Anda di halaman 1dari 21

LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO

ENSINO FUNDAMENTAL

Andreia Regina de Souza


Juliana Vieira Ferreira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED1581) – Trabalho de Graduação
30/10/2019

RESUMO

Ao falarmos em ludicidade, o que vem a mente é a brincadeira da infância, aquela de


correr, de se esconder, de casinha, de boneca, de carrinho, e etc. Porém, o presente
trabalho vai apresentar o lúdico como ferramenta na pratica educacional, com o
objetivo de mostrar a sua importância no desenvolvimento da criança, em vários
aspectos. Essa constatação foi feita através de pesquisas bibliográficas, em livros,
artigos e teses, de vários autores, como Ausubel, Almeida, Brougère, Kishimoto, Piaget,
Vygotsky, entre outros. E também através dos estágios de observação e intervenção,
onde se viu na pratica as dificuldades, mas ao mesmo tempo a possibilidade da
implantação do lúdico nos planos de aula.
Esse projeto irá mostrar várias teorias e pensamentos sobre o tema, além de um pouco
da experiência vivida em sala de aula, com alunos de faixa etária entre 4 a 9 anos,
usando a ludicidade como forma de ensino e aprendizagem de um modo mais prazeroso
e significativo, da brincadeira para o desenvolvimento infantil na aquisição de
conhecimentos.

Palavras-chave: Lúdico; Brincar; Prática pedagógica; Ensino Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

“O menino é hoje um homem douto que trata com física


quântica. Mas tem nostalgia das latas. Tem saudades de puxar
por um barbante sujo umas latas tristes” (Manoel de Barros).

Partindo da área de concentração da Metodologia de Ensino, o tema escolhido


para ser explanado nesse trabalho foi Ludicidade na Educação Infantil e no Ensino
Fundamental, onde a delimitação oportuniza o aprofundamento teórico acerca deste
assunto. A escolha se deu devido à importância que tem, a arte de educar é uma das
mais nobres de todas, onde o professor bem capacitado está pronto a interagir com a
criança no seu mundo, e consegue realizar seu trabalho pedagógico na perspectiva
lúdica, observando as crianças brincando e faz disso ocasião para reelaborar suas
hipóteses e definir novas propostas de trabalho.
O vocábulo lúdico tem sua raiz do latim “ludus” que tem o sentido de brincar ou
jogar, e segundo o dicionário brasileiro da Língua Portuguesa, a palavra ‘lúdico’, vem
com os seguintes significados: relativo a jogos, brinquedos ou divertimentos, qualquer
atividade que distrai ou diverte (AURÉLIO, 2004).

Com as atividades lúdicas, as crianças sempre adquirem novas experiências,


conhecimentos e desafios que, acabam se tornando parte do seu cotidiano. Para que isso
aconteça, as escolas precisam oportunizar esses momentos. Pois é brincando que ela
expressa suas emoções, seus desejos, seus sentimentos e age de forma natural no
espaço. Tanto os jogos, brinquedos e as brincadeiras proporcionam uma variedade de
experiências lúdicas fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional
e social das crianças.

Vale ressaltar que independente de época, cultura e classe social, os jogos e


brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem em um mundo de fantasia,
de encantamento, de alegria, de sonhos onde a realidade e o faz de conta se confundem.
Dessa forma, faz se necessário estimular e trabalhar os jogos educativos como
facilitadores no processo ensino aprendizagem, já que através desse tipo de atividade a
criança consegue hipóteses e solução de problemas, desenvolvendo o raciocínio.

Porém, alguns fenômenos vêm sendo um empecilho para a educação, como a


banalização da infância, tanto pelos pais, quanto pelas próprias instituições de ensino, o
uso excessivo de tecnologias e afins. O brincar e a brincadeira não fazem mais parte nas
relações familiares, bem como, em algumas instituições, onde são substituídas pelos
estudos formais e disciplinas, não levando em conta o lúdico como ferramenta
excepcional para a aprendizagem das crianças. Assim, no lugar das brincadeiras, outros
sentidos vão tomando espaço na infância, como cursos profissionalizantes e técnicos, o
corpo estatizado, a criança adultizada, ou até mesmo, a criança medicalizada (Guarido;
Voltolini, 2009; Bocchi; Herculino, 2017).

Em decorrência dessas coisas que este trabalho se preocupa em apontar razões


pelas quais devemos relacionar o lúdico com o processo de ensino/aprendizagem,
demonstrando através de estudos, a importância dessa pesquisa. Assim, serão usadas
bases acadêmicas que auxilie a uma compreensão com maior facilidade e de modo mais
esclarecedor em relação à aplicação do lúdico como instrumento essencial na educação
infanto juvenil.

Outro objetivo deste trabalho é mostrar, através de pesquisas, bases teóricas, que
fortaleçam a tese e a importância da implantação do lúdico em salas de aula, ou em
qualquer outro espaço escolar, para que assim, se construa um ensino mais integrado e
humanizado, validando a relevância em deixar com que as crianças aprendam
brincando, respeitando suas etapas de desenvolvimento.

