Curso de Psicologia
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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO
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OBJETIVOS
Esse trabalho visa servir como um relatório sobre uma das várias alas da
adolescência: “O adolescente em situação de risco”.
Para conhecer, experimentar e acima de tudo entender o tema a nós proposto foi
necessário fazer uma visita à FUNDAÇÂO CASA, que uma vez já foi chamada por
FEBÉM.
A partir dessa visita foi possível entender paradigmas morais, antíteses sociais e
paradoxos culturais que estão internalizados na ótica de uma sociedade que
observa, mas não necessariamente enxerga o quão preocupante é a situação do
adolescente hoje no Brasil.
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Referencial Teórico
1. Conceito de Adolescente
É importante entender que nesses três grupos existe um fator presente em cada um
deles, o fator de maturação sexual que é quando se torna visível o surgimento de
um novo comportamento. Sobre. O comportamento sexual de um indivíduo depende
não só da etapa de desenvolvimento em que se encontra como do contexto familiar
e social em que vive. Na atualidade, a sociedade tem fornecido mensagens
ambíguas aos jovens, deixando dúvidas em relação à época mais adequada para o
início das relações sexuais. Ao mesmo tempo em que a atividade sexual na
adolescência já é vista como um fato natural, largamente divulgado pela mídia, que
estimula a aceitação social da gravidez fora do casamento, ainda se vêem a
condenação moral e religiosa ao sexo antes do matrimônio e atitudes machistas
rejeitando as mulheres não “virgens”. Este contexto dificulta o relacionamento entre
as moças, de quem são cobradas atitudes castas, e os rapazes, que têm de provar
sua masculinidade precocemente, com o início muitas vezes prematuro da atividade
sexual, por pressão social. “Outro aspecto importante é a defasagem existente entre
a maturidade biológica, alcançada mais cedo, e a maturidade psicológica e social
que cada vez mais tarde se torna completa. Perante este quadro os jovens se
encontram perdidos, sem um parâmetro social claro de comportamento sexual e
com uma urgência biológica a ser satisfeita em idade precoce”. (Stella R. Taquette)
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A sexualidade contribui com a auto-estima do jovem e faz parte da formação da
identidade do indivíduo. (Sigmund Freud)
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se
dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e
a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento.
Em decorrência do Estatuto da Criança e do Adolescente, e enfatizando o tema
especifico pesquisado neste trabalho sobre adolescência em situação de risco, é
importante deixar claro as medidas estipuladas pela lei no caso de Jovens
Infratores:
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Título III
Capítulo I
Disposições Gerais
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do
adolescente à data do fato.
Capítulo II
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo
máximo de quarenta e cinco dias.
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Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios
suficientes de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da
medida.
Capítulo III
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido
processo legal.
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Capítulo IV
Seção I
Disposições Gerais
I - advertência;
IV - liberdade assistida;
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112
pressupõe a existência de provas suficientes da autoria e da materialidade da
infração, ressalvada a hipótese de remissão, nos termos do art. 127.
Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova
da materialidade e indícios suficientes da autoria.
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Seção II
Da Advertência
Seção III
Seção IV
Seção V
Da Liberdade Assistida
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida
mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
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§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a
qual poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.
Seção VI
Do Regime de Semi-liberdade
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Seção VII
Da Internação
§ 1º O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser
superior a três meses.
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Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para
adolescentes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa
separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração.
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim
o deseje;
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XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para
guardá-los, recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da
entidade;
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos,
cabendo-lhe adotar as medidas adequadas de contenção e segurança.
Capítulo V
Da Remissão
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista
judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido expresso do adolescente ou de
seu representante legal, ou do Ministério Público.
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Título IV
VII - advertência;
IX - destituição da tutela;
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2 – Vulnerabilidade social
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pessoas em todas as classes sociais e econômicas; Vulnerabilidade Social é
um problema de Saúde Pública. Esse quadro na vida do jovem brasileiro é
composto pelos seguintes itens: Gravidez na Adolescência, educação
precária, Violência, fácil acesso às drogas.
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mais associados à interação com as condições de nutrição, de saúde e à falta
de atenção e cuidados dispensados à mãe (ou seja, as condições sociais e
culturais em que a gravidez ocorre), do que propriamente a fatores biológicos.
Certamente, subtraímos os casos em que a gravidez se dá em idades muito
precoces, quando podem apresentar conseqüências negativas em relação à
saúde (GUIMARÃES, 1998; DADOORIAN, 2000).
