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Noções Gerais sobre o Controle Social na Saúde

2.1. Contexto Histórico

A participação da comunidade na área de saúde foi uma conquista do povo


brasileiro depois de muita luta e negociação. Essa luta foi conduzida pelo
Movimento da Reforma Sanitária e atingiu seu ponto máximo de mobilização
por ocasião da realização da 8ª Conferência Nacional de Saúde de 1986, da
qual participaram mais de 4.000 pessoas de todos os estados do Brasil, e
durante o Processo Constituinte, em 1987 e 1988.

O direito da sociedade de participar do controle social na saúde foi resultado


daquela grande mobilização e está assegurado na Constituição Federal de
1988, tendo sido regulamentado pela Lei nº 8.142, de 28 de novembro de
1990. Foi essa lei que criou os Conselhos de Saúde e as Conferências de
Saúde como instâncias colegiadas do Sistema Único de Saúde - SUS - em
cada esfera de governo (art. 1º). Essas instâncias foram criadas para
representar um espaço na qual as vozes de diferentes setores da sociedade
fossem ouvidas e respeitadas. A participação nesses Conselhos e
Conferências é também um direito e um dever de cidadania.

2.2. Importância do Controle Social

Vale trazer à colação o entendimento do Ministro Carlos Ayres de Brito:

“A participação da comunidade no SUS significa o povo assumindo enquanto


instância deliberativa, tanto quanto se assumem como instância deliberativa os
representantes eleitos por esse mesmo povo”

Sabemos que a participação popular é difícil, mas a construção de uma


sociedade melhor, mais justa e democrática se faz com a participação de
todos. É por isso que o controle social deve ser incentivado e vivido no dia a
dia, como exemplo de cidadania para a comunidade.

2.3. Legislação Aplicável

A Constituição Federal, no art.198, dispõe sobre as diretrizes que norteiam as


ações e políticas de saúde, prevendo: a descentralização em cada esfera de
governo; rede regionalizada e hierarquizada; atendimento integral, priorizando
as ações preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais e estabelece a
participação comunitária.

-A Lei Complementar nº 141, de 13.1.2012, que regulamentou o §3º do art.198,


da Constituição Federal.

-A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições


para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
-A Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e
dá outras providências.

- A Resolução nº 453, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), de 10.5.12,


dispondo sobre as diretrizes para instituição, reformulação, reestruturação e
funcionamento dos Conselhos de Saúde. A Resolução nº 333/CNS, de 2003,
foi revogada.

- As Leis Municipais específicas e o Regimento Interno de cada Conselho


Municipal, elaborados de acordo com a Lei nº 8.142 e Resolução CNS nº
453/2012, assegurarão a autonomia dos Conselhos Municipais, definindo suas
estruturas de acordo com as especificidades regionais, porém sempre atentos
ao mínimo estabelecido na legislação federal, para desempenho eficiente de
suas funções.

- Portaria nº 3332 de 28/12/2006, aprova orientações gerais relativas aos


instrumentos do Sistema de Planejamento do SUS. ;

- Portaria GM nº 3.176, de 29.12.2008 que aprova orientações acerca da


elaboração, aplicação e do fluxo do Relatório Anual de Gestão e quanto a
informações do Plano de Saúde;

- Portaria GM/MS nº 575 de 29.3.2012 que institui e regulamenta o uso do


Sistema de Apoio ao Relatório Anual de Gestão (SARGSUS);

- Resolução CNS nº 459 de 10.10.2012- Modelo padronizado do Relatório


Quadrimestral.

2.4. Participação Social: Conferências e Conselhos de Saúde

O Sistema Único de Saúde é organizado de acordo com três diretrizes, dentre


as quais a participação da comunidade na formulação, fiscalização e no
acompanhamento da implantação de políticas de saúde, nos diferentes níveis
de governo, conforme estabelece o art. 198, III, da Constituição Federal.

As Conferências de Saúde são espaços institucionais destinados a analisar os


avanços e retrocessos do SUS e propor diretrizes para a formulação de
políticas de saúde e devem ser realizadas pelos três níveis de governo.

Os Conselhos de Saúde são órgãos colegiados deliberativos e permanentes do


Sistema Único de Saúde, existentes em cada esfera de governo e integrantes
das Secretarias de Saúde e do Ministério da Saúde, com composição,
organização e competência fixadas pela Lei nº 8.142/90.

Atuam na formulação e proposição de estratégias, e no controle da execução


da política de saúde, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros.
Suas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído
em cada esfera do governo.

Desde a edição das Leis nº 8080, de 19/9/90 e 8.142, de 28/12/90, a


existência e o funcionamento dos conselhos de saúde são requisitos
exigidos para a habilitação e o recebimento dos recursos federais
repassados “fundo a fundo” aos municípios. Essa exigência foi ratificada
pelo parágrafo único do art. 22 da LC nº 141/2012.