A organização e construção desse projeto teve como metodologia de pesquisa a


abordagem de caráter qualitativa, onde a opinião de muitos autores contribuiu muito
para isso e, como instrumento, a análise bibliográfica. Foram buscadas palavras-chave
como, ensino/aprendizagem, lúdico, jogos, em artigos científicos, livros acadêmicos e
dicionários, ou seja, uma fundamentação teórica plausível sobre o tema de pesquisa.

2 EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO NA HISTÓRIA

Quando examinamos as formas de ensino aprendizagem ao longo da história dos


homens, num aspecto mais amplo e simples, percebemos que houve uma evolução
muito grande num curto espaço de tempo. Há aproximadamente um século atrás, o
ensino acontecia basicamente pela oralidade, com base nas experiências daquele que
mediava o conhecimento. As habilidades repassadas eram, praticamente, costumes da
vida em sociedade para que pudessem entender as formas de sobrevivência e
continuação da sua cultura.

Em seguida, gradualmente, foram surgindo instituições de ensino em geral,


como escolas e universidades. Não demorou muito para que a tecnologia, algo até então
usado somente em empresas, chegasse à casa das famílias e subsequente aos espaços de
ensino, e embora seja uma mudança relativamente recente, já se percebe o quão rápido
impactou a vida das pessoas e da sociedade.

As mudanças refletiram também dentro da sala de aula, o sistema de ensino


deixou de buscar professores energéticos, como único agente de ensino aprendizagem,
mas o oposto disso, muito tem se falado sobre crianças protagonizando seu aprendizado
enquanto se divertem, desenvolvendo habilidades gerais, sendo preparadas para a vida
em sociedade, fala-se em uma educação mais democrática, em que mais pessoas são
alcançadas através de salas de aula virtuais. Fala-se em professores como mediadores do
processo e não como detentores de conhecimento. Fala-se em compartilhar, e não
reduzir.

Em um tempo de evolução e tantas mudanças devido à tecnologia, o acesso fácil


às muitas opções de aula e a interatividade, faz-se necessário à criatividade dos
professores e de todo corpo docente dentro das salas de aulas, para chamar a atenção
dos alunos, fazer com eles tenham um real interesse naquilo que será transmitido a eles.
E uma das opções muito válida é o lúdico como objeto de ensino. Por isso, é muito
importante, antes de falarmos da ação dele dentro do ambiente escolar, conhecermos um
pouco desse instrumento.

3 O LÚDICO COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM

Ao refletirmos sobre esse conceito em diversas literaturas, percebemos muitas


divergências em seu entendimento, pois alguns associam o lúdico às brincadeiras e
jogos e outros como uma atividade extracurricular que deixa as aulas mais dinâmicas e
atrativas.

Independente disso, podemos perceber que a criança tem a necessidade de estar


sempre em movimento, brincando, fantasiando, criando, inventando, imaginando, e
nesses momentos, de uso do lúdico, que lhe são proporcionados a capacidade de
construir a sua própria identidade, a independência e o principal de tudo a sua
criatividade. A importância da brincadeira e dos jogos na infância mostram os
benefícios que produzem no desenvolvimento e conhecimento das crianças.

Para Vygotsky (2007), na abordagem histórico-cultural, brincar é satisfazer


necessidades com a realização de desejos que não poderiam ser imediatamente
satisfeitos. O brinquedo seria um mundo ilusório, em que qualquer desejo pode ser
realizado.

A fase para o desenvolvimento através das brincadeiras é na infância. É por meio


delas que a criança se satisfaz, se descobre, percebe seus interesses, necessidades e até
desejos particulares, sendo um meio privilegiado da inserção na realidade, pois a partir
da brincadeira, a criança expressa à maneira que organiza, desorganiza, destrói e
reconstrói o mundo.

Podemos dizer que o lúdico é uma das maneiras mais eficientes de envolver os
alunos nas atividades, pois é a brincadeira um algo intrínseco na criança, ou seja, algo
da sua natureza, o lugar onde ela se sente mais a vontade e ao mesmo tempo,
proporciona o desenvolvimento global da criança, fazendo a mesma ter uma visão real
do mundo.

Segundo Vigotsky (2007), a criança ao nascer já está imersa em um contexto


social, e a brincadeira se torna importante para ela justamente na apropriação do mundo,
na internalização dos conceitos desse ambiente externo a ela.

O contexto social em que ela está inserida é muito importante para o brincar. De
acordo com Brougère (2001), o brincar não pode ser separado das influências do
mundo, pois não é uma atividade interna do indivíduo, mas é dotado de significação
social. Para o autor a criança é um ser social e aprende a brincar.

“A criança não brinca numa ilha deserta. Ela brinca com as


substâncias materiais e imateriais que lhe são propostas, ela
brinca com o que tem na mão e com o que tem na cabeça”
(BROUGÈRE, 2001, p. 105).

Sabemos que utilizar o lúdico nas atividades enriquece muito o processo de


desenvolvimento da criança. Além disso, devem ser propostas como estratégias
pedagógicas, fazendo com que os desafios propostos às crianças as façam sentir prazer,
alegria e ainda estimulação para realizar as atividades propostas pelo educador.

O processo de assimilação se torna muito mais simples e tranquilo, a criança


compreende situações, objetos ou eventos, em forma de pensamentos, que mantem as
estruturas mentais organizadas e reorganizadas, para incorporar novos aspectos do
ambiente externo.

