeta.
3) O Poder Moderador era atribuição exclusiva do ocupan-
te do trono, conferindo a ele proeminência sobre os de-
mais poderes.
4) O sistema provincial era fundamentado no conceito unitário
e inverso ao federalismo.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
QUESTÃO 49
Sobre o contexto das relações e disputas territoriais na Região
do Prata, analise os itens seguintes.
1) Longe de ser mera bravata e, mais ainda, de integrar um
grandioso projeto de Império luso na América, a decisão
de incorporar a Banda Oriental foi tomada por D. João VI
como forma de retaliar Napoleão Bonaparte.
2) As questões relativas ao domínio do estuário do rio da Pra-
ta, que geraram permanente tensão e levaram à guerra na
segunda metade dos anos vinte do século XIX, surgem no
rastro das independências das Províncias Unidas do Prata e
do Brasil, rompendo uma histórica convivência harmoniosa
e pacífica entre as antigas metrópoles, Espanha e Portugal.
3) A mudança de atitude do governo do Rio de Janeiro foi de-
terminada pela pressão da opinião pública, daí advindo a
guerra contra a Argentina.
4) Em grande medida, a política externa brasileira no Primeiro
Reinado (1822-1831) centrou-se no tema reconhecimento
QUESTÃO 50
A crise do Império, no Brasil, foi marcada por uma série de ques-
tões que favoreceram a Proclamação da República. Sobre essas
questões e suas características, analise as proposições abaixo.
1) As ideias republicanas foram suscitadas, originalmente, no
Brasil só a partir de 1870, ano em que foi lançado o Manifesto
Republicano, apresentando uma formação sólida e concreta.
2) No período colonial, a Igreja Católica no Brasil era uma
instituição acoplada ao Estado. Nenhuma ordem papal po-
deria vigorar no Brasil sem o beneplácito da Coroa. A deso-
bediência a esses preceitos, por parte dos bispos de Olinda
e de Belém, em 1872, deu início ao que se convencionou
chamar de Questão Religiosa.
3) Quando foi abolida a escravidão no Brasil, muitos senhores
de escravos, por não terem ocorrido indenizações do governo
a que achavam fazer jus, passaram a apoiar a causa republica-
na. Por isso, foram chamados “republicanos do 13 de maio”.
4) Os militares do Exército, após a Guerra do Paraguai, passa-
ram a gozar mais prestígio e presença na sociedade brasilei-
ta, alentou o “ideal de salvação nacional”.
QUESTÃO 51
Leia o texto:
“Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que preservada
a dominação oligárquica, o novo regime acaba beneficiando-se
dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição da escrava-
tura (1888), sobre o desenvolvimento da economia cafeeira que se
dinamiza com a introdução do trabalho livre e de imigrantes euro-
peus. Com a Primeira República, extingue-se o sistema censitário,
mas os analfabetos são excluídos totalmente do direito de voto.
As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de
20, quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revo-
lução de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições.
As insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes per-
mitem, mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de
1930, transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em
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um projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias
urbanas, superando os limites ideológicos das oligarquias dissi-
dentes. Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em
parte, frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais — o estatismo crescente e o pensamento autoritário.
A radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934
e 1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos per-
versos. Na república populista, após o Estado Novo de Vargas,
persiste o mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis
autoritária. “A estruturação partidária de 1945 a 1966 foi domi-
nada pela hegemonia dos partidos conservadores.”
Hélgio Trindade. Brasil em perspectiva: conservadorismo
liberal e democracia bloqueada. In: Carlos Guilherme
Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500–2000) – a grande transação. São Paulo: SENAC,
2000, p. 357–64 (com adaptações).
A partir do texto acima, julgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.
1) Inaugurada por intermédio de ação militar, a República se
esforçou em promover símbolos opostos à monarquia, mas
foi incapaz de apagar a memória e o uso de vários símbolos
do Império.
2) A estrutura política vigente na República Velha preservou,
como afirma o texto, a dominação oligárquica herdada do
Império; o modelo republicano adotado era presidencialis-
ta, e o sufrágio era censitário.
3) A década de 20 do século passado foi marcada com o acir-
ramento da crise que levou a República Velha ao fim. Além
das cisões interoligárquicas, movimentos sociais ligados à
pauta civilista emergem na contestação às deterioradas es-
truturas vigentes no país, como foi o caso do tenentismo
que o texto menciona.
4) Os modernistas, na década de 20 do século passado, busca-
vam nova forma de olhar o Brasil, estimulando a mudança
da imagem que o brasileiro fazia de si mesmo, de sua histó-
ria e do País, o que ganha considerável impulso na década
seguinte. É quando, entre outros intelectuais que se lançam
à tarefa de interpretar o Brasil, Gilberto Freyre publica Casa
Grande & Senzala, defendendo a extraordinária força da
mestiçagem cultural brasileira.
QUESTÃO 52 mas também aqueles de ideário fascista, como a Ação Inte-
“Após o processo de independência, os novos países latino-
-americanos haviam sido aceitos como extensões da grande
republique europeia. Com efeito, formou-se, no século XIX,
uma balança de poder subordinada na América do Sul, um sub-
sistema que tendia a reproduzir a lógica do sistema europeu de
múltiplas independências.”
Muñoz, Luciano da Rosa. Diplomacia Dúplice. Hinterlân-
dia, Brasília. 2012. p 34.
Sobre a História da Política exterior brasileira, analise os itens
seguintes:
1) Ao contrário das primeiras décadas pós-independência da
Nação brasileira, os anos “40” do século XIX marcaram o
início de uma política externa que primava pela ação em
defesa do interesse nacional e afirmação da soberania.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
2) A segunda metade do século XIX foi marcante para a polí-
tica externa brasileira na defesa dos princípios da autodeter-
minação e não intervenção no concerto entre as nações do
subsistema sul-americano.
3) A abertura da Embaixada brasileira em Washington em 1905
é fato de suma importância do período riobranquino. Ao
mesmo tempo, o Barão envidava esforços, por intermédio
do Embaixador Joaquim Nabuco, junto ao Departamento de
Estado, na defesa da formação de uma embaixada argentina.
4) Durante o período varguista (1930-1945), a política externa
brasileira afastou-se do sistema continental americano e es-
tabeleceu vigorosas relações econômicas e comerciais com
o III Reich, suplantando os EUA.
QUESTÃO 53
Leia o texto:
“No Brasil, o Estado Novo, implantado por Getúlio Vargas
em 1937, não passou de um arremedo do regime fascista ita-
liano, adaptado à mentalidade coronelística dos setores dominan-
tes. Antiliberal e antidemocrático, o governo manteve os partidos
políticos afastados do centro das decisões políticas. Os sindi-
catos e as organizações de trabalhadores ficaram atrelados ao
Estado, cujo condutor-chefe era o próprio Getúlio Vargas, o “pai
dos pobres”. Ele chegou ao poder nesse contexto de afirmação
e conflitos de Estados-nação com ideologias nacionalistas radi-
cais, sobretudo Estados-nação de origem recente, como a Itália
e a Alemanha, unificados somente na segunda metade do século
XIX. Em tal contexto, redefiniam-se o próprio capitalismo e as
democracias liberais, e o “socialismo real” se enraizava na União
Soviética. O desfecho tornara-se inevitável: como a opção var-
guista, estribada no regime ditatorial, voltara-se para as potên-
cias do Eixo, as oposições liberal-democratas e de esquerda uni-
ram-se e, em 1945, puseram fim ao Estado Novo.”
Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do
Brasil: uma interpretação. São Paulo: Senac, 2008, p. 651.
Acerca da contextualização histórica que o texto propõe como
explicação do passado, julgue os itens.
1) Getúlio Vargas, em 1937, suprimiu não só agremiações e
partidos cujos fundamentos ideológicos se opunham aos de
sua proposta, como a Aliança Nacional Libertadora (ANL),
gralista Brasileira (AIB).
2) Assumindo o papel de pai dos pobres e tutor da nação brasilei-
ra, Vargas tentou centralizar todas as decisões que afetavam o
País, tutelando importantes iniciativas sociais e econômicas
no âmbito das relações de trabalho e da industrialização.
3) A implantação do Estado Novo, em 1937, foi um golpe de
Estado que pôs fim aos movimentos políticos que lutavam
pelo estabelecimento de um regime de governo liberal e de-
mocrático, nos moldes dos EUA.
