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Faculdade de Ciências da Educação e Saúde

Curso de Psicologia

Curso: Psicologia
Disciplina: Abordagens Psicoterápicas – ACP
Professora: Francielly Müller

TIPOS DE RESPOSTAS NA PSICOTERAPIA

Elias Porter apresenta uma classificação das categorias de respostas utilizadas na situação
psicoterápica, baseada em estudo cuidadoso de entrevistas gravadas por seguidores das várias
orientações. Essas categorias são as seguintes:

1. ESTIMATIVA: Resposta que expressa uma certa opinião relativa ao mérito, à utilidade, à
exatidão, ao bom fundamento daquilo que disse o cliente. De uma maneira ou de outra – mais
ou menos delicada, ou mais ou menos franca – ela indica como poderia ou deveria agir o
cliente. O terapeuta diz o que o cliente deve fazer, por vezes colocando-se em seu lugar para
dar a indicação.

2. INTERPRETATIVA: resposta que visa de algum modo instruir o cliente a seu próprio
respeito, a fazê-lo tomar consciência de alguma coisa, a demonstrar-lhe uma coisa ou outra. De
uma maneira direta ou indireta ela visa indicar como o cliente poderia ou deveria representar
para si mesmo a situação. O terapeuta traduz ou explica as ideias emitidas pelo cliente, ou o
seu comportamento, observando quais são, no seu parecer, as razões profundas do seu
problema.

3. TRANQUILIZADORA (APOIO): O terapeuta procura reduzir a intensidade do sentimento


do cliente. Esta resposta busca tranquilizar o cliente, aliviar sua angústia, seu medo, apaziguá-

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lo, encorajá-lo. De uma forma direta ou indireta, tal resposta pressupõe que o sentimento do
cliente não é justificado, que o problema não existe ou que não é tão sério como ele vê.

4. EXPLORADORA: resposta que visa obter dados suplementares, verificar ou aprofundar a


discussão. O terapeuta busca informar-se melhor sobre a situação, sugerindo que o cliente
poderia ou deveria examinar mais de perto um ou outro aspecto do problema, isto é, ele explica
que o problema é mais complexo do que o cliente imagina.

5. COMPREENSIVA: resposta que visa compreender o cliente a partir do seu interior, a


apreender o tom afetivo e pessoal da comunicação, como se o terapeuta se colocasse no lugar
do cliente e compreendesse, assim, como ele se sente. Revela a preocupação do psicoterapeuta
em compreender corretamente a significação vivida, o que o cliente lhe diz e a natureza do
sentimento que verdadeiramente experimenta. (Esta categoria corresponde, pois, à empatia).

Evidencia-se imediatamente, nestas definições, que as respostas pertencentes às categorias de


1 a 4 procedem do ponto de referência do facilitador; que representam julgamentos emitidos por
ele.

Faremos em seguida um exercício com a finalidade de ilustrar, por meio do contraste, uma
característica simples, mas, fundamental da abordagem centrada na pessoa: a atividade do
facilitador deve permanecer sempre no campo da acolhida, e não da iniciativa, isto é, o papel do
facilitador é acompanhar, não guiar.
Uma das finalidades específicas visadas por este exercício é precisamente aguçar a
sensibilidade do psicoterapeuta iniciante para o caráter próprio de diversos tipos de respostas –
tanto para os tipos compatíveis com a Abordagem Centrada na Pessoa quanto para os que estão
menos de acordo, ou os que se opõem a esta abordagem.

