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XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS

DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

Necessidades Energéticas e Consequências Ambientais

Dimensionamento de um Sistema Off Grid de Renovação de Água Marinha em


uma Instalação de Pesquisa na Ilha dos Arvoredos.

Alice de Oliveira Pereira


Estudante do Curso de Engenharia Mecânica Universidade
Santa Cecília - UNISANTA aliceopereira01@gmail.com

Ariane Siqueira Barbosa


Estudante do Curso de Engenharia Mecânica Universidade
Santa Cecília - UNISANTA arianebarbosa.eng@gmail.com

Leandro Souza Barbosa


Estudante do Curso de Engenharia Mecânica Universidade
Santa Cecília - UNISANTA leandro_fab@live.com

Stephany Duarte dos Santos


Estudante do Curso de Engenharia Mecânica Universidade
Santa Cecília - UNISANTA stephanyduarte09@gmail.com

Thiago da Silva Pio


Estudante do Curso de Engenharia Mecânica Universidade
Santa Cecília - UNISANTA thiagopio.unisanta@gmail.com

Márcio de Morais Tavares


Professor e Coordenador do Curso de Engenharia Civil
Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP Campus Guarujá
mtavares@unaerp.br

Willy Ank de Morais


Professor e Coordenador do Curso de Engenharia Civil / Engenharia Mecânica
Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP Campus Guarujá / Universidade Santa Cecília - UNISANTA
wmorais@unaerp.br / willyank@unisanta.br

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee

Resumo:

Este trabalho tem como objetivo o dimensionamento para a implantação de um


sistema de bombeamento fotovoltaico para a circulação de água marinha, utilizando
bomba centrífuga. Esse sistema será empregado na Ilha dos Arvoredos, no litoral de
Guarujá/SP, local sob a responsabilidade da Fundação Fernando Lee; em uma piscina
a ser utilizada em pesquisas biológicas da vida marinha por pesquisadores da
UNAERP-Guarujá e USP. Para isso está sendo dimensionado um sistema de
bombeamento fotovoltaico para a Ilha dos Arvoredos, que é uma alternativa viável,
pois trata-se de um local sem acesso à eletricidade, sendo que a conexão da ilha à
grade elétrica nacional seria muito dispendiosa. Primeiramente, realizou-se uma visita
1
à ilha, para inspecionar e analisar a piscina natural, contida ao largo de suas margens,
que será o local da instalação e atuação do sistema de controle de nível de água. A
partir dessa visita, foram coletados dados de volume e vazão de água necessários
para um sistema de controle de nível da água dessa piscina. Para a alimentação desse
sistema serão empregados painéis fotovoltaicos no sistema off grid, em razão de não
estarem conectados à rede elétrica da concessionária da região e específicos para
uso local. Neste caso, além dos painéis, serão empregadas baterias para
armazenamento de energia e homogeneização do funcionamento das bombas e
assim da capacidade de controle do nível de água. A implantação de um sistema de
bombeamento fotovoltaico na Ilha dos Arvoredos é considerada uma ótima opção por
tratar-se de um local sem acesso à eletricidade.

Palavras-chave: Energia solar; Energia elétrica; Bomba hidráulica.

Summary:

This work aims the scaling for the implementation of a photovoltaic pumping system
for the circulation of seawater, using centrifugal pump. This system will be employed
on the island of Arvoredos, on the coast of Guarujá, SP, under the responsibility of the
Foundation Fernando Lee; in a pool to be used in biological research of marine life by
researchers at UNAERP-Guarujá and USP. For it is being scaled a photovoltaic
pumping system for the island of Arvoredos, that is a viable alternative, because it is a
place without access to electricity, and the connection from the island to the national
electric grid would be very costly. First, a visit to the island, to inspect and analyze the
natural pool, contained along its banks, which will be the installation’s site and
performance of the water level’s control system. From that visit, data were collected in
volume and flow rate of the water required for a control system of water level of that
pool. For the power of this system will be employed photovoltaic panels in the system
off grid, on the grounds of not being connected to the electric network of the
concessionaire of the region and specific to local use. In this case, in addition to the
panels, will be employed for energy storage batteries and homogenization of the
functioning and the ability to control the water level. The implementation of a
photovoltaic pumping system on the island of Arvoredos is considered a great choice
as a location without access to electricity.

