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A Comunidade Alternativa

Por Vanessa Valentina


14 de dezembro de 2005

As comunidades alternativas existem espalhadas pelo mundo todo, de várias formas e


maneiras e estão dando um exemplo de cooperativismo, cooperação, consciência grupal,
organização, equilíbrio dos planos material e espiritual; em fim, um modelo novo a ser copiado
por quem estiver interessado e afinado com essas propostas de vida.

O que expomos neste livreto é um estudo feito há um tempo atrás quando nos reuníamos
para debater as propostas alternativas de vida que vinham acontecendo e que sentíamos,
naquela época, a sua importância e por isso estou transcrevendo à todos os interessados e
aqueles que estão empenhados em organizar ou fundar uma comunidade, possam se utilizar
dessas humildes dicas deste amigo que desde 1975 se dedica ao Movimento Comunitário
Brasileiro e que já viveu em três comunidades alternativas e fundou duas neste nosso país
- A Aldeia Comunicampo em Mato Grosso e a Fraterniunidade em Goiás e passou uma
experiência na extinta Mãe d' Água em Minas Gerais, além de visitar muitos grupos por todo o
Brasil e também no exterior.

A Comunidade Alternativa
Por: Eknath
Nota: Eknath é atual membro e fundador da comunidade FRATER no Vale Dourado / GO - Brasil, e é uns dos
participantes mais antigos da ABRASCA e conseqüentemente dos ENCAS. Ao longo de muitos anos tem
desenvolvido um grande trabalho de resgate e visão ao movimento alternativo comunitário no Brasil.

Prefácio
Nossos agradecimentos à Aurora Espiritual, a Atmacharya Ashram, a Abrasca, a Comunicampo, a Fraterniunidade,
a Mãe d' Água e a Arca Banco de Dados, que também colaboraram neste trabalho, bem como ao Arnaldo com o
xerox da presente edição. A todos o nosso muito obrigado por estarmos juntos e formarmos essa grande família
em Aquarius!
Esperamos que este guia sirva de apoio e de incentivo à todos aqueles que estão empenhados na luta
comunitária e alternativa, não só em nosso país, mas em todo o mundo. NAMASTE!
(Eknath).

O que é uma comunidade?


É uma organização grupal, rural ou urbana, que visa integrar as pessoas em divisão de tarefas
e bens, como uma saída viável de vida equilibrada em todos os sentidos e planos, em contato
com a natureza e dando possibilidades a todos seus membros de se desenvolverem
interiormente, expandir suas consciências e realizar o ser integral em comunhão com o mundo
externo e a sociedade vigente.
A comunidade tem a possibilidade de dar a seus membros uma vida completa e verdadeira,
equilibrada e harmônica, desenvolvendo todos os planos, desde o físico, o emocional, o mental
e o espiritual, participando de atividades sociais, culturais, artísticas, educacionais, espirituais,
terapêuticas, etc.
Existem muitos tipos de organização comunitária, com tendências variadas ou de caráter
eclético e integral. A idéia de vida comunitária existe desde a Antigüidade, sempre com a
proposta de união, fraternidade e ajuda mútua, minimizando as dificuldades do mundo externo
e vigente. Enfim, é um termo amplo, mas que se resume em uma organização grupal humana
que visa encontrar as alternativas de vida, o Bem Comum e a Realização do Ser.

O que representa a decisão de formar uma comunidade?


