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LIÇÃO 4 - O MISTÉRIO DO EVANGELHO III

Colossenses 1:24-29
ESBOÇO DA LIÇÃO
I - O Mistério do Evangelho - Considerações Preliminares.
II - O Mistério do Evangelho estava prefigurado no Antigo Testamento através de símbolos.
III - O Mistério do Evangelho foi predito pelos Profetas, no Antigo Testamento.
IV - O Mistério da vocação dos gentios e o apostolado de Paulo.
V - Conclusão.
I - O MISTÉRIO DO EVANGELHO - CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES.

1 - Mistério deriva-se da expressão grega “Mystérium”, significando segredo, enigma,


algo que existe, porém, que está oculto, que não foi revelado.
Muitas verdades e propósitos de Deus permaneceram em mistério até que chegou o
“tempo de Deus”, porque “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo
para todo o propósito debaixo do céu”- Eclesiastes 3:1.

Deus sabe o momento em que o homem é capaz de entender a revelação de seus


propósitos.
Esta revelação só pode ser conhecida através do auxilio do Espírito Santo. Daí, diríamos
que os mistérios de Deus são revelados àqueles que são seus, conforme o Senhor Jesus
declarou em sua oração - “Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: graças te
dou, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, que ocultastes estas coisas aos sábios e
entendidos, e a revelastes aos pequeninos”- Mateus 11:25.

Os mistérios de Deus não podem ser revelados pela sabedoria humana.


Aconteceu em Babilônia - todos os sábios reunidos não puderam decifrar o mistério do
sonho do Rei Nabucodonozor, e disseram-lhe - “Porquanto a coisa que o rei requer
é difícil, e ninguém há que a possa declarar diante do rei, senão os deuses,
cuja morada não é com a carne”- Daniel 2:11.
Porém, Daniel, na época, um dos “pequeninos”, em todos os sentidos, pois tinha mais
ou menos uns quinze anos de idade, afirmou diante do Rei - “Mas, há um Deus nos
céus, o qual revela os segredos...”- Daniel 2:28.

Deus, pelo Seu Espírito, deu a revelação daquele mistério a Daniel, então o Rei
Nabucodonozor declarou - “...certamente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o
Senhor dos reis, o revelador dos mistérios, pois pudeste revelar este
segredo”- Daniel 2:47.

Existem, na Bíblia, verdades que não foram reveladas; nestes casos não adianta o
homem tentar especular, pois, só o Espírito de Deus é quem pode revelar os mistérios
de Deus.
A Bíblia Sagrada declara que - “As coisas encobertas são para o Senhor, nosso
Deus; porém as reveladas são para nós e para nossos filhos para sempre...”-
Deuteronômio 29:29.

2 - Evangelho - Conceito
“Besorah”, no hebraico; “Evangelion”, no grego, tem osentido de Boas Novas, ou
anúncio da Salvação oferecida,gratuitamente, por Deus, através de Jesus Cristo, a
todos que crêem.A revelação do Evangelho foi uma prerrogativa do Senhor Jesus
Cristo,quando disse - “...Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda
criatura” -Marcos 16:15. Os Anjos que deram a noticia da ressurreição, nadafalaram
sobre pregar o Evangelho.
2.1 - A Origem do Evangelho
Sua origem remota. Diríamos que o Evangelho originou-se no coração de Deus e foi
colocado no seu Plano de Redenção elaborado antes da fundação do mundo,
permanecendo, contudo, em mistério, durante todo o Antigo Testamento, pois, a sua
proclamação estava na dependência da consumação da Obra Redentora de Cristo, a
qual só se completou com Sua Ressurreição. Não haveria Boas Novas se o túmulo
permanecesse fechado.
O Cristianismo é a única Religião em que o túmulo do seu Fundador está aberto, pois,
Seu Corpo não permaneceu nele - “E, no primeiro dia da semana, muito de
madrugada, foram elas ao sepulcro...E acharam a pedra removida. E,
entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus” - Lucas 24:1-3.

Antes da Ressurreição a ordem era anunciar o Reino de Deus; o Evangelho ainda


permanecia em Mistério - “E enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os
enfermos”- Lucas 9:2 - “E curai os enfermos que nela houver e dizei lhes: é
chegado a vós o Reino de Deus”- Lucas 10:9.