Key-words: Solar energy; Electrical energy; Hydraulic pump.

Seção 1 - Curso de Engenharia Civil - Meio Ambiente.

Apresentação: Pôster.

1. Introdução.

Uma das características mais marcantes da sociedade moderna é a dependência


energética, sendo ela vinculada diretamente ao consumo de combustíveis ou através da
energia elétrica. Atualmente no Brasil, as principais fontes de energia são: hidroelétrica,
petróleo, carvão mineral e os biocombustíveis. Em menor escala são utilizados o gás
natural, a energia nuclear e a energia eólica (RÜTHER, 2010).
2
O desenvolvimento tecnológico e industrial, juntamente ao crescimento
populacional, acarreta a um grande aumento da demanda energética. Mas, as fontes de
energia mais utilizadas atualmente, poderão se esgotar nas próximas décadas, portanto
será necessário a utilização de fontes alternativas. Sendo assim, é fundamental analisar
possíveis impactos ambientais com a exploração dessas fontes (MARINOSKI et al.,
2004).
A evolução social e urbana está diretamente ligada ao acesso à eletricidade. Uma
possibilidade para a obtenção de energia elétrica é a energia solar, que pode ser oriunda
de qualquer tipo de captação de energia luminosa ou térmica proveniente do Sol. Esta
energia pode ser posteriormente transformada para um uso mais prático no aquecimento
de água ou em energia mecânica (SANTOS, 2012).
O aproveitamento direto de energia solar pode ser aplicado em grande escala no
Brasil, pois mesmo o país demonstrando diferenças climáticas em seu território, a média
anual de irradiação apresenta boa uniformidade (BANDEIRA, 2012).
Segundo Alvarenga (2017) uma aplicação da energia solar que tem mostrado
grande eficiência é a alimentação de bombas a partir de painéis fotovoltaicos em locais
remotos, pois trata-se de um sistema eficaz e com baixo índice de manutenção.
A energia solar fotovoltaica é de extrema importância para o desenvolvimento
social em regiões isoladas ao redor do mundo, entretanto, sua utilização em áreas
urbanas pode ocorrer caso haja, por exemplo, interrupção na distribuição de energia
elétrica ou como alternativa de economia na conta de energia (LOPEZ, 2012).

2. Objetivos.

Apresentar a implantação de um sistema de bombeamento fotovoltaico para a


circulação de água do mar, utilizando bomba centrífuga, de uma piscina, a qual será
empregada para estudos biológicos da vida marinha por pesquisadores da Universidade
de Ribeirão Preto, Campus Guarujá – UNAERP e Universidade de São Paulo – USP.

3. Justificativa.

O dimensionamento de um sistema fotovoltaico off grid é ideal para o local de


aplicação do projeto, pois trata-se de um ambiente sem acesso à energia elétrica e
também atende a necessidade de se obter a circulação da água na piscina para a
realização de estudos marinhos.

4. Revisão bibliográfica.

A energia solar é procedente da luz e do calor do Sol e seu aproveitamento é


basicamente como energia térmica, por exemplo para o aquecimento de fluidos e
ambientes e para produção de potência mecânica ou elétrica, e energia solar
fotovoltaica; sendo esta última muito importante tratando-se de geração de eletricidade.
Sua fonte é considerada renovável e limpa (ANEEL, 2015).
Os recursos para a obtenção de energia solar podem ser divididos em diretos ou
indiretos e passivos ou ativos. A energia solar fotovoltaica é um exemplo de recurso
direto, pois depende apenas de uma etapa de captação de energia do sol, sendo uma
célula fotovoltaica atingida por esta energia, gerando assim eletricidade. Já o método
indireto, necessita de duas ou mais etapas na conversão da energia solar em energia
aplicada no cotidiano. A energia heliotérmica exemplifica este método. Os espelhos
refletores são atingidos pela energia solar e concentram o calor em um tubo a vácuo,
sendo que neste tubo passa água, que será transformada em vapor para posteriormente
abastecer uma turbina para fornecer energia elétrica. Em seguida, há os sistemas
3
passivos e ativos. Inicialmente, os sistemas passivos são, geralmente, diretos, em razão
de funcionarem como uma estufa que transfere o calor do sol para o ar e mantém o
ambiente quente. Os sistemas ativos exercem, com o auxílio de dispositivos mecânicos,
a melhora do desempenho na captação da energia solar (PORTAL SOLAR, 2015).

