Anda di halaman 1dari 24

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM

CENTRO DE TECNOLOGIA - CTC


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - DEC

ESTRUTURAS DE MADEIRA - 6946

ENSAIO DE FLEXÃO NÃO DESTRUTIVO DA MADEIRA

Alunos: Camila Hamano Toledo R.A.: 90788


Daniel Lucas Alves R.A.: 83436
R.A.: 90215
Ericlis Magon dos Santos

Turma: 004 Professor Dr. Enio Carlos Mesacasa Junior

Maringá, 16 de abril de 2018


1

SUMÁRIO

1.RESUMO ..................................................................................................................................... 2
2.INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 2
3.OBJETIVOS ................................................................................................................................ 4
4.REVISÃO TEÓRICA................................................................................................................... 4
4.1 TEOR DE UMIDADE ......................................................................................................................... 4
4.1.1 CONDIÇÃO PADRÃO DE REFERÊNCIA........................................................................................ 4
4.2 FLEXÃO ............................................................................................................................................ 5
5.MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................................... 7
5.1 MATERIAL UTILIZADO ................................................................................................................... 7
5.2 METODOLOGIA .............................................................................................................................. 10
6.RESULTADOS E ANÁLISES ................................................................................................... 15
6.1 PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS .................................................................................................. 15
6.2 UMIDADE MÉDIA ........................................................................................................................... 15
6.3 OBTENÇÃO DA RESISTÊNCIA DA MADEIRA ............................................................................ 15
6.4 OBTENÇÃO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE MÉDIO ............................................................. 17
6.5 OBTENÇÃO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE PARA A UMIDADE DE REFERÊNCIA (U=12%)20
6.6 COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE MEDI ÇÃO PELO TRANSDUTOR E PELA TRENA14
7.CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 22
8.REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 23
2
1. RESUMO
Diversos fatores podem interferir nas propriedades físicas e mecânicas da madeira,
como a presença de defeitos, teor de umidade, espécie da madeira, temperatura, tempo de
duração da carga, além de muitos outros. Ou seja, é necessário que sejam feitos ensaios para
melhor compreensão do comportamento da madeira analisada, a fim de que esta seja aplicada
de forma adequada de acordo com a solicitação do projeto estrutural. O ensaio inerente à
caracterização das espécies de madeira utilizadas foi conduzido conforme o Anexo B da Norma
Brasileira NBR 7190/1997, “Projeto de Estruturas de Madeira”. O presente relatório irá tratar
do ensaio de flexão não destrutivo da madeira, em que serão apresentados os materiais e
métodos utilizados no ensaio, além dos resultados e suas respectivas análises.
Palavras - chave: ensaio de flexão não destrutivo, propriedades físicas, propriedades
mecânicas, comportamento, caracterização.

2. INTRODUÇÃO
A madeira é um dos materiais mais antigos a ser utilizado em construções, mas após a
Revolução Industrial foi desprezada para o estudo de novos materiais como o aço e o concreto.
Apesar da tecnologia apresentada por esses materiais, a madeira ainda supera pelos seus
benefícios apresentados. As vantagens do uso da madeira na construção são muitas, como
exemplo: (Sangaletti, 2017)

a. Alta resistência: foi o primeiro material capaz de resistir tanto a esforços de


compressão como de tração. Tem uma baixa massa volumétrica e resistência
mecânica elevada. Pode apresentar a mesma resistência à compressão que o
concreto e dez vezes mais resistência à flexão, além da resistência ao corte. Não se
desfaz quando submetida a choques bruscos que podem provocar danos.

b. Manutenção: trata - se de uma matéria - prima muito versátil que pode ser usada de
forma variada de acordo com o tipo de aplicação pretendida, além de permitir
ligações e emendas fáceis de executar.

c. Isolante Término e Acústico: a madeira é um isolante natural, tanto térmico como


acústico. As boas condições naturais de isolamento permite a economia de energia
em aparelhos de climatização de ambiente.

d. Segurança: ao contrário do metal, do concreto e do ferro, que se deformam quando


elevados a altas temperaturas, perdendo sua função estrutural, a madeira apresenta
uma resistência elevada ao fogo.
3
Em contrapartida, a madeira também apresenta desvantagens como: (Sangaletti, 2017)

a. Combustível: o maior preconceito em se usar madeira na construção é por conta dos


acidentes de incêndio registrados no início de sua história.

b. Vulnerabilidade: é bastante vulnerável aos agentes externos, como cupins e insetos.