“Os métodos ativos da educação das crianças exigem que se


forneça a elas um material conveniente, à fim de que jogando,
cheguem a assimilar as realidades intelectuais, que sem isso
parecem exteriores a inteligência infantil e ao conhecimento
das crianças” (PIAGET, 1998, p.158).
Para Vygotsky (2007), as crianças dão início ao seu aprendizado antes mesmo de
entrarem para a escola, justamente o aprendizado dos conceitos espontâneos. Segundo
ele, qualquer situação de aprendizado apresenta uma história prévia e, com isso, as
crianças já possuem suas primeiras hipóteses sobre os conteúdos a serem trabalhados, o
aprendizado e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida
dos sujeitos.

O lúdico no ambiente escolar é um recurso didático que torna


mais interessante o espaço (local) e o aprendizado dos
estudantes, levando-os a seu desenvolvimento referente ao
ensino aprendizagem com aulas mais envolventes e
significativas para os estudantes, “por meio dos diferentes tipos
de atividades, os alunos terão a oportunidade de explorar
situações, sejam elas reais ou imaginárias que possibilitarão a
assimilação e fixação do conhecimento”. (CRUZ, 2009, p. 2).

A aprendizagem significativa acontece quando a criança nota a relação entre o


que está aprendendo ao seu cotidiano. Isso auxiliar no seu raciocínio, análise,
imaginação, relacionamento entre conceitos, coisas e acontecimentos.

O jogo como promotor de aprendizagem e do desenvolvimento


passa a ser considerado nas práticas escolares como importante
aliado para o ensino, já que coloca o aluno diante de situações
lúdicas como o jogo pode ser uma boa estratégia para
aproximá-los dos conteúdos culturais a serem vinculados na
escola. (KISHIMOTO, 1993, p.13).

Tudo aquilo que é trabalhado de maneira concreta, acaba sendo um fato de


estimulação a criança, principalmente na parte cognitiva.

É pelo contato direto com os brinquedos e materiais concretos


ou pedagógicos que se estimulam ás primeiras conversas, as
trocas de ideias, os contatos com parceiros, o imaginário
infantil, a exploração e a descoberta de relações. É brincando
que a criança ordena o mundo a sua volta. (SILVA, 2013, p.12).

Portanto, a aprendizagem decorrente da brincadeira vem da experimentação que


a atividade proporciona. As maneiras de mediação que o educador pode utilizar no
ambiente escolar são muitas, basta que ele reconheça o valor dos objetos, do ambiente,
da sua ajuda e orientação, e principalmente da sua organização, para assim possibilitar
uma qualidade no brincar de seus alunos.

3.1 LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


O lúdico é um assunto que tem adquirido o seu lugar no espaço educacional,
mais especificamente na educação infantil, por ser o brinquedo parte da vivência na
infância e seu uso possibilitar um trabalho pedagógico que ocasiona à produção do
conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento. De acordo com Almeida (2008),
o lúdico passou a ser reconhecido como uma das formas utilizadas para o estudo do
comportamento humano. Sendo assim, o significado da palavra lúdico, deixou de ser
somente o sinônimo de jogo, para um instrumento essencial na educação.

É inquestionável que o lúdico na educação infantil é de fundamental


importância, pelo fato de que a criança aprende brincando, pois o mesmo proporciona
uma aprendizagem mais interativa e prazerosa. Essa importância é tão inquestionável,
que ele esta inserido na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como um dos seis
direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança.

Diante disso, compreendemos que a brincadeira é, no entanto, uma etapa


necessária do processo ensino aprendizagem e fundamental no desenvolvimento da
criança, pois é o momento em que ela exercita todos os seus direitos e estabelece
contato com os campos de experiência, como protagonista de seu desenvolvimento.

Soares (2010, p. 18) esclarece que as atividades lúdicas estão presentes em todas
as classes sociais. As crianças de todas as faixas etárias brincam e se divertem através
das atividades lúdicas.

Tais atividades contribuem para o desenvolvimento tanto físico, quanto


intelectual e social da criança, além de promover a aprendizagem, possibilitando um
progresso real, completo e prazeroso.

A atividade lúdica é muito viva e caracteriza-se sempre pelas


transformações, e não pela preservação, de objetos, papéis ou
ações do passado das sociedades [...]. Como uma atividade
dinâmica, o brincar modifica-se de um contexto para outro, de
um grupo para outro. Por isso, a sua riqueza. Essa qualidade de
transformação dos contextos das brincadeiras não pode ser
ignorada. (FRIEDMANN, 2006, p. 43).

De acordo com a autora citada acima, as atividades lúdicas não ficam


estagnadas, elas são extremamente dinâmicas, pois no brincar as crianças interagem
entre si e com isso aprendem de maneira significativa.
Mediante as brincadeiras, jogos e outras atividades lúdicas é que as crianças
acabam vivenciando novas experiências e desafios, e com isso adquirindo
conhecimentos e aprendendo com situações que fazem parte do seu cotidiano. Nesses
momentos que ela expressa suas emoções, seus desejos, seus sentimentos e age de
forma natural no espaço.

De acordo com Rizzi e Haydt (2002), o jogo pode ser considerado um impulso
natural da criança, e neste sentido satisfaz uma necessidade interior, pois o ser humano
apresenta tendência lúdica.

