CONTEÚDO
Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e as exigências do bem comum. Se há
duas ou mais normas sobre a matéria começa a surgir problema de qual delas deve ser aplicada.
Quanto às fontes que interpretam a norma podem ser: autêntica, doutrinária jurisprudencial.
Não há uma única interpretação a ser feita, mas seguem-se métodos de interpretação da norma.
Hermenêutica é a ciência que estuda a interpretação da norma.
INTEGRAÇÃO
Integrar tem significado de complerar, inteirar. A Lei de Introdução ao Direito Brasileiro ou Lei de Introdução
ao Código Civill prescreve que “quando a lei for omissa o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito (art. 4º LICC).
A CLT autoriza o juiz na falta de expressa disposição legal ou convencional a utilizar a analogia ou a equidade
(completar a lacuna, porém é vedado julgar contra a lei). Para Aristóteles equitativo é o justo.
Analogia não é um meio de interpretação da norma jurídica, mas de preencher as lacunas deixadas pelo
legislador.
EFICÁCIA
Significa a aplicação ou a execução da norma jurídica. É a produção de efeitos jurídicos concretos ao regular
as relações.
Eficácia no tempo: Entrada em vigor da lei (45 dias após a publicação). As correções de um texto legal
considera lei nova. A lei posterior revoga a anterior.
A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados, o ato jurídico perfeito, o direito adquitiro e a coisa
julgada.
Reputa-se ato jurídico perfeito aquele já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
Direito adquirido é o que integra o patrimônio jurídico da pessoa, por esta já ter implementado todas as
condições para adquirir o direito, podendo exercê-lo a qualquer momento.
Denomina-se coisa juglada a decisão judicial de que já não caiba qualquer recurso.
Eficácia no espaço: A eficácia da lei no espaço diz respeito ao território em que vai ser aplicada a norma.
PRINCÍPIOS DE DIREITO
Princípio é onde começa algo. É o início, a origem o começo, a causa. É o momento em que algo tem origem.
Origina-se do latim principium, principii. Princípio é, portanto, começo,, alicerce, ponto de partida, “vigas
mestras”, requisito primordial, base, origem, ferramenta operacional.
Para Platão usava a palavra princípio no sentido de fundamento do raciocínio. Para Aristóteles é a premissa
maior de uma construção. Para Kant “princípio é toda a preposição geral que poder servir como premissa
maior num silogismo”.
Para a filosofia, princípio é a “preposição que se põe no início de uma dedução, e que não é deduzida de
nenhuma outra dentro de um sistema considerado, sendo admitida provisoriamente, como
inquestionável”.
Os princípios podem ser considerados como fora do ordnamento jurídico, pertencendo à ética. Seriam
normas morais, regras de conduta que informariam e orientariam o comportamento das pessoas.
Entretanto, os princípios de Direitpo têm características jurídicas, pois se inserem no ordenamento jurídico,
inspuiram e orientam o legislador e o aplicador do Direito. Os princípios podem originar-se na ética e na
política, mas acabam inegrando-se e tendo aplicação no Direito.
Outra corrente entende que o princípios estão no âmbito do Direito Natural, do jusnaturalismo. Seriam
ideias fundantes do Direito, que estariam acima do ordenamento jurídico positivo.
Princípios são preposições básicas que informam as ciências, orientando-as. Para o Direito, o princípio é seu
fundamento, a base que irá informar e orientar as normas jurídicas.
O princípio difere da norma, esta é a prescrição objetiva e obrigatória pormeio da qual organizamse,
direcionam-se ou impõem-se condutas. Os princípios tem grau de abstração muito maior que a norma. São
proposições gerais, visando ser aplicadas para um numero indeterminado de atos e fatos, que são
específicos. Os princípios servem para uma série indefinida de aplicações.
Os princípios diferenciam-se das regras em vários aspectos. As regras são previstas no ordenamento
jurídico. Os princípios nem sempre são positivados pois, há caso em que os princípios esão implícitos nesse
ordenamento, isto é, contido em alguma regra. As regras são instituídas tomando por base os princípios.
Princícipios são diferentes de diretrizes, estas últimas são objetivos a serem alcançados, que podem ou não
serem atingidos. A diretriz é uma pretensão.
Princípio da proibição do abuso de direito ou do lícito exercício regular do próprio direito que é
fundamental no Direito.