Toda a madeira exposta deve ser protegida com verniz ou stain. Além disso, é
necessário realizar um tratamento químico no solo entorno da obra, a fim de evitar
organismos xilófagos.

c. Variabilidade: o fato de a madeira ser o resultado do crescimento de um ser vivo


implica em variações das suas características e dimensões. Se não estiver bem
tratada, a madeira age como uma esponja absorvendo toda a umidade, o que causa a
dilatação.

Além disso, é importante destacar que a madeira é um material anisotrópico. Diz - se


que um material é anisotrópico quando suas propriedades físicas ou químicas não apresentam as
mesmas características nas diversas direções em que se pode analisar tal material. O processo
de crescimento da árvore determina uma simetria axial e uma direção predominante das células
que constituem o lenho. Este arranjo resulta na anisotropia da madeira. (Dias, 2016)
Por ser um material higroscópico, a madeira absorve umidade da atmosfera quando seca,
e a libera quando úmida, procurando manter o equilíbrio nas condições de vapor de água da
atmosfera circunvizinha. Ao absorver água, as dimensões da peça de madeira aumentam
(inchaço) e, ao liberar água, as dimensões diminuem (retração). As diferentes retrações nas três
direções, tangencial, radial e axial, explica a maior parte dos defeitos que ocorrem com a
secagem da madeira: rachaduras e empenamentos. (Dias, 2016)
As propriedades da madeira, sejam elas mecânicas e físicas, podem variar devido a
diversos fatores como a espécie da madeira, ocorrência de defeitos, tempo de duração da carga
e teor de umidade. Em relação a este último, destaca - se o fato que suas propriedades são
determinadas para uma condição - padrão de referência com teor de umidade de 12%. Logo,
deve - se realizar a determinação do teor de umidade das amostras analisadas para
posteriormente ser feita a correção para 12% de acordo com a NBR 7190/1997. A partir do
estudo do comportamento da madeira em relação aos fatores, como os citados anteriormente, é
possível verificar se sua resistência é compatível à solicitação estrutural.
4
3. OBJETIVOS

Determinação da resistência e da rigidez da madeira à flexão.

4. REVISÃO TEÓRICA
4.1 TEOR DE UMIDADE
De acordo com a NBR 7190/1997, o projeto de estruturas de madeira deve ser feito
adotando - se uma das 4 classes de umidade especificadas na tabela 7 do item 6.1.5, como pode ser
visto a seguir:

Tabela 1 – Classes de umidade

Fonte: NBR 7190/1997

As classes de umidade apresentam por finalidade o ajuste das propriedades de resistência e


de rigidez da madeira em função das condições ambientais onde permanecerão as estruturas. Tais
classes também podem ser utilizadas na escolha de métodos de tratamento preservativos das
madeiras estabelecidos no anexo E.

4.1.1 CONDIÇÃO PADRÃO DE REFERÊNCIA

Ainda de acordo com a NBR 7190/1997, os valores especificados nesta norma para as
propriedades de resistência e de rigidez da madeira são os correspondentes à classe 1 de umidade,
que se constitui na condição - padrão de referência, definida pelo teor de umidade de equilíbrio da
madeira de 12%.
Na caracterização usual das propriedades de resistência e de rigidez de um dado lote de
material, os resultados de ensaios realizados com diferentes teores de umidade da madeira, contidos
no intervalo entre 10% e 20%, devem ser apresentados com os valores corrigidos para a umidade
padrão de 12%, classe 1.
5
A resistência deve ser corrigida pela expressão a seguir:

3(𝑈% -12)
𝑓12 = 𝑓𝑢%[1 + ] (1)
100

E a rigidez por:
2(𝑈%−12)
𝐸12 = 𝐸𝑢%[1 + ] (2)
100
Admitindo - se que a resistência e a rigidez da madeira sofram apenas pequenas variações
para umidades acima de 20%.

