ENSINO FUNDAMENTAL
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Outro objetivo deste trabalho é mostrar, através de pesquisas, bases teóricas, que
fortaleçam a tese e a importância da implantação do lúdico em salas de aula, ou em
qualquer outro espaço escolar, para que assim, se construa um ensino mais integrado e
humanizado, validando a relevância em deixar com que as crianças aprendam
brincando, respeitando suas etapas de desenvolvimento.
Podemos dizer que o lúdico é uma das maneiras mais eficientes de envolver os
alunos nas atividades, pois é a brincadeira um algo intrínseco na criança, ou seja, algo
da sua natureza, o lugar onde ela se sente mais a vontade e ao mesmo tempo,
proporciona o desenvolvimento global da criança, fazendo a mesma ter uma visão real
do mundo.
O contexto social em que ela está inserida é muito importante para o brincar. De
acordo com Brougère (2001), o brincar não pode ser separado das influências do
mundo, pois não é uma atividade interna do indivíduo, mas é dotado de significação
social. Para o autor a criança é um ser social e aprende a brincar.
Soares (2010, p. 18) esclarece que as atividades lúdicas estão presentes em todas
as classes sociais. As crianças de todas as faixas etárias brincam e se divertem através
das atividades lúdicas.
De acordo com Rizzi e Haydt (2002), o jogo pode ser considerado um impulso
natural da criança, e neste sentido satisfaz uma necessidade interior, pois o ser humano
apresenta tendência lúdica.
Almeida (2008, p.34), afirma que as atividades lúdicas como recursos da prática
educativa devem estar presentes no cotidiano das salas de aula da Educação Infantil
visando não só o desenvolvimento emocional dos alunos, como também a compreensão
por parte dos educadores sobre os limites e as possibilidades de trabalhar as questões
afetivas no contexto escolar.
Por fim, é por meio dos brinquedos e das brincadeiras que, espontaneamente, a
criança tem a chance de desenvolver um meio de comunicar-se com o mundo dos
adultos, onde “ela restabelece seu controle interior, sua autoestima e desenvolve
relações de confiança consigo mesma e com os outros”.
O professor não pode ser uma peça estática na sala de aula, preocupado apenas
com a transferência de informações, e sim, um mediador que está aberto a inovações,
fazendo assim, diferença no ensino. Educar, no entanto, significa propiciar situações de
cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam
contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de
ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança e o
acesso pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
É fundamental que o educador tenha, além de domínio específico que a profissão
exige, liderança para conduzir o processo de construção do conhecimento, atenção a
toda interferência interna e externa, e interesse em buscar sempre novas possibilidades
de enriquecimento no processo ensino aprendizagem. Assim, o uso do lúdico estará
aliado ao ensino dos conteúdos escolares, intermediado por um profissional adequado e
preocupado com a transformação.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
PERCURSO METODOLÓGICO
Roda de conversa, montagens de grupos, encenações, atividades.
RECURSOS
Folhas sulfite, cópias, cadernos, lápis, canetas, gráficos, atividades, giz, etc.
1º dia: Aula de Matemática e Língua Portuguesa. Foram lidos poemas relacionados
com as disciplinas do dia. Roda de conversa sobre o tema abordado e reflexões sobre o
assunto. Poema Rap Matemático e com interpretações de texto. E muitas continhas.
2º dia: Continuação da aula anterior, leitura oral do poema, formação de grupos de 4
alunos, para que interagissem sobre o assunto; e escolha de 4 estrofes (somente um
poema por grupo). Feito isso, fizeram um breve ensaio sobre o que foi feito com as
estrofes escolhidas, e logo mais, encenaram o poema em sala de aula. Realizada a
correção e avaliação.
3ºdia: Aula de Língua Portuguesa, das atividades anteriores da professora regente.
Depois foi entregue a cada aluno poemas (Convite de José Paulo Paes), a fim de fazer
uma produção textual sobre o tema. Foi feita oralmente a leitura do poema, onde cada
aluno lia uma das estrofes, e logo foram dadas explicações e tiradas às dúvidas.
4°dia: Entrega do Conteúdo de reflexão sobre o tema, e atividades com perguntas feitas
ao quadro e escritas em caderno escolar, onde os alunos consultavam o texto escrito no
quadro pela acadêmica. Dando sequência, foram feitas as atividades de produção de
texto e um breve resumo sobre o que foi refletido sobre o tema do Poema, para seu
cotidiano fora e dentro do âmbito escolar. Correções e avaliações realizadas.
5ºdia: Aula de Matemática e História. Foi feito um círculo com os alunos, roda de
conversa, e logo entregue os poemas de matemática (Scarlet do Nascimento, Tainara
Santana) que conta a história de como aprender essa disciplina. Já em seus respectivos
lugares foi perguntado quais operações estão descritas no poema e fizeram atividade
sobre as operações matemáticas. Na sequência, foi entregue um texto de história em
forma de poemas (Terra a vista) com atividades, onde cada um leu e respondeu o
questionário de perguntas.
Quase terminando as atividades, foram relaxar um pouco no parque da escola.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Paulo Freire citava que “ninguém nega o valor da educação e que um bom
professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores aos seus filhos,
poucos pais desejam que seus filhos sejam professores”. Isso nos mostra que o trabalho
de educar é duro, difícil e pouco reconhecido, porém, necessário. Seria de muita valia
que pais, alunos e a sociedade num todo, repensasse sobre nossos papéis e nossas
atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos.
A vivência dos estágios foi muito enriquecedora para minha formação, na
medida em que pude ampliar meus conhecimentos nos momentos de interação e
compartilhamento de saberes produzido com as turmas. Foi um momento do curso em
que pude me aperfeiçoar, buscando ter uma visão concreta de amplitude sobre o ensinar
e aprender, pois aprendemos muitos com as crianças, na teoria e na prática. Posso
afirmar que contribui positivamente para o desenvolvimento dos educandos em seus
aspectos físico, social, cognitivo e afetivo. Cada atividade foi pensada e planejada para
atender o objetivo final.
6 CONCLUSÃO
Esse projeto foi um momento do curso em que eu pude me aperfeiçoar e ter uma
visão concreta da amplitude sobre o ensinar e aprender, pois aprendemos muito com as
crianças, e isso torna completa a prática pedagógica. Os saberes profissionais são
construídos durante a práxis em sala de aula, e é a partir dessa experiência que nós
educadores criamos estratégias de ensino/aprendizagem, além disso, devemos ter
critérios para organizar as aulas a fim de obter um ambiente escolar com um clima
envolvente.
A partir disso, hoje posso afirmar que tenho ideia de como exercer meu papel
como professora na educação infantil, sendo efetiva em oferecer conhecimento, pois a
sala de aula desses novos aprendizes é um universo cheio de diversidades e descobertas,
onde cabe ao professor explorar o que eles fazem de melhor, brincar. A educação é
capaz de mudar o mundo, e que isso seja feito da forma mais tranquila e prazerosa
possível.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São
Paulo: Loyola, 2008.
BARROS, Manoel de. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2010.
CRUZ, Jonierson da. O lúdico como estratégia didática: investigando uma proposta
para o ensino de física. Vitória: Es. Anais, 2009.
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2002.
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. 1.ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2003.
MEYER, Ivanise Corrêa Rezende. Brincar e Viver: Projetos em Educação Infantil. 4ª.
Ed. Rio de Janeiro: WAK, 2008.