A Ludicidade estimula uma aprendizagem com enriquecimento de experiências,


pois possibilita um trabalho interdisciplinar em que se desenvolvem habilidades de
reflexão, cooperação, enfatizando valores e conhecimentos, através de brincadeiras
produtivas, e assim abrangendo, ampliando a imaginação da criança. Dessa forma o lúdico
torna o momento de ensino agradável, prazeroso, divertido e ao mesmo tempo, rico em
conhecimentos. De acordo com Kishimoto (2002, p. 146), “[...] por ser uma ação
iniciada e mantida pela criança, a brincadeira possibilita a busca de meios, pela
exploração ainda que desordenada, exercendo papel fundamental na construção de saber
fazer”.

O lúdico como método pedagógico prioriza a liberdade de


expressão e criação. Por meio dessa ferramenta, a criança
aprende de uma forma menos rígida, mais tranquila e
prazerosa, possibilitando o alcance dos mais diversos níveis do
desenvolvimento. Cabe assim, uma estimulação por parte do
adulto/professor para a criação de ambiente que favoreça a
propagação do desenvolvimento infantil, por intermédio da
ludicidade (RIBEIRO, 2013, p.1).

Na educação infantil, as atividades lúdicas colaboram muito no processo de


aprendizagem do aluno, pois exercitam a atenção, estimulam a imaginação, ajudam nos
aspectos motores e sociais, pretendendo o desenvolvimento completo da criança que
aprende de forma significativa tornando o ensino de qualidade.

Na Educação Infantil, o lúdico é importante para o crescimento


das crianças, inclusive intelectualmente, pois as brincadeiras
trazem consigo “um brincar compromissado com a qualidade
de vida da criança” (MEYER, 2008, p. 22).

Almeida (2008, p.34), afirma que as atividades lúdicas como recursos da prática
educativa devem estar presentes no cotidiano das salas de aula da Educação Infantil
visando não só o desenvolvimento emocional dos alunos, como também a compreensão
por parte dos educadores sobre os limites e as possibilidades de trabalhar as questões
afetivas no contexto escolar.

3.2 LUDICIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL

Como falado anteriormente, o brincar faz parte da natureza da criança. Já nas


séries iniciais do ensino fundamental, para que a prática do lúdico aconteça é
fundamental que o educador conheça as etapas do desenvolvimento infantil, segundo o
pensador Piaget, para que as brincadeiras sejam desenvolvidas de acordo com o estágio
de desenvolvimento cognitivo da criança. Só assim, terá sucesso em suas atividades e as
crianças desenvolverão todas as suas capacidades.

O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança


descobrir. Cria situações-problemas. (Jean Piaget, 1983)

Segundo a teoria de Vygotsky, é muito importante a relação do indivíduo com o


meio social através de brincadeiras, pois assim estará experienciando situações que o
auxiliarão a tornar-se uma pessoa mais segura. Por isso, o professor das séries iniciais
precisa conhecer esta ideia para que se torne mais tranquilo orientar as crianças durante
essas situações lúdicas.

O processo educacional sempre foi recheado de desafios, e atualmente um pouco


mais, devido ao aumento no número de alunos “antenados” e “vidrados” em
tecnologias, que vem tirando o espaço das brincadeiras livres, atrapalhando a relação
entre crianças e adultos e entre as próprias crianças, tornando-as adultos incapazes de se
relacionar com o meio em que vivem e com as pessoas a sua volta.

Diante disto, algumas práticas docentes precisam ser repensadas e modificadas


com a máxima urgência, para que possam acompanhar as constantes mudanças que
ocorrem no ensino. Por essa razão, várias estratégias já vêm sendo utilizadas por
diversos educadores.

“A socialização, a interação entre as crianças e adultos e entre


elas mesmas é tão importante quanto à nutrição e outros
cuidados para uma vida sadia” (CENED, 2005, p.7).
Até mesmo entre adultos percebemos que quando há uma dinâmica no trabalho
ou em qualquer outro grupo social, a interação ocorre mais facilmente, imagina entre
crianças, que estão em sua área livre e se sentem mais a vontade. É no momento da
brincadeira que a criança realiza a interação social, ficando com uma vida mais saudável
e cheia de conhecimentos, devido à troca de experiências e liberação de energias,
tornando-se uma cidadã capaz de modificar sua realidade.

“Brincar é a fase mais importante da infância, do


desenvolvimento humano; neste período pode ser a auto-ativa
representação do interno, a representação de necessidade e
impulsos internos” (FROEBEL apud KISHIMOTO, 2002;
p.68).

Quando tratamos de assuntos relacionados à educação, o lúdico toma proporções


muito amplas, pois auxilia bastante para a formação dos alunos, capacitando-os a
buscarem conhecimentos e construí-los de um jeito simples e prazeroso, ensinando-os
ações de vida no coletivo, enfim, tornando-os pessoas capazes de enfrentar os
obstáculos que encontrarem pela frente e ainda, contribuir para o processo de
transformação da sociedade que estão inseridos, tornando a aprendizagem significativa.

Segundo Ausubel, “... aprendizagens significativas caracterizam-se pelo fato de


as novas informações apoiarem-se em conceitos relevantes preexistentes na estrutura
cognitiva da pessoa”.