4) Na Era Vargas, a Marcha para o Oeste constituiu-se em po-
lítica pública voltada para a integração de vastas porções do
território brasileiro, pouco povoadas, ao esforço de moder-
nização desenvolvimentista do País.
PÁGINA 7
QUESTÃO 54 outras vezes, retornava à interpretação da doutrina cristã, pois,
O período compreendido entre a Redemocratização de 1945 e o
início das “aberturas democráticas” pelo ex-presidente Ernesto
Geisel apresentou diferentes momentos com relação às políti-
cas econômicas adotadas.
Analise os itens seguintes:
1) No governo de Jânio Quadros, o apelo nacionalista de gran-
de impacto sobre a classe média urbana levou ao desen-
volvimento da capacidade produtiva dos setores ligados à
energia e aos combustíveis, sendo exemplo disso a funda-
ção da Eletrobras.
2) Juscelino Kubitschek, com seu Plano de Metas, possibilitou
o desenvolvimento industrial em função de um vigoroso
aporte do capital nacional dos chamados setores de ponta
de nossa economia e, para tal, obteve forte apoio da bur-
guesia nacional.
3) O período compreendido entre 1970 e 1973 representou o
apogeu do conhecido “milagre brasileiro”, que se baseava
no investimento de capitais estrangeiros, na participação do
Estado nos chamados setores básicos e na expansão do sis-
tema de crédito ao consumidor.
4) A política econômica do Governo Figueiredo levou em con-
ta as tendências de demanda do País e, com forte aporte pri-
vado, garantiu liberalização de crédito e estabilização dos
índices econômicos.
HISTÓRIA MUNDIAL
(Anderson Batista)
QUESTÃO 55 humanista.
Considerando-se as características do Antigo Regime, analise
os itens seguintes.
1) O contexto da economia foi fortemente marcado pela ativi-
dade comercial; regida por concepções monopolistas e prá-
ticas intervencionistas estatais, era um conjunto de ações
materiais caracterizadas como Mercantilismo.
2) A expansão comercial associada à expansão marítima pro-
vocou forte migração para Américas, África e Ásia e, con-
sequente, despovoamento das cidades europeias.
3) A organização política predominante era fundamentada no
Absolutismo monárquico e se legitimou pela defesa do re-
galismo em nome do interesse nacional.
4) O processo de ocupação e colonização de territórios além-
-mar e as riquezas advindas dessa exploração promoveram
o crescimento econômico e alta vertiginosa na precificação
de mercadorias.
QUESTÃO 56 Revolução Industrial favoreceu intenso processo de urba-
Leia o texto:
“No processo da Revolução Francesa, quando destruíram
os últimos resquícios do feudalismo na eufórica noite de 4 de
agosto de 1789, os deputados concordaram em manter o dízimo
da Igreja, em vez de simplesmente aboli-lo sem qualquer com-
pensação. Mas, desde então, houve sinais de que a promessa
seria abandonada. “Eles desejam ser livres, mas não sabem ser
justos”, reclamou o abade de Seyès, referindo-se a alguns cole-
gas da Assembleia. Robespierre não era nem antipadres nem
anticlerical; é difícil determinar sua posição quanto ao futuro
da Igreja na Revolução. Às vezes, era veemente crítico e, em
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
a seu ver, o cristianismo era a religião dos pobres e daqueles de
coração puro — riqueza chamativa e luxo não deveriam fazer
parte dele. Os pobres, segundo ele, eram oprimidos não apenas
pela fome, mas também pelo espetáculo escandaloso de clé-
rigos autoindulgentes, que esbanjavam insensivelmente o que
pertencia aos pobres por direito.
Ruth Scurr. Pureza fatal: Robespierre e a Revolução Fran-
cesa. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2009, p. 140-1
(com adaptações).
Com base no texto acima, julgue os itens.
1) A Constituição Civil do Clero promulgada pela Assembleia
Nacional em 1790 marcou a subordinação da Igreja e clero
ao Estado francês. O ambiente anticlerical é uma das mar-
cas da construção da “modernidade”.
2) A forma como a autora do texto refere-se ao abade de Seyès
e a Robespierre permite compreender a convivência, no
auge dos acontecimentos da Revolução Francesa, de duas
perspectivas, a tradicional e a moderna, assumidas, inclusi-
ve, por um mesmo indivíduo.
3) Os miseráveis da época mencionada no texto não eram re-
presentantes da totalidade do povo, o qual, como categoria
social, compreendia também indivíduos e grupos que esta-
vam além da linha de miséria. Essa categoria teria, em se-
guida, seu significado ampliado ao nível político da nação.
4) As execuções pela guilhotina representaram o auge do
Antigo Regime na França, e esse tipo de pena foi aboli-
da pela Revolução por questões fundamentadas no ideário
QUESTÃO 57
Leia o texto:
“O conceito moderno de revolução, inextricavelmente
ligado à noção de que o curso da História começa subitamente
de um novo rumo, de uma História inteiramente nova, uma His-
tória nunca dantes conhecida ou narrada que está para se desen-
rolar, era desconhecido antes das duas grandes revoluções no
final do século XVIII. A ideia que se apoderou obsessivamente
de todos os revolucionários é a de que eles eram agentes em um
processo que resultaria no fim definitivo de uma velha ordem e
provocaria o nascimento de um novo mundo”.
Hannah Arendt. Da revolução. São Paulo: Ática, 1990,
p.34; 38 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência, julgue os itens.
1) A crescente industrialização desencadeada pela Primeira
nização, e as cidades passaram a ter uma nova função: ser o
lócus da produção industrial.
2) O pioneirismo francês no processo de instalação do sis-
tema industrial fabril maquinofatureiro foi a marca des-
se momento.
3) Podemos entender que o processo de industrialização teve
limite em sua influência, pois áreas da América Latina,
África e Ásia foram muito pouco afetadas.
4) Socialmente, podemos dizer que, com o processo da Re-
volução Industrial, as diferenciações entre os mundos do
Capital e Trabalho acentuaram-se drasticamente.
PÁGINA 8
QUESTÃO 58 Stalin, visando-se à superação do radicalismo da Revolução
Leia o texto:
Para as gerações atuais, conflito mundial por excelên-
cia foi a II Guerra, com sua luta clara entre o bem e o mal,
entre democracias e totalitarismo, com seu padrão de des-
truição e com o genocídio de judeus e de outros povos. Para
muitos historiadores, porém, a II Guerra foi uma extensão da I
Guerra. Mais do que qualquer outro conflito, a I Guerra — ou a
Grande Guerra, como inicialmente foi chamada — representou
uma ruptura histórica. O fim do domínio europeu no mundo
e a ascensão da potência americana, o radicalismo islâmico,
que brotou dos escombros do Império Otomano, o avanço do
comunismo e os ferozes embates ideológicos a ele vinculados,
o ocaso dos valores vitorianos e a revolução dos costumes —
tudo isso aconteceu como consequência da I Guerra.
Revista Veja, out./2014, p. 55.
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial,
julgue os próximos itens.
1) Com o fim da Grande Guerra, foram desmantelados os der-
rotados impérios centrais – Alemanha, Áustria-Hungria e
Turquia –, propiciando o estabelecimento de uma Europa
revigorada, hegemônica em escala global e assentada no
consenso de equilíbrio estabelecido pela Liga das Nações.
2) A menção, no texto, à revolução dos costumes a partir das
primeiras décadas do século XX remete a um cenário típico
da civilização contemporânea: avanço da industrialização
assentado no conhecimento científico e na revolução tec-
nológica, rapidez da urbanização e advento da sociedade de
massas e da indústria do entretenimento.
3) Várias iniciativas pacifistas foram tentadas após os horro-
res da Grande Guerra na tentativa de evitar novos conflitos,
como é o caso do Pacto Briand-Kellogg.
4) A concorrência entre empresas e entre países se tornaria
cada vez mais acirrada ao longo da segunda metade do sé-
culo XIX, fato comprovado pela corrida imperialista, que,
entre outros efeitos, desempenhou importante papel para a
eclosão da Primeira Guerra Mundial.
QUESTÃO 59
Sobre o contexto da Revolução Russa e a formação da URSS,
analise os itens seguintes.
1) Ao aprofundar a crise na Rússia, a Grande Guerra foi decisiva
para a eclosão de dois movimentos revolucionários nesse país,
em 1917: a revolução de fevereiro pôs fim ao regime czarista;
a ascensão dos bolcheviques ao poder, com a revolução de
outubro; e o início da primeira experiência de um Estado que
se pretendia socialista, com base nas ideias marxistas.