2.5. Conferência Municipal de Saúde:

Objetivos:

-Avaliação da situação de saúde do município;

-Votação das prioridades na área da saúde para o município (formulação de


diretrizes para a política de saúde);

-Subsídio para a elaboração do Plano Municipal de Saúde.

O Promotor de Justiça deve acompanhar a execução do Plano Municipal


de Saúde, cobrando dos gestores a implementação das ações definidas e
aprovadas nas conferências e nos conselhos de saúde.

Prazo para realização:

A Lei nº 8.142/90 determina que as Conferências Municipais de Saúde se


realizem em prazo determinado por lei, mas, no mínimo, a cada 4 (quatro)
anos, com a representação dos vários segmentos sociais.

Convocação:

No município, a decisão política de convocar a conferência deve ser do


Prefeito, Secretário de Saúde (gestor do SUS) ou, extraordinariamente, do
Conselho Municipal de Saúde. ( art. 1º,§1º da Lei 8.142/90)

A Conferência Municipal de Saúde deve ter sua organização e normas de


funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo Conselho
Municipal de Saúde, conforme a Lei nº 8.142/90 (art. 1º, §5º). Deve contar com
a participação dos usuários (50%), de representantes do governo, dos
prestadores de serviços e dos trabalhadores de saúde.

2.6. Conselho Municipal de Saúde

Definição:
É um órgão colegiado de caráter permanente, deliberativo, normativo e
fiscalizador das ações e serviços de saúde no âmbito do SUS, no município,
formado por representantes dos gestores, profissionais e usuários de saúde.

Criação:

A criação é estabelecida por lei municipal ordinária, elaborada com base na Lei
nº 8.142/90. O regimento ou regulamento interno deve ser aprovado pelos
conselheiros, através de decisão do Plenário do Conselho.

Os conselheiros podem se reunir para deliberar sobre eventuais mudanças na


lei que institui o conselho, especialmente quanto a sua estrutura, composição e
exercício do cargo de Presidente do Conselho, encaminhando a proposta ao
Prefeito Municipal, para propositura de projeto de lei de alteração na Câmara
de Vereadores. No caso de criação de cargos junto ao conselho, como
contador ou secretário, a ser provido por concurso público, a iniciativa de lei é
exclusiva do Chefe do Poder Executivo local, podendo o Conselho solicitar ao
Prefeito a proposição de lei neste sentido.

Natureza Jurídica:

É inovadora, já que é um espaço público institucionalizado, sem vinculação


exclusiva ao governo ou à sociedade civil organizada. Assim, possui natureza
jurídica sui generis, sendo órgão estatal especial, que integra a estrutura da
Secretaria de Saúde dos Municípios e devem ser compostos paritariamente por
agentes governamentais e não governamentais e, seus atos são emanados de
decisão coletiva.

Composição:

A Lei nº 8.142/90 também estabeleceu que os conselhos de saúde devem ter


composição PARITÁRIA, o que significa que a soma dos representantes dos
usuários de saúde deve ser igual à soma dos representantes dos
trabalhadores de saúde e dos representantes dos gestores e prestadores
de serviços ao SUS.

A composição paritária deve ocorrer da seguinte forma:

Conselho de Saúde: -50% de usuários de saúde (sindicatos, associações,


movimentos sociais, etc)

-25% de profissionais de saúde (médicos,


enfermeiros, sindicatos e conselhos profissionais)

-25% de prestadores de serviços ao SUS e gestores


(instituições filantrópicas ou conveniadas e representantes do governo)
Os usuários devem sempre ser a metade dos conselheiros, pois, se isso não
ocorrer, o objetivo de promover a melhoria do SUS para os seus usuários, por
meio do conselho, pode ficar prejudicado!

As entidades que participam do conselho devem ser independentes da gestão.


Para o conselho dar certo, deve haver independência política. Isso para que
as decisões reflitam, de fato, as reais necessidades dos usuários do SUS. O
conselheiro lutará pela defesa e pela melhoria da saúde da população, através
do SUS. Sempre a favor do SUS.

O número de conselheiros será indicado pelo Plenário do Conselho e da


Conferência Municipal de Saúde, devendo ser definido em Lei.

2.6.1 Atribuições legais: (art. 1º, II, §2º, LF 8142/90)

Para que o cumprimento do que a Lei determina, o Conselho deve exercer o


controle social do SUS. Isso cabe ao Conselho participar da fiscalização e
planejamento das políticas de saúde, propondo a forma de emprego dos
recursos destinados a estas.

Os projetos previstos no plano municipal de saúde deverão ser objeto de


inclusão no Orçamento do Município, através da Lei Orçamentária, Lei de
Diretrizes Orçamentárias e do Plano Plurianual.

Do mesmo modo, o Conselho deve exercer o controle, o planejamento e a


fiscalização do Fundo Municipal de Saúde, para onde são destinados os
recursos a serem gastos com a saúde no Município.