É de suma importância que ao chegar à escola o indivíduo se depare com um


ambiente atrativo, onde possa relacionar os conhecimentos prévios aos novos
conhecimentos. Portanto, a presença de jogos e brincadeiras na rotina do aluno no
Ensino Fundamental é essencial para seu aprendizado. Torna as aulas mais enérgicas e
interessantes, facilitando o processo de ensino aprendizagem, e consequentemente, a
ampliação de conhecimentos a todos os envolvidos no processo, já que traz um
aprendizado expressivo, gradativo e eficiente.

Por fim, é por meio dos brinquedos e das brincadeiras que, espontaneamente, a
criança tem a chance de desenvolver um meio de comunicar-se com o mundo dos
adultos, onde “ela restabelece seu controle interior, sua autoestima e desenvolve
relações de confiança consigo mesma e com os outros”.

3.3 O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE AO LÚDICO


Tão importante quanto à inserção do lúdico e a forma como vai ser desenvolvido
esse trabalho na instituição educacional, é conhecer e entender o papel do educador
nesse processo.

Como já foi mencionado anteriormente, o mundo tem mudado muito devido a


evolução da tecnologia, e o sistema educacional tem acompanhado ou precisa
acompanhar essas mudanças, por isso é interessante dizer que o papel do educador tem
deixado de ser ou necessita deixar de ser como protagonista no processo de ensino
aprendizagem, mas claro, ainda sendo essencial na construção do ser.

Portanto, um dos papeis do educador é promover o estímulo da criança pela


busca de conhecimento, facilitando o exercício dessa busca por meio de brincadeiras,
respeitando e valorizando a diversidade tanto do grupo como individualmente. Ele é
quase um observador no processo, que não deve interferir, a não ser que haja, por parte
da criança, o pedido de ajuda ou orientação ou, ainda, se ela encontrar grandes
obstáculos, cuidando em não mudar a ordem e os comandos estabelecidos na
brincadeira e registrando daquilo que a criança mostrou durante o brincar, levando em
consideração as diferentes linguagens sociais, afetivas e emocionais de cada criança.

É necessário apontar para o papel do professor na garantia e


enriquecimento da brincadeira como atividade social do
universo infantil. As atividades lúdicas precisam ocupar um
lugar especial na educação. Entendo que o professor é figura
essencial para que isso aconteça, criando os espaços,
oferecendo materiais adequados e participando de momentos
lúdicos. Agindo desta maneira, o professor estará
possibilitando às crianças uma forma de assimilar a cultura e
modos de vida adultos, de forma criativa, prazerosa e sempre
participativa. (MALUF, 2003, p.31).

O professor não pode ser uma peça estática na sala de aula, preocupado apenas
com a transferência de informações, e sim, um mediador que está aberto a inovações,
fazendo assim, diferença no ensino. Educar, no entanto, significa propiciar situações de
cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam
contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de
ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança e o
acesso pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
É fundamental que o educador tenha, além de domínio específico que a profissão
exige, liderança para conduzir o processo de construção do conhecimento, atenção a
toda interferência interna e externa, e interesse em buscar sempre novas possibilidades
de enriquecimento no processo ensino aprendizagem. Assim, o uso do lúdico estará
aliado ao ensino dos conteúdos escolares, intermediado por um profissional adequado e
preocupado com a transformação.

Cabe a ele também planejar e repor atividades de aprendizagens, tendo clareza


dos fatos e intenção educacional, pois a ação do educador deve ser, antes de tudo,
refletida, planejada, e logo executada e avaliada para perceber se os objetivos foram
alcançados.

A instituição de ensino e o educador devem adequar-se as novidades, inserir


brincadeiras no cotidiano escolar e preparar aulas dinâmicas. Não basta ter um espaço
adequado para a aprendizagem, com muita preciosidade e diversidade de materiais, sem
ter professores capacitados para essa nova concepção na escola.

Repassar conhecimentos de forma lúdica é possibilitar o aprender, pois permite o


desencadeamento da socialização, a liberdade para fazer amigos, aprendendo a
compartilhar, expressar opiniões, escolher e assumir lideranças. O educador tem a
missão de promover a construção do conhecimento alicerçado ao prazer de viver, e
também a alegria de descobrir o novo.

O educador segue a evolução social e cultural de sua


comunidade e do mundo, e deve utilizar todas as ferramentas e
ideias disponíveis para aprender e ensinar, para tornar sua sala
de aula o lugar mais encantador do mundo. Queremos a escola
do encantamento onde todos se sintam incluídos.
(HAETINGER, 2005, p. 83)

Profissionais da educação comprometidos sobre a utilização de suas


metodologias e a busca de novas é muito relevante. Pois isso atrai o aluno, o chama para
construção do conhecimento, o instiga a desbravar o mundo do saber, da curiosidade,
estimulando a criatividade e a atenção, onde assim há melhora na qualidade de ensino e
deixa-o atrativo e prazeroso, equilibrando a prática com a teoria.
4 MATERIAL E MÉTODOS

O corrente trabalho foi elaborado com auxílio de pesquisas explicativas, onde o


principal objetivo é possibilitar uma melhor compreensão sobre o tema supracitado. A
pesquisa explicativa costuma ser a primeira etapa de um trabalho acadêmico, para gerar
uma base teórica, tanto ao que elabora o trabalho, como para todos os outros leitores. E
a partir disso, hipóteses e pensamentos são formulados.