4.2 FLEXÃO

A flexão simples reta se caracteriza pela ação de momento fletor em torno de apenas um dos
eixos principais de inércia, sem a presença de esforço normal. De maneira geral, nos casos de flexão
simples reta, o momento fletor é acompanhado de esforço cortante. Nas peças de madeira
solicitadas à flexão, em geral, podem ser encontradas tensões devidas à: compressão paralela às
fibras; tração paralela às fibras; cisalhamento paralelo às fibras; e, na região dos apoios, compressão
normal às fibras. Além disso, a peça sofre deformação e apresenta deslocamento de seus pontos,
como pode ser visto na imagem a seguir: (ORGANIZACAOTC, 2014)

Figura 1 – Flexão na madeira.

Fonte: RITTER (1990) apud CALIL JÚNIOR & BARALDI (1998)

No ensaio de flexão, a carga é aplicada no meio do vão e com a utilização de ferramentas


adequadas mede - se o deslocamento causado pela força aplicada no meio do vão, para construir o
diagrama momento x deslocamento, como pode ser visto a seguir: (PFEIL,2013)
6
Figura 2 - Diagrama momento x deslocamento

Carga na Ruptura

Carga
* Limite Proporcional

Deformação

Fonte: KLOCK (2013)


Através do trecho inicial do diagrama é possível obter o módulo de elasticidade por meio da
inclinação do trecho linear, no qual pode ser calculada pela equação a seguir:

(3)

Onde:
 δ – Deslocamento causado pela força aplicada no meio do vão;
 M - Momento da carga máxima aplicada;
 l - comprimento do vão;
 I - Momento de inercia;
 𝐸 - módulo de elasticidade na flexão estática simples reta;
7

5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 MATERIAL UTILIZADO

• 1 apoio metálico do primeiro gênero (Figura 1);

• 1 apoio metálico do segundo gênero (Figura 2);

• 2 vigas de cambará (nomeadas como C1 e C2);

• 2 vigas de garapeira (nomeadas como G1 e G3);

• 2 vigas de pinus (nomeadas como P2 e P4);

• 6 cargas de 8 kg;

• Notebook;

• Medidor de umidade indutivo Merlin PM1-E (Figura 3);

• Paquímetro universal analógico em aço (Figura 4);

• Sistema de aquisição de dados Spider8 (Figura 5);

• Suporte magnético de coluna reta Mitutoyo 7011S com suporte para medição (Figura 6);

• Suporte para cargas;

• Transdutor de deslocamento HMB com curso de 50 mm e precisão de 0,01 mm (Figura 6);

• Trena manual Lufkin de 8 m x 25 mm;

Figura 3 – Extremidade de uma viga sobre um apoio metálico do primeiro gênero

Fonte: Autoral
8

Figura 4 – Extremidade de uma viga apoiada sobre um apoio metálico do segundo gênero

Fonte: Autoral
Figura 5 – Medidor de umidade indutivo Merlin PM1-E

Fonte: Autoral
Figura 6 – Paquímetro universal analógico em aço

Fonte: Autoral
9

Figura 7 – Sistema de aquisição de dados Spider8

Fonte: Autoral

Figura 8 - Transdutor de deslocamento HMB acoplado ao Suporte magnético de coluna reta


Mitutoyo 7011S com suporte para medição

Fonte: Autoral
10

5.2 METODOLOGIA

Primeiramente, programou - se o medidor de umidade indutivo Merlin PM1-E para realizar


leituras a 2 cm de profundidade e com relação a densidade média de cada uma das espécies
avaliadas, em que seus valores estão apresentados a seguir.
Tabela 2 – Densidade média de cada espécie avaliada

Espécie Densidade (g/cm³)


Cambará 0,7
Garapeira 0,8
Pinus 0,6
Fonte: Autoral
Em seguida, posicionou - se o medidor de umidade em 6 seções igualmente espaçados ao
longo do comprimento da viga e os valores exibidos pelo display foram anotados na tabela abaixo.