Atua, portanto, na formulação e proposição de estratégias e no controle da


execução das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e
financeiros, através do exercício de atribuições, como as seguintes:

-Deliberar sobre estratégias e atuar no controle da execução da Política


Municipal de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros,

-Deliberar, analisar, controlar e apreciar, no nível municipal, o funcionamento do


Sistema Único de Saúde;

- Aprovar, controlar, acompanhar e avaliar o Plano Municipal de Saúde;

-Apreciar, previamente, emitindo parecer sobre o Plano Municipal e a aplicação


de recursos financeiros transferidos pelos Governos Federal, Estadual e do
orçamento municipal consignados ao Sistema Único de Saúde;

-Apreciar a movimentação de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde,


no âmbito municipal e pronunciar-se conclusivamente sobre os relatórios de
gestão do Sistema Único de Saúde apresentados pela Secretaria Municipal da
Saúde;
- Acompanhar e fiscalizar os procedimentos do Fundo Municipal de Saúde;

-Propor critérios para a criação de comissões necessárias ao efetivo


desempenho do Conselho Municipal de Saúde, aprovando, coordenando e
supervisionando suas atividades e apreciar os parâmetros municipais quanto à
política de recursos humanos para a saúde;

-Promover a articulação interinstitucional e intersetorial para garantir a atenção


à saúde constitucionalmente estabelecida;

-Solicitar aos órgãos públicos integrantes do Sistema Único de Saúde no


Município a colaboração de servidores de qualquer graduação funcional, para
participarem da elaboração de estudos, para esclarecimento de dúvidas, para
proferirem palestras técnicas, ou, ainda, prestarem esclarecimentos sobre as
atividades desenvolvidas pelo órgão a que pertencem;

- Apreciar a alocação de recursos econômicos financeiros, operacionais e


humanos dos órgãos institucionais integrantes do Sistema Único de Saúde;

-Manter diálogos com dirigentes dos órgãos vinculados ao Sistema Único de


Saúde, sempre que entender necessário;

-Aprovar o regimento, a organização e as normas de funcionamento da


Conferência Municipal de Saúde;

- Elaborar propostas, aprovar e examinar quaisquer outros assuntos que lhes


forem submetidos, dentro de sua competência.

Como exemplo de estratégia de atuação e da construção de política de saúde,


através dos Conselhos na comunidade, tem-se o caso de um Município que
inaugura Posto de Saúde, entretanto, os bairros vizinhos continuavam a
apresentar altos índices de infecção e baixo índice de vacinação, além de baixo
índice de frequência escolar das crianças. O Conselho de Saúde local, ao
indagar a comunidade sobre a situação, obteve a informação de que entre o
Posto de Saúde e o bairro havia um córrego a ser cruzado, que gerava
aumento de doenças e baixas na frequência escolar, sendo indicada a
construção, no plano imediato, de uma ponte, que evitasse o contato com o
córrego, o que preveniu a aquisição de nova ambulância para remoções e novo
Posto de Saúde, ampliando a frequência à unidade básica de saúde e
reduzindo índices de infecção.

Portanto, a Lei 8.142/90 estabeleceu que os conselhos de saúde devem


encontrar formas de colocar em prática as políticas de saúde e controlar a
execução dessas políticas, inclusive em relação à aplicação dos recursos
públicos na saúde.

2.6.2 Orçamento do conselho de saúde:


Em geral, o dinheiro para cobrir os custos de funcionamento do conselho vem
do orçamento do Poder Executivo, através das respectivas secretarias de
saúde. Vale lembrar que o dinheiro destinado ao conselho de saúde deve ser
gerenciado pelo próprio. A Resolução nº 453/2012 acrescenta que o conselho
de saúde terá poder de decisão sobre o seu orçamento, não será mais apenas
o gerenciador de suas verbas. Essa é uma questão muito importante para a
independência dos conselhos.

As secretarias de saúde devem garantir que os conselhos possuam


independência. A garantia de recursos financeiros (dotação orçamentária)
possibilita ao conselho ter, quando necessário, sua secretaria executiva, a qual
é composta por pessoas para trabalhar no dia a dia do conselho e cuidar das
reuniões e das comunicações. Os recursos financeiros também possibilitam
que o conselho mantenha sua estrutura administrativa e logística (sala própria,
móveis, como: cadeiras e mesa, telefone, computador, internet etc.). Garantem
também o deslocamento de conselheiros e materiais de divulgação, além de
custear ações de educação do conselho na comunidade. A realização das
conferências de saúde também faz parte das atividades a serem realizadas
com a dotação orçamentária do conselho e com a ajuda da secretaria de
saúde.

2.6.3 Conselheiros de Saúde:

O número de conselheiros será indicado pelo plenário do conselho e pelas


conferências de saúde e deve ser definido na lei de criação do conselho.

O mandato dos conselheiros será definido pelas respectivas representações.