4.1. Energia solar fotovoltaica.

A energia solar fotovoltaica provém da transformação direta da luz em eletricidade,


denominado efeito fotovoltaico. O efeito fotovoltaico foi descoberto no ano de 1839, pelo
físico francês Alexandre Edmond Becquerel a partir da análise de uma solução ácida,
que ao ser iluminada ocorria uma diferença de potencial entre os eletrodos submersos
a essa solução. Já no ano de 1876, W. G. Adams e R. E. Day verificaram, em um
dispositivo de estado sólido, um efeito parecido, porém sua fabricação era com selênio.
As primeiras células solares ou células fotovoltaicas foram produzidas em selênio e
desenvolvidas por C. E. Frits no ano de 1883 (PINHO & GALDINO, 2014).

4.2. Sistemas fotovoltaicos.

Existem dois sistemas fotovoltaicos, o on grid que é um sistema conectado à rede


elétrica, por essa razão, sempre que houver excedente de energia gerada pela luz solar,
a mesma é armazenada na rede elétrica e o off grid, que é um sistema caracterizado
por não estar conectado à rede elétrica, sendo utilizado para uso local e específico,
abastecendo diretamente os aparelhos que utilizarão a energia. É muito aplicado em
locais remotos que não possuem ligação com distribuidoras de energia. (ENEL
SOLUÇÕES, 2016).

4.2.1. Elementos de um sistema fotovoltaico.

4.2.1.1. Painel solar fotovoltaico.

Para a montagem de um painel fotovoltaico, utiliza-se normalmente entre 36, 60 ou


72 células fotovoltaicas interligadas em série. Essas células são individualmente
conectadas a partir da utilização de uma faixa condutora excessivamente fina, criando-
se um circuito. Em seguida, uma lâmina de vidro temperado reveste a série de células
fotovoltaicas. Este vidro é submetido a tratamentos com substâncias antiaderente e
antirreflexo. Uma pequena caixa preta, a caixa de junções, origina dois condutores e
está localizada na parte de trás do painel fotovoltaico. Os painéis solares são ligados a
partir desses cabos, em conjunto, compondo uma série de painéis fotovoltaicos. Então,
esse conjunto conecta-se por meios de cabos de corrente contínua ao inversor solar
(PORTAL SOLAR, 2014)
Atualmente, 80% dos painéis fotovoltaicos são fundamentados em alguma
variação do silício. O silício é o material semicondutor de maior relevância para a
transformação fotovoltaica da energia solar e é o principal para toda a indústria eletrônica
(PALZ & LIMA, 2002).
São muitas as maneiras ao qual o silício é aplicado nos painéis solares e é
diferenciado quanto a sua pureza, ou seja, quanto mais preciso o alinhamento das
moléculas de silício, melhor o desempenho da célula solar ao converter a luz captada
em energia elétrica (LOPEZ, 2012).

4.2.1.1.1 Tipos de painéis fotovoltaicos.

De acordo com o Portal Solar (2015), os painéis fotovoltaicos mais utilizados,


provenientes do silício são:
4
 Painel solar monocristalino: sua fabricação é a partir do crescimento de um
único cristal, que é cortado obtendo-se lâminas de silício individuais e
posteriormente são tratadas e transformadas em células fotovoltaicas. É
considerado o painel com a melhor eficiência (máximo de 25%) resultando
assim em um custo elevado.