2) A Revolução Russa de 1917 levou os bolcheviques ao po-
der, sob a liderança de Lênin, e significou, naquele contexto
histórico, a vitória de um modelo de organização da socie-
dade que, conforme os vaticínios do marxismo clássico,
contrariava a previsão de uma revolução proletária em uma
nação com forte desenvolvimento das forças produtivas.
3) A expressão “socialismo real” foi empregada, primeiramen-
te, para designar o abrandamento do regime promovido por
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
Bolchevique e à melhoria da integração da União Soviética
com a Europa após a Primeira Guerra Mundial.
4) Stalin no poder, a partir de 1927, representou, em várias me-
didas, a consolidação das liberdades políticas e participação
do proletariado nas decisões por meio do sistema soviético.
QUESTÃO 60
Leia o texto:
“É tremenda injustiça comparar Khrushtchev a Hitler. A
arrogância, a truculência, a insensibilidade brutal do ditador
soviético são inéditas na História do mundo. Nunca se viu,
desde os tempos de Gengis Khan, tamanho desprezo pelos
valores da civilização ou maior falta de escrúpulos. Estarre-
cido, o mundo, ao mesmo tempo em que se inteirava da con-
sumação das ameaças de Khrushtchev de fazer explodir a
superbomba de 50 megatons, lia a resposta dele ao apelo dos
deputados trabalhistas ingleses para que desistisse da explo-
são. Em lugar de responder como faria um homem civilizado
e dotado de qualquer vestígio de decência ou de sentimento de
humanidade, Khrushtchev replicou, com todo o seu furor vesâ-
nico, para ameaçar a Inglaterra de destruição total, assegurando
que ela seria riscada do mapa.”
O trecho acima, extraído e adaptado do jornal O Globo, é
parte do editorial “Ditador fanático quer subjugar o mundo
pelo terror”, publicado na primeira página da edição de 1.º
de novembro de 1961.
Considerando a retórica do editorial, o ano em que foi publi-
cado e o contexto histórico em que se inscreve, além de aspec-
tos marcantes da história do século XX, julgue os itens.
1) Os regimes totalitários, que dominaram a cena histórica mun-
dial em determinada época do século XX, caracterizavam-
-se, entre outros aspectos, pela construção mítica da imagem
de seus líderes, a exemplo de Hitler, na Alemanha, Musso-
lini, na Itália, e Stalin, na URSS. Getúlio Vargas, no Brasil
do Estado Novo, representou esse culto à imagem do líder.
2) O discurso único é poderoso instrumento de imposição e
de afirmação de sistemas totalitários de poder, como bem
exemplificam, no século XX, as diversas manifestações
de fascismo e de regimes autodenominados socialistas,
como o soviético e os que se seguiram à pioneira Revolu-
ção de 1917.
3) A corrida armamentista nuclear durante a Guerra Fria
(1945-1991) fomentou ações no sistema internacional para
a contenção da escalada bélica, como, por exemplo, o TNP.
4) O Pacto Antikomintern foi a expressão ocidental de uma
posição contra a URSS estalinista e defesa da democracia.
QUESTÃO 61
Leia o texto:
“Duas pessoas inventaram o New Deal, o presidente do
Brasil e o presidente dos Estados Unidos.” O autor da frase foi
o próprio criador do histórico plano de recuperação da econo-
mia norte-americana, Franklin Delano Roosevelt (1882-1945).
O elogio foi feito em visita ao Rio de Janeiro, em novembro de
1936, e referia-se à presidência brasileira de Getúlio Vargas.
Pode ter sido apenas uma gentileza do visitante. Ou alguém
imagina que possa haver algo em comum entre o presidente
PÁGINA 9
que tirou os EUA da Grande Depressão e o líder que viria a ser,
um ano depois, o ditador do Estado Novo, muitas vezes com-
parado a Mussolini? A associação é mesmo rara, mas Roosevelt
não falou aquilo à toa.
Flávio Limoncic. Revista de História. Biblioteca Nacional:
ano 4, n.º 47, ago./2009, p. 52-53 (com adaptações).
Considerando o texto acima e o contexto histórico a que ele se
reporta, julgue os itens a seguir.
1) Roosevelt assumiu o governo com o seu país mergulhado
em crise material profunda, ao passo que Vargas foi elei-
to quando o Brasil vivia quadro de estabilidade econômica
provocada pela alta de preço e demanda global pelo café
brasileiro.
2) Apesar do fortalecimento crescente do poder executivo
nos EUA e no Brasil no período citado no texto, as insti-
tuições representativas foram mantidas e respeitadas nesses
dois países.
3) A premissa keynesiana de um Estado que atua e arbitra a
política econômica permitiu, independentemente de moti-
vações ideológicas, a reestruturação e o aquecimento das
economias das nações em que foi aplicada.
4) As duas guerras mundiais do século XX conferiram con-
cretude ao conceito de guerra total. Assim, entre outros as-
pectos, os conflitos deixaram de envolver exclusivamente
combatentes profissionais e passaram a contar com a parti-
cipação das populações civis.
QUESTÃO 62 QUESTÃO 64
Leia o texto:
“Não quero dizer que basta ter um bom espírito para triun-
far sobre o mal. A barreira mais eficaz contra o totalitarismo,
que é um fato político, é ela mesma política: é a democracia
ativa, centrada, ao mesmo tempo, na liberdade dos indivíduos
e na promoção do bem comum — uma democracia que aceita
ser criticada e transformada de dentro, mas, ao mesmo tempo,
mostra-se intransigente com seus verdadeiros inimigos. Os atos
morais não se situam no mesmo plano, ainda que, em certas con-
dições (como no caso dos “dissidentes” nos países comunistas),
possam também ter um alcance político. Eles não levam a um
regime melhor — coisa extremamente desejável —, mas encar-
nam uma dimensão da existência que não é menos essencial.
Tornam o indivíduo melhor e contribuem para a felicidade de
todos de uma maneira finalmente mais positiva do que apenas
a da eliminação das ameaças exteriores. Realizam aquilo que o
melhor regime político apenas torna possível, mas nunca pode
engendrar: um excedente de humanidade”.
Tzvetan Todorov. Em face do extremo. Campinas: Papirus,
1995, p. 254-5 (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue os itens.
1) O período stalinista, na União Soviética, dadas as suas es-
pecificidades históricas, foi marcado pela supressão do in-
divíduo em função da promoção do bem comum, viés que
permitia a ação totalitária.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
2) A Revolução Islâmica, em 1979, no Irã marcou o come-
ço do fim do sistema bipolar, e as relações com os EUA
até os dias atuais são marcadas com infensas e dificuldade
de diálogo.
3) A Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU) em
1948 tem seus fundamentos na filosofia cristã.
4) A Primavera Árabe, iniciada em 2011, trouxe para o con-
texto do Oriente Médio e do Norte da África a perspectiva
da democracia como conceito social amplamente efetiva-
do e aceito.
QUESTÃO 63
Sobre o cenário global no pós-guerra, analise os itens.
1) A Conferência de Bandung consagrou uma linha política de
não alinhamento, ou seja, uma opção diplomática de equi-
distância em relação ao sistema bipolar que emergiu depois
da Segunda Guerra Mundial.
2) Geoestrategicamente importante e com destaque para a pro-
dução de petróleo, o Oriente Médio atrai as atenções das
principais potências ocidentais e se configurou como área
conflituosa, em especial após a criação dos Estados de Isra-
el e da Palestina em assembleia na ONU em 1948.
3) No século XXI, sob a alegação de que combatiam governos
ditatoriais e terrorismo, os EUA promoveram a ocupação
militar de alguns países, como Iraque, Irã e Afeganistão.
4) Com a crise do socialismo real e o colapso da União Sovié-
tica em 1991, iniciou-se um período hegemônico dos EUA
no cenário político, econômico e militar mundial.
Analise os itens seguintes que tratam sobre o mundo contem-
porâneo.
1) A oposição do Vaticano ao regime vigente em Cuba é ma-
nifesta pelo apoio da Santa Sé ao embargo decretado pelos
EUA nos anos 1960.
2) A desintegração da Iugoslávia socialista, no início dos anos
90, marcou o início da estabilidade entre nacionalidades e
etnias nos Balcãs.