Após a Ressurreição, consumada, portanto, A Obra Redentora de Cristo, O


Mistério do Evangelho, que esteve oculto desde seu planejamento “antes da
fundação do mundo”, podia, então, ser revelado, cabendo ao próprio Jesus a
incumbência de ordenar a Sua Pregação - “E disse-lhes: Ide por todo o mundo,
pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas
quem não crer será condenado”- Marcos 16:15-16.

2.2 - O Mistério do Evangelho começou a ser desvendado


Quando o Senhor Jesus mandou Pregar o Evangelho “a toda a criatura”, ele estava
desvendando O mistério do Evangelho em relação aos gentios, pois, ficava claro
que “toda a criatura”, sem qualquer distinção, estava incluída no Plano de Salvação
elaborado por Deus no principio, como afirmou Paulo - “O mistério que esteve
oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi
manifesto aos seus santos”- Colossenses 1:26.
Escrevendo aos Efésios, Paulo se refere a este mesmo mistério, dizendo - “O mistério é
que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e co-participantes da
promessa em Cristo Jesus pelo Evangelho”- Efésios 3:6.
Sem a Revelação deste Mistério, os Judeus jamais poderiam imaginar que os
gentios a quem eles tanto desprezavam, também faziam parte do Plano de
Redenção elaborada por Deus - porque Deus não era o Deus dos Judeus, mas, o
Deus de todos os homens, segundo afirmou Paulo - “É, porventura, Deus
somente dos Judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios,
certamente”- Romanos 3:29.
Todavia, este Mistério estava de tal forma oculto que os próprios Apóstolos
demoraram para entender sua revelação. O Senhor Jesus morreu, e ressuscitou no
ano 29dC. Logo após ordenou que o Evangelho fosse pregado a todos os homens,
quando disse: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura”- Era
para pregar, também, aos gentios.
Porém, consta que o Evangelho só começou a ser pregado aos gentios por volta do
ano 42dC., na Casa de Cornélio. Mesmo assim foi necessário uma revelação especial
para que Pedro se dispusesse a entrar na casa de um gentio.
A partir dali O Mistério do Evangelho, então, começou a ser compreendido, e o próprio
Pedro declarou - “...Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de
pessoas”- Atos 10:34.

II - O MISTÉRIO DO EVANGELHO ESTAVA PREFIGURADO NO ANTIGO


TESTAMENTO ATRAVÉS DE SÍMBOLOS

1 - Deus nunca surpreendeu o homem exigindo dele algo que não estivesse predito.
Deus tem um Plano e trabalha nesse Plano conforme tudo o que consta nele. Deus não
improvisa, não pega o homem de surpresa, nada faz que não esteja de acordo com Sua
Palavra.

Assim, este mistério sobre o qual se refere Paulo, dizendo - “O mistério que esteve
oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi
manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais as
riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós,
esperança da glória”- Colossenses 1:26-27; este mistério no qual a Igreja que seria
formada por Judeus e por gentios, esteve escondido “desde todos os séculos e em
todas as gerações”; este mistério que manteve oculto a verdade, de que Deus,
conforme depois afirmou Pedro, “não faz acepção de pessoas”; este mistério que
escondeu a verdade de que “...os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo
corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho...”- Efésios 3:6;
este mistério estava registrado no Antigo Testamento, através de figuras, bem como
predito em várias Profecias; porém, sendo um mistério, e não tendo chegado o tempo
de Deus para sua revelação, nem mesmo os Profetas puderam entendê-lo, embora dele
profetizassem.

Hoje, nós podemos entender visto que tudo foi revelado no Novo Testamento. Hoje nós
temos em mãos, e diante de nossos olhos, como que uma fotografia revelada, e
retocada.
Podemos ver e entender, com perfeição, todas as imagens que, no Antigo Testamento
estavam registradas através de sombras, como no negativo, ou na chapa de uma foto
não revelada. Sabia-se que estava lá, dava para perceber os contornos, mas, não se
conseguia decifrar a imagem e seus detalhes, com clareza.