Tabela 3 - Valores de umidade em cada seção das vigas


Umidade (%)
Madeira
Seção 1 Seção 2 Seçaõ 3 Seção 4 Seção 5 Seçaõ 6
C1 10,7 11,4 10,9 11,8 10,7 10,4
C2 14,2 13,3 14,5 15,1 15,3 15,2
G1 15,4 12,2 13,3 12,0 11,6 12,1
G3 18,7 8,0 10,4 13,7 10,7 10,8
P2 23,3 22,1 20,1 22,0 24,7 21,4
P4 14,1 18,4 14,9 16,6 15,6 16,7
Fonte: Autoral
Posteriormente, utilizou-se o paquímetro universal analógico em aço para aferir a base (b) e
a altura (h) em quatro seções igualmente espaçadas de cada uma das vigas. Os resultados obtidos
foram anotados na tabela a seguir.
Tabela 4 - Dimensões das vigas em cada seção
Madeira Dimensão Seção 1 Seção 3 Seção 3 Seção 4
b 4,805 4,71 4,85 4,72
C1
h 9,415 9,425 9,003 9,935
b 9,805 9,9 9,975 10,225
C2
h 4,415 4,72 4,7 4,825
b 11,11 11,305 11,34 11,345
G1
h 5,235 5,515 5,235 5,21
b 11,03 11,6175 11,63 11,415
G3
h 5,43 5,84 5,62 5,61
b 9,945 9,825 10,035 10,125
P2
h 5,245 5,51 5,43 5,32
b 9,82 9,805 10,0175 10,215
P4
h 4,645 4,82 5,22 5,235

Fonte: Autoral
11

Então, o transdutor de deslocamento HMB foi acoplado ao suporte magnético de coluna


reta Mitutoyo 7011S com suporte para medição e conectado ao sistema de aquisição de dados
Spider8. Este foi, por sua vez, conectado ao notebook.
A seguir, apoiaram- se as extremidades da viga C1 sobre um apoio metálico do primeiro
gênero (conforme a Figura 3) e outro do segundo gênero (conforme a Figura 4) na posição de
menor inércia, isto é, com a menor dimensão (b) voltada para baixo. A distância entre os apoios
metálicos permaneceu fixa para todos os ensaios seguintes e seu valor foi de 2,8 m. O transdutor
de deslocamento e suporte de cargas foram posicionados no centro do vão (conforme a Figura 9)
e a distância do topo do centro da viga em relação ao chão foi medida com a trena manual, sendo
que este valor foi anotado na Tabela 5.

Figura 9 – Transdutor de deslocamento e suporte de cargas apoiados sobre o centro do vão da


viga

Fonte: Autoral

Tabela 5 - Deslocamentos

Medição
Medição Deslocamento
Carga Leitura Fluência inicial
Madeira Inércia final com com trena
(kg) (mm) (mm) com trena
trena (cm) (cm)
(cm)
8 -3,578
16 -7,275
C1 Menor 0,02812 93,2 91,1 2,1
24 -10,930
32 -14,600
12

40 -18,280
48 -21,990
8 -1,056
16 -2,053
24 -3,091
Maior 98,5 97,9 0,6
32 -4,113
40 -5,178
48 -6,179
8 -3,994
16 -8,016
24 -12,040
Menor 92,9 90,5 2,4
32 -16,070
40 -20,070
48 -24,140
C2
8 -1,031
16 -2,009
24 -2,997
Maior 98,9 98,1 0,8
32 -3,996
40 -4,941
48 -5,956
8 -1,416
16 -2,906
24 -4,388
Menor 94,3 93,4 0,9
32 -5,872
40 -7,350
48 -8,834
G1
8 -0,338
16 -0,694
24 -1,069
Maior 100,3 100 0,3
32 -1,434
40 -1,784
48 -2,156
8 -1,881
16 -3,797
24 -5,709
Menor 94,8 93,5 1,3
32 -7,600
40 -9,497
48 -11,380
G3
8 -0,472
16 -0,928
24 -1,366
Maior 100,5 100,3 0,2
32 -1,831
40 -2,278
48 -2,769
13

8 -6,384
16 -12,930
24 -19,660
Menor 92,9 88,7 4,2
32 -26,380
40 -33,210
48 -39,950
P2
8 -1,959
16 -3,991
24 -5,984
Maior 97,5 96,1 1,4
32 -7,966
40 -9,978
48 -11,960
8 -5,847
16 -11,780
24 -17,680
Menor 92,8 89,3 3,5
32 -23,630
40 -29,750
48 -35,680
P4
8 -1,478
16 -3,050
24 -4,600
Maior 99,2 98,3 0,9
32 -6,203
40 -7,722
48 -9,278
Fonte: Autoral