 Painel solar policristalino: é fabricado a partir do derramamento de silício


fundido em um molde. Este procedimento causa imperfeições na estrutura
do cristal em formação. São geradas impurezas, tornando o painel menos
eficiente (máximo de 20,4%), porém, em sua fabricação, utiliza-se menos
energia, reduzindo assim seu custo.

 Painel solar de filme fino: sua maior aplicação se dá em projetos ao qual a


energia não é prioridade e sim a leveza do material e a portabilidade.

Entre as muitas aplicações das placas fotovoltaicas, a utilização para o


bombeamento de água em locais isolados é considerada a mais importante. A energia
solar fotovoltaica supre problemas que ocorrem em regiões onde a energia elétrica não
é realidade.

4.2.2. Inversor solar.

A principal função de um inversor solar no sistema fotovoltaico é inverter a energia


elétrica gerada pelos painéis de corrente continua (CC) para corrente alternada (CA) e
também garantir a segurança do sistema e medir a energia produzida pelos painéis
solares (PORTAL SOLAR, 2015).

4.2.3. Controlador de carga.

De acordo com PORTAL ENERGIA (2015), os controladores de carga possuem


uma série de dispositivos com o intuito de informar constantemente o estado de carga
do sistema e alertar o operador para que este possa adaptar a instalação às
necessidades particulares, aumentando assim o tempo de vida útil das baterias.

4.2.4. Bateria.

As baterias compõem o sistema off grid, sendo responsáveis por todo o


armazenamento das cargas elétricas que serão posteriormente consumidas nos
períodos noturnos ou em dias cujo Sol esteja encoberto. É importante ressaltar que as
mesmas não produzem nenhum tipo de energia, mas sim a finalidade de acumular
energia (SOLAR BRASIL, 2016).

4.3. Tipos de bombas e aplicações.

Existem diversos tipos de bombas hidráulicas para várias aplicações. Elas são
classificadas quanto à forma como a energia é adicionada ao fluido. Turbo-bombas,
Bombas Centrífugas ou Hidrodinâmicas: são equipamentos que utilizam rotores para
dar direção e oferecer energia ao fluido pela força centrífuga (FOX, 2006).
Possuem como vantagem a capacidade de trabalhar em regime permanente,
requerem menores cuidados de manutenção que as alternativas e também operam em
uma grande faixa de vazão, indo desde vazões moderadas até as mais altas. Em
contrapartida sua eficiência é baixa quando se tem a rotação diminuída, não operam em
5
altas pressões, precisam ser escorvadas e não são recomendadas para bombear fluidos
muito viscosos (MATTOS & FALCO, 1998).
As bombas centrífugas são as mais utilizadas, pois servem para a maioria dos
sistemas de bombeamento. Podem ser aplicadas em:

 Instalações prediais;
 Sistemas de combate a incêndio;
 Sistemas de drenagem;
 Estações de tratamento de água;
 Sistemas de refrigeração;
 Indústria petroquímica, papel e celulose, mineração entre outros.

Bombas Volumétricas ou de Deslocamento Positivo: são equipamentos que


utilizam impulsores que deslocam o volume do fluido da linha de sucção até a descarga
conforme a velocidade do equipamento (FOX, 2006). Essas bombas trabalham em baixa
vazão e alta pressão e são adequadas para fluidos tóxicos e corrosivos. Além disso, elas
necessitam de monitoramento de pressão na saída, pois existe risco de explosão
(MATTOS & FALCO, 1998).

4.4. A Fundação Fernando Eduardo Lee.

Na década de 1950, ao sobrevoar um rochedo localizado a 1,6 km da praia do


Pernambuco, em Guarujá – SP, o engenheiro mecânico Fernando Eduardo Lee teve a
ideia da criação de um laboratório a céu aberto com o intuito de promover a
sustentabilidade. A ilha dos Arvoredos foi cedida pela marinha para fins científicos, e
possui 37 mil metros quadrados (CATRACA LIVRE, 2014).
Em 1960, Fernando Lee construiu um laboratório de pesquisa para desenvolver
experimentos e, assim, transformou o rochedo em uma ilha com flora e fauna diversas
e raras. Os projetos de Lee abrangiam as áreas de energias alternativas (solar e eólica),
piscicultura, genética vegetal, aves e insetos (G1, 2012).
Em quarenta anos, o rochedo tornou-se uma ilha sustentável, através de projetos
como captação de água da chuva e uso de energia solar e eólica. Em 19 de agosto de
1984, o engenheiro criou a fundação Fernando Lee, para que os trabalhos e pesquisas
científicas pudessem continuar a serem desenvolvidos. Após a morte de Fernando Lee,
em 1994, a família Bonini assumiu a Fundação em parceria com o UNAERP
(FUNDAÇÃO FERNANDO LEE, 2014).