2 - O casamento de José - uma figura deste Mistério

Para não ser muito extensivo, vamos considerar, aqui, apenas um exemplo no qual
este mistério foi prefigurado, porém, mantido oculto “desde todos os séculos e em
todas as gerações”.
Consideremos o Casamento de José com Asenate, uma jovem gentia.
José, seguramente, é, talvez, a figura mais perfeita, ou que melhor se identifica com a
pessoa de Cristo, senão vejamos - “E chamou Faraó o nome de José, Zafenate-
Panéia, e deu-lhe por mulher a Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om, e saiu
José por toda a terra do Egito”- Gênesis 41:45. O nome de José foi mudado para
Zafenate-Panéia, que significa “Salvador do mundo”
Seu casamento com Asenate aconteceu no período em que ele tinha sido rejeitado
pelos seus irmãos, aqui, simbolizando a rejeição de Jesus pelos judeus, período este
em que os gentios, tipificados em Asenate, a noiva que não era judia, foram
chamados para a formação da Igreja.

Vejamos a seqüência de alguns fatos que antecederam o casamento de José com


uma noiva gentia, para entendermos a expressão de Paulo, aos Colossenses ao falar
“...deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória”.
2.1 - José, por ser amado do pai, visto que suas obras eram boas e a de seus irmãos
eram más, foi rejeitado e vendido pelos seus irmãos.
2.2 - Entregue por seus irmãos, aos gentios, ele foi preso e sofreu injusta e
amargamente.
2.3 - Depois dos sofrimentos ele foi levado à presença do Rei, ou de Faraó, sendo por
ele elevado e glorificado.
2.4 - Ainda no tempo de sua rejeição, porém já glorificado, José casa-se, ou toma uma
noiva dentre os gentios.
2.5 - Esta moça gentia que veio a ser sua esposa, chamava-se Asenate, e é uma figura
da Igreja, através da qual os gentios seriam chamados para fazer parte da Família de
Deus, conforme afirmou Paulo - “Assim que já não sois estrangeiros, nem
forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus”. Efésios 2:79.

Nesta figura do Casamento de José, hoje, depois que O Mistério do Evangelho foi
revelado - “...mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as
gerações e que agora, foi manifesto aos seus santos”, podemos, com clareza,
entender a inclusão dos gentios na Família de Deus e no Seu Plano de Redenção.
Paulo estava procurando levar os Colossenses a considerar o privilégio por eles
alcançado através da aceitação da Pessoa de Cristo, pois, a eles - “...Deus quis fazer
conhecer quais as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é
Cristo em vós, esperança de glória”. “Cristo em vós”, e não apenas com eles, ou
seja, Cristo habitando no coração de cada um dos seus santos.
Paulo escrevendo aos Coríntios, que eram também gentios como os Colossenses,
afirmou - “...Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: neles
habitarei, e entre eles andarei: e eu serei o seu Deus e eles serão o meu
povo”- II Coríntios 6:16. Isto é o que Paulo chama de “Cristo em vós”.

III - O MISTÉRIO DO EVANGELHO FOI PREDITO PELOS PROFETAS, NO ANTIGO


TESTAMENTO.

“Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que


profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião
de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente
testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes
havia de seguir”- I Pedro 1:10-15.
Os Profetas falaram sobre O Mistério do Evangelho, porém, nem mesmo eles podiam
entender sobre que estavam falando, embora soubessem estar falando de algo muito
grande, muito profundo.
Deus não poderia revelar-lhes este Mistério, pois não estavam em condições de poder
entender que Cristo não apenas viria para consumar a Obra Redentora, mas, que, após
consumá-la ele iria habitar no homem, e não apenas com o homem. Ainda mais
confusos ficariam se soubessem que Cristo iria habitar também nos gentios, como
afirmou Paulo - “...aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da
glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da
glória”.

O Profeta Isaias falou deste Mistério - “...Eu te guardarei, e te darei por aliança
do povo, e para luz dos gentios”- Isaias 42:6. “...Também te darei para luz dos
gentios, para seres a minha salvação até as extremidades da terra”- Isaias 49:6.

O Salmista Davi, falou deste Mistério - “Todos os confins da terra se


lembrarão, e se converterão ao Senhor; todas as famílias das nações adorarão
perante ele”- Salmo 22:27.

O Profeta Daniel falou deste Mistério - “Foi lhe dado o domínio, a honra e o
reino; todos os povos, nações e línguas o adoraram...”- Daniel 7:14.