Desta forma, aguardou - se até que o transdutor de deslocamento estabilizasse para então
zerar seu valor no notebook. Feito isso, iniciou-se a aplicação dos pesos, um a um, evitando o
balançar dos mesmos e com o menor intervalo de tempo possível entre eles (como pode ser
observado na Figura 10). Após a aplicação de cada incremento de carga, aguardou - se a
estabilização dos valores de deslocamentos e os resultados foram registrados na Tabela 5.
Figura 10 – Aplicação dos incrementos de carga

Fonte: Autoral
14

Assim que todas as cargas foram aplicadas e todas as leituras foram realizadas, aferiu - se o
deslocamento total da viga por meio da trena (de acordo com a figura 11). Posteriormente,
removeu - se todos os pesos e realizou-se a leitura da fluência por meio do transdutor de
deslocamento e também manualmente, com o uso da trena. Os valores foram anotados na Tabela
4.

Figura 11 – Medição do deslocamento final da viga

Fonte: Autoral

Por fim, este procedimento foi repetido para a viga C1 na posição de maior inércia, bem
como para as demais vigas.
15

6. RESULTADOS E ANÁLISES
6.1 PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS

Através dos dados obtidos, foram calculados os momentos de Inércia I x-x e Iy-y médio de
cada peça. Os valores obtidos foram catalogados na tabela abaixo.

Tabela 6 - Valores calculados do momento de inércia médio


Momento de Inércia
Madeira Momento de Inércia (cm4)
Médio (cm4)
C1 Ix-x 334.174 328.612 294.932 385.713 335.858
Iy-y 87.040 82.066 85.592 87.059 85.439
C2 Ix-x 346.811 381.651 388.737 429.839 386.759
Iy-y 70.317 86.752 86.303 95.714 84.771
G1 Ix-x 598.243 664.012 636.172 633.972 633.100
Iy-y 132.826 158.025 135.576 133.702 140.032
G3 Ix-x 607.219 763.079 736.706 695.359 700.591
Iy-y 147.161 192.828 172.031 167.951 169.993
P2 Ix-x 429.911 435.480 457.268 460.167 445.706
Iy-y 119.580 136.964 133.886 127.042 129.368
P4 Ix-x 366.555 378.624 437.288 464.997 411.866
Iy-y 82.014 91.497 118.738 122.126 103.594
Fonte: Autoral

6.2 UMIDADE MÉDIA

Fazendo - se a média dos seis valores de umidade obtidos pelo aparelho de medição para
cada peça, obtêm - se os valores médios da tabela a seguir.

Tabela 7 - Valores calculados de umidade média


Umidade
Madeira Média
(%)
C1 11.0
C2 14.6
G1 12.8
G3 12.1
P2 22.3
P4 16.1

Fonte: Autoral

6.3 OBTENÇÃO DA RESISTÊNCIA DA MADEIRA

Tomando - se a madeira como material elástico, é possível obter sua resistência à flexão a
partir da equação 4 a seguir.
16
Sabendo - se que a maior carga aplicada é de 48 kg e que o momento máximo ocorre no meio
do vão de 2,80m, calculou - se, a partir da equação 5 o valor de

(5)

Os valores do Módulo de Resistência (We) foram obtidos pela razão entre o momento de
inércia à flexão da seção transversal e a distância da linha neutra à fibra. Os resultados de We
foram registrados na tabela a seguir:

Tabela 8 – Valores de We
Módulo de
Madeira Módulo de Resistência (cm³) Resistência
Médio (cm³)
Wx-x 70.988 69.732 65.519 77.647 70.971
C1
Wy-y 36.229 34.848 35.296 36.889 35.815
Wx-x 70.742 77.101 77.942 84.076 77.465
C2
Wy-y 31.854 36.759 36.725 39.674 36.253
Wx-x 107.695 117.472 112.200 111.762 112.282
G1
Wy-y 50.745 57.307 51.796 51.325 52.793
Wx-x 110.103 131.367 126.691 121.833 122.498
G3
Wy-y 54.203 66.037 61.221 59.876 60.334
Wx-x 86.458 88.647 91.135 90.897 89.284
P2
Wy-y 45.598 49.715 49.313 47.760 48.097
Wx-x 74.655 77.231 87.305 91.042 82.558
P4
Wy-y 35.313 37.966 45.493 46.657 41.357
Fonte: Autoral
A partir desses dados tornou - se possível o cálculo da flexão média (fM,m) e flexão
característica (fM,k) para cada espécie, tal que fk = 0,70.fm
17
Tabela 9 – Resistência às Flexões Média e Característica para cada espécie
Tabela
7
fM,m fM,k
Madeira Inércia
(Mpa) (Mpa)
Menor 6.231 4.362
C1
Maior 12.348 8.643
Menor 5.709 3.996
C2
Maior 12.198 8.539
Menor 3.939 2.757
G1
Maior 8.377 5.864
Menor 3.610 2.527
G3
Maior 7.330 5.131
Menor 4.953 3.467
P2
Maior 9.195 6.436
Menor 5.357 3.750
P4
Maior 10.693 7.485
Fonte: Autoral
A partir dos dados obtidos, verificou - se que as madeiras apresentam maior resistência à
flexão para a menor inércia. Para o caso analisado, constatou - se que a Cambará é a espécie mais
resistente aos esforços de flexão.

6.4 OBTENÇÃO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE MÉDIO

Através dos dados de deformação medidos pelo transdutor, foi possível obter os gráficos
Pxδ, para cada amostra de madeira analisada. O Módulo de Elasticidade para maior e menor
inércia foi calculado com auxílio gráfico e a partir das equações 6 e 7.

6.4.1 C1
Figura 12 - Gráfico Pxδ para a peça C1

Madeira C1
50
y = 2.097x + 0.8764
y = 7.4975x + 0.5881
Carga(Kg)

0
0 5 10 15 20 25
δ(mm)

Leitura Eixo y-y (mm)

Fonte: Autoral
18
A partir do gráfico, observa - se que tanα(x-x) = 7.4975 e tanα(y-y) = 2.0970, logo:

Ex-x =10209,245 Mpa

Ey-y =11224,710 Mpa

6.4.2 C2
Figura 13 - Gráfico Pxδ para a peça C2

Madeira C2

50
45 y = 1.9158x + 0.7399
40 y = 7.8428x + 0.3084
Carga(Kg)

35
30
25
20
15
10
5
0
0.000 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000
δ(mm)

Leitura Eixo y-y (mm)


Leitura Eixo x-x (mm)

Fonte: Autoral
A partir do gráfico, observa - se que tanα(x-x) = 7.8428 e tanα(y-y) =1.9158, logo:

Ex-x = 9273,925 Mpa

Ey-y = 10335,601 Mpa

6.4.3 G1
Figura 14 - Gráfico Pxδ para a peça G1

Madeira G1
50
y = 5.2018x + 0.9937
40 y = 21.21x + 1.2445
Carga(Kg)

30

20

10

0
0.000 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000
δ(mm)

Leitura Eixo y-y (mm)


Leitura Eixo x-x (mm)

Fonte: Autoral
19
A partir do gráfico, observa - se que tanα(x-x)=21.21e tanα(y-y) = 5.2018, logo:
Ex-x = 15321,497 Mpa
Ey-y =17008,912 Mpa

6.4.4 G3
Figura 15 - Gráfico Pxδ para a peça G3

Fonte: Autoral
A partir do gráfico, observa-se que tanα(x-x) = 16.861 e tanα(y-y) = 4.0614, logo:

Ex-x=11006,561 Mpa

Ey-y=10926,412 Mpa

6.4.5 P2
Figura 16 - Gráfico Pxδ para a peça P2

Madeira P2
50
y = 3.9973x + 0.1135 y = 1.1469x + 1.1906
40
Carga(Kg)

30

20

10

0
0.000 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000
δ(mm)

Leitura Eixo y-y (mm)

Fonte: Autoral
20
A partir do gráfico, observa - se que tanα (x-x) = 3.9973 e tanα (y-y) = 1.1469, logo:

Ex-x = 4101,579 Mpa

Ey-y = 4054,446 Mpa

Conforme verificado nos resultados, geralmente, os módulos de elasticidade são maiores


para a menor inércia, porém para a Garapeira G3 e o Pinus P2 observa - se o contrário. Dentre as
peças analisadas, a madeira G1 foi a que determinou maior módulo de elasticidade para a maior
inércia.