3) A crise na Venezuela é constante desde a ascensão de Hugo
Chávez em 1999 e herdada por Nicolás Maduro, que tenta
estabilizar e recuperar os fundamentos da economia nacio-
nal baseada na agroexportação.
4) Apoiada por resolução da Assembleia Geral da ONU apro-
vada em 2014, a Rússia anexou a região da Crimeia, cau-
sando desconforto ao governo ucraniano, que defende os
interesses da maioria étnica de origem ucraniana que vive
na região.
QUESTÃO 65
As agitações e transformações no mundo após 1945 definiram
a tônica da segunda metade do século XX. Sobre o assunto,
analise os itens seguintes.
1) Tendo na França seu mais conhecido polo irradiador, o ano
de 1968 traduziu-se, no geral e a despeito das especificida-
des de cada situação, em gesto de rebeldia contra o poder
estabelecido no mundo capitalista.
PÁGINA 10
2) Ainda que indiretamente, houve o continuísmo dos diversos
governos da URSS, de Lenin a Gorbachev, sem que ruptu-
ras mais pronunciadas tivessem demarcado diferenças entre
cada um dos períodos desses governos.
3) Totalmente calcado na experiência soviética, o modelo de
socialismo adotado pela China seguiu os padrões teóricos
marxistas clássicos, a começar pela primazia tanto da cida-
de em relação ao campo quanto do proletariado urbano em
relação ao campesinato, e se manteve relativamente intacto
até os dias atuais.
4) Em geral, as ditaduras latino-americanas surgiram em con-
texto de extremismo ideológico próprio da Guerra Fria,
expandiram-se entre os anos 60 e 70 e entraram em franco
declínio na década seguinte, em meio à crise econômica que
elevou drasticamente os índices inflacionários e o peso da
dívida externa.
NOÇÕES DE ECONOMIA
(Amanda Aires)
QUESTÃO 66
A respeito dos conceitos de microeconomia, julgue os itens
subsequentes.
1) A macroeconomia, parte da teoria econômica, estuda o fun-
cionamento da economia como um todo, analisando o com-
portamento das indústrias, das empresas e das famílias de
forma agregada.
2) Quanto maior for o salário ofertado no mercado de trabalho
legal, menor será o custo de oportunidade de um indivíduo
entrar ou permanecer em uma atividade ilegal.
3) Um ponto da fronteira de possibilidades de produção em
que um único bem é produzido é mais eficiente do que um
ponto em que vários bens são produzidos.
4) A curva de demanda é traçada supondo-se que a renda, os
gastos e as expectativas do consumidor, bem como os pre-
ços do produto, mudam.
QUESTÃO 67
Sobre estruturas e falhas de mercado, julgue os itens subse-
quentes:
1) Se o benefício social de determinada ação for de 30 unida-
des e o benefício privado for de 20 unidades e se o custo
marginal for expresso por 10 + 2a, em que a é o nível da
ação, então haverá excesso de 5 unidades na produção so-
cialmente ótima.
2) Bens públicos puros são providos pelo Estado, embora pos-
sam ser providos pelo setor privado, por gerarem altos be-
nefícios sociais e externalidades positivas.
3) Se uma pessoa prefere comprar pão perto de sua casa, em
vez de perto de seu trabalho, então o mercado não é do tipo
concorrência perfeita.
4) Na concorrência perfeita, a demanda de mercado da indús-
tria é negativamente inclinada.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
QUESTÃO 68
A respeito da macroeconomia fechada, julgue os itens subse-
quentes:
1) Segundo a visão tradicional de dívida pública, a redução de
impostos financiados pelo endividamento público aumenta
a despesa com consumo, mas aumenta a poupança nacional.
2) A elevação das reservas compulsórias no Banco Central feita
pelos bancos comerciais reduz o papel-moeda em circulação.
3) De acordo com o modelo IS-LM e com as principais teorias
relacionadas à política econômica, mudanças na sensibili-
dade do investimento em relação à taxa de juros fazem com
que a curva IS fique mais vertical.
4) Se o Banco Central definir o estoque de moeda como meta
intermediária de política econômica, o aumento dessa va-
riável ampliará a inflação e reduzirá o desemprego em um
horizonte de tempo reduzido.
QUESTÃO 69
Acerca do Plano Real, julgue as alternativas abaixo.
1) O Plano Real foi constituído por três etapas: o ajuste fis-
cal; a criação de um padrão estável de valor, a denominada
unidade real de valor (URV); a emissão de nova moeda na-
cional, o Real.
2) No Plano Real, os fatores de contenção dos aumentos de
preços incluíram a chamada âncora nominal, isto é, a valori-
zação do real em relação ao dólar, a abertura comercial com
tarifas altas de importação e o controle de preços por meio
de congelamento para aqueles bens considerados populares.
3) A chamada âncora cambial foi um dos pilares do Plano Real
e consistiu na criação da URV como unidade de medida
da economia.
4) A década de 90 foi marcada por um forte processo de esta-
tização da economia brasileira, embasado em diagnóstico
de que, à época, grande parte das estatais era eficiente e
superavitária.
QUESTÃO 70
Segundo Gilles-Gaston Granger, a economia é, “simultânea e
confusamente, a ciência das coisas, ciência das ações e ciência
das estruturas sociais.”
(GRANGER, G. G. Méthodologie économique. 1955, p.2.
Acerca da afirmação acima, julgue os itens abaixo.
1) O economista realiza experimentos perfeitamente controla-
dos, atingindo, em suas previsões, a precisão das ciências
da natureza.
2) O conceito de economia inclui a noção de que ela é uma
ciência que trata dos produtos da atividade humana.
3) A economia possui caráter científico.
4) A economia propõe uma abordagem cujas relações não são
essencialmente determinadas por elementos objetivos, ex-
ternos ao ser humano.
PÁGINA 11
QUESTÃO 71
Acerca das estruturas de mercado, julgue os itens abaixo.
1) No oligopólio de Cournot, a empresa maximiza o seu lucro
quando o custo marginal é igual à receita marginal, que será
menor que o preço.
2) O modelo de duopólio de Cournot analisa duas empre-
sas dentre as várias existentes que produzem produto
homogêneo.
3) O modelo de duopólio de Cournot analisa duas empresas
dentre as várias existentes que definem simultaneamente
suas quantidades.
4) A concorrência perfeita se caracteriza pela igualdade
dos produtos.

QUESTÃO 72
A respeito de uma economia fechada e sem governo, julgue os
itens abaixo.
1) O multiplicador não difere do multiplicador keynesiano em
uma economia com governo.
2) O multiplicador keynesiano diminui quando a propensão a
consumir diminui.
3) O multiplicador keynesiano sofre alteração se houver aber-
tura da economia.
4) O multiplicador keynesiano atinge o valor 2 quando a pro-
pensão a poupar é igual à propensão a consumir.

QUESTÃO 73
Da comparação entre o Plano Cruzado e o Plano Brasil Novo
(Plano Collor 1), julgue os itens abaixo.
1) O Plano Cruzado não foi implementado em um contexto de
relativa folga cambial; e o Plano Collor 1 o foi em contexto
de forte endividamento público.
2) O Plano Cruzado tinha como um de seus principais susten-
táculos um rápido processo de abertura comercial da econo-
mia, o que não se observou no Plano Collor 1.
3) Como um dos pilares anti-inflacionários, ambos os Planos
promoveram congelamento de preços.
4) Enquanto o Plano Cruzado pautava-se por um diagnóstico
de inflação inercial, o Plano Collor 1 assentava-se em um
diagnóstico de inflação unicamente de demanda.

CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA PÁGINA 12

 EDITAL Nº 1, DE 5 DE JULHO DE 2019
CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA

SIMULADO IRBR
TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
GABARITO
Questão 35 Questão 48 Questão 61
1. E 2. C 3. E 4. E 1. E 2. E 3. C 4. C 1. E 2. E 3. C 4. C
Questão 36 Questão 49 Questão 62
1. C 2. E 3. E 4. C 1. C 2. E 3. E 4. C 1. C 2. C 3. E 4. E
Questão 37 Questão 50 Questão 63
1. E 2. C 3. C 4. C 1. E 2. C 3. C 4. C 1. C 2. E 3. C 4. E
Questão 38 Questão 51 Questão 64
1. E 2. E 3. C 4. C 1. C 2. E 3. C 4. C 1. E 2. E 3. E 4. E
Questão 39 Questão 52 Questão 65
1. E 2. E 3. E 4. E 1. C 2. C 3. C 4. E 1. E 2. E 3. E 4. C
Questão 40 Questão 53 Questão 66
1. E 2. E 3. C 4. E 1. C 2. C 3. E 4. C 1. C 2. E 3. E 4. E
Questão 41 Questão 54 Questão 67
1. C 2. E 3. E 4. E 1. E 2. E 3. C 4. E 1. E 2. C 3. C 4. C
Questão 42 Questão 55 Questão 68
1. C 2. C 3. C 4. C 1. C 2. E 3. C 4. C 1. E 2. C 3. C 4. C
Questão 43 Questão 56 Questão 69
1. E 2. E 3. E 4. C 1. C 2. C 3. C 4. E 1. C 2. E 3. E 4. E
Questão 44 Questão 57 Questão 70
1. E 2. E 3. C 4. C 1. C 2. E 3. E 4. C 1. E 2. C 3. C 4. C
Questão 45 Questão 58 Questão 71
1. C 2. E 3. E 4. C 1. E 2. C 3. C 4. C 1. C 2. C 3. C 4. C
Questão 46 Questão 59 Questão 72
1. E 2. C 3. C 4. C 1. C 2. C 3. E 4. E 1. E 2. C 3. C 4. C
Questão 47 Questão 60 Questão 73
1. E 2. E 3. E 4. E 1. C 2. C 3. C 4. E 1. E 2. E 3. C 4. E

simulado
Preparatório para Concursos

CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA PÁGINA 13

 P R O VA O B J E T I VA – T A R D E
PROVA OBJETIVA – PRIMEIRA FASE
Tarde
LÍNGUA INGLESA
(Alexandre Hartmann)
TEXT 1
As far back as 4000 B.C., historians believe, formal record-
keeping systems were first instituted by organized businesses
and governments in the Near East to allay their concerns
about correctly accounting for receipts and disbursements and
collecting taxes. Similar developments occurred with respect to
the Zhao dynasty in China (1122-256 B.C.).
The need for and indications of audits can be traced back
to public finance systems in Babylonia, Greece, the Roman
Empire, the City States of Italy, etc., all of which developed
a detailed system of checks and counterchecks. Specifically,
these governments were worried about incompetent officials
prone to making bookkeeping errors and inaccuracies as well
as corrupt officials who were motivated to perpetrate fraud
whenever the opportunity arose.
Even the Bible (referring to the period between 1800 B.C.
and A.D. 95) explains the basic rationale for instituting
controls rather straightforwardly: “…if employees have an
opportunity to steal they may take advantage of it.” The Bible
also contains examples of good internal control practices,
such as dual custody of assets, restriction of access to assets,
and segregation of duties, as well as examples of the need for
competent and honest employees.
Historically then, the emergence of double-entry
bookkeeping in circa 1494 A.D. can be directly traced to the
critical need for exercising stewardship and control. Throughout
European history, for instance, fraud cases — such as the South
Sea bubble of the 18th century, and the tulip scandal — provided
the justification for exercising more control over managers.
Source: S. Ramamoorti. Internal auditing: history,
evolution, and prospects. p. 3. Internet: <https://na.theiia.
org> (adapted).
QUESTÃO 35
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) The author points to a discontinuity in the history of
financial bookkeeping from the end of the 15th century to
the 18th century.
2) The word “allay” is used as a verb and it means
reduce or ease.
3) People have inherited from the Bible the notion that auditing
is necessary because of the inherently dishonest nature of
human beings.
4) Without changing the meaning of the text, the fragment
“explains the basic rationale for instituting controls
rather straightforwardly” could be correctly replaced
with explains a common-sense approach to retain
control instead of simply handing it over.
SIMULADO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
Comentários:
1. Errado. Não há descontinuidade (discontinuity). O erro
do item é o prefixo dis-.
2. Certo. Basta substituir o termo allay pelo termo sugerido
(seja reduce, seja ease).
3. Errado. Generalização apressada – todas as pessoas
herdaram da Bíblia essa noção? Não. Ademais, a causa
atribuída não pode ser inferida do texto.
4. Errado. A expressão rather straightforwardly não
equivale a instead of simply handing it over.
TEXT 2
Shining a light on the auditors
Every financial meltdown prompts a hunt for scapegoats.
In the wake of the most recent one, calls to reform accounting
have grown particularly loud, and action is on the way. In the
coming months both America and the European Union are
expected to introduce new rules aimed at enhancing auditors’
independence. But for all the heated debate over the changes,
any improvement is likely to be modest.
America’s bean-counters were effectively self-regulating
until 2002. That year, following a wave of accounting scandals,
Congress passed the Sarbanes-Oxley act to reform corporate
governance. It limited the consulting work firms could do for
their audit clients and set up a new regulator, the Public Company
Accounting Oversight Board. At a meeting on December 4th it
outlined three policies it expects to implement by the end of 2014.
One aims to make audit reports more useful by requiring
a section highlighting “critical audit matters” — the high-
stakes judgment calls that keep accountants up at night, such
as how the business being audited has valued its intangible
assets. Another would cut the share of an audit that accounting
firms can outsource without disclosure from 20% to 5%. Such
information is valuable in emerging markets, where local
accountants vary widely in quality.
The most controversial reform would identify by name the lead
partner responsible for each audit. Although identifying partners
does not increase their legal liability, it does put their reputation on
the line. This seems to make accountants more cautious.
Source: www.economist.com (adapted).
QUESTÃO 36
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) If the expression “for all the” were replaced by despite
the, the text would still be correct, and the meaning of the
sentence would be maintained, something that would not
occur if it were replaced by if there is.
2) “Bean-counters” is a derogatory expression used to
describe second-class accountants who deal specifically
with agribusiness.
3) According to the text, Congress underlying motivation
to pass the Sarbanes-Oxley act was its indignation over
the shameful behaviour of some corporations in the early
21st century.
PÁGINA 14
4) One of the premises of the text is that, every time there is
a sudden economic crisis, we tend to quickly try to find
a culprit.
Comentários:
1. Certo. De fato, for all the equivale a despite the; no
entanto, a substituição por if there is alteraria o sentido da
frase (como afirmado no item).
2. Errado. Trata-se de definição errônea do termo bean-
counters. De acordo com o dicionário Cambridge online,
bean counter is “an accountant (= someone who takes
care of a company’s financial affairs), especially one who
works for a large company and does not like to allow
employees to spend money”.
3. Errado. Não é possível afirmar “the Sarbanes-Oxley act
was”; o texto afirma apenas “following a wave of accounting
scandals”.
4. Certo. O texto afirma: “Every financial meltdown prompts
a hunt for scapegoats”.
TEXT 3
A compelling case can be made for mandatory audit
rotation that auditors who keep the same client for too long get
excessively cosy with its management. As somebody has put
it, “When the same incumbent firm has been in place for 100
years, to me that’s not an audit, that’s a joint venture.”
Most academic studies have either found no link between
the length of a relationship and its quality, or determined that
longer tenures yield better results, because the accountants
have time to master the intricacies of clients’ businesses.
Obliging companies to solicit bids at regular intervals, as Britain
does, has shaken up the business: HSBC said in August that it
will drop KPMG in favour of PwC; on December 2nd Unilever
announced that it is making the opposite switch. Indeed, the
big accounting firms argue that forced rotation would reduce
competition by preventing the incumbent from bidding.
Proponents counter that the accounting giants, and
academics whose research is often financed by them, have good
reason to resist change. Among the reform’s strongest supporters
are smaller firms that hope to break the Big Four’s stranglehold.
Yet even the most vocal advocates of mandatory rotation
concede that it is no magic bullet. Auditors have a conflict of
interest at the heart of their business — they are paid by the
companies they are supposed to assess objectively. Unless that
changes, there will be no substitute for investors doing their
own due diligence.
Source: www.economist.com (adapted).
QUESTÃO 37 capita GDP doubled, but Jamaica’s grew only 50%.
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) The author accuses some firms of bribing unscrupulous
academics to put forward compelling arguments thereby they
could block proposals to create mandatory audit rotation.
2) The fragment “longer tenures yield better results”
indicates that a considerable amount of time is necessary
for an auditing company which has been hired to sharpen
its auditing skills and deliver superior results.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
3) In “to me that’s not an audit, that’s a joint venture”, the
word “that” refers to the situation mentioned before, that is,
the same auditing firm being responsible for a client for too
long a period of time.