As entidades, movimentos e instituições eleitas para o conselho de saúde terão
seus representantes indicados, por escrito, conforme processos estabelecidos
pelas respectivas entidades, movimentos e instituições e de acordo com a sua
organização, com a recomendação de que ocorra renovação de seus
representantes.

Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de representações de


usuários, trabalhadores e prestadores de serviços, ao seu critério, promovam a
renovação de, no mínimo, 30% de suas entidades representativas.

A escolha dos conselheiros deve ser amplamente divulgada, para que os


grupos da sociedade possam saber e indicar representantes. A escolha dos
conselheiros pode ser feita por eleição ou por indicação, de acordo com o
previsto no regimento interno do próprio conselho.

Cada conselheiro representa uma parte da sociedade e está no conselho para


levar as necessidades e as sugestões da sua comunidade para as políticas de
saúde.
Não se pode confundir o trabalho do conselho de saúde com o trabalho da
Secretaria de Saúde. O conselho, em linhas gerais, propõe o que deve constar
na política de saúde e fiscaliza sua execução e a utilização de recursos
financeiros. A Secretaria de Saúde executa a política de saúde

O conselheiro deve rever o relatório da última conferência de saúde e


acompanhar suas deliberações.

Os Conselheiros não devem aceitar deliberar sobre documentos ou matérias


aos quais não tiveram acesso ou sobre os quais não foram plenamente
esclarecidos.

É importante lembrar que os conselheiros de saúde têm o papel fundamental


de acompanhar, de perto, como está a saúde da população e a qualidade dos
serviços oferecidos. Isso acontece porque o conselheiro pode chegar onde,
muitas vezes, os gestores ou outras autoridades não podem ir.

2.7. A Presidência do Conselho de Saúde:

O conselho de saúde deve ter um presidente eleito por seus membros. O


Ministério Público do Piauí deve recomendar a completa adoção da regra
democrática de eleição direta para o cargo de Presidente do Conselho de
Saúde, nos termos da Resolução nº 453, de 10 de maio de 2012 do
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, que dispõe sobre a instituição, reformulação,
reestruturação e funcionamento dos Conselhos de Saúde, nos seguintes termos:

“O Conselho de Saúde será composto por representantes de entidades, instituições e


movimentos representativos de usuários, de entidades representativas de trabalhadores da
área da saúde, do governo e de entidades representativas de prestadores de serviços de
saúde, sendo o seu presidente eleito entre os membros do Conselho, em reunião
plenária. Nos municípios onde não existem entidades, instituições e movimentos organizados
em número suficiente para compor o Conselho, a eleição da representação será realizada em
plenária no Município, promovida pelo Conselho Municipal de maneira ampla e democrática.”

Ao refletir a necessidade de autonomia do Conselho, essa diretriz importa em


observância ao Princípio da Moralidade e ao Princípio Democrático, insculpidos
na Constituição da República.

Considerando que a função do Conselho de Saúde é fiscalizar e controlar os


gastos do Fundo de Saúde, bem como o encaminhamento para o seu Plenário
e para outras entidades, como Ministério Público e Tribunal de Contas, de
notícias de irregularidades na aplicação dos recursos destinados à saúde e na
execução da política pública, afigura-se, a princípio, incompatível o
exercício da função de Presidente do Conselho pelo Gestor, seja
Secretário Estadual ou Secretário Municipal de Saúde, dependendo da
esfera.
A prevalecer o ideário do controle social almejado com o SUS, o Secretário da
Saúde não deverá sequer compor o órgão colegiado, permitindo maior isenção
entre os pares e viabilizando o embate de ideias e propostas em igualdade de
condições, lembrando sempre que ao Gestor Público caberá a tarefa de
homologar essas decisões. Na forma atual, o gestor pode limitar a capacidade
produtiva dos conselheiros, na medida em que antecipa sua posição sobre o
tema, sufocando o encaminhamento das reivindicações a outros canais da
estrutura de Estado e mesmo da sociedade, como o Ministério Público e o
Tribunal de Contas.
A questão pode ser, é claro, objeto de debate e análise no caso concreto, já
que não existe dispositivo normativo determinando a proibição de que a
presidência do Conselho Municipal de Saúde seja exercida pelo gestor da
saúde no município.
No Município de Teresina, por exemplo, a chefia do Conselho de Saúde
não é mais exercida pelo Presidente da Fundação Municipal de Saúde,
bem como no Conselho Estadual de Saúde o presidente não é o Secretário
Estadual de Saúde. Tais mudanças ocorreram recentemente a partir da
mudança nas leis de criação dos respectivos conselhos e se deu com essa
reivindicação e a luta de diversas instituições, dentre as quais, o Ministério
Público Estadual.

Vale registrar, porém, que essa não é uma obrigatoriedade, conforme


observado nas diretrizes da Resolução nº 453/2012.