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A C P - A RESPOSTA COMPREENSIVA COMO TÉCNICA

Técnica compreensiva consiste em o terapeuta dar respostas compreensivas, ou seja, o


psicólogo tem a intenção de transmitir ao cliente a sua compreensão, compreendê-lo a partir do seu
interior, a captar o tom afetivo, pessoal da comunicação, ao que entendeu do que foi manifestado pelo
cliente. Nessa forma de responder, não há interpretação, julgamento, análise, explicações intelectuais,
conselhos, críticas, etc. Pelo contrário, a resposta do terapeuta deve sempre mostrar a aceitação
incondicional daquilo que o cliente expressa, sente, demonstra, enfim daquilo que é o cliente. De fato,
é como se o terapeuta, durante a entrevista, procurasse decodificar aquilo que o cliente expressa.
Assim, o terapeuta centrado na pessoa procura decifrar os sentimentos e idéias que foram expressos
nas palavras, no tom da voz, na mímica, nos gestos, no contexto da frase, nas hesitações, no estilo do
cliente. Não é uma atitude de vigiar, de fiscalizar, de controlar, mas apenas compreender; ele não dá
respostas impositivas, mas compreensivas.
Como o terapeuta rogeriano não visa julgar, interrogar ou tranqüilizar, nem explorar ou
interpretar, mas sim participar da experiência imediata do cliente, segue-se que suas respostas devem
englobar o pensamento deste ao ponto de retorná-lo e lhe dar uma forma equivalente ou, pelo menos,
suscetível de ser reconhecida como sua. Por essa razão, a resposta compreensiva é, de fato, uma
resposta “reflexa”.
A resposta-reflexo pode apresentar diversas modalidades, na medida em que esclarece o cliente,
sem instruí-lo, e que estimula seu pensamento, sem deturpá-lo. Estas variações se situam num contínuo
e ainda que não se possa separá-las em linhas de demarcação nítidas, pode-se, no entanto, distinguir
três tipos. Na ordem crescente de seu valor de elucidação, chamaremos a estes tipos (Rogers e Kinget):
1) reiteração ou reflexo simples;
2) reflexo de sentimentos e atitudes (ou reflexo propriamente dito);
3) elucidação ou clarificação das vivências emocionais.

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1) Reiteração ou Reflexo Simples


A reiteração é uma repetição da essência do que o cliente disse; uma síntese do que foi exposto.
É uma forma elementar do reflexo que dirige-se ao conteúdo estritamente manifesto da comunicação.
É geralmente breve e consiste em resumir a comunicação do cliente, ou em assinalar um elemento
relevante dela, ou simplesmente em reproduzir as últimas palavras de modo a facilitar a continuação
da narrativa. O reflexo simples se emprega principalmente quando a atividade do cliente é descritiva,
isto é, quando carece de substância emocional ou quando o sentimento está inerente ao conteúdo
material. Esta resposta tem pouco valor como elucidação direta, contudo, ela prepara o terreno para
uma tomada de consciência cada vez maior, já que tende a estabelecer um clima de segurança favorável
à diminuição das barreiras defensivas do “eu” e, por conseguinte, da ampliação do campo da
percepção.
Exemplo 1:
Cliente: “é... eu sei que tenho capacidade para isso. Eu sei que posso”.
Terapeuta: “você sabe que pode”.
Exemplo 2:
Cliente: “meu marido teve acesso a coisas muito pessoais que tinha guardado em minha
escrivaninha particular. Fiquei muito contrariada e decepcionada com ele. Como pôde fazer isso?
Agora vamos ter uma conversa decisiva e só Deus sabe o que vai acontecer”.
Terapeuta: “seu marido tomou conhecimento de coisas particulares suas sem sua autorização e
isso criou uma nova situação entre vocês”.