O Profeta Oséias falou deste Mistério - “Semea-la-ei para mim na terra, e


mostrarei amor à Não-amada. Direi a Não-meu-povo: Tu és meu povo, e ele
dirá: Tu és meu Deus”- Oséias 2:23.
Como afirmou Pedro, o Salmista Davi, os Profetas Isaias, Daniel, Oséias, e diversos
outros profetizaram sobre O Mistério do Evangelho em relação aos gentios, porém,
nenhum deles entendeu sobre suas mensagens proféticas.
Que os gentios viriam a fazer parte da Família de Deus, e que o Senhor Jesus
habitaria não apenas com eles, mas, também neles, conforme ele próprio declarou -
“Jesus respondeu e disse-lhe: se alguém me ama, guardará a minha palavra, e
meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”- João 14:23, era
uma verdade bíblica que não podia ser compreendida antes da “plenitude dos
tempos”.
Esta verdade referia-se ao “...mistério que esteve oculto desde todos os séculos
e em todas as gerações e que, agora, foi manifesta aos seus santos”.

IV - O MISTÉRIO DA VOCAÇÃO DOS GENTIOS E O APOSTOLADO DE PAULO

“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, aos
santos e irmãos fiéis em Cristo que estão em Colossos...”- Colossenses 1:1.
Paulo tinha consciência de sua chamada Ministerial para ser Apóstolo de Jesus Cristo
entre os gentios, conforme o próprio Jesus havia declarado - “...este é para mim
um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios...”- Atos 9:15.
Paulo entendeu a sua chamada e qual era o seu Ministério. O homem de Deus precisa
entender sua chamada, bem como para que foi chamado.

Também os demais Apóstolos entenderam que a missão de Paulo era entre os gentios,
ou os da incircuncisão, conforme declarou ao escrever aos Gálatas - “...antes, pelo
contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado,
como a Pedro o da circuncisão porque aquele que operou eficazmente em
Pedro para o apostolado da circuncisão , esse operou também em mim com
eficácia para os gentios”- Gálatas 2:7-8. Assim, enquanto a missão de Pedro era entre
os judeus, a de Paulo era entre os gentios.

1 - Quando o Senhor chama, também prepara

Nenhum outro dos Apóstolos entendeu mais do que Paulo O Ministério do Evangelho
no que se refere aos gentios. Ele fora chamado para ser Apóstolo dos gentios.
Quando o Senhor chama, também prepara. Assim, o Senhor Deus deu a Paulo a
revelação completa do mistério que, até então, envolvia os gentios.
O próprio Paulo declarou esta verdade, escrevendo aos Efésios - “Por esta causa, eu,
Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios, se é que tendes
ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como
me foi este mistério manifestado pela revelação como acima, em pouco, vos
escrevi, pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do
mistério de Cristo, o qual, noutros séculos, não foi manifestado aos filhos dos
homens, como, agora, tem sido revelado pelo Espírito Santo aos seus santos
apóstolos e profetas, a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um
mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho... A mim,
o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os
gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo”-
Efésios 3:1-8.

Paulo foi escolhido, chamado, preparado, separado e enviado para “anunciar


entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de
Cristo”. É assim, que Deus faz um Ministro

2 - Paulo, um Ministro feito por Deus.

“Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carnecumpro o resto


das aflições de Cristo, pelo seu corpo que é aIgreja; da qual eu estou feito
ministro segundo a dispensação deDeus, que me foi concedida para convosco,
para cumprir a Palavra de Deus”-Colossenses 1:24-25.

Diríamos que nem todo que diz Ser Ministro, pode, com sinceridade, fazer sua esta
declaração de Paulo - “...eu estou feito ministro segundo a dispensação Deus,
que me foi concedida para convosco, para cumprir a Palavra de Deus”, ou,
como diz A Bíblia, na Linguagem de Hoje - “E Deus me escolheu para ser servo da
Igreja e me deu uma missão que devo cumprir em favor de vocês. Essa missão é
anunciar, de modo completo, a mensagem dele”.