2.8 Reuniões e decisões do Conselho Municipal de Saúde:

A Resolução 453/2012 do Conselho Nacional de Saúde (Quarta Diretriz, IV)


recomenda que o plenário do conselho reúna-se, no mínimo, uma vez por mês
e, extraordinariamente, quando necessário, e terá como base o seu Regimento
Interno. As reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde, além de serem
abertas ao público, deverão acontecer em espaços e horários que possibilitem
a participação da sociedade.
É importante que os assuntos tratados em cada reunião sejam registrados em
ata. Sugere-se, por sua vez, que o Ministério Público requisite as atas das
reuniões, a fim de acompanhar as deliberações sobre os problemas de saúde
discutidos.

A pauta e o material de apoio às reuniões devem ser encaminhados aos


conselheiros com antecedência mínima de 10 (dez) dias, para facilitar os
trabalhos durante a reunião e permitir que os assuntos em pauta sejam
conhecidos previamente.

Sabe-se que, por vezes, a convocação dos conselheiros para as reuniões não
acontece com a antecedência necessária ou, pior, simplesmente não acontece.
É importante que o regimento interno defina a antecedência mínima para a
convocação das reuniões, para o recebimento da pauta com os assuntos a
serem discutidos e de cópia da ata da reunião anterior. Caso o regimento
interno não fale de tais assuntos, pode-se sugerir que eles sejam incluídos.

O Pleno do Conselho de Saúde deverá manifestar-se por meio de resoluções,


recomendações, moções e outros atos deliberativos.

As resoluções serão obrigatoriamente homologadas pelo secretário municipal


de saúde, em um prazo de 30 (trinta) dias, dando-se-lhes publicidade oficial.
Decorrido o prazo mencionado e não sendo homologada a resolução e nem
enviada justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde com proposta de
alteração ou rejeição a ser apreciada na reunião seguinte, as entidades que
integram o Conselho de Saúde podem buscar a validação das resoluções,
recorrendo à justiça e ao Ministério Público, quando necessário. Vide
Resolução nº453/12, Quarta diretriz, XII.

2.9. Infraestrutura do Conselho Municipal de Saúde:

-Secretaria Executiva com servidor (es);

-Área física para o Conselho de Saúde;

-Contador ou disponibilização de um;

-Computador ligado à internet e impressora;

-Previsão de recursos para transporte, diárias, material, mobiliário, telefone,


fotocopiadora, etc.

-Veículo ou sua disponibilização.

O Conselho de Saúde, ao apreciar, emendar e aprovar o Plano de Saúde ( 4


em 4 anos) e a Programação Anual de Saúde (anualmente), deve verificar se
há previsão de infraestrutura para o Conselho de Saúde. Se não tiver,
apresentar emenda.

3. Prestação de contas do gestor:

Os gestores da saúde (prefeito ou governador e secretário de saúde) devem


prestar contas dos gastos com a saúde ao conselho.

De acordo com a Lei Complementar nº 141, de 13/1/2012, a prestação de


contas deve acontecer a cada 4 (quatro) meses, por meio de relatório
detalhado ( Relatório Quadrimestral), conforme art. 36, in verbis:

“Art. 36. O gestor do SUS em cada ente da Federação elaborará Relatório detalhado
referente ao quadrimestre anterior, o qual conterá, no mínimo, as seguintes
informações:
I - montante e fonte dos recursos aplicados no período;

II - auditorias realizadas ou em fase de execução no período e suas recomendações e


determinações;

III - oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e


conveniada, cotejando esses dados com os indicadores de saúde da população em
seu âmbito de atuação.

§ 1o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão comprovar a


observância do disposto neste artigo mediante o envio de Relatório de Gestão ao
respectivo Conselho de Saúde, até o dia 30 de março do ano seguinte ao da
execução financeira, cabendo ao Conselho emitir parecer conclusivo sobre o
cumprimento ou não das normas estatuídas nesta Lei Complementar, ao qual será
dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, sem
prejuízo do disposto nos arts. 56 e 57 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
2000.

§ 2o Os entes da Federação deverão encaminhar a programação anual do Plano de


Saúde ao respectivo Conselho de Saúde, para aprovação antes da data de
encaminhamento da lei de diretrizes orçamentárias do exercício correspondente, à
qual será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público.

§ 3o Anualmente, os entes da Federação atualizarão o cadastro no Sistema de que


trata o art. 39 desta Lei Complementar, com menção às exigências deste artigo, além
de indicar a data de aprovação do Relatório de Gestão pelo respectivo Conselho de
Saúde.

§ 4o O Relatório de que trata o caput será elaborado de acordo com modelo


padronizado aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde, devendo-se adotar modelo
simplificado para Municípios com população inferior a 50.000 (cinquenta mil
habitantes).

§ 5o O gestor do SUS apresentará, até o final dos meses de maio, setembro e


fevereiro, em audiência pública na Casa Legislativa do respectivo ente da Federação,
o Relatório de que trata o caput. “

Caso não seja observada a exigência supra, o conselho pode entrar em


contato com a(o) Promotor(a) de Justiça do município. O Ministério Público
tem sido o principal parceiro do conselho de saúde para fazer valer suas
atribuições previstas na lei e também para garantir que os gestores locais
cumpram a legislação relacionada à saúde municipal.