2) Reflexo dos Sentimentos e Atitudes


Procura extrair a atitude, o sentimento que estão presentes no que o cliente manifestou,
propondo-lhe sem impor-lhe. Enquanto que a reiteração facilita o processo ao dar ao indivíduo a
sensação de se sentir perfeitamente compreendido e respeitado, o reflexo propriamente dito tem por
objetivo descobrir a intenção, a atitude ou sentimento inerentes às suas palavras. Em termos
gestaltistas, consiste em tornar claro o “fundo” da comunicação de modo a permitir que o indivíduo

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perceba se ele encontra nela elementos suscetíveis de se integrar à “figura”, de modificá-la ou de


revalorizá-la.
O reflexo de sentimentos tem, portanto, um caráter mais dinâmico que a reiteração. Esta última
visa estabilizar e precisar a “figura”, a reduzir sua fugacidade a fim de permitir ao cliente examiná-la
melhor e verificar sua exatidão. O reflexo vai um pouco além. Tende favorecer a evolução da “figura”
no sentido de uma ampliação, de uma diferenciação ou de uma correção (uma visão do “fundo”).
Exemplo 3:
Cliente: “Pegue um livro qualquer em uma livraria especializada. Vá, por exemplo, à livraria
universitária... Mostre-me um único livro de Psicologia ou de Psicanálise que não seja mais ou menos
subversivo – moralmente falando”.
Terapeuta: “Todos os que você examinou ali são mais ou menos subversivos”.
Exemplo 4:
Cliente: segundo exemplo do item anterior.
Terapeuta: “a conduta de seu marido foi decepcionante para você e, agora, está na expectativa
do que poderá acontecer.

3) Elucidação ou Clarificação das Vivências Emocionais


O terapeuta responde aos verdadeiros sentimentos expressos pelo cliente, porém os apresenta
de maneira mais clara e mais facilmente compreensível. Não se pode confundir com a interpretação.
Nesta, existe material novo colocado pelo terapeuta. Na elucidação, não existe conteúdo propriamente
novo, mas, um enfoque com a clareza não expressa diretamente pelo cliente. Enquanto o reflexo do
sentimento procura ampliar, diferenciar ou mesmo deslocar o centro da percepção, evidenciando certos
elementos que pertencem inegavelmente ao campo, mas que são eclipsados pelo relevo dado a alguns
outros elementos, a elucidação consiste em captar e cristalizar certos elementos que, sem fazer
manifestamente parte do campo, o impregnam, no entanto. A elucidação visa, portanto, tornar evidente
sentimentos e atitudes que não decorrem diretamente das palavras do indivíduo, mas que podem ser
razoavelmente deduzidos da comunicação ou de seu contexto (por via simplesmente lógica, sem a
intervenção de conhecimentos psicodinâmicos especializados). Pelo fato de se aproximar da

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interpretação, a elucidação é, pois, um tipo de resposta menos “asséptico” que as outras formas do
reflexo, mais suscetível de conter elementos estranhos ao campo da percepção e, deste modo, de afetar
o indivíduo de modo ameaçador. A elucidação, então, afasta sensivelmente do centro da percepção e
seu conteúdo corre o risco de não ser reconhecido pelo indivíduo como pertencente ao campo de sua
percepção. Assim, seria útil formular o conteúdo desta resposta de modo não categórico; servindo-se,
por exemplo, de alguma expressão como “se bem compreendo...”, “... Se é isto o que você quer dizer”,
“fale-me se eu me enganar...”, “Será que apreendi corretamente...”, “Não estou certo de entendê-lo
muito bem neste momento...”, etc.
Por todas essas razões, a elucidação deve ser utilizada com parcimônia no diálogo rogeriano.
Na análise dos textos de entrevistas transcritas, dificilmente vamos encontrar passagens contendo
muitos exemplos consecutivos de elucidação. Ela aparece quando a comunicação ou seu contexto a
justificam – impõem quase o seu uso.

Excertos dos seguintes livros:

RÚDIO, Franz V. Orientação não-diretiva na educação, no aconselhamento e na psicoterapia.


Petrópolis: Vozes, 1999.
SCHEEFFER, Ruth. Aconselhamento psicológico. São Paulo: Atlas, 1989.
ROGERS, Carl R.; KINGET, G. Marian. Psicoterapia e relações humanas. Belo Horizonte:
Interlivros, 1977, Vols. 1 e 2.

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