4) The expression “magic bullet” could be correctly replaced
by cure-all, wonder drug or perfect solution, without any
change in its meaning.
Comentários:
1. Errado. “Bribing unscrupulous academics” não é
mencionado no texto.
2. Certo. Trata-se de equivalência de termos.
3. Certo. Trata-se de questão de pronome substantivo.
4. Certo. Basta substituir qualquer uma das possibilidades
no texto para constatar que a questão está correta.
TEXT 4
Government: stay out of the Economy
The current expansion of government intervention is
going to reinforce economic growth. Pro or con?
Over the past nine months, government intervention in the
economy has spread like a wildfire. From federally mandated
executive compensation rules for companies and job roles that
had nothing to do with the financial meltdown, to the ouster of
General Motors (GM) CEO Rick Wagoner at the behest of the
White House, to forcing banks to take and keep Troubled Asset
Relief Program money, Washington’s tentacles are reaching
into the minutiae of private business dealings like never before.
Setting aside the long-term philosophical questions this raises
about the role of government in society, one short-term question is
whether or not it will aid recovery. I do not believe it will.
A 1998 Congressional Joint Economic Committee
study concluded the optimal size of government to maximize
economic growth was about 18% of gross domestic product
(GDP). Even before today’s unprecedented debt and spending,
all levels of government in the U.S. controlled 37% of GDP.
Recent federal spending will drive up government’s share to
more than 40%. A single federal health-care plan would gobble
up another 16%, putting more than 50% of the economy in
government’s hands.
Economists increasingly understand the Great Depression
was prolonged by government intervention in trade, private
industry, and banking. We have evidence from other countries,
too. As Ireland’s tax burden and share of GDP fell, the Celtic
Tiger roared. Recent National Bureau of Economic Research
findings show that Jamaica’s pursuit of “social justice” policies
has retarded its growth compared with its less interventionist
sister island, Barbados. From 1960 to 2002, Barbados’ per
Government has an important and legitimate role to play
in a growing economy. It should enforce contracts, create a
level playing field for all businesses, and steadfastly promote
the rule of law. U.S. entrepreneurs can take it from there.
Source: <www.businessweek.com> (adapted).
PÁGINA 15
QUESTÃO 38 reputation and provide a basis for Russia’s colonization of
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) “reinforce” is the same as undermine.
2) “that” can be correctly replaced by whose.
3) “behest” is closest in meaning to an authoritative
command or request.
4) “gobble” is synonymous with swallow.
Comentários:
1. Errado. Reinforce e undermine são termos antônimos.
2. Errado. O pronome relativo that não denota posse;
assim, é impossível a substituição por whose.
3. Certo. Definição registrada em dicionário.
4. Certo. Termos sinônimos.
TEXT 5
Island of the Blue Foxes
In 1733, a Russian land-and-sea expedition, initially funded
by Tsar Peter the Great and later charged by Empress Anna to
explore Siberia and the uncharted shores of the North Pacific, set
off eastward from St. Petersburg. Led by a career naval officer, a
Dane, Vitus Bering, the expedition was as massive as its mission
was challenging: not only to map and inventory new lands, but
also, according to Canadian history writer Stephen Bown (author
of the recently published book Island of the Blue Foxes: Disaster
and Triumph on the World’s Greatest Scientific Expedition), “to
demonstrate to Europe the power and sophistication of Russia.”
No roads spanned the thousands of miles to Russia’s coastal
frontier on the Kamchatka peninsula at the time, and, even in the
few Siberian settlements under control of central government,
there was little infrastructure other than that sustaining local fur
trapping and forestry. Bering’s entourage, accordingly, needed
to bring along mammoth loads of supplies if it were to carry out
the threefold tasks of conducting scientific studies, constructing
vessels for venturing into the Pacific, and simply surviving and
avoiding hunger. Timber would be plentiful on site, but not iron,
sailcloth, medical supplies, books, scientific instruments, and a
host of other raw materials and finished goods.
The expedition party, numbering in the thousands,
included drovers, sailors, soldiers, shipwrights, coopers,
blacksmiths, carpenters, secretaries, surveyors, and physicians
– a sizeable sample of the skilled and unskilled work force of
“civilized” Russia.
Drawing on journals, logs, and official reports, Bown
presents a moving account of how the great Kamchatka – North
Pacific expediton became a tenyear odyssey of hardship and
conflict. Physical rigors were expected, but equally significant
were social dramas playing out along the way. Siberian officials,
overwhelmed by the sudden – and sometimes unannounced
– arrival of imperious strangers, were reluctant to provide
necessary services. Further delays arose from Bering’s cautious
regard for carrying out every step of his mandate and getting
everything in line before proceeding to the next step, a habit
not always well received by younger and more adventurous
officers under his command.
Not until June 1742 did newly built ships depart from
Kamchatka on a voyage that was to secure Bering’s posthumous
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
Alaska. The key figure in this climactic episode is Georg Steller,
who served as a naturalist and physician aboard Bering’s ship.
Steller’s arrogance made him the target of scorn by most of
the crew, but his notes on the appearance and behaviour of
novel species of North American wildlife have earned him a
lasting place in the history and nomenclature of biology – a few
months ago, I spent an evening watching a group of Steller’s
sea lions asleep on the shore of the Columbia River.
The villain of the story – as in so many expeditions of this
era – is the vitamin-C deficiency known as scurvy. Near the end
of the book, marooned on a fox-infested island that today bears
Bering’s name, sailors die, one after another, from this malady
that nowadays can be avoided with a daily vitamin-C enriched
cough drop. Here Steller emerges as the ultimate hero of the
expedition, nursing crew members back to health with local
herbs. Thanks to Steller, 46 of his 76 shipmates, along with
Steller, survived to tell their tales, now retold so well in Stephen
Bown’s fine addition to the literature of Artic exploration.
Source: Laurence A. Marschall Adapted from Natural
History, March 2018.
QUESTÃO 39
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) At the time of the expedition, all of Russia, from St.
Petersburg to the Pacific coast, was uncharted wilderness.
2) Tsar Peter the Great and Empress Anna made a point of
choosing a Dane to command the expedition because they
wanted someone with both naval and scientific experience.
3) Along with increasing Russia’s scientific and geographical
knowledge, the expedition was designed to prepare the way
for future Russian military conquests in Asia.
4) The main stimulus for the expedition was the intense
competition among the great European powers to build
overseas empires.
Comentários:
1. Errado. O texto não afirma isso, mas sim “uncharted
shores of the North Pacific”.
2. Errado. O texto não afirma “scientific experience”.
3. Errado. O texto não afirma “to prepare the way for future
Russian military conquests in Asia”.
4. Errado. A expedição tinha dois propósitos, de acordo
com o texto. Não se pode afirmar o posto no item.
QUESTÃO 40
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) The journey through Siberia was so difficult that, in the
end, the expedition could go no farther than the Kamchatka
peninsula.
2) At the time of the expedition, Russia did not possess the
infrastructure and technology to build ships capable of
sailing to the Kamchatka peninsula.
3) Even though the expedition would journey across thousands
of miles of territory to reach Kamchatka, the planners were
unsure of finding adequate food supplies along the way.
PÁGINA 16
4) If not for the generous help of Siberians involved in local
fur trapping and forestry activities, the expedition probably
would not have reached Kamchatka.
Comentários:
1. Errado. O texto afirma “Not until June 1742 did newly
built ships depart from Kamchatka on a voyage that was to
secure Bering’s posthumous reputation and provide a basis
for Russia’s colonization of Alaska”.
2. Errado. Segundo o texto: “Timber would be plentiful
on site, but not iron, sailcloth, medical supplies, books,
scientific instruments, and a host of other raw materials and
finished goods”.
3. Certo. O texto afirma “Bering’s entourage, accordingly,
needed to bring along mammoth loads of supplies”.
4. Errado. O texto dispõe: “even in the few Siberian
settlements under control of central government, there
was little infrastructure other than that sustaining local fur
trapping and forestry”.
QUESTÃO 41 Decide whether the following statements are right (C) or wrong
At the end of paragraph 3, the word “civilized” (in bold) most
likely appears between quotation marks in order to
1) highlight the fact that the expedition was going to spend a lot
of time traveling in and studying what was then considered
an uncivilized part of Russia.
2) comment ironically on the fact that, despite its scientific
pretensions, the expedition was essentially an exercise in
Russian imperialism.
3) point out that, despite European beliefs to the contrary,
Russia was in many ways as well developed as any of the
so-called “great” countries.