4. Situações que possibilitam a atuação do Conselho Municipal:

É importante que os conselheiros estejam sempre muito bem informados a


respeito das condições de saúde do seu município, a fim de subsidiar a sua
intervenção, como por exemplo:
-Quais são as ações e serviços de Atenção Básica à saúde que estão sendo
desenvolvidos;

- Quais os problemas de saúde mais comuns na população;

-De que maneira o Município encaminha a sua população para os Municípios


de referência quando necessita de algum serviço não disponível no local, seja
rotineiro ou não;

- Quais são os serviços disponíveis para a população. Qual a carência de


determinados serviços;

-Qual o número de atendimentos realizados nos postos/centros de saúde,


maternidades e hospitais, a cada mês;

- Quais as especialidades oferecidas nas unidades de saúde e o número de


consultas realizadas por especialidade nessas unidades de saúde (por
exemplo, na pediatria, na clínica-geral);

- Se há falta de médicos especialistas na região. Em quais especialidades.


Para onde a população está sendo encaminhada para atendimento
especializado;

-Quantas crianças devem ser vacinadas. Qual a quantidade de vacinas


disponíveis para as próximas campanhas e qual o número de doses previstas
para serem aplicadas;

- Se existe Programa de Agentes Comunitários de Saúde implantado e que


parcela da população abrange;

- Se existe o Programa de Saúde da Família implantado e qual a cobertura;

- Qual o número de unidades de saúde e sua localização no Município, sejam


unidades básicas de saúde, postos, unidades de odontologia, hospitais ou
laboratórios;

- O número de leitos por clínica, tanto médica, pediátrica, cirúrgica e obstétrica,


que o Município tem disponível para o Sistema Único de Saúde-SUS;

- Se os serviços estão devidamente organizados;

- Quem autoriza e controla as internações e se existe central de marcação de


consultas, exames e internações;

- De que maneira está organizada a distribuição de medicamentos no


Município;

-Se a Vigilância Sanitária está implantada e atuante;

- Aferir se o Município descumpre a regra do Concurso Público.


Conhecendo os problemas do seu bairro e do seu município, bem como, as
políticas públicas necessárias para enfrentá-los, o conselheiro poderá
estabelecer prioridades pelas quais irá lutar no Conselho e se sentirá seguro a
respeito de suas reivindicações.

5. Acervo para o desempenho das funções de Conselheiro:

-Lei Municipal atualizada da criação do Conselho Municipal de Saúde;

-Lei Municipal atualizada da criação do Fundo Municipal de Saúde;

-Regimento Interno atualizado do Conselho Municipal de Saúde;

-Plano Municipal de Saúde 2010/2013;

-Programação Anual de Saúde de cada ano;

-PPI da Assistência em Saúde atualizada;

-SIOPS: relatório sucinto do 1º semestre e do anual;

-Relatório Anual de Gestão do ano anterior; indicadores pactuados e resultados


alcançados;

-Relação Municipal de Medicamentos em vigor;

-Índice médio mensal de cobertura (de abastecimento) dos medicamentos;

-Ata das reuniões do Conselho Municipal de Saúde;

-Ata da audiência pública de prestação quadrimestral de contas da execução


do orçamento de saúde pelo Secretário Municipal de Saúde.

6.Instrumentos de Planejamento do SUS. Algumas obrigações legais do


Município, por meio da sua Secretaria Municipal de Saúde, em 2013.
( Elaborado por José Adalberto Dazzi-MP/ES):

Até o início de setembro de 2013, o Prefeito deverá encaminhar o Projeto de


Lei do PPA-2014/2017 - Plano Plurianual de Aplicação à Câmara Municipal.

O Plano de Saúde Plurianual - PSP 2014/2017 (é linguagem usada pela Lei


Complementar nº 141/2012), que é elaborado pela Secretaria Municipal de
Saúde, após apreciado e aprovado pelo Conselho Municipal de
Saúde, integrará o Projeto de Lei do PPA 2014/2017.

BOM SABER: Qual é o estágio atual do PSP 2014/2017 do seu


Município. Novo PSP só será elaborado em 2017, para os anos de 2018/2021.
O Município, por meio da sua Secretaria Municipal de Saúde, elabora também,
em 2013, a sua Programação Anual de Saúde -PAS do PSP 2014/2017 para
o ano de 2014.

Após a apreciação e a aprovação do Conselho Municipal de Saúde, a PAS


para 2014 integrará dois projetos de Lei: 1) LDO 2014 - Lei de Diretrizes
Orçamentárias; 2) LOA 2014 - Lei Orçamentária Anual.

A Lei Complementar nº 141/12 determina que a Secretaria Municipal de Saúde


encaminhe a Programação Anual de Saúde para 2014, antes do envio do
Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO 2014 à Câmara Municipal.