Os valores alcançados para Ex-x e Ey-y estão adequados e condizentes com o proposto
pela NBR 7190.

6.5 OBTENÇÃO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE PARA A UMIDADE DE


REFERÊNCIA (U=12%)
Admitindo - se que a resistência e a rigidez da madeira sofram apenas pequenas variações
para umidades acima de 20%,os valores do módulo de elasticidade em função da umidade de
referência (12%) foram calculados através da equação 8 e anotados na tabela seguinte.

[ ]

Tabela 10 - Módulos de elasticidade para a umidade de referência


E(12%)
Madeira E(u%) (Mpa) u(%)
(Mpa)
10209.245 11.0 10005.060
C1
11224.710 11.0 11000.216
9273.925 14.6 9756.169
C2
10335.601 14.6 10873.052
15321.497 12.8 15566.641
G1
17008.912 12.8 17281.055
11006.561 12.1 11028.574
G3
10926.412 12.1 10948.265
4101.579 22.3 4946.504
P2
4054.446 22.3 4889.662
5489.452 16.1 5939.587
P4
5701.988 16.1 6169.551
Fonte: Autoral
21
6.6 COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE MEDI ÇÃO PELO TRANSDUTOR E
PELA TRENA
A análise entre os dois métodos de medição, foi realizada comparando - se a diferença das
medidas iniciais e finais de deformação através da trena com a última leitura do transdutor (carga
total de 48Kg).

Tabela 11 - Comparação entre os métodos do transdutor e o método da trena


Δδ Transdutor Δδ Trena
Madeira
(cm) (cm)
-2.199 2.1
C1
-0.618 0.6
-2.414 2.4
C2
-0.596 0.8
-0.883 0.9
G1
-0.216 0.3
-1.138 1.3
G3
-0.277 0.2
-3.995 4.2
P2
-1.196 1.4
-3.568 3.5
P4
-0.928 0.9
Fonte: Autoral

A peça que teve maior diferença entre os dois métodos foi a P2, com 0.205cm e 0.204cm
para a menor e a maior inércia, respectivamente. A madeira C2 também apresentou 0,204cm de
diferença entre os métodos para o eixo de maior inércia.

Porém, verificou - se que os valores de deformação pelo método do transdutor e da trena são
bastante próximos, validando a precisão do ensaio.
22

7. CONCLUSÃO

A partir do ensaio realizado, os objetivos foram atingidos, confirmando a viabilidade e


efetividade de ensaios de flexão simples para a obtenção do módulo de elasticidade da madeira.
Confirmou - se também, que as madeiras apresentam maior resistência à flexão para a menor
inércia. Os resultados da comparação entre os métodos de medição de deformação pelo transdutor
e pela trena, também foram satisfatórios. Portanto, os experimentos podem ser realizados com
rapidez e eficácia, de uma maneira confiável em uma situação de campo para se obter o módulo de
elasticidade e outros parâmetros de caracterização mecânica da madeira.
23

8. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7190: Projeto de


estruturas de madeira. Rio de Janeiro, 1997.

DIAS, A. A madeira é excelente para as grandes estruturas. Disponível em:<


http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2016/04/a-madeira-e-excelente-para-as-grandes.html>
Acesso em: 27 de abril de 2018.

ORGANIZACAOTC. Flexão. Disponível em:< http:// organizacaotc.files.wordpress.com/2014/04


/texto-071.pdf. Acesso em: 27 de abril de 2018.

PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos


Editora S.A. Disponível em: Acesso em: 19 abr. 2018

SANGALETTI, M. O uso da madeira na construção civil. Disponível em: <https:// reformweb.


com.br/blog/post/13/O-Uso-da-Madeira-na-Constru%C3%A7%C3%A3o-Civel>Acesso em: 27 de
abril de 2018.

Anda mungkin juga menyukai