Anda di halaman 1dari 6

AlfaCon Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Constituição: Direitos Fundamentais���������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Direito à Liberdade������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Liberdade de Ação ou Princípio da Legalidade���������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Liberdade de Manifestação do Pensamento e Expressão�����������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
AlfaCon Concursos Públicos

Constituição: Direitos Fundamentais


Direito à Liberdade
O direito à liberdade encontra-se previsto de forma genérica no caput do Art. 5°. A liberdade é a
essência dos direitos de primeira geração, que inclusive são chamados de liberdades públicas.
A ideia de liberdade prevista no caput é bastante ampla e compreende a ideia de liberdade física,
de expressão, pensamento, religiosa.
Diversos direitos previstos no Art. 5° decorrem da ideia de liberdade, os quais serão analisados agora.
Liberdade de Ação ou Princípio da Legalidade
O inciso II do artigo 5° apresenta aquilo que a doutrina chama de liberdade de ação:

II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Esse inciso consagra o princípio da legalidade, em sentido AMPLO, também chamada de liberdade
matriz, base da noção de Estado de Direito. Por intermédio desse princípio os particulares somente serão
obrigados a fazer ou deixar de fazer alguma coisa em virtude de uma lei, de uma norma, que imponha ou
proíba um determinado comportamento. Isso significa que o particular é livre para fazer tudo aquilo que
a lei não proíba ou não determine. A regra é da autonomia da vontade.
Entretanto, essa ideia não é a mesma quando destinada ao Poder Público. Isso porque em um
Estado de Direito, o Poder Público se sujeita às leis, de modo que se aplica ao Estado o princípio da
legalidade estrita, segundo o qual o Estado não pode atuar contrariamente à lei ou, na sua ausência,
esse princípio voltado para a Administração Pública pode ser verificado no caput do Art. 37 da CF.1.
Dessa forma, podemos assim esquematizar o princípio da legalidade a depender do seu destinatário:
˃˃ PARA O PARTICULAR – A legalidade significa liberdade de agir, é dizer “fazer tudo que não
for proibido”. Princípio da AUTONOMIA DA VONTADE.
˃˃ PARA O PODER PÚBLICO – para o agente público legalidade significa “poder fazer tudo o que
for determinado ou permitido pela lei”. Princípio da LEGALIDADE ESTRITA.

A expressão LEI, no Art. 5°, II, refere-se à lei de uma forma ampla, genérica, aqui abordando
outras espécies normativas que não apenas a lei formal (aquela elaborada pelo Poder Legislativo).
Decorre daí a relevante distinção entre o princípio da legalidade e o princípio da reserva legal.
O PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL decorre do princípio da legalidade e ocorre quando
uma norma constitucional atribui determinada matéria exclusivamente à lei formal, ou seja, aquela
aprovada pelo Legislativo, excluídas as Medidas Provisórias e outras normas subordinadas. Ex.:
matérias envolvendo a criação de tipos penais.

1 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
2
AlfaCon Concursos Públicos

Dessa forma, podemos dizer que a legalidade é mais ampla que a reserva legal, pois esta tem
o seu conteúdo mais restrito àquelas hipóteses exigidas pela CF. Contudo, podemos dizer que a
reserva legal tem maior densidade ou conteúdo, pois exige um tratamento exclusivo do Legislati-
vo nas matérias previstas na CF.
˃˃ Reserva legal Simples e qualificada.

Como desdobramento do PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, podemos destacar:


˃˃ Atividade de tributação, que determina que os entes não podem aumentar ou exigir tributos
sem lei.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
˃˃ Tipificação de crimes, a CF exige a existência de lei formal na definição de tipos penais.
Art. 5° XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

Liberdade de Manifestação do Pensamento e Expressão


Dentro da ideia de liberdade de expressão, podemos destacar três incisos do Art. 5°: IV, V e IX.
Esse direito está diretamente ligado aos fundamentos da RFB, quais sejam: o Pluralismo Político
e a Dignidade da pessoa humana.
Vejamos o Art. 5°, IV:
Art. 5°, IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
Esta liberdade serve de amparo para uma série de possibilidades no que tange ao pensamento.
A manifestação do pensamento diz respeito à exteriorização de ideias, por escrito ou oralmente,
mas também o direito de ouvir, assistir e ler.
Assim como os demais direitos fundamentais, a manifestação do pensamento não possui caráter
absoluto, sendo restringida pela própria Constituição Federal, que proíbe seu exercício de forma
anônima.
A vedação ao anonimato impede, como regra, DENÚNCIAS ANÔNIMAS, também chamadas
de delações apócrifas, como fundamento único para a instauração de procedimentos criminais.
Contudo, o STF, entende como constitucionais as referidas denúncias (disque-denúncia) como
ferramenta de comunicação do crime, mas não podem servir como amparo para a instauração do
Inquérito Policial, muito menos como fundamento para a condenação de quem quer que seja. Este
posicionamento se aplica à instauração de qualquer tipo de procedimento investigatório, seja admi-
nistrativo, cível ou penal.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
3
AlfaCon Concursos Públicos