BOM SABER: Qual o atual estágio da PAS para 2014 do seu Município.

A Programação Anual de Saúde conta com dois relatórios, trazendo os


resultados alcançados com a execução da PAS:

1)Relatório Quadrimestral: apresentado: a) ao Conselho Municipal de Saúde


(ver§ 5º, do art.36 e art. 41 da LC 141/12); b) à Câmara Municipal, em
audiência pública.

Prazos para a sua apresentação:

a) 1º quadrimestre do ano: até o final de maio de 2013;

b) 2º quadrimestre do ano: até o final de setembro de 2013;

c) 3º quadrimestre: até o final de fevereiro de 2014.

Obs: Em todas as audiências deverá ser dado acesso ao público, segundo a


LC 141/12 e o Conselho Municipal de Saúde deverá avaliá-lo e
apresentar indicações ao Prefeito, segundo o art. 41 da LC 141/12.

2) Relatório Anual de Gestão - RAG 2012: apresentado ao Conselho


Municipal de Saúde até 30 de março de 2013, por determinação da
LC 141/12); até 31 de maio de 2013, o Conselho Municipal de Saúde deve
sobre ele emitir parecer conclusivo, nos termos do art. 36, § 1º da LC 141/12.

A Secretaria de Saúde deve alimentar o SARGSUS, do Ministério da Saúde, o


que permite o seu acesso ao público, por determinação da LC nº 141/12,
conforme orientação da Portaria GM nº 575, de 29/3/2012.

7. Conceitos:

7.1. Plano de Saúde- definido no art.2º da Portaria MS nº 3332, de 28/12/2006,


como “instrumento básico que, em cada esfera de gestão, norteia a definição
da Programação Anual das ações e serviços de saúde, assim como da gestão
do SUS”. Deve ser apreciado e aprovado pelo Conselho de Saúde e nele
devem ser inseridas as intenções e os resultados a serem buscados pela
gestão, no período de quatro anos, portanto, configura-se como base para a
execução, o acompanhamento, a avaliação e a gestão do sistema de saúde.

7.2. Programação Anual de Saúde – consiste no instrumento que concretiza


as propostas do Plano de Saúde, determinando o conjunto das ações voltadas
à promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como da gestão do SUS.
Deve conter:

1- a definição das ações que, no ano específico, irão garantir o alcance dos
objetivos e o cumprimento das metas do Plano de Saúde;

2- o estabelecimento das metas anuais relativas a cada uma das ações


definidas;

3- a identificação dos indicadores que serão utilizados para o monitoramento


da programação anual de saúde;

4- programação (propriamente dita);

5- a definição dos recursos orçamentários necessários ao cumprimento da


Programação.

7.3. Relatório Anual de Gestão – definido no art. 4º da Portaria 3332/2006 “ é


o instrumento que apresenta os resultados alcançados com a execução da
Programação Anual de Saúde e orienta eventuais redirecionamentos que se
fizerem necessários”. Para obtenção dos resultados na área da saúde, são
utilizados os INDICADORES que foram anteriormente definidos na
Programação, para acompanhar o cumprimento das metas nela fixadas.

8. Apoio Operacional aos Órgãos de Execução- PASSO A PASSO

A- EIXO- GARANTIA DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA PARA O PLENO


FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE SAÚDE, DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA,
AUTONOMIA FINANCEIRA E ORGANIZAÇÃO DA SECRETARIA-EXECUTIVA COM A
NECESSÁRIA INFRAESTRUTURA E APOIO TÉCNICO.

1. Instaurar Procedimento Investigatório Preliminar para verificar a adequação do


Conselho Municipal de Saúde à Lei nº 8.142/90 e às disposições da Resolução
nº 453, de 10 de maio de 2012, do Conselho Nacional de Saúde. VIDE
MODELOS/PORTARIA DE INSTAURAÇÃO.

2. Basear-se no levantamento feito pelo Centro de Apoio de Defesa da Cidadania


e Saúde, disponível na pasta COMO ESTÃO OS CONSELHOS MUNICIPAIS
DE SAÚDE.
3. Se o município a ser trabalhado não estiver entre os 119 que já enviaram as
informações, sugere-se que o Promotor de Justiça oficie ao Presidente do
Conselho Municipal de Saúde solicitando o preenchimento do formulário. VIDE
MODELO DO OFICIO AO PRESIDENTE DO CMS E O FORMULÁRIO. O
Promotor de Justiça poderá também fazer uma visita ao Conselho ou à
Secretaria Municipal de Saúde e aplicar o CHECK LIST disponibilizado pelo
Centro.

4. Expedir Ofício ao Secretário Municipal de Saúde informando a instauração do


PIP e, requisitando as informações contidas no ofício preparado pelo
CAODCS. VIDE MODELOS/OFICIOS/OFICIO INICIAL.