A tática de investigação utilizada foi a da averiguação bibliográfico que


“consiste na busca de estudos anteriores que já foram produzidos por outros cientistas e
que geralmente são publicados em livros ou artigos científicos” (ACEVEDO e
NOHARA, 2007, p. 48). Acrescentando a essa estratégia coletamos dados e
experiências através de observações e estágios realizados.

As intervenções foram feitas na Escola Municipal de Ensino Fundamental


Norberto José Floriano da Silva, localizada no bairro Encantada, Garopaba/SC. A
primeira turma escolhida para a realização do estágio foi o Pré-Escolar, composto por
20 alunos, numa faixa etária de 04 a 06 anos. E a segunda turma escolhida foi realizada
na mesma instituição, na 5ª série do ensino fundamental, composta por 15 alunos, numa
faixa etária de 09 anos. Analisando sobre a vida de cada criança, vimos que são de
famílias humildes, com uma média de 5 integrantes por família, com pais e mães que
trabalham fora na maioria dos casos, e sendo também que quase todos, em relação ao
nível de escolaridade, não possuem o ensino fundamental.

A Escola citada acima atende as comunidades ao seu redor, nas modalidades de


Educação Infantil e Ensino Fundamental dos anos iniciais e finais, com o objetivo de
oferecer instrumentos para o desenvolvimento do educando e seu preparo para o
exercício da cidadania, baseado nos princípios de igualdade, para que o processo de
ensino aprendizagem aconteça, e assim estabelecer vínculos com a escola e a
comunidade, visando á apropriação de valores e responsabilidade social. Os objetivos
específicos da instituição são: garantir a qualidade nas ações educativas; oferecer
condição para o desenvolvimento da criança; proporcionar a interação, a socialização e
a inclusão, possibilitando assim, cada sujeito o processo de aprendizagem; gerenciar
recursos financeiros de maneira que toda comunidade escolar participe, dando
prioridade às questões pedagógicas; documentar trabalhos da escola, através de registros
em ata e observações; concluir, durante o ano letivo, o plano de curso (currículo escolar)
referente a cada turma/série; e entre outros.

Com relação aos aspectos pedagógicos e comportamentais, a sala observada


conta com regras a serem mantidas, tais como: o respeito pelo horário de chegada e
saída, tanto para alunos quanto para funcionários; a presença de um responsável pelo
aluno do Pré-Escolar, 5 minutos antes do horário para saída; uso obrigatório de
uniforme escolar; os pais que necessitam falar com os professores, deverão
primeiramente comunicar a direção; a entrega de boletins escolares é comunicada por
bilhetes, com data antecipada e anexada a agenda escolar dos alunos, e os pais ausentes
nesse dia, terão que agendar datas e buscar na direção; e entre outros.

A professora regente na qual foi feita a observação, possui formação acadêmica


em Pedagogia, sem formação continuada e sem Pós Graduação, porém, busca
atualização profissional. Seu tempo de atuação na educação é de 4 anos, e atualmente
foi efetivada em concurso, com carga horária de 40h. Seu relacionamento com os alunos
é na base do diálogo e mediação. Não reside no bairro onde a escola é fixada. E as
demais professoras moram próximo ao bairro, e tem cargas horárias diferentes.

Durante o período do estágio foram desenvolvidas atividades com leitura, contos


e recontos, no qual as crianças puderam desenvolver a imaginação através de figuras. As
brincadeiras no parque também fizeram parte da rotina dos educandos, no qual as
mesmas demonstraram muito interesse nas atividades desenvolvidas nele e no pátio da
escola. Todos os exercícios propostos ocorreram de forma inclusiva, de acordo com o
Referencial Nacional e PPP (Projeto Político Pedagógico), conforme cronograma e
imagens demonstradas abaixo, onde foi observado que as crianças além de adquirirem
novos conhecimentos, aprenderam brincando.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
PERCURSO METODOLÓGICO
Roda de conversa, montagens de grupos, encenações, atividades.
RECURSOS
Folhas sulfite, cópias, cadernos, lápis, canetas, gráficos, atividades, giz, etc.
1º dia: Aula de Matemática e Língua Portuguesa. Foram lidos poemas relacionados
com as disciplinas do dia. Roda de conversa sobre o tema abordado e reflexões sobre o
assunto. Poema Rap Matemático e com interpretações de texto. E muitas continhas.
2º dia: Continuação da aula anterior, leitura oral do poema, formação de grupos de 4
alunos, para que interagissem sobre o assunto; e escolha de 4 estrofes (somente um
poema por grupo). Feito isso, fizeram um breve ensaio sobre o que foi feito com as
estrofes escolhidas, e logo mais, encenaram o poema em sala de aula. Realizada a
correção e avaliação.
3ºdia: Aula de Língua Portuguesa, das atividades anteriores da professora regente.
Depois foi entregue a cada aluno poemas (Convite de José Paulo Paes), a fim de fazer
uma produção textual sobre o tema. Foi feita oralmente a leitura do poema, onde cada
aluno lia uma das estrofes, e logo foram dadas explicações e tiradas às dúvidas.
4°dia: Entrega do Conteúdo de reflexão sobre o tema, e atividades com perguntas feitas
ao quadro e escritas em caderno escolar, onde os alunos consultavam o texto escrito no
quadro pela acadêmica. Dando sequência, foram feitas as atividades de produção de
texto e um breve resumo sobre o que foi refletido sobre o tema do Poema, para seu
cotidiano fora e dentro do âmbito escolar. Correções e avaliações realizadas.