Aqui a expressão Ministro foi substituída pelo vocábulo “servo”, isto porque
“ministro”, no seu sentido original e bíblico, significa, exatamente, servo, ou servidor.
Entre nós o sentido da expressão “ministro”, evoluiu e passou a significar uma pessoa
de alta posição.
É claro que ser um servo escolhido por Deus para servirna Igreja é muitomais
importante que ser Ministro de Estado, escolhido por um homem, para administraros
negócios do mundo.

Ministro, na Igreja, não tem o mesmo sentido de Ministro, no mundo. O Senhor Jesus
disse - “...Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes delas se
assenhoreiam...mas, entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós,
quiser ser grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o
primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para
ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”- Marcos
10:42-45.

Todo crente que possui a devida compreensão do verdadeiro sentido da palavra


“Ministro” e que tem a consciência, tal como Paulo tinha, da sua verdadeira função na
Igreja, certamente que não corre atrás deste Cargo pensando poder, com ele, desfrutar
as mordomias que a ele estão ligados no seu significado para com o mundo.

Ser Ministro, segundo Paulo, significava regozijar-se, ou sentir alegria em ter que
sofrer por causa dos problemas que afetavam a Obra de Deus, ou a vida dos irmãos, e
de poder identificar-se com Cristo nas aflições, pela Igreja.
Escrevendo aos Coríntios, Paulo após falar de seus sofrimentos físicos, pelo fato de
ser Ministro - II Coríntios 11:23-27, falou depois de seus sofrimentos e aflições
interiores, ou da alma, dizendo - “Além das coisas exteriores, me oprime cada dia
o cuidado de todas as Igrejas. Quem enfraquece, que eu também não
enfraqueça? Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha
fraqueza”- II Coríntios 11:28-30.
Paulo tinha consciência de que o exercício do Ministério, ou o Cargo de Ministro, na
Igreja, tinha o sentido de servir, tal como dissera Jesus - “O Filho do Homem
também não veio para ser servido, mas para servir”. Paulo era um Ministro feito
por Deus.

3 - Convicções de um Ministro feito por Deus

Paulo é, sem dúvidas, um exemplo bíblico para todo Ministro também feito por Deus,
pois, Deus continua levantando Ministros para servirem Sua Igreja - “E ele mesmo
deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores”- Efésios 4:11.
Assim as convicções que Paulo demonstrou ter, precisam ser as mesmas que os
Ministros, de hoje, também devem possuir.

3.1 - Paulo tinha convicção de Sua Salvação


“...porque eu sei em quem tenho crido; e estou certo de que é poderosopara
guardar o meu depósito até aquele dia”- IITimóteo1:12. Um homem de Deus
precisa crer naquilo que ele prega e no que ensina. Parapregar a Salvação é preciso,
primeiro ter crido e ter convicçãoem quem creu e no seu Poder para salvar, e que ele
próprio está salvo.

3.2 - Paulo tinha convicção de Sua chamada Ministerial


“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus...”- Efésios 1:1. “Mas,
aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãeme separou, e me chamou
pela sua graça”- Gálatas 1:15.
Paulo não se consumia em dúvidas; não se perdia diante da indagação: será? Será? Um
Ministro precisa ter esta convicção de saber o que ele é, e porque é. Poder dizer como
Paulo - Ele sabia que era apóstolo e sabia porque era - era “pela vontade de Deus”.

3.3 - Paulo tinha convicção do poder do Evangelho


“Porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois é opoder de Deus
para salvação de todo aquele que crê...”-Romanos1:16. Um bom e honesto
comerciante precisa confiar no produto que vende; o soldadoprecisa confiar na arma
que usa; o médico precisa confiar no medicamentoque prescreve; um Ministro
precisa confiar no Evangelho que prega. Precisa poderdizer como o Salmista -
“Cri; por isso, falei...”- Salmo116:10.Quem não puder crer, não deve falar.

3.4 - Paulo tinha convicção de seu compromisso com a verdade.


“Fiz-me, acaso, vosso inimigo, dizendo a verdade?”- Gálatas4:16. “Porque nunca
deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus”-Atos 20:17. Um Ministro feito por
Deus deve falar o que o povo precisa ouvir,e não o que quer ouvir.
O que o Povo de Deus, a Igreja do Senhor Jesus, precisa ouvir não são as palavras
bonitas e fantasiosas de um pregador culto, preocupado em ser agradável e simpático -
mas, A Palavra de Deus anunciada por um Ministro que tem convicção de seu
compromisso com a verdade.