4) show that, even when dealing with such an important
scientific expedition, Russian planning tended to be
characterized by extravagance and incompetence.
Comentários:
1. Certo. Informação depreendida do texto.
2. Errado. Não se aplica.
3. Errado. Afirmação absurda.
4. Errado. Não se aplica.
QUESTÃO 42 so many expeditions of this era – is the vitamin-C deficiency
Decide whether the following statements are right (C) or wrong
(E) according to text.
1) Vitus Bering showed a disciplined approach to leading the
expedition and was in general unwilling to improvise or
take short cuts.
2) Relations between Siberian officials and the members of the
expedition were at times marked by the officials’ resentment
and lack of cooperation.
3) It is fair to say that, in their own way, problems caused by
people had as strong an impact on the expedition as did
problems caused by nature.
4) Although the expedition really was an adventure, some
military officers were frustrated by what they considered its
slow, cautious pace.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
Comentários:
1. Certo. O texto afirma “Drawing on journals, logs, and
official reports, Bown presents a moving account of how the
great Kamchatka – North Pacific expediton became a ten-
year odyssey of hardship and conflict”.
2. Certo. O texto afirma “Physical rigors were expected, but
equally significant were social dramas playing out along the
way”.
3. Certo. O texto afirma “Siberian officials, overwhelmed
by the sudden – and sometimes unannounced – arrival of
imperious strangers, were reluctant to provide necessary
services”.
4. Certo. O texto afirma “Further delays arose from Bering’s
cautious regard for carrying out every step of his mandate
and getting everything in line before proceeding to the next
step, a habit not always well received by younger and more
adventurous officers under his command”.
QUESTÃO 43
(E) according to text.
1) It is only recently that Georg Steller has been given credit
for his important contributions to the expedition.
2) Georg Steller was a difficult man who gave medical
treatment to his shipmates more out of a sense of duty than
out of humanitarian concern.
3) If the sailors had not been marooned on the island mentioned
in the last paragraph, they would not have contracted scurvy.
4) It is reasonable to assume that, in successfully treating
numerous shipmates for scurvy, Georg Steller used herbs
that supplied vitamin C.
Comentários:
1. Errado. O texto afirma: “Not until June 1742 did newly
built ships depart from Kamchatka on a voyage that was to
secure Bering’s posthumous reputation and provide a basis
for Russia’s colonization of Alaska”.
2. Errado. O texto afirma: “The key figure in this climactic
episode is Georg Steller, who served as a naturalist and
physician aboard Bering’s ship. Steller’s arrogance made
him the target of scorn by most of the crew”.
3. Errado. O texto afirma: “The villain of the story – as in
known as scurvy”.
4. Certo. O texto afirma: “Here Steller emerges as the
ultimate hero of the expedition, nursing crew members back
to health with local herbs”.
PÁGINA 17
 1) Pode-se depreender do texto que nobres e fidalgos acusados
HISTÓRIA DO BRASIL dispunham de tratamento especial por parte da justiça metro-
(Anderson Batista)
politana, estamentalidade jurídica garantida pelo absolutismo.
QUESTÃO 44 2) As Ordenações Filipinas, como tal, nunca chegaram a ser
aplicadas em território brasileiro devido às resistências da
Sobre o processo de expansão territorial na América portu-
população local motivada pelo “nativismo”.
guesa, analise os itens.
3) A utilização crescente de escravos africanos ao longo do
1) A Região Amazônica foi ocupada, pelo modelo colonial,
período colonial tem sua razão na maior adaptabilidade e
em dinâmica orientada pelo desenvolvimento da pecuária e
docilidade desses ao trabalho compulsório.
agricultura de subsistência.
4) No Brasil colonial, os escravos de origem africana trabalha-
2) Podemos dizer que a presença e ocupação do interior do
vam em diferentes setores da economia, como agricultura,
Brasil, no período colonial, foi uniforme e compacta, com
mineração, artesanato e comércio, bem como exerciam ser-
início no século XVI.
viços domésticos.
3) A pecuária foi fator fundamental para a ocupação do inte-
rior nordestino e ao longo do vale do São Francisco e em
Comentários:
áreas adjacentes no Centro-Oeste.
1. Certo. A distinção social perante as leis e instâncias jurí-
4) A ocupação do Planalto Central, acompanhando a extra-
dicas é característica marcante do Antigo Regime.
ção aurífera, alentou, pela primeira vez, a proposta de inte-
2. Errado. Durante o período da União Ibérica (1580-1640),
riorização da capital.
os reis “Filipes” produziram uma série de normativas e ju-
risdição para Reino e Colônia que marcaram profundamente
Comentários:
o escopo colonial.
1. Errado. A ocupação da Bacia Amazônica teve como gran-
3. Errado. Não existe ser humano que se adapte melhor ou
de impulso a economia das chamadas “drogas do sertão”. A
pior ao trabalho escravo. O aumento crescente do uso do es-
extração de produtos como látex, guaraná, copaíba e outros al-
cravo de origem africana foi motivado pelos lucros e reforço
cançava alto preço no mercado europeu e contribuiu para a for-
do domínio português sobre o Atlântico.
mação de comunidades ribeirinhas no Amazonas e afluentes.
4. Certo. Sim, o uso do trabalho compulsório era abrangen-
2. Errado. O interior da colônia foi ocupado em movimento
te, entretanto sua principal função foi nos trabalhos braçais.
caracterizado por uma dinâmica diversa e com várias dinâ-
micas temporais.
3. Certo. Uma parte significativa do interior nordestino e QUESTÃO 46
locais no Centro-Oeste foram ocupados para a ativida-
Em termos de contribuição para o ordenamento territorial,
de pecuária.
sobressai, na Região de Influência da Estrada Real, o processo
4. Certo. Em 1751, no auge da mineração na Capitania de
de ocupação e de constituição de núcleos pioneiros de atividade
Goiás, o cartógrafo Francesco Tosi Colombina sugeriu uma
econômica — como foram os polos de mineração —, e a cria-
capital no Planalto Central.
ção e a organização de aldeias, vilas e cidades, muitas das quais
incorporavam arruamentos, infraestruturas, serviços básicos e
QUESTÃO 45 técnicas construtivas do mais elevado nível tecnológico, equi-
valente àquele prevalente no Portugal de correspondente época.
Leia o texto: Qualquer pessoa que matar outra ou mandar
matar, morra por isso morte natural*. Porém, se algum fidalgo G.D. Calaes; G.Ferreira (Eds). A estrada real e a trans-
de grande solar matar alguém, não seja julgado à morte sem ferência da corte portuguesa. Programa Rumys – Projeto
no-lo fazerem saber, para vermos o estado, linhagem e condi- Estrada Real. Rio de Janeiro: CETEM/MCT/CNPq/CYTED,
2009, p. 36 (com adaptações).
ção da pessoa, assim do matador como do morto, qualidade e
circunstâncias da morte, e mandarmos o que for de serviço de
A partir das informações acima, julgue os itens.
Deus e bem da República. O escravo, ora seja cristão, ora o não
1) No século XVIII, no Centro-Sul do Brasil Colônia, surgiu
seja, que matar seu senhor, ou filho de seu senhor, seja atena-
a Capitania de Goiás. O modelo de organização urbana e
zado, e lhe sejam decepadas as mãos, e morra morte natural
econômica utilizado nas cidades mineradoras dessa capita-
na forca para sempre; e se ferir seu senhor sem o matar, morra
nia, que esteve na Região de Influência de Estradas Reais,
morte natural. E se arrancar alguma arma contra seu senhor,
serviu de base para a criação do Distrito Diamantino, retar-
posto que não o fira, seja açoitado publicamente com baraço e
datário com relação ao processo de expansão da atividade
pregão pela vila, e seja lhe decepada uma mão.”
de extrativismo mineral no Brasil.
(*) A expressão morrer morte natural designa a condenação
2) As estradas reais no mundo colonial brasílico demonstram
de alguém à pena de morte.
o esforço despótico do Aparelho de Estado metropolitano
Lara, Silvia H. (ed.). Ordenações Filipinas, Livro V. São em controlar as vias de comunicação e transporte em suas
Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 143-44; 158. possessões territoriais.