1900 65,25
1920 64,94
1940 56,1
1950 50,58
1960 39,68
1970 33,77
1980 25,46
1980 25,46
1991 20,06
2000 13,06
Fontes: IBGE – PNDA, Anuário Estatísticos, Censos Demográficos – MEC/INEP
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O fato de o Brasil despejar mais dinheiro público nas universidades do que no
ensino fundamental e médio é uma distorção que tende a reforçar a desigualdade da
renda nacional. Ainda na repartição do bolo, as verbas destinadas ao ensino médio
superam as do ensino fundamental e os efeitos disso aparecem nos números do
IBGE. Enquanto que a população na escola com 10 anos ou mais é de 94,6%, ou
quase universal, a quantidade de pessoas fora da escola entre 4 e 7 anos é grande -
31%, ou 4,1 milhões de pessoas. A divisão espacial desse contingente que não
estuda mostra que ele é maior nas regiões mais pobres, mas não substancialmente
maior. Há 37,9% de crianças de Porto Alegre dessa faixa etária nessa condição e
28,6% paulistanas, contra apenas 16,2% em Fortaleza e 17,2% em João Pessoa.
A globalidade é um fator intrínseco na sociedade brasileira, e tem um papel
importante na vida do adolescente, pois representa conexão com o mundo e
as pessoas de um meio social no qual o adolescente almeje aceitação, um
senso realizado pela UNESCO, mostra que mesmo o adolescente conhecendo
algum conteúdo ou material estrangeiro, ele não encontra uma estrutura de
aprendizagem no Brasil que alimente os seus interesses; como pode ser visto
em uma das respostas encontradas nesses senso:
É muito comum encontrarmos escolas públicas com bibliotecas ociosas por não
terem funcionários, laboratórios de informática sem uso também por falta de
funcionários. Isso é o tipo de benefício que não chega ao aluno, mas que consta das
propagandas políticas de investimentos na educação.
Os graves problemas não param, um amplo levantamento feito pelo Banco Mundial
aponta que apenas um entre três jovens brasileiros de 14 a 18 anos está
matriculado no ensino médio. Outra má notícia é que um entre cada três alunos tem
seu desempenho afetado pela violência nas escolas.
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2.4 – Drogadição:
No complexo mundo da droga assim como do sexo ambos estão
inseridos em tabus o que geram, muitas lendas o que permitem a elaboração
de considerações extremamente errôneas.
Antes de entendermos o jovem usuário de Drogas é necessário entender como
a sociedade influencia, ou propicia ou simplesmente não se importam.
Especialistas em drogadição destacando-se Eduardo Kalina criaram a" a
designação de Sindrome de Popeye
Quando um personagem de ficção chega a ter êxito passa a ser um ídolo
como foi o caso de Popeye o Marujo, o que significa que de uma ou outra
forma canaliza, através de mecanismos de identificação projetiva de massa,
uma fantasia que atinge de forma global uma multidão de fãs
No caso de Popeye o Marujo passamos a viver através de nossas
fantasias uma onipotência latente
No caso do Popeye o Marujo o fascinado pela fórmula mágico-
omnipotente de comer espinafre de modo que em frações de segundos
derrotava os mais terríveis facínoras pela força que adquiria na ingestão do
espinafre como forma de obter as forças necessárias para realizar as suas
inéditas proezas
Na época mães de crianças resistentes para se alimentarem usavam as
façanhas do Popeye para induzi-las a comerem de maneira até exagerada
espinafre.
A modalidade oral por onde entram os alimentos tem seus fundamentos
psicológicos e sociais numa fase da vida, na qual o alimento oriundo do seio
de sua mãe, isto é o ato da amamentação tornou-se instrumento mágico
onipotente que acalmava diante das angustias da sua vida extra-uterina. Daí o
fato de que crianças mal resolvidas podem fazer o uso do seio materno até a
idade de seis ou mais anos, o que evidencia a mãe neste fenômeno tido como
mágico-onipotente na concepção da observação externa, porém o que
demonstra a mãe no ato de amamentar é uma força real representado
fisicamente pelo elemento leite e emocionalmente pelo seu calor afetivo que
aliviam a angustia, que não pode ser verbalizada pelo recém nascido que
quando sente fome ou mesmo sem senti-la diante de qualquer sentimento de
angustia choraminga para solicitar o seio materno.
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A magia do personagem Popeye apela esta impressão mnemônica com o
fortalecimento da memória mediante processos artificiais auxiliares, como, por
exemplo a associação daquilo que deve ser memorizado com dados já
conhecidos ou vividos; combinações e arranjos; imagens etc.,
Dessa forma ensina a criança no valor nutricional de grande alimento que
é o leite materno
A criança entende esta linguagem não como uma mensagem emitida num
código simbólico, porém em termos de uma linguajem concreta, isto é de uma
equação simbólica. O objeto não representa o simbolizado, e sim é o
simbolizado.