5. Analisar as informações recebidas sobre o CMS e, expedir RECOMENDAÇÃO


ou propor a celebração de TAC ao Secretário Municipal de Saúde e ao
Prefeito. VIDE MODELOS/RECOMENDAÇÕES/TACs.

* Nesta fase, o colega, se entender necessário, solicitar o apoio do CAODCS


para formatar o TAC e/ou Recomendação.

6. Não havendo acolhida da recomendação ministerial ou, recusa à celebração


do TAC, ingressar com ACP. VIDE MODELOS /AÇÕES.

B- EIXO - PROPOSIÇÃO DA REALIZAÇÃO DE ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA DO


CONSELHO

Pelo levantamento feito pelo CAODCS, acredita-se que grande parte dos
Conselhos Municipais de Saúde sejam presididos pelo próprio Secretário
Municipal de Saúde.

1. Fazer uma rápida leitura do material de apoio preparado pelo CAODCS


disponibilizado na pasta “Entendendo os Conselhos Municipais de Saúde, item
Presidência do Conselho”.

2. Instaurar Procedimento Administrativo em face do Prefeito, Secretário


Municipal de Saúde e Presidente da Câmara de Vereadores objetivando a
reforma da legislação municipal correspondente (Lei de Criação do Conselho
Municipal de Saúde) na parte que determina que a presidência do Conselho
Municipal de Saúde é exercida pelo secretário municipal de saúde. VIDE
MODELOS/PORTARIA DE INSTAURAÇÃO

3. Expedir ofício ao Secretário Municipal de Saúde solicitando cópia da Lei de


criação do CMS e, como se dá a eleição para a escolha da Mesa Diretora
( presidente, vice presidente, primeiro e segundo secretário). VIDE
MODELOS/OFÍCIOS

4. Em seguida, expedir Recomendação a(o) Prefeito(a), Secretário(a) Municipal


de Saúde e Presidente da Câmara de Vereadores para que dentro de suas
atribuições, procedam a reforma da legislação municipal correspondente, na
parte que determina que a presidência do Conselho Municipal de Saúde é
exercida pelo secretário municipal de saúde; que seja observada a
necessidade de eleição democrática da Mesa Diretora (Presidente, Vice-
Presidente, Primeiro Secretário e Segundo Secretário) entre seus membros,
conforme os termos da Resolução n. 453/2012 do Conselho Nacional de
Saúde (Quarta diretriz). VIDE MODELOS/RECOMENDAÇÕES.

C- EIXO- EXIGIR A OBSERVÂNCIA DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO


DO SUS (PRESTAÇÃO DE CONTAS DO RELATÓRIO QUADRIMESTRAL À CÂMARA)

1. Fazer uma rápida leitura do material de apoio disponibilizado do item


“Instrumentos de Planejamento do SUS. Obrigações Legais do Município em
2013”.

2. Instaurar Procedimento Investigatório Preliminar para cumprir os instrumentos


de planejamento previsto na Lei Complementar nº 141/12, Portaria MS nº
3332, de 28/12/2006, Portaria GM nº 575, de 29/3/2012 , Lei nº 8.142/90 e às
disposições da Resolução nº 453, de 10/5/2012 do Conselho Nacional de
Saúde. VIDE MODELOS/PORTARIA DE INSTAURAÇÃO.

3. Expedir os seguintes ofícios ao Secretário(a) Municipal de Saúde, com cópia


ao Prefeito Municipal: VIDE MODELOS/ RECOMENDAÇÕES/OFÍCIOS.

3.1. solicitar o envio ao Conselho Municipal de Saúde da PROGRAMÇÃO


ANUAL DE SAÚDE- PAS 2013 e sua divulgação para acesso ao
público;

3.2. solicitar o Relatório do 1º quadrimestre de 2013 e as datas das


audiências públicas para apresentação à Câmara de Vereadores.

4. Em seguida, expedir RECOMENDAÇÃO ao Secretário Municipal de Saúde


para que adote as providências administrativas necessárias à realização das
AUDIENCIAS PÚBLICAS, QUADRIMESTRAIS, na CÂMARA MUNICIPAL, para
apresentação de relatório detalhado contendo, dentre outros, dados sobre o
montante e a fonte de recursos aplicados, as auditorias concluídas ou iniciadas
no período, bem como sobre a oferta e produção de serviços na rede
assistencial própria, contratada ou conveniada. Ademais, que seja dada a
maior publicidade possível, que as cópias dos relatórios sejam remetidas para
os vereadores e conselheiros municipais de saúde, com antecedência,
permitindo seu exame antes da realização da reunião ou audiência pública e
que das reuniões e audiências públicas seja cientificado o(a) Promotor(a) de
Justiça da Comarca. VIDE MODELOS/
RECOMENDAÇÕES/RECOMENDAÇÃO PRESTAÇÃO DE CONTAS
QUADRIMESTRAL.

5.Caso não seja acolhida a Recomendação, o Promotor de Justiça deve


impetrar ACP. VIDE MODELOS/AÇÕES

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