3.5 - Paulo tinha convicção de sua autoridade Ministerial


“Não sou eu apóstolo? Não sou livre? Não vieu a Jesus Cristo Senhor nosso?
Se eu não sou apóstolo para osoutros ao menos o sou para vós; porque vós
sois o selo do meu apostolado.Esta é a minha defesa para os que me
condenam - ICoríntios 9:1-3.
Um Ministro feito por Deus não pode se perder em timidez, não pode ter medo de
perder o apoio deste ou daquele grupo.
No exercício do Seu Ministério não pode abrir mão de sua autoridade Ministerial que
lhe foi confiada pelo Senhor - Para tal, precisa ter convicção de possuir essa
autoridade.

3.6 - Paulo tinha convicção de que o Ministério não era um meio para adquirir
riquezas, ou uma Profissão
“De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a veste”- Atos20:33. “...porque já
aprendi a contentar-me com o que tenho...”-Filipenses 4:12. Ministério é vocação,
não é profissão;Ministério não pode ser visto como um meio de enriquecimento. Esta é
umaconvicção que todo Ministro feito por Deus precisa ter.

3.7 - Paulo tinha convicção de que ser Ministro requer sacrifício e renúncia.
“Regozijo-me, agora, no que padeço por vós...”. Elenão disse - regozijo-me pelo
que recebi de vós, mas, sua alegriaera por poder sofrer pela Obra de Deus, por poder
se identificar com Cristo nassuas aflições.
Foi este espírito de sacrifício e de renúncia que ele procurou transmitir ao jovem
Obreiro, Timóteo - “Sofre pois, comigo, as aflições como bom soldado de
Cristo”- II Timóteo 2:3. “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos...” II
Timóteo 2:10.
Um Ministro feito por Deus precisa ter esta convicção de que o exercício de Seu
Ministério requer sacrifício e renúncia.
É claro que muitos outros exemplos úteis podem ser extraídosdo Ministério de Paulo,
pois, ele era Um Ministro feito por Deus.

4 - Nem todo Ministro é feito por Deus - existem os Ministros Biônicos

Não sendo nosso assunto central, não vamos analisar esta classe de ministros que não
é feita por Deus. Vamos apenas citar, de forma superficial, para que se possa entender
a razão de tantos desacertos, e até escândalos, que acontecem nos meios evangélicos,
quase sempre provocados por esta categoria de Ministros.

A expressão “Biônicos” estamos tomando, por empréstimo, daqueles políticos que, na


época, chamada da Revolução, eram nomeados para exercer um cargo, como o de
Senador, e Governador de Estado, sem terem sido eleitos pelo Povo. Num Regime
Democrático e de Direito, não teriam legitimidade para o exercício daquele cargo.

Assim são também os Ministros Biônicos. Biblicamente, não tendo sido feitos por
Deus, não possuem legitimidade como Ministros. São, na verdade, Falsos
Obreiros.
São homens, na expressão de Paulo - “...amantes de si mesmos, avarentos,
presunçosos, soberbos...traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos
deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a
eficácia dela. Destes afasta-te”- II Timóteo 3:1-9.
São homens que fazem do Ministério uma Profissão, um meio de satisfazer sua
vaidade, e de enriquecimento.

Estes Obreiros Biônicos torcem a verdade, de acordo com seus interesses; procuram
pregar somente o que o Povo quer ouvir, por isto Pedro afirma que - “...muito
seguirão suas dissoluções...”-Pedro 2:2.

Não são Ministros feitos por Deus, como foi Paulo, mas, são “Ministros” feitos
pelo homem. Eles estavam em Colossos; eles estão, ainda, em nossos dias!

V - CONCLUSÃO

“E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: que Parábola é essa? E ele


disse: a vós é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros,
por parábolas, para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam”- Lucas
8:9-10.
Existem, na Bíblia, mistérios que não foram e não serão revelados a nós, mortais - “As
coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus...”. Porém, as que foram
reveladas - “...são para nós e para nossos filhos...” - Deuteronômio 29:29.

Colaboração para o Portal EscolaDominical : Prof. Antonio Sebastião da Silva

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