5ºdia: Aula de Matemática e História. Foi feito um círculo com os alunos, roda de
conversa, e logo entregue os poemas de matemática (Scarlet do Nascimento, Tainara
Santana) que conta a história de como aprender essa disciplina. Já em seus respectivos
lugares foi perguntado quais operações estão descritas no poema e fizeram atividade
sobre as operações matemáticas. Na sequência, foi entregue um texto de história em
forma de poemas (Terra a vista) com atividades, onde cada um leu e respondeu o
questionário de perguntas.
Quase terminando as atividades, foram relaxar um pouco no parque da escola.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente estudo se preocupou em mostrar a importância das atividades lúdicas


no âmbito educacional, mas especificamente na educação infantil e séries iniciais do
ensino fundamental, onde o papel do professor é indispensável, pois é ele quem
organiza os espaços, disponibiliza os materiais, participando das brincadeiras e fazendo
a mediação da construção do conhecimento, sem ignorar o fluxo natural e espontâneo da
criança em benefício do conhecimento estruturado e formalizado, pois a brincadeira e o
jogo são formas indispensáveis na estimulação da atividade construtiva da criança.
Todos os autores que embasaram esse estudo são unânimes quanto à importância
do brincar para o desenvolvimento infantil. A atividade lúdica, evidenciada por meio do
brincar livre deve estar presente no cotidiano da criança, não só dentro do contexto
familiar, mas também dentro da escola e dos espaços que a criança costuma frequentar.
Com isso as crianças aprendem alguma coisa sobre o mundo que a envolve, absorvido
devido as suas experiências. Através dos estudos teóricos e experiências, foi
considerado que o objetivo proposto foi atingido e que não ficou dúvidas a cerca da
importância do lúdico na educação.

Neste período de estágios vivido no decorrer do tempo na vida acadêmica, além


do aperfeiçoamento na prática em relação aos trabalhos realizados em sala de aula com
as crianças, seja com jogos, conversas em roda, leituras e tudo que envolve o lúdico na
educação, percebeu-se que as brincadeiras são muito importantes para o
desenvolvimento das crianças, pois a criança que brinca é mais feliz, e, além disso, tem
a possibilidade de lidar com seus medos, conflitos, e angústias, adquirindo assim,
conhecimento com a realidade. Como vivemos em uma sociedade, tudo que uma
criança vive torna-se parte do conteúdo: sua família, a escola, os meios de comunicação,
sua cultura, enfim, tudo contribui para que elas possam desempenhar papéis sociais,
imitando algum modelo que pertence ao seu dia a dia.

Os resultados foram surpreendentes, cada criança interagiu de forma diferente ao


lidar com tais atividades feitas em sala, pois cada uma tem sua forma de pensar e
interagir, mas todas superaram e conseguiram de forma subjetiva concluir suas
atividades com excelência, sempre mostrando interesse e vontade de aprender. Pode-se
até dizer que através das atividades lúdicas, vivenciaram diversão, prazer, e
principalmente, aprendizado.

Paulo Freire citava que “ninguém nega o valor da educação e que um bom
professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores aos seus filhos,
poucos pais desejam que seus filhos sejam professores”. Isso nos mostra que o trabalho
de educar é duro, difícil e pouco reconhecido, porém, necessário. Seria de muita valia
que pais, alunos e a sociedade num todo, repensasse sobre nossos papéis e nossas
atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos.
A vivência dos estágios foi muito enriquecedora para minha formação, na
medida em que pude ampliar meus conhecimentos nos momentos de interação e
compartilhamento de saberes produzido com as turmas. Foi um momento do curso em
que pude me aperfeiçoar, buscando ter uma visão concreta de amplitude sobre o ensinar
e aprender, pois aprendemos muitos com as crianças, na teoria e na prática. Posso
afirmar que contribui positivamente para o desenvolvimento dos educandos em seus
aspectos físico, social, cognitivo e afetivo. Cada atividade foi pensada e planejada para
atender o objetivo final.

E por fim, acredito que a inserção neste projeto me possibilitou exercitar as


aprendizagens realizadas durante a formação acadêmica. Estar no espaço da escola,
sendo monitorada pela professora regente, ensinando na prática, foi uma experiência
bastante significativa, ainda mais usando o lúdico como alternativa metodológica para
apresentar os conteúdos, foi fundamental para despertar o interesse dos alunos em
desempenhar as atividades propostas. Pude perceber o quanto as teorias aprendidas na
universidade se tornam reais na escola.

