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O documento descreve um experimento sobre polaridade e solubilidade de moléculas. No experimento, observou-se que a água se aproximou de uma régua eletrizada, ao contrário do diclorometano, indicando que a água é polar e o diclorometano é pouco polar. Ao misturar diferentes reagentes em tubos de ensaio, notou-se que a água e o óleo, ambos polares, não se misturaram devido à polaridade e às ligações de hidrogênio na água, enquanto reagentes de mesma
O documento descreve um experimento sobre polaridade e solubilidade de moléculas. No experimento, observou-se que a água se aproximou de uma régua eletrizada, ao contrário do diclorometano, indicando que a água é polar e o diclorometano é pouco polar. Ao misturar diferentes reagentes em tubos de ensaio, notou-se que a água e o óleo, ambos polares, não se misturaram devido à polaridade e às ligações de hidrogênio na água, enquanto reagentes de mesma
O documento descreve um experimento sobre polaridade e solubilidade de moléculas. No experimento, observou-se que a água se aproximou de uma régua eletrizada, ao contrário do diclorometano, indicando que a água é polar e o diclorometano é pouco polar. Ao misturar diferentes reagentes em tubos de ensaio, notou-se que a água e o óleo, ambos polares, não se misturaram devido à polaridade e às ligações de hidrogênio na água, enquanto reagentes de mesma
Nubia Damasceno Bastos Paloma Maia Costa Tasso Almeida Fortes
Teresina – PI 2018 RESUMO
O experimento fundamentou-se na observação de um filete de água e outro de
óleo interagindo com uma régua eletrizada, após atritá-la no cabelo de um membro do grupo. Além disso, observou-se a mistura de diferentes reagentes, que obtiveram distintos comportamentos devido a suas respectivas polaridades e solubilidades. 1. INTRODUÇÃO
Na natureza, existem três tipos de ligações entre átomos, a covalente,
iônica e metálica. A ligação iônica consiste em que um átomo perda elétrons, tornando-se um ânion e o outro recebe esses elétrons, tornando-se um cátion. Havendo uma ligação eletrostática entre ânion e cátion (ATKINS, 2006).
Já a ligação metálica ocorre entre átomos metálicos, no qual, esses
átomos apresentam eletronegatividade baixa e raio expandido. Isso possibilita que os elétrons da última camada de valência sejam mais livres, formando um "mar de elétrons" que englobam os átomos dos metais, formando ligações metálicas (ATKINS, 2006).
E a ligação de covalência, por sua vez, ocorre entre átomos não-
metálicos devido o compartilhamento de elétrons na última camada de valência, esse compartilhamento pode ou não ser distribuída igualmente, isso ocorre pela propriedade designada eletronegatividade. Essa propriedade ocorre através do poder de atração de elétrons de determinado átomo na molécula (ATKINS, 2006).
A polaridade consiste na diferença eletronegativa entre átomos
presentes em uma molécula. A molécula apenas adquire um caráter polar se houver uma distribuição da nuvem eletrônica desigual, ou seja, há uma região onde se concentra grande quantidade dos elétrons (polo mais eletronegativo), e uma região onde os elétrons estão distribuídos mais homogeneamente (polo positivo). Dependendo da intensidade do dipolo, as moléculas polares tendem a ser atraídas com grande ou pequena intensidade por objetos carregados eletricamente. E as moléculas que apresentam uma distribuição da nuvem eletrônica uniforme, são denominadas apolares (ATKINS, 2006).
A solubilidade é a capacidade de um solvente dissolver um soluto, no
qual essa solubilidade depende da temperatura e colisão das partículas do solvente se religarem com as do soluto, desde que ambos tenham a mesma polaridade. A mistura entre solvente e soluto pode ter uma única fase, classificada como homogênea, ou ter mais de duas fases, classificada como heterogenia (BROWN, 2005). 2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Compreender as propriedades de polaridade e solubilidade através da
interação de diferentes reagentes.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar o comportamento polar ou apolar dos reagentes;
Relacionar a polaridade com a dissolução. 3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS, VIDRARIAS E REAGENTES
Agitador Vórtex (LAAV – Diclorometano ;
1000); Iodo; Béquer de 250 mL; Cloreto de sódio; Bureta de 50 mL; Óleo ; Balança (Modelo:AD5002); Água destilada; Régua; Etanol. Tubos de ensaio;
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.2.1. EXPOSIÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS A UM CAMPO ELÉTRICO
Fixou-se uma bureta de 50 mL no suporte universal, colocando sob ela
um béquer de 250 mL a uma distância de 15 cm do bico da bureta. Em seguida, foi adicionado 50 mL de água destilada na bureta, posteriormente abriu-se a torneira de forma a passar um filete de água. Logo após atritou-se uma régua de plástico, a qual foi aproximada do filete de água, de modo que não houvesse contato entre ambas. Os mesmos procedimentos foram realizados com diclorometano.