3) O sistema de estradas reais era controlado por um número
Considerando o texto acima, que apresenta um extrato das Orde- significativo de burocratas, fiscais e forças militares.
nações Filipinas, base do direito português do início do século 4) No século XVIII, o desenvolvimento da economia minera-
XVII até meados do século XIX, julgue os itens que se seguem. dora na região da Estrada Real foi acompanhado de signifi-

CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA PÁGINA 18

 cativos movimentos populacionais e culminou com o des-
locamento do eixo administrativo e econômico do Brasil
colônia para a região Centro-Sul. É nesse contexto que se
pode entender a transferência da capital do Vice-Reinado
do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763.
Comentários:
1. Errado. A Capitania de Goyaz, estabelecida em 1748,
seguia as instruções normativas gerais das capitanias. O
Distrito Diamantino, criado em 1734, criava uma zona de
controle restrito e administrada por um contratador geral sob
direta orientação real.
2. Certo. Circular pela área colonial fora das estradas reais
poderia ser entendido como crime. O controle era bem efeti-
vo com postos fiscais e tropas de dragões das minas.
3. Certo. Fiscais, meirinhos, dragões das minas, tropas de
Henriques (homens negros) e pedestres faziam o controle
das estradas.
4. Certo. A atividade mineradora mudou o eixo econômico
da colônia, esse era centrado no Rio de Janeiro. Em 1763
a administração pombalina, estrategicamente, transferiu a
capital para lá.
QUESTÃO 47 niu-se em maio de 1823, uma Assembleia Constituinte com-
Leia o texto: “Na História do Brasil ocorreram algumas poucas
rupturas. A principal delas foi a Independência, não por acaso
denominada “Revolução” pelo historiador Caio Prado Júnior.
Ao longo do processo de descolonização, desde a insurreição de
1817 até a Proclamação da República, em 1889, plasmaram se
algumas matrizes de pensamento que definiram as pautas pelas
quais se regeriam a vida política, econômica, administrativa e a
organização da sociedade pós-colonial. Ideias de Brasil adquiri-
ram nova dimensão histórica, cultural, geográfica, social e polí-
tica com o santista José Bonifácio, estadista da independência,
homem da Ilustração e fundador da política externa brasileira.
Com ele, mas também com oponentes a seu projeto de nação,
como Cipriano Barata e o padre Diogo Antonio Feijó (ex-deputa-
dos em Lisboa), ou o jornalista Evaristo da Veiga, um dos líderes
do 7 de abril de 1831, “nossa identidade” coletiva se delineava.”
Carlos Guilherme Mota. Introdução. In: Carlos Guilherme
Mota (org.). Viagem incompleta — a experiência brasileira
(1500-2000). Formação: histórias. São Paulo: SENAC,
2000, p. 22-3 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens
que se seguem.
1) As fronteiras brasileiras que estabeleceram a unidade terri-
torial do país, tal como hoje é reconhecida, foram demarca-
das todas durante a fase do Império com o apoio britânico.
2) Ao transferir-se para o Brasil, há mais de duzentos anos,
o Aparelho de Estado português obrigou-se a confirmar e
aprofundar o sistema colonial como forma de afirmação e
domínio sobre o território de sua mais importante colônia e
a preservar suas boas relações com a Inglaterra.
3) O caráter “revolucionário” da Independência do Brasil, tra-
tado no texto, sustentou-se no fato de o Brasil ter rompido
com as bases da colonização e na convergência de ideias
entre as principais lideranças revolucionárias.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
4) A identidade nacional brasileira, aludida no texto, que an-
tecede o surgimento do Estado nacional, foi fundamentada
em movimentos como Revolta de Beckman, no Maranhão,
e Inconfidência Mineira.
Comentários:
1. Errado. Ao longo de nossa história, nos vários períodos,
nossa dimensão territorial e áreas lindeiras foram definidas.
2. Errado. Em janeiro de 1808, com a Abertura dos Portos, as-
sinada por D. João, nossa condição de colônia deixou de existir.
3. Errado. Muitos aspectos de nossa independência são pou-
co ou nada revolucionários, entre eles a manutenção dos pri-
vilégios ligados à grande propriedade da terra e à escravidão.
4. Errado. A Revolta de Beckman (1684) e a Inconfidência
Mineira (1789), assim como outros movimentos nativistas e
emancipacionistas coloniais, foram marcadas pela identidade
local. A ideia de unidade e nacionalidade brasileira é constru-
ção imagética ligada, principalmente, ao período monárquico.
QUESTÃO 48
Após a Independência política do Brasil, em 1822, era neces-
sário organizar o novo Estado, fazendo leis e regulamentando
a administração por meio de uma Constituição. Para tanto, reu-
posta por 90 deputados pertencentes à aristocracia rural. (...)
Na abertura dos trabalhos, o Imperador D. Pedro I revelou sua
posição autoritária, comprometendo-se a defender a futura
Constituição desde que ela fosse digna do Brasil e dele próprio.
VICENTINO, C; DORIGO, G. “História Geral do Brasil.”
São Paulo: Scipione, 2001.
 
A Independência política do Brasil, em 1822, foi cercada de
divergências, entre elas, o desagrado do Imperador com a pos-
sibilidade, prevista no projeto constitucional, de o seu poder vir
a ser limitado, o que resultou no fechamento da Constituinte
em novembro de 1823. Uma comissão, então, foi nomeada por
D. Pedro I para elaborar um novo projeto constitucional, outor-
gado por este imperador, em 25 de março de 1824.
Em relação à Constituição Imperial, de 1824, analise os itens
seguintes. 
1) Foi introduzido o sufrágio censitário, dois níveis de eleito-
res, exclusivamente homens brancos, e as bases legais para
o funcionamento do sistema parlamentar.
2) Estabeleceu o padroado e o beneplácito, que, na prática,
vinculavam Estado e Igreja. A permanência dessa aliança,
ao longo de todo o período imperial, marca nossa sociedade
até os dias atuais como a maior nação católica do Planeta.
3) O Poder Moderador era atribuição exclusiva do ocupan-
te do trono, conferindo a ele proeminência sobre os de-
mais poderes.
4) O sistema provincial era fundamentado no conceito unitário
e inverso ao federalismo.
Comentários:
1. Errado. A Constituição de 1824 não se referia às ques-
tões raciais para o critério de eleitorado. Existiam elei-
tores negros, desde que fossem livres e possuíssem renda
compatível.
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 2. Errado. Devemos ressaltar que, a partir dos anos 70 do
século XIX, a crise e cisão entre monarquia foram materiali-
zadas na Questão Religiosa.
3. Certo. Somente o monarca poderia exercer o Poder Mo-
derador, na sua ausência, esse era suspenso.
4. Certo. Sim, o Império era unitário, e as províncias eram
subordinadas ao poder do monarca, inclusive na indicação
de seus governantes.
QUESTÃO 49 portuguesas.
Sobre o contexto das relações e disputas territoriais na Região
do Prata, analise os itens seguintes.
1) Longe de ser mera bravata e, mais ainda, de integrar um
grandioso projeto de Império luso na América, a decisão
de incorporar a Banda Oriental foi tomada por D. João VI
como forma de retaliar Napoleão Bonaparte.
2) As questões relativas ao domínio do estuário do rio da Pra-
ta, que geraram permanente tensão e levaram à guerra na
segunda metade dos anos vinte do século XIX, surgem no
rastro das independências das Províncias Unidas do Prata e
do Brasil, rompendo uma histórica convivência harmoniosa
e pacífica entre as antigas metrópoles, Espanha e Portugal.
CONCURSO PÚBLICO – IRBR TERCEIRO-SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA
3) A mudança de atitude do governo do Rio de Janeiro foi de-
terminada pela pressão da opinião pública, daí advindo a
guerra contra a Argentina.
4) Em grande medida, a política externa brasileira no Primeiro
Reinado (1822-1831) centrou-se no tema reconhecimento
da Independência.
Comentários:
1. Certo. Em 1811, para retaliar o domínio napoleônico na
Espanha, a Banda Oriental do Prata foi ocupada por tropas
2. Errado. As disputas pela região do Prata, inclusive com
refregas e enfretamento armado, foram a tônica desde a épo-
ca colonial.
3. Errado. A opinião pública era contrária aos custos mate-
riais e às mortes causadas pela Guerra do Prata (1825-1828)
e, tecnicamente, Brasil e Argentina, essa como unidade na-
cional, jamais se envolveram em conflito direto.
4. Certo. Criado em 1822, o Ministério dos Negócios Es-
trangeiros orientou sua ação pelo reconhecimento de nossa
autonomia junto ao concerto das potências.
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