Desse modo, podemos concluir que a denúncia anônima não pode, isoladamente, servir de fun-
damento para instauração de processo formal contra o denunciado, autorizando apenas medidas
informais para a verificação dos fatos denunciados.
A vedação do anonimato não impede que o jornalista guarde o sigilo de suas fontes2, responden-
do ele, porém, caso opte pelo sigilo, por declarações falsas, injuriosas, difamatórias etc.
A vedação ao anonimato, além de ser uma garantia ao exercício da manifestação do pensamento,
possibilita o exercício do DIREITO DE RESPOSTA caso alguém seja ofendido, em matéria divulgada,
publicada ou transmitida por veículo de comunicação social, como prevê o inciso v do Art. 5° da CF:
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem;
O direito de resposta, que se manifesta como ação de replicar ou de retificar matéria publicada,
é exercitável por parte daquele que se vê ofendido em sua honra e é orientado pela ideia da proporcio-
nalidade, é dizer: a resposta deve ser assegurada no mesmo meio de comunicação em que a agressão
foi realizada, devendo ter o mesmo destaque e duração.
O direito de resposta é amplo e abrange ofensas, mesmo que não tenham caráter penal.
O direito de resposta, inobstante ser norma de eficácia plena e aplicabilidade imediata, é regulamen-
tado pela Lei 13.188/2015 que assegura o exercício desse direito de forma GRATUITA. Vejamos o Art. 2°:
Art. 2° Ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social é
assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo.
O direito de resposta ou retificação deve ser exercido no prazo decadencial de 60 (sessenta)
dias, contado da data de cada divulgação, publicação ou transmissão da matéria ofensiva, mediante
correspondência com aviso de recebimento encaminhada diretamente ao veículo de comunicação
social ou, inexistindo pessoa jurídica constituída, a quem por ele responda, independentemente de
quem seja o responsável intelectual pelo agravo.
O exercício do direito de resposta não afasta a possibilidade de indenização por dano: material,
moral ou a imagem. Vale destacar ainda que a indenização decorrente desses danos é cumulativa!
A CF ainda assegura o direito à LIBERDADE DE EXPRESSÃO:
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente-
mente de censura 3ou licença;
Dessa forma, no Brasil é assegurada a liberdade de expressão, sendo vedada a censura. Essa
vedação é confirmada pelo Art. 220, § 2°, da CF:
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,
processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 2° É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
A liberdade de expressão apresenta duas dimensões:
a) substancial: que consiste no próprio direito de pensar (Pluralismo político);
b) instrumental: que consiste no direito de expor o seu pensamento, de expressar suas ideias (ex.:
direito de reunião).
A liberdade de expressão, assim como a manifestação do pensamento não são absolutas, devendo
ser exercidas com responsabilidade pois encontram limites em outros direitos fundamentais, como,
por exemplo, a privacidade e a intimidade das pessoas.
Ademais, de acordo com a jurisprudência do STF a liberdade de expressão encontra limites nos
chamados discursos de ódio, voltadas ao combate do preconceito e da intolerância contra minorias
estigmatizadas.
2 XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
3 Art. 220, § 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
4
AlfaCon Concursos Públicos

A respeito do exercício da liberdade de expressão e manifestação do pensamento, já decidiu o STF:


Decisão do STF que vale a pena ser mencionada, é a que analisou a constitucionalidade da “marcha
da maconha”. De acordo com o Supremo, no julgamento da ADPF4 187, o movimento foi legítimo
e encontra fundamento na liberdade de manifestação do pensamento. De acordo com o STF, a mera
proposta de descriminalização de determinado ilícito penal não se confunde com o ato de incita-
ção à prática do crime, além disso não poderá ser feito o uso da droga durante a manifestação e não
poderá ter a participação de crianças e adolescentes.
O STF declarou inconstitucional a exigência de diploma de jornalismo para ser jornalista, haja
vista esta profissão ser um canal essencial para divulgação do pensamento e da informação.
Em respeito à liberdade de expressão, entendeu o STF5 não ser exigível autorização prévia6, da
pessoa biografada ou de seus familiares, para a publicação de obras biográficas ou audiovisuais. Des-
taca-se o trecho do referido julgado:
Em decorrência do direito à liberdade de expressão, decidiu o STF7 que é inconstitucional a proibi-
ção de tatuagem a candidato de concurso público, os ministros destacaram que a tatuagem passou
a representar uma autêntica forma de liberdade de manifestação do indivíduo, pela qual não pode
ser punido, sob pena de flagrante violação à CF. Entretanto, em situações excepcionais poderá ocorrer
restrição de pessoas com tatuagens quando o seu conteúdo viole valores constitucionais. (RE 898.450)
Exercícios
01. O princípio da legalidade estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei. Assim, os particulares podem fazer tudo o que a lei não
proíbe, enquanto a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite.
Certo ( ) Errado ( )
02. A reserva de lei é mais restrita que a legalidade no que concerne a densidade e conteúdo; en-
tretanto, a legalidade é mais abrangente que a reserva de lei pelo fato de atingir certas matérias
especificadas no próprio texto constitucional.
Certo ( ) Errado ( )
03. REYNARD ILLARY reuniu várias peças de seu acervo de artes plásticas (telas retratando tra-
balhadores em plena atividade laboral) e produziu um documentário, com imagens e sons, em
relação a elas. É correto afirmar que a divulgação dessa atividade artística é livre e independe
de censura ou licença.
Certo ( ) Errado ( )
04. Herculano, condômino, desgostoso com os atos de arbitrariedade praticados pelo síndico em
exercício do edifício onde reside, resolveu manifestar suas criticas por meio de cartas dirigidas
aos demais condôminos. Com medo de sofrer represálias do síndico, Herculano não se iden-
tificou nas cartas, reservando-se ao anonimato. Nesse caso, segundo a Constituição Federal, é
livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
Certo ( ) Errado ( )
05. Liberdade de pensamento, direito de resposta e responsabilidade por dano moral ou à imagem
constituem garantias, mas não direitos individuais.
Certo ( ) Errado ( )

4 Ação de descumprimento de preceito fundamental – ADPF


5 ADI 4815 – MIN. CÁRMEN LÚCIA
6 Em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença de pessoa biografada, relativamente a obras biográficas literárias ou audio-
visuais (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas).
7 RE 898450– Rel. Min. Luiz Fux.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
5
AlfaCon Concursos Públicos

06. O direito de resposta proporcional ao agravo tem abrangência ampla e aplica-se a todas as
ofensas, ainda que elas não sejam de natureza penal.
Certo ( ) Errado ( )
07. Legalmente, ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comuni-
cação social é assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo.
Certo ( ) Errado ( )
08. A dimensão substancial da liberdade de expressão guarda relação íntima com o pluralismo
político na medida em que abarca, antes, a formação da própria opinião como pressuposto
para sua posterior manifestação.
Certo ( ) Errado ( )
09. A liberdade de expressão é direito fundamental que viabiliza a autodeterminação do indivíduo
e guarda estreita relação com a dignidade da pessoa humana, possuindo, ademais, dimensões
instrumental e substancial, essa última compreendendo o direito aos meios adequados à ex-
pressão e à veiculação do que se pensa e do que se cria.
Certo ( ) Errado ( )
10. De acordo com a jurisprudência do STF, a exigência de diploma de curso superior para a
prática do jornalismo é compatível com a ordem constitucional, pois o direito à liberdade de
profissão e o direito à liberdade de informação não são absolutos.
Certo ( ) Errado ( )
11. Quando um jornalista denuncia fatos de interesse geral, como os relacionados às organiza-
ções criminosas especializadas no desvio de verbas públicas, está juridicamente desobrigado
de revelar a fonte da qual obteve suas informações.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Certo
02 - Errado
03 - Certo
04 - Certo
05 - Errado
06 - Certo
07 - Certo
08 - Certo
09 - Errado
10 - Errado
11 - Certo
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.
CANOTILHO, J.J. GOMES e outros. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2014.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 11. ed. Salvador: JusPodivm, 2016.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 15 ed. São
Paulo: Método, 2016.
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 2006.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
6

Anda mungkin juga menyukai