Comer espinafre na explicação da "Sindrome de Popeye", não representa
a mensagem de que se alimentar bem ajuda a sermos saudáveis, mas sim
comer espinafre é tornar-se imediatamente um poderoso, transformando-se de
forma mágica num personagem ideal mediante o recurso psicológico da
identificação projetiva de massa.
Segundo o enfoque psicanalítico kleiniano, seria uma identificação
projetiva de massa num objeto interno (internalizado) e idealizado, isto é uma
construção narcisista. O símbolo se confunde com o simbolizado.
Relacionando o usuário com a "Síndrome de Popeye", vive de forma
parcial e total a ilusão de pelo consumo da droga que para o Popeye era o
espinafre, representa de forma concreta a onipotência e lhe permite viver uma
ilusão transitória de ser o outro que de fraco e medroso torna-se poderoso e
corajoso.
Daí passa a ter a vivência de "de quando o desejar" junto com a crença
mágica de que esta falácia é dominadora, sendo reversível quando assim o
desejar. Em outras palavras o usuário tenta viver de forma narcisista una
ilusão, interpretando concretamente aquele refrão que diz "de fantasia também
se vive".
O usuário de droga não reconhece o usuário que ele representa isto é o
escravo da droga que com a ilusão infantil de chegar a um Popeye, que se
tornava poderoso ao consumir o espinafre e lamentavelmente não imagina que
vai se tornar de forma crescente um ser deteriorado, em última análise um
impotente físico, sexual psicológico e social.
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A Drogadição como "Síndrome de Popeye" é o contrario da liberdade,
pois que significa submeter-se a uma trágica escravidão e que de certa forma
traça um futuro de grande desilusões.
Mas, pelo fato de a cocaína bloquear em níveis pré sinápticos, a
recaptura das catecolaminas (dopamina e noradrenalina) e recentemente, a
isso se acrescentou que o mesmo ocorre com a serotonina, ela possibilita a
oferta de um excesso de neurotransmissores no espaço inter-sináptico à
disposição dos receptores pós sinápticos, fato biológico cuja correlação
psicológica é de uma sensação de grandeza, euforia, prazer, aumento da libido
surgindo daí a "Síndrome de Popeye", numa analogia dessa droga com o
espinafre do marujo das histórias em quadrinhos.
O usuário é em tese o enunciado do sintoma de uma disfunção familiar
mascarada pelas funestas conseqüências do vicio.
Mães sem vocação para a maternidade que admitem os filhos como
fardos de sua vida que lhe tiraram o sossego e a liberdade, e pais ausentes de
casa que acham que a sua única missão e trazer dinheiro para casa são dois
ótimos vetores para criarem um usuário.
O usuário obriga a família a realizar um controle permanente sobre ele
provocando-lhe uma alteração na organização familiar no qual a família passa
a postergar outros problemas preexistentes.
O pai do usuário não consegue diante do impacto manter a serenidade e
a autoridade, emergindo a imagem do pai modelado numa figura frágil e
carente, enquanto que a sua mãe em contrapartida passa a ser a lutadora pois
que despertam nela traços latentes da mãe que tem o seu "filhote ferido" e
enfrenta qualquer perigo, o que ocorre nas selvas quando a fêmea para
preservar a sua cria dos predadores enfrentando com galhardia até a morte a
sua integridade não ocorrendo o mesmo com o macho que se omite .
Neste instante a família começa a se esfacelar com duas possibilidades
ou vive junto porem sem a união que apresenta uma relação de cumplicidade
com a ruptura total do casal com vínculo pobre e restrito vivendo como dois
estranhos habitando no mesmo espaço, ou o casal se integra baseado no
respeito a individualidade de cada um, limitam-se ao viver de forma familiar
vegetativa com a constante ameaça de separação.
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Os pais que são bem sucedidos em suas profissões, porém os seus
filhos sabem que o seu êxito é de caráter duvidoso e suas ações suspeitas de
que são o sucesso vem através da prática de delitos. Quando tais os pais não
são bem estruturados e alardeiam para os seus filhos falsos conceitos de lei
interagindo o desafio e a transgressão cria-se uma estrutura cheia de lacunas
estimulando assim ao pré-aditivo que atue através de práticas marginais entre
as quais encontra-se o uso de drogas, porque se abre uma brecha de
identificação entre o pai idealizado como um modelo de virtudes e mantenedor
da lei e do pai permissivo que é um espelho de estímulo a contravenção.
Vamos analisar a figura materna que não consegue cumprir sua função
básica de maternidade desviando os seus padrões da função feminina que se
expõe a situações de confronto a tudo o que é considerado feminino, baseado
em modelo que a própria mãe lhe transmitiu.
A mãe ao distorcer a sua função, desperta nos filhos a sensação de que
falharam no seu papel de mães e os filhos se sentem abandonados, e se
vinculam ao pai, tentando através desta parceria alcançar uma ligação
emocional de sobrevivência.