4.5. Memorial de cálculos.

Baseado no livro de SANTOS (2007) tem-se o seguinte equacionamento para o


dimensionamento da bomba:

Inicialmente deve-se definir a vazão de projeto:

𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗 = (1,1 𝑎 1,2). 𝑄𝑛𝑒𝑐 (1)

Em que:

 Qproj é a vazão de projeto (m³/s);


 Qnec é a vazão necessária (m³/s).
6
Com o valor da vazão de projeto e fluido de trabalho definidos, é possível obter a
velocidade máxima recomendada, dimensões normalizadas dos tubos de aço inox,
perda de carga dos acessórios da tubulação e peso especifico da água respectivamente
nas tabelas normalizadas sendo a TG1 página 183, TG2 página 184, TG5 página 187 e
TG 12 Página 194.

4. 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑗
𝐷𝑚𝑖𝑛 = √ (2)
𝜋. 𝑣𝑚𝑎𝑥𝑟𝑒𝑐𝑜𝑚

Sendo que:

 Dmin é o diâmetro mínimo (m);


 Vmaxrecom é a velocidade máxima recomendada (m/s).

Para obter a curva característica da instalação, aplica-se a equação de Bernoulli.

v𝑠 2 𝑃𝑠 v𝑒 2 𝑃𝑒
𝐻𝑒 + 𝐻𝐵 = 𝐻𝑠 + 𝐻𝑃𝑒,𝑠 → 𝐻𝐵 = + + 𝑍𝑠 − + + 𝑍𝑒 (3)
2∙𝑔 𝛾 2∙𝑔 𝛾

Em que:

 He é a energia disponível na entrada do sistema (m);


 HB é a energia fornecida pela bomba (m);
 Hs é a energia na saída da bomba (m);
 HPe-s é a perda de carga entre a entrada e a saída do sistema (m);
 ve e vs são a velocidade na entrada e saída do sistema (m/s), respectivamente;
 Pe e Ps são a pressão relativa na entrada e saída do sistema (Kgf/m²);
 g representa a aceleração da gravidade no local (m/s²);
 γ peso específico do fluido (Kgf/m³) ;
 Ze e Zs são as diferenças de altura (cotas) entre a entrada e saída da sucção em
relação a bomba (m), respectivamente.

As curvas características da bomba são produzidas pelo fabricante após realizar


ensaios e usualmente apresentados em catálogos e/ou literatura técnica. O fabricante
produz a bomba e depois realiza um ensaio em módulo específico. No mesmo ensaio o
fabricante determina a curva de rendimentos do tipo Nb = f(Q). Para o cálculo da
potência da bomba pode ser empregada a seguinte equação:

𝑄. 𝐻𝐵. 𝛾
𝑁𝑏 = (4)
𝜂

5. Materiais e métodos.

A aplicação do projeto é para a Ilha dos Arvoredos localizada no Guarujá, em que


a visita técnica à mesma teve como objetivo o reconhecimento do local para o
desenvolvimento do projeto de um sistema de circulação de água utilizando bombas
alimentadas por células fotovoltaicas. A circulação de água é fundamental para permitir
a criação de espécies, transportando alimentos (plânctons) e oxigenação. A Figura 1
demonstra o local escolhido para a implantação do sistema.

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Figura 1. Local de implantação do sistema bombeamento.