Acreditamos que um dos maiores motivos de formação comunitária se deve ao
"inconformismo" com o sistema vigente em seus múltiplos aspectos: social, econômico,
religioso, educacional, cultural e espiritual. Quando vemos que um sistema já não nos satisfaz
mais, criamos um sistema paralelo para substituí-lo e é o que denominamos de "alternativo". A
revolta interna em relação ao que acontece externamente, a busca de soluções, a experiência
com o sistema vigente conhecendo suas deficiências, a injustiça social e econômica, a
educação intencionalista para o sistema consumista, etc. A pressão familiar, das religiões e da
sociedade, as escolas, a necessidade econômica, a pressão comercial e industrial, a poluição
em todos os sentidos, a falta de humanismo, de espiritualidade, a falta de tempo útil para as
artes, a cultura e o desenvolvimento interno; enfim, uma série de razões fizeram e fazem (e
farão) com que surjam sistemas alternativos. Existem muitos tipos de experiência comunitária,
a saber:

Comunidade Urbana - Comunidade Rural - Comunidade Rurbana - Condomínio Rural -


Condomínio Urbano - Condomínio Rurbano - Cooperativas - Associações Comunitárias - Pólos
ou Focos Comunitários Ecológicos - Cidades ou Aldeias Alternativas - Comunidades de Base -
Associações de Bairro - Associações de Moradores - Comunidades Indígenas - Comunidades de
Negros - Comunidades Árabes - Comunidades de Russos - Comunidades Kibutz - Comunidades
de Ciganos - Comunidades Ecológicas - Religiosas - Terapêuticas - Educacionais - Agrícolas -
Nômades - Circenses - Naturalistas - Nudistas - Ecléticas - Fraternidades Espiritualistas - Casas
de Encontros - Chácaras de Retiros - Ashrams - Monastérios - Mosteiros - Musicais e Artísticas
- etc!...

Um dos maiores problemas na mudança de sistema é o da adaptação à nova vida, que para a
maioria, deve ser gradativa, pois causa um impacto tanto para quem vai quanto para quem
fica e os aspectos familiares pesam, pois surge uma nova família para aquele que optou por
essa nova maneira de viver.
Os benefícios para o mundo do futuro são incontáveis, pois teremos um mundo mais
equilibrado e harmônico em todos os níveis e planos, mais justo e humano, espiritualizado e
socializado; educando-se integralmente os seres, teóricos e praticamente, dando-se as
crianças um futuro de esperanças reais para uma nova e bem aventurada vida. Acreditamos
que o sistema vigente está se tornando totalmente obsoleto e inviável e tem nos mostrado que
seguirá esse caminho.

Como escolher a terra?


Acreditamos que é importante limitar o número de membros de acordo com o tamanho da
terra adquirida, sendo que achamos que a área mínima seria de 30 hectares e a máxima de
500 hectares. Para uma área de 100 hectares, achamos que o número máximo de membros
seria de 50 pessoas, com folga, sem necessidades extremas ou urgentes. Buscar uma área
com reserva florestal, fauna, flora, plantações, lazer, etc; isso para uma comunidade rural ou
agrícola. Seriam 2 hectares por pessoa, para cada membro da comunidade. Isto para nós é o
ideal e acreditamos que no Brasil tem espaço para tal. Evitaríamos assim as aglomerações
humanas que as tornam desumanas a exemplo das grandes cidades que conhecemos e até
das menores. Seria a idéia de descentralizar os grandes centros urbanos, num equilíbrio entre
o urbano e o rural, a cidade em comunhão com a natureza, em povoações e aldeias, vilas, com
reservas ecológicas, áreas de lazer, cultura, práticas terapêuticas e artísticas, agricultura
natural, espiritualismo, construções harmônicas com a natureza e o meio ambiente, paisagismo
ecológico, etc.
A terra deve estar situada em lugar seguro, de preferência em lugar montanhoso (mais
protegido) e com nenhuma tendência para instalação de indústrias, estradas federais,
exploração de minério, etc.
Sugerimos que procurem a terra dentro dos Pólos Ecológicos existentes, por exemplo:
Chapada Diamantina, Chapada dos Guimarães, Chapada dos Veadeiros, Serra dos Pireneus,
Serra da Bocaina, Serra do Mar e alguns outros. Procure ver que a terra tenha água de fonte,
nascente dentro da terra, estrada de acesso razoável, fertilidade do solo boa, alguma casa
para iniciar e um pequeno pomar de preferência e sugerimos que assim que mudar plante o
máximo de árvores frutíferas possíveis.