3.2.2. SOLUBILIDADE E POLARIDADE
Inicialmente, aferiu-se 0,2 g de Iodo e 0,5 g de cloreto de sódio. Depois
foram enumerados 8 tubos de ensaio, acrescentando os seguintes reagentes: 4 mL de água destilada, 4 mL de diclorometano, 5 mL de água destilada, 5 mL de diclorometano, 5 mL de água destilada, 5mL de diclorometano, 2,5mL de água destilada e 2,5 mL de etanol, respectivamente nos tubos 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08. Em seguida, adicionou-se, nessa mesma ordem, 1 mL de óleo; 1 mL de óleo; 0,5 g de cloreto de sódio; 0,5 g de cloreto de sódio; 0,2 g de iodo; 0,5 g de iodo; 2,5 mL de diclorometano e 2,5 mL de diclorometano. Logo após, os tubos com reagentes foram colocados no agitador eletrônico a fim de serem misturados para que fossem feitas observações. 4. RESULTADOS E DISCURSÕES
4.1. EXPOSIÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS A UM CAMPO ELÉTRIO
Preencheu-se uma bureta de 50 mL com diclorometano (CH2Cl2).
Depois, atritou-se a régua no cabelo de um membro do grupo. Ao aproximar a régua do filete de diclorometano, o liquido manteve seu comportamento. Porém, ao fazer o mesmo procedimento com a água destilada (H2O) e ao aproximar a régua, a água se aproximou do objeto por um instante.
A molécula de água e de diclorometano apresentam diferentes
geometrias.
Molécula de diclorometano (CH2Cl2) Molécula de água (H2O)
Um conceito químico envolvido na compreensão da geometria molecular
é o de eletronegatividade. A eletronegatividade é definida como a habilidade de um átomo em atrair elétrons para si. Observando as moléculas acima, nota-se uma orientação de elétrons para certa região da molécula. No caso do diclorometano, os elétrons tendem se orientar para átomos de cloro, enquanto na água tendem para o átomo de oxigênio. Assim, é evidente que exista uma diferença de eletronegatividade entre os próprios átomos das respectivas moléculas (BROWN, 2005).
De acordo com Jennifer Fogaça, graduada em Química, se houver
diferença de eletronegatividade na molécula, ocorrendo um deslocamento de carga, ela será polar; mas se não houver diferença de eletronegatividade entre os átomos, a molécula será apolar. Devido o sentido dos elétrons nas moléculas acima, e de acordo com a literatura, a molécula de água é polar e o de diclorometano é pouco polar. Ao atritar a régua no cabelo, houve uma transferência de elétrons entre os dois corpos, o que deixou a régua carregada eletricamente. E quando a aproximou da água, a região positiva da molécula foi atraída pela régua carregada negativamente. Porém, ao realizar o mesmo procedimento com o diclorometano, não ocorreu aproximação, devido a sua molécula ser pouco polar e não surgir um efeito observável visualmente.
4.2. SOLUBILIDADE E POLARIDADE
No seguinte experimento, utilizou-se oito tubos de ensaio enumerados
de 1 a 8. Em cada tudo acrescentou dois diferentes reagentes, representado no quadro 1:
Quadro 1. Quantidades de reagentes.
Tubo Reagente 1 Reagente 2 1 4,0 mL de água 1,0 mL de óleo 2 4,0 mL de diclorometano 1,0 mL de óleo 3 5,0 mL de água 0,5 g de Cloreto de sódio 4 5,0 mL de diclorometano 0,5 g de Cloreto de sódio 5 5,0 mL de água 0,2 g de iodo 6 5,0 mL de diclorometano 0,2 g de iodo 7 2,5 mL de água 2,5 mL de diclorometano 8 2,5 mL de etanol 2,5 mL de diclorometano Fonte: Autores, 2018. Após a mistura dos reagentes, observou-se nos tubos 1, 2 e 7 duas fases, conforme a imagem 1.
Imagem 1.