As dimensões da piscina foram estimadas pois os equipamentos de medição não


alcançavam grandes distâncias.
O sistema envolverá uma bomba fixada na borda da piscina, sendo utilizada para
a sucção e recalque da água do mar para a piscina e vice-versa. A fixação da bomba
será na lateral da piscina onde há maior profundidade, possibilitando uma altura de
sucção maior fazendo com que o sistema opere nas condições de marés altas e baixas
evitando também a entrada de ar na bomba. Será instalado também um controlador de
nível para evitar o transbordamento da água.
Este sistema deverá ser operado de maneira sustentável, em substituição a bomba
de gasolina que anteriormente era utilizada no local. As placas fotovoltaicas serão
utilizadas para esta finalidade.
Em seguida foi realizado o dimensionamento das bombas para obter a potência
necessária para o dimensionamento das placas, visando a operação sustentável do
sistema com o máximo rendimento e o menor custo.

6. Resultados e discussão.

Após os estudos de dimensionamento e de pesquisa de fornecedores comerciais


da bomba, verificou-se que a bomba recomendada para a operação é da marca KSB,
modelo Meganorm 25-200 com potência de 1 cv e rotação de 1750 rpm. As condições
de operação da rede de tubulação estão discriminadas no Quadro 1.
Através da curva característica da bomba, apresentada na Figura 2, é possível
observar o ponto onde se cruzam os valores da vazão e o valor da altura manométrica
chamado de ponto de funcionamento da bomba. Além disso, nota-se que o diâmetro
ideal do rotor é de 195 mm e o rendimento da bomba é de aproximadamente 30%.

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VAZÃO DE PROJETO (Qproj) (m³/s)
Qnec (m³/s) 0,00114
Qproj (1,1 até 1,2) (m³/s) 0,0013

DIÂMETRO MÍNIMO RECOMENDADO (Dmín) (mm)


Vmáxrecom (m/s) 2,50
Dmín (mm) 25,555
DIÂMETRO MÍNIMO NORMALIZADO (in) > (mm)
1 0,0254

EQUAÇÃO DE BERNOULLI EM FUNÇÃO DA VAZÃO


SUCÇÃO (0) RECALQUE (1) H0 + HB = H1 + Hpsuc + Hprec
Z0 + P0/γ + V0²/2g Z1 + P1/γ + V1²/2g
Z0 (m) Z1 (m)
0,0 4,0
P0 (kgf/m²) P1 (kgf/m²)
0,0 0,0
V0 (m/s) V1 (m/s)
0,0 0,0
γ (kgf/m3) γ (kgf/m3)
997,0 997,0
g (m/s²) g (m/s²)
9,81 9,81

PERDA DE CARGA (0) PERDA DE CARGA (1)


Lt0 (m) Lt1 (m) HPTOTAL (m)
37,23 7,62 7010437,05
HP0 (m) HP1 (m) K
5819366,14 1191070,91 7010437,05
EQUAÇÃO DA CCI
HB = Z1 + K * Q² (m) 15,53

Quadro 1. Condições de operação da rede de tubulação.

Figura 2. Curva Característica da Bomba KSB.

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O dimensionamento das placas foi simulado para obter a quantidade necessária
para atender a potência da bomba, baterias e inversores necessários para este sistema,
levando em consideração a utilização da bomba com a potência já mencionada com um
período de funcionamento de 12 horas por dia. Empregando-se estes dados e a partir
de uma simulação foram obtidos os resultados indicados no Quadro 2.

Quantidade de Módulos 41
Quantidade de Controlador de Carga 4
Quantidade de Baterias 7
Quantidade de Inversor 1

Quadro 2. Especificação da Placa Solar para uma bomba de 1 CV.

7. Conclusões.

Através dos dados fornecidos, foi possível apresentar uma proposta de


implantação de um sistema fotovoltaico de bombeamento. A bomba KSB foi a única
bomba que apresentou o melhor desempenho para a rede de distribuição de água pois
trata-se de uma bomba que atende os requisitos de operação em ambientes com maior
capacidade de corrosão.
No entanto, o avanço nos estudos para o dimensionamento de bombas e placas
ainda se encontra em fase de conclusão e pode haver posteriormente algumas
alterações, principalmente para as placas solares visando obter uma melhor eficiência
do sistema.