Registro da terra
Achamos que a terra deve ser registrada em nome do grupo (Associação, fundação,
cooperativa, fraternidade, etc) e como reserva biológica e que no caso de extinção, seja
passada a terra para alguma comunidade similar conhecida ou para ABRASCA (Associação
Brasileira de Comunidades Alternativas), que se responsabilizaria pela condução da mesma na
forma semelhante à anterior, sendo que o trabalho continuaria com seu objetivo e missão
comunitária. A Associação direciona os trabalhos conseguindo pessoas para a sua
continuidade. A Associação serve de proteção a todos os grupos e a missão comunitária em
geral. Cada grupo pode filiar-se a ABRASCA ou através de uma das suas regionais em sua
região. Regionais da ABRASCA.

É óbvio que se tenha um estatuto e um regimento interno. A organização interna é


fundamental e básica para o bom funcionamento da comunidade. A terra estando registrada
em nome da comunidade cria mais responsabilidades e participação de seus membros e evita
o paternalismo, a centralização, ditadura pela posse, etc. Consulte diversos estatutos já
existentes e veja qual se aproxima mais ao vosso caso e adapte-o de acordo com as normas
estabelecidas pelo grupo. O estatuto deve ser muito bem feito e com cuidado.

Como se mudar?
A pessoa deve, em primeiro lugar, aceitar a possibilidade da nova vida que optou, acreditar
nela, buscá-la, querer a nova vida, compreendê-la profundamente, senti-la em todos os níveis
possíveis, amá-la de coração, conscientizá-la internamente, para então vivê-la integralmente
até passar a SE-LA em essência e plenamente em si mesmo. Este preparo interior é muito
importante, sendo que depois a pessoa se liberta dos laços da vida anterior, dívidas, anelos,
família, sociedade, etc, ficando livre totalmente, vendendo (caso queira) os seus bens e
aplicando na comunidade, sua nova vida e seu novo lar. Temos que ver e sentir a comunidade
como a nossa casa e senti-la de coração puro e aberto, aceitando-a conscientemente. É
importante que todos ajudem materialmente na construção, desenvolvimento e manutenção
da comunidade, para que assumam a sua cota de responsabilidade em todos os planos e
níveis e que sua estrutura interna e consciente possa levar a comunidade para seu aspecto
ideal e perfeito. Deixe a vida anterior para trás e viva totalmente a nova experiência, uma vez
conscientizada, sem olhar mais para trás, mas somente para frente a partir daquela decisão ter
sido tomada e SEJA FELIZ.

Primeiros dias na terra


Toda mudança requer adaptação interna prévia, para que, depois, no plano físico e emocional,
e até mental, não haja impactos, arrependimentos, choques, empecilhos fortes, dúvidas,
desistências, etc. Se a pessoa já se preparou antes, os primeiros dias na vida nova e no novo
local não serão difíceis, mas sim, cheios de alegria e criatividade plena. Quanto mais a pessoa
se preparou e se conscientizou anteriormente, melhor será a sua adaptação à nova vida, mais
feliz será a sua continuidade e assimilação da mesma.
Notamos que os maiores problemas surgem daqueles que não se preparam. Pode se ter uma
casa na cidade para contatos diretos com a sociedade alternativa e com a vigente,
transmitindo a esta última, nossa experiência e vivência comunitária da Nova Era. Pode-se e
deve-se ir à cidade próxima para contatos com as pessoas daquela sociedade que não deixa de
ser uma proposta comunitária também, apesar de muito desequilibrada e personalista.
A Comunidade logo que é formada deve iniciar seus trabalhos com agricultura, pomar, roça,
construções, reformas, organização interna (regimento e planejamento), viabilidade
econômica, contato social, cultural e espiritual, educação das crianças, ecologia do local,
reservas, etc, pois todo o tempo é precioso e deve ser bem aproveitado, para aplicação
imediata e com muito amor nos corações e paz nas mentes; além de tudo, com uma boa dose
de tranqüilidade.