6 CONCLUSÃO

Esse projeto foi um momento do curso em que eu pude me aperfeiçoar e ter uma
visão concreta da amplitude sobre o ensinar e aprender, pois aprendemos muito com as
crianças, e isso torna completa a prática pedagógica. Os saberes profissionais são
construídos durante a práxis em sala de aula, e é a partir dessa experiência que nós
educadores criamos estratégias de ensino/aprendizagem, além disso, devemos ter
critérios para organizar as aulas a fim de obter um ambiente escolar com um clima
envolvente.

Foi no andamento do estágio, ou seja, na prática mesmo, que eu pude entender


que devemos dar liberdade à criança, no sentido de deixá-la usar a criatividade,
inventar, descobrir e construir seu próprio conhecimento de forma natural, para que
assim, no seu ambiente familiar esta realidade passe a ser a continuação do seu
desenvolvimento, onde a aprendizagem se faça constante em sua vida.

É válido ressaltar também que todo esse processo de descobertas e


aprendizagem, foi de suma importância não só para minha formação acadêmica e
construção profissional, mas pessoal, pois me possibilitou refletir sobre o papel do
professor como mediador, e consequentemente, reconhecer que o aluno é sujeito ativo
no processo ensino/aprendizagem. Por isso, se constatou que o jogo é uma ferramenta
para novas descobertas obtidas através da participação coletiva, que permite ao aluno a
motivação para a construção do próprio saber.

A vivência dos estágios e a construção desse trabalho me fez conhecer mais a


fundo sobre o tema proposto, e esse também foi um dos motivos que contribuiu para a
minha reflexão como pessoa e futura educadora, enxergando o lúdico não só como um
passo tempo, mas sua verdadeira importância para o desenvolvimento da criança.

Constatou-se que o aspecto lúdico voltado para as crianças facilita a


aprendizagem e o desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo
e cognitivo. Sendo que a ludicidade contribui muito para o crescimento do indivíduo,
sendo assim, a educação num todo deve considerar o lúdico como um aliado e utilizá-lo
amplamente para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem da criança. Por meio dos
aspectos fundamentados nas opiniões dos autores e na pesquisa de campo, conclui-se
que a afetividade manifestada na relação entre professor e aluno é um elemento
inseparável no processo de construção do ser, uma vez que a qualidade da interação
pedagógica vai conferir um sentido afetivo para o objeto de conhecimento.

A partir disso, hoje posso afirmar que tenho ideia de como exercer meu papel
como professora na educação infantil, sendo efetiva em oferecer conhecimento, pois a
sala de aula desses novos aprendizes é um universo cheio de diversidades e descobertas,
onde cabe ao professor explorar o que eles fazem de melhor, brincar. A educação é
capaz de mudar o mundo, e que isso seja feito da forma mais tranquila e prazerosa
possível.

REFERÊNCIAS

ACEVEDO, Claudia Rosa; NOHARA, Jouliana Jordan. Monografia no curso de


administração. 3 ed. São Paulo, 2007.

AUSUBEL, D. P. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São
Paulo: Loyola, 2008.
BARROS, Manoel de. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2010.

BOCCHI, A. F. A; HERCULINO, B. M. Em que momento serei uma criança? O


discurso do pós-humanismo e a medicalização do corpo infantil. Pouso Alegre: Revista
DisSol, 2017.

BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e Cultura. São Paulo: Cotez, 2001.

CENED. Centro de Educação a distancia. A importância do lúdico na prática


pedagógica. Paranoá, DF, 2005.

CRUZ, Jonierson da. O lúdico como estratégia didática: investigando uma proposta
para o ensino de física. Vitória: Es. Anais, 2009.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio: o Dicionário da Língua


Portuguesa. 6 ed. revista e atualizada. Paraná: Editora Positivo, 2004.

FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São


Paulo: Moderna, 2006.

GUARIDO, R; Voltolini, R. O que não tem remédio, remediado está? Belo


Horizonte: Educação em Revista, 2009.

HAETINGER, Max. G. O universo criativo da criança na educação. 2 ed. Porto


Alegre: Instituto Criar, 2005.

KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação.


Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.

KISHIMOTO, Tizuco Morchida. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2002.

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. 1.ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2003.

MEYER, Ivanise Corrêa Rezende. Brincar e Viver: Projetos em Educação Infantil. 4ª.
Ed. Rio de Janeiro: WAK, 2008.

PIAGET, Jean. A Psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

PIAGET, Jean. Os estágios do desenvolvimento intelectual da criança e do


adolescente. In: Problemas de Psicologia Genética. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

RIBEIRO, Suely de Souza. A Importância do Lúdico no Processo de Ensino-


Aprendizagem no Desenvolvimento da Infância. Disponível em:
<https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-importancia-do-ludico-
noprocesso-de-ensino-aprendizagem-no-desenvolvimento-da-infancia>. Acesso em: 12
de Outubro de 2019.

RIZZI, Leonor; Haydt, Regina Célia. Atividades lúdicas na educação da criança. 7.


ed. São Paulo: Ática, 2002.

SILVA, Magna Caroline da. O lúdico na educação infantil. 2013.


SOARES, Edna Machado. A ludicidade no processo de inclusão de alunos especiais
no ambiente educacional. 2010. Disponível em:<http://www.ffp.uerj.br/arquivos/dedu/
monografias/EMS.2.2010.pdf.>. Acesso em: 15 de Outubro de 2019.

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Fontes, 2007.

Anda mungkin juga menyukai