Dessa forma as dificuldades de relação com a figura materna provocam
rupturas profundas no desenvolvimento de sua estrutura psíquica, pois que o
ataque aberto a figura da mãe internalizada aumentaria a culpa, gerando em
conseqüência angustias paranóides, caracterizadas pelo aparecimento de
ambições e de suspeitas que se acentuam, evoluindo para delírios
persecutórios e de grandeza estruturados sem bases lógicas.
Ora a atenuação de tal quadro complexo pode encaminhar os pré-
usuários para a droga. que triunfa através dos esquemas destrutivos, auto
agressivos contra a representação parental internalizadas, que em razão disso
usam a droga como elemento de autopunição que acaba culminando com a
vicio.
O uso indiscriminado de medicamentos, do fumo do álcool e de comidas
de forma compulsiva, o consumismo a fuga no trabalho (ergomania) ou outros
atos com a finalidade de abrandar a angustia vai construindo modelos onde o
controle dos impulsos não existe; em contrapartida usam a ação tóxica para
mascara-la, degenerando assim a personalidade e preparando o pré aditivo
que ao aliar-se com a droga passa a categoria de usuário.
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O usuário normalmente requer muitas atenções do grupo familiar
buscando gratificações imediatas porque não aprendeu a controlar os seus
mpulsos na constelação familiar por não Ter tido a prática de uma educação
sadia do lar usando modelos coerentes de reflexão.
Crianças extremamente mimadas ou rejeitadas são fortes candidatas a
vicio por estas características, Freud mostrou que crianças mimadas são
fortes candidatas a fixações orais. Na dinâmica da vicio tal fixação aparece, e
dai fundamentou a clássica descrição da existência na personalidade do
usuário de ego fraco e incapaz de tolerar frustrações.
A droga pela sua ação química mascara o medo e dá um falso suporte
para sustentar o fracasso ou a frustração.
Os usuários, em regra geral, são personalidades dominadas por angustias e
temores, cuja qualidade e intensidade os convertem como portadores de
sentimentos insuportáveis para o seu ego, a insegurança em si mesmo, a
baixa estima e a desorganização de seus valores no ser, estar e agir criam uma
enorme insegurança, e o medo de ser destruído cria uma forma paranóica
violenta que domina este tipo de personalidade, daí a estrutura volúvel do
usuário que possui uma resistência psicológica muito fraca.
Não existe uma estrutura definida de personalidade que conduza a vicio
desde que o próprio conceito de personalidade é complexo:
Existem centenas de definições. De forma geral podemos dizer que é um
conjunto de padrões de comportamentos tais como pensamentos,
sentimentos e crenças características de um indivíduo
De forma ilustrativa pode ser comparada como se fosse a "impressão
digital da mente’ de uma pessoa, daí não encontrarmos duas pessoas com
personalidades idênticas mesmo entre os irmãos gêmeos univitelinos.
Vamos esperar a clonagem do ser humano para sabermos se existirão
duas personalidades idênticas a do clone e a do clonado
A psicodinâmica só se explica tendo em conta a constelação psíquica
que apresenta em cada caso, cada pessoa e cada situação particular.
Com generalizações se traça um perfil errôneo descritivo do usuário.
As teorias são como um mapa, que sem o mesmo não sabemos para
onde vamos e nem onde estamos porem o mapa é um referencial genérico.
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O que é importante é antes de efetuar tratamentos ou fazer uma avaliação
da conduta, é necessário saber-se a estrutura da personalidade e situação
geral dos pontos instáveis, mal estruturados.
Qualquer pessoa pode deteriorar-se numa tentativa mal elaborada de
regulação e controle de seus conflitos interno mediante adicções.
O usuário é em suma portador de sintoma de disfunção familiar que fica
mascarada em razão das conseqüências da vicio. Sob o efeito a sensação de
fragilidade é disfarçada por um sentimento de poder.
É a ilusão de haver vencido o fracasso inexistente que por suas
características, constitui um "triunfo maníaco".
A angustia cede seu lugar a um "clima de paz" sentido a vezes como
paradisíaco. Tudo adquire una serena relevância: sons, cores, gestos,
paisagens. O tempo para no êxtase da gratificação plena e aparentemente não
existe pelo pseudopoder sobrenatural que adquire não evitando nem a própria
morte no horizonte excepcional destas vivências, daí o drogusuário enfrentar
os mais sérios riscos (praticar arrojados assaltos, sequestros, enfrentar
polícia, etc.), atitudes que em estado normal jamais seria capaz de praticar.
A droga funciona como objeto externo a serviço de um "equilíbrio" que
intenta restabelecer a homeóstase para que possa lidar com a ansiedade e a
angustia.
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