8. Referências.

ALVARENGA, Carlos Alberto. Bombeamento de água com energia solar


fotovoltaica. ENGENHARIA SOLENERG. Disponível em:
<http://www.solenerg.com.br/files/Bombeamento-de-agua-com-energia%20solar-
Solenerg-Engenharia.pdf>. Acesso em: 7 out. 2017.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. Atlas de energia elétrica do


Brasil. Brasília, p. 5-8, 2002.

BANDEIRA, Fausto de Paula Menezes. O aproveitamento da Energia Solar no Brasil


– Situação e Perspectivas. Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados, MAR 2012.
Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/estudos-
e-notas-tecnicas/areas-da-conle/tema16/2012_1261.pdf>. Acesso em: 7 out. 2017.

CATRACA LIVRE. Em quarenta anos engenheiro brasileiro transformou rochedo


em ilha sustentável. Disponível em:
<https://catracalivre.com.br/geral/sustentavel/indicacao/em-40-anos-engenheiro-
brasileiro-transformou-rochedo-em-ilha-sustentavel/>. Acesso em: 7 out. 2017.

ENEL SOLUÇÕES. Tudo sobre Energia Solar – Sistemas On Grid e Off Grid. 2016.
Disponível em: <http://www.enelsolucoes.com.br/blog/2016/06/energia-solar-tipos-de-
sistema-on-grid-e-off-grid/>. Acesso em: 7 out. 2017.

10
FOX, Robert W, MCDONALD, Alan T, PRITCHARD, Philip J. Introdução à Mecânica
Dos Fluidos. Tradução por: Ricardo Nicolau N. Koury, Geraldo Augusto C. França. 6.
Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

FUNDAÇÃO FERNANDO LEE. Ilha dos Arvoredos. Disponível em:


<http://www.fundacaofernandolee.org/>. Acesso em: 6 out. 2017.

G1. Ilha se transforma em laboratório natural em Guarujá, SP. Disponível em:


<http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/07/ilha-se-transforma-em-
laboratorio-natural-em-guaruja-sp.html>. Acesso em: 06 out.2017.

LOPEZ, Ricardo A. Energia solar para produção de eletricidade. São Paulo: Artliber,
2012.

MARINOSKI, Deivis Luis et al. Pré-dimensionamento de Sistema Solar Fotovoltaico:


Estudo de Caso do Edifício Sede do CREA-SC. Disponível em:
<http://www.labeee.ufsc.br/antigo/linhas_pesquisa/energia_solar/publicacoes/pre_dime
nsionamento.pdf>. Acesso em: 5 out. 2017.

MATTOS, Edson Ezequiel de; FALCO, Reinaldo de. Bombas Industriais. 2. Ed. Rio de
Janeiro: Interciência, 1998.

PALZ, Wolfgang. Energia solar e fontes alternativas. Tradução por: Norberto de Paula
Lima. São Paulo: Hemus, 2002.

PINHO, João Tavares; GALDINO Marco Antonio. Manual de engenharia para


sistemas fotovoltaicos. 2 ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro: CEPEL-CRESESB,
2014.

PORTAL DE ENERGIA – ENERGIA RENOVÁVEIS. Dimensionamento do


controlador de carga para um sistema solar. 2015. Disponível em:
< https://www.portal-energia.com/controlador-carga-sistema-solar/>. Acesso em: 06 out.
2017.

PORTAL SOLAR. Como funciona o painel solar fotovoltaico. São Paulo, 2014.
Disponível em: <http://www.portalsolar.com.br/como-funciona-o-painel-solar-
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RÜTHER, Ricardo. Relatório da sessão “Energias alternativas e potencial da


energia solar fotovoltaica no Brasil”. In: Parcerias Estratégicas. 2010; Vol. 15 p. 273-
285.

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Editora, 2007.

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off grid? São Paulo. Disponível em:< http://www.solarbrasil.com.br/blog-da-energia-
solar/100-como-escolher-a-bateria-para-um-sistema-de-energia-fotovoltaica-off-grid>.
Acesso em: 6 out. 2017.
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