Planificação da comunidade
A Comunidade deve ter uma organização que funcione, com um regimento interno claro e
preciso; disciplina para despertar a autodisciplina em cada um de seus membros; comissões de
trabalho, setores com coordenadores em cada área e, se quiserem, fazer o rodízio para que
todos passem pela experiência integral da comunidade, caso o membro queira evidentemente.
TUDO NA COMUNIDADE DEVE SER VOLUNTÁRIO!
Deve ter reuniões semanais e extraordinária caso precise com um assunto urgente, definir bem
suas metas, finalidades e objetivos, busca interior e realização do ser como meta maior, pois
uma comunidade sem uma busca maior (espiritual) costuma não desenvolver integralmente e
ir para frente com harmonia e equilíbrio, alimentação adotada e damos sugestão de ser a mais
natural possível (vegetariana e integral) bem como a própria agricultura que a mantém;
desenvolver a consciência ecológica em cada um, equilíbrio em todos os planos através da
consciência ampla e desenvolvida, do conhecimento e autoconhecimento, para a auto-
realização de cada um de seus integrantes, pois UMA COMUNIDADE FELIZ SE FAZ COM
MEMBROS FELIZES! Visar o Bem Comum para ter uma vida alternativa equilibrada, para uma
sociedade humana e justa, verdadeira em suas bases e nas tônicas do AMOR E DA PAZ!

Subsistência da comunidade
A Comunidade deve estar organizada internamente para funcionar externamente e ter
subsistência, que a levará a auto-suficiência em todos os planos. Deve ter agricultura variada
em hortas, pomares, roças e jardins, publicações, artesanato, apicultura, vivências de fim de
semana com cursos, casa de encontros nas cidades, bazar com os produtos a venda, caixa de
doações, sala de terapias, yoga e meditação (Templo), local para cursos e palestras, etc.
Aplicar as doações para ampliação e melhoramento da própria comunidade e de seus
membros, venda dos excessos dos produtos nas feiras livres da localidade mais próxima,
trocas com os vizinhos, os plantios "na meia" ou "na terça", fabricação caseira de diversos
produtos, participação do movimento como um todo, encontros, seminários, viagens, etc.

Departamentos
Templo ou sala de meditação, sala de terapias ou práticas de yoga (espirituais), farmácia e
ambulatório, biblioteca coletiva, escritório, sala de costura ou atelier para artesanatos em
geral, sala de artes, videoteca (caso tiver energia elétrica) e sala de som, oficina, cozinha e
refeitório coletivos, depósito ou dispensa, paiol, ferramentaria, sala de sementes, quartos
dormitórios ou casa de hóspedes e casa para pretendentes a membros, casas individuais para
os residentes e membros fixos mais antigos, sala de reuniões, palestras ou encontros, quadro
mural de avisos, departamento de limpeza, comissão da horta, pomar e roça, comissão dos
jardins, meio ambientes e paisagismo, educação e escola para as crianças, comunicação e
contatos, divulgação e imprensa alternativa (boletins, livros, panfletos, etc), herbário (plantas
medicinais), etc.

Que as casas sejam ecológicas e que ofereçam um conforto simples e aconchegante,


necessário para o bem estar de todos. "O NEGÓCIO É SER PEQUENO", portanto, que as
comunidades tenham um limite equilibrado de população e de área, pois temos visto que os
extremos são prejudiciais em todos em seus aspectos e planos. Muitas mudanças realmente
são ocasionadas pelas necessidades que vão surgindo e que existem, dando um toque de
consciência e ativando para a ação imediata. Se agentes internos não agem, o externo faz a
sua parte e estimulam movimento e evolução, crescendo-se sempre para o "alto", para o SER.

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