Tubo 1 Tubo 2 Tubo 7
Fontes: Autores, 2018.
Conforme a literatura, a água é uma substancia polar e o óleo apolar, um dos motivos para não se combinarem. Porém, além da polaridade envolvida, existe a força de ligação de hidrogênio da água, que atrai as moléculas de H2O umas com as outras, impedindo sua miscigenação com o óleo. O diclorometano é pouco polar e ao interagir com água ou óleo, ele não se mistura (ATKINS, 2006).
Nos tubos 6 e 8, houve a mistura dos reagentes, conforme a imagem 2.
Imagem 2.
Tubo 6 Tubo 8
Fontes: Autores, 2018
Considere a estrutura molecular do iodo abaixo:
I I
Os átomos de iodo ao compartilhar elétrons entre si com a mesma
intensidade, mantém a nuvem eletrônica orientada por toda molécula, caracterizando como apolar. Por ser um composto apolar, ao interagir com o diclorometano, pouco polar, o iodo se dissolve no tubo 6.
Já o etanol é polar, devido à diferença de cargas causada pela presença
de oxigênio, um elemento com eletronegatividade considerável em relação aos outros átomos na molécula. No tubo 8, o etanol se mistura com o diclorometano, pouco apolar, pois a região do oxigênio (negativa) tende a interagir com a região positiva do diclorometano.
Nos tubos 3 e 5, houve mistura com precipitado, mostrado na imagem 3.
Imagem 3.
Tubo 3 Tubo 5
Fontes: Autores, 2018
Ao formar precipitado, considera-se que o soluto está ultrapassando a
quantidade máxima que pode ser dissolvida por uma dada quantidade de solvente. O precipitado é a parte de soluto que não se dissolve.
No tubo 4, o cloreto de sódio não se dissolveu com diclorometano, visto
na imagem 4.
Imagem 4.
Tubo 4
Fontes: Autores, 2018
O cloreto de sódio (NaCl), por ser um composto iônico, é considerado polar, pois sua molécula possui polos positivos e negativos. Demonstrada na ilustração abaixo:
O diclorometano, pouco apolar, não dissolveu o NaCl, devido a diferença
de polaridade. 5. CONCLUSÃO
Ao interagir compostos com diferentes polaridades, notou-se pouca
afinidade, ao contrário de compostos com mesma polaridade. Os semelhantes de polaridade dissolveram os seus semelhantes. REFERÊNCIAS
ARTKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química: Questionando a
Vida Moderna e o Meio Ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
BROWN, T. L.; LEMAY, JR. H. E.; BURSTEN, B. E. Química: Ciência Central.
Tradução de Robson Matos, 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. ANEXOS
QUESTIONAMENTOS
1. Considerando os resultados observados, qual a natureza química das
substancias com as quais se trabalhou neste experimento?
R:
Água destilada: polar;
Cloreto de sódio: solúvel em água destilada, portanto, polar; Diclorometano: pouco solúvel em água, portanto, dipolar; Etanol: solúvel em água destilada, portanto, polar; Iodo: insolúvel em água destilada, portanto, apolar; Óleo comestível: insolúvel em água destilada, portanto, apolar.
2. Como é possível constatar experimentalmente se um solvente líquido é polar
ou apolar?
R: Para saber a polaridade de uma substância, pode-se dissolver nela uma
soluto com polaridade conhecida. Se a substância for polar, ela dissolverá o soluto polar, se não houver dissolução, a substância é apolar.
3. Como é possível prever, experimentalmente, a natureza polar, pouco polar
ou apolar de certa substância?
R: Através de testes com um soluto de polaridade conhecida.
4. Que tipos de substancias devem ser solúvel em água e que tipos de
substancias solubilizam-se em tetracloreto de carbono?
R: Para uma substância ser solúvel em água, a composição molecular dessa
substância deve ser polar. Para haver um solubilidade no tetracloreto de carbono, a substância deve ser apolar. 5. Justifique a seguinte afirmação: moléculas que apresentam ligações covalentes polares não serão necessariamente moléculas polares.
R: Dependendo dos átomos apolares que fazem essa ligação covalente, a
molécula pode ser polar ou apolar de acordo com a eletronegatividade de cada átomo. Se a molécula apresentar uma distribuição uniforme da nuvem eletrônica, ela será de caráter apolar. Se caso a molécula apresentar uma distribuição eletrônica desigual, será polar, por causa da maior eletronegatividade de determinado átomo presente na molécula.