Definição:
No sétimo ano (antiga sexta série) ocorre o a primeira definição do que são os
números racionais, assim os alunos de ensino médio precisariam de uma revisão desse
conceito. Como estes alunos já têm o conhecimento do que são os números inteiros
podemos definir os números racionais como sendo da forma com pertencentes
ao conjunto dos números inteiros e diferente de zero. Em notação matemática temos
.
Destas formas acima teremos uma fração decimal, na qual a divisão de seus
termos será uma representação decimal finita da forma:
Agora vamos supor que o número racional tenha em seu denominador fatores
diferente de 2 e 5.
O número da forma , , tem resto que esta e
Assim, no momento operação o algoritmo de divisão ou nos fornecerá um resto
igual a zero em alguma passagem do algoritmo obtendo assim uma resposta exata, ou
nos fornecera infinitos restos r tais que . Logo, se esta divisão não
der exata, em alguma passagem do algoritmo o resto será igual a um anterior, e
conseqüentemente os restos seguintes se repetirão na mesma seqüência.
I) II)
resultado começa
a repetir
resto
0o
No caso I quando temos resto 5 (seta) os restos seguintes começam a repetir os
restos das primeiras passagens do algoritmo e conseqüentemente aparece a
periodicidade no resultado (seta), observa-se que os restos repetiram infinitamente se
continuarmos como o algoritmo, assim como os termos do resultado aparecerão sempre
na mesma seqüência. A notação para esse resultado é 0, No caso II temos a
divisão exata, ou seja, finita.
Por fim podemos concluir que os número racionais podem ser representados da
forma , , na forma decimal finita e infinita periódica.
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS:
Uma seqüência é qualquer grupo ou conjunto que para ser formado precisa
obedecer a uma ordem. Podemos encontrar vários grupos que são seqüências em nosso
dia-a-dia, como por exemplo: a lista de presença de um professor, as numerações das
casas, a organização dos dias do ano , a classificação dos alunos aprovados no vestibular
etc.
Na matemática uma das maneiras de trabalhar seqüência é através da progressão
que é um tipo de seqüência que envolve apenas números que são dispostos conforme
uma determinada regra. Existem dois tipos de progressões: uma é a Progressão
Aritmética e a outra é a Progressão Geométrica. Cada uma possui uma regra e uma
razão diferente. A seguir iremos focar exclusivamente nas progressões geométricas.
Definimos uma progressão geométrica, ou simplesmente uma P.G., como uma
sucessão de números reais obtida, com exceção do primeiro termo, multiplicando o
número anterior por uma quantidade fixa q, a qual chamamos de razão.
Podemos calcular a razão de uma progressão geométrica, caso ela não esteja
suficientemente evidente, dividindo entre si dois termos consecutivos. Por exemplo, na
sucessão (1, 1/2, 1/4,1/8,...), q = 1/2. Em uma progressão geométrica de razão q, os
termos a2, a3,…,an são obtidos, por definição, da seguinte maneira:
a1
a2 = a1.q
a3 = a2.q = a1.q2
a4 = a3.q = a2.q2 = a1.q3
.
.
.
an = an-1.q = an-2.q2 = an-3.q3 = … = a1.qn-1
an = a1.qn-1
Vale a pena constatar que, quando q<0, a P.G. terá uma alternância entre valores
positivos e negativos. Se a1>0 então an é positivo, se n é ímpar ou a n é negativo, se n é
par. Se a1<0 então an é positivo, se n é par ou an é negativo, se n é ímpar. Esta
progressão é chamada de Progressão Geométrica Oscilante.
Quando a1≠0 e q=0 então teremos uma progressão (a1, 0, 0, 0, …). Esta é
chamada de Progressão Geométrica quase nula.
Quando a1=0 e q=0 então teremos uma progressão (0, 0, 0, …). Esta é chamada
de Progressão Geométrica Nula.
Quando a1≠0 e q=1 então teremos uma progressão (a1, a1, a1, a1, …). Esta é
chamada de Progressão Geométrica Constante.
Quando a1>0 e q>1 ou quando a1<0 e 0<q<1 então teremos uma Progressão
Geométrica Crescente.
Quando a1>0 e 0<q<1 ou quando a1<0 e q>1 então teremos uma Progressão
Geométrica Decrescente.
Outra importante ferramenta para o cálculo de progressões geométricas é a soma
dos n primeiros termos, seja a P.G. finita ou infinita. Então separaremos agora em dois
casos distintos:
ii) Seja a P.G. (a1,a2,a3,…,an,…) infinita. A soma dos infinitos termos desta P.G.
é chamada série geométrica e será bem definida quando |q|<1. Então sua
soma será S∞ = a1/(1 – q).
Agora, se q≥1 e a1>0 então sua soma é mais infinito e se q≥1 e a1<0, sua
soma é menos infinito. Então:
PLANO DE AULA:
1ª Aula:
S∞ = a1/(1 – q).
Como podemos fazer para descobrirmos a fração que gerou alguma dizima
conhecida? Sempre ouvindo as opiniões dos alunos chegamos ao seguinte resultado
(utilizando o mesmo número do exemplo anterior):
5,363636... = 5+0,3636...=5+ 0,36/(1-1/100)=5+0,36/0,99=5+36/99
=495/99+36/99 = 531/99 que também pode ser escrito na forma 177/33.
Através da formula de soma de P.G. infinita conseguimos descobrir a fração que
gerou uma dizima periódica. A fração que dá origem a uma dízima periódica é chamada
fração geratriz.
Então formalizando:
As dízimas classificam-se em dízimas periódicas simples e dízimas
periódicas compostas.
m = 0, k k k k ... k
1 2 3 4 n
K
Multiplicando os dois membros por 10 , temos:
k k k k ... k , k k k k ... k
K
10 .m = 1 2 3 4 n 1 2 3 4 n
. Passando m para
o 1º. membro,
temos:
m =
k 1 k 2 k 3 k 4 ... k n , que representa uma fórmula geral de qualquer
K
10 − 1
geratriz
procurada, ou que queiramos estabelecer.
Exemplo: Calcular a dízima de 0,6789. Resolução:
K 4 4 6789
m = 0,6789; 10 = 10 = 10 − 1 = 9999 ; m = 9999
. Assim sendo,
6789
m= representa a geratriz procurada.
9999
P +Q P
10 .m = BK , K e 10 .m = B K . Assim, teremos:
P +Q P
10 .m −10 .m = BK , K = BK , K - B, K
10 .m(10 )
B.K − B
− 1 = B.K − B ; m =
( )
P Q
P que representa
10
Q
−1 .10
uma fórmula geral de qualquer geratriz procurada, ou que queiramos estabelecer.
Exemplo: Calcular a geratriz de 0, 32.
Resolução:
m =0,32 m = 0,32 ; k = 2 ; B = 3 ; p = 1 ; q = 1. Então, teremos:
32 − 3 29
m=
(10 −1).10
29
; m= m=
1 1
( 9)(10 ) ; 90