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BME – Apostila 1 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Indústrias eletrotérmicas


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA Indústrias de fósforo
Indústrias de potássio
Indústrias do nitrogênio
10.511-2. BALANÇOS DE MASSA E ENERGIA Enxofre e ácido sulfúrico
Ácido clorídrico e diversos compostos inorgânicos
APOSTILA 1 Indústrias nucleares
Explosivos, agentes químicos tóxicos e propelentes
I. INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS QUÍMICOS Indústrias de produtos fotográficos
Indústrias de tintas e correlatos
Indústrias de alimentos e co-produtos
1. Os Processos Químicos Indústrias agroquímicas
Perfumes, aromatizantes e aditivos alimentares
Um processo químico é qualquer operação ou conjunto de operações Óleos, gorduras e ceras
coordenadas que causam uma transformação física ou química em um material Sabões e detergentes
ou misturas de materiais. O objetivo dos processos químicos é a obtenção de Indústrias do açúcar e do amido
produtos desejados à partir de matérias primas selecionadas ou disponíveis. Os Indústrias de fermentação
processos químicos são, do ponto de vista de produção industrial, Derivados químicos da madeira
desenvolvidos dentro da chamada indústria química que se divide em diversas Indústrias de polpa de papel
ramificações. Indústrias de fibras e películas sintéticas
A abrangência da definição de “processo químico” é tão grande que Indústrias da borracha
engloba setores específicos de grande magnitude como os metalúrgicos, Indústrias de plásticos
nucleares e farmacêuticos, ao lado de outros como os processos petroquímicos, Refinação do petróleo
plásticos, cerâmicos, de síntese de produtos inorgânicos, orgânicos, ou Indústria petroquímica
bioquímicos, etc. Shreve e Brink Jr em seu livro “Indústrias de Processos Intermediários, corantes e suas aplicações
Químicos” classifica trinta e oito tipos de processamentos químicos industriais Indústria farmacêutica
de relevância. São eles:
Tratamento de água e proteção do meio ambiente Dissemos que nos processos químicos ocorrem transformações químicas
Energia, combustíveis, condicionamento de ar e refrigeração ou físicas da matéria. Isto porque embora na sua maioria englobem conversões
Produtos carboquímicos químicas (ou bioquímicas) em alguns processos estão envolvidas apenas
Gases combustíveis transformações físicas da matéria. A destilação do petróleo para obtenção de
Gases industriais algumas frações, a obtenção do açúcar da cana e a extração de óleos vegetais,
Carvão industrial são exemplos típicos de processos químicos onde não ocorrem conversões
Indústrias de cimento químicas essenciais. Além disso, mesmo naqueles processos onde a conversão
Indústrias de vidro química é a operação principal, uma série de operações físicas preliminares são
Cloreto de sódio e outros compostos de sódio necessárias para a preparação da matéria prima e seu transporte até o
Indústria do cloro e dos álcalis: barrilha, soda cáustica e cloro equipamento de reação (reator) bem como para o tratamento, purificação e
Indústrias eletroquímicas transporte do efluente do reator para a obtenção do produto (um ou mais) fina l.

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Várias são as operações físicas de interesse da indústria química. As concentração por flotação) e ter a granulometria conveniente (operações de
principais são (ver Perry e Chilton): moagem e classificação) já que isto influenciará decisivamente a cinética da
Transporte e armazenamento de fluídos (bombeamento, compressores, reação. Já o ácido deve estar na concentração desejada (operações de
sopradores, tubulações, válvulas, tanques) concentração ou diluição em H2 O) e eventualmente na temperatura definida
Manipulação de sólidos a granel e embalados (esteiras, transporte pneumático (operação de troca térmica). As duas matérias primas principais necessitarão
e fluidizado, armazenamento) ser transportadas até o reator na dosagem certa, definida pela estequiometria e
Cominuição e aglomeração (britagem, moagem, agregação, granulação) pela cinética: o mineral por ser sólido poderá ser transportado através de
Produção e transporte de calor (combustíveis, fornos, combustão, geração e correias e elevadores de caneca até o alimentador, enquanto o ácido sulfúrico
transmissão de energia) deve continuamente ser alimentado ao reator através de bombas especiais,
Equipamentos de transferência de calor (evaporadores, trocadores de calor) dentro de uma faixa de vazões controladas. Decorrida a reação teremos o
Condicionamento de ar e refrigeração ácido, o sulfato de cálcio e outras substâncias. É necessário, portanto, separar-
Destilação se o produto (H3 PO4 ) dessas demais substâncias. O processo convencional
Absorção de gases prevê a filtração à vácuo. A torta do filtro é formada pela fase sólida da
Extração em fase líquida mistura, enquanto o filtrado se constitui em um H3 PO4 diluído. Como não se
Adsorção e troca iônica pretende vender nem transportar água, dentro de certos limites, o ácido diluído
Diversos processos de separação (lixiviação, cristalização, sublimação, deverá ainda ser concentrado (através de evaporação) antes da
difusão,...) comercialização. Novamente entre a saída do reator e o destino do produto e do
Sistemas líquido-gás (equipamentos de contato e separação)(contato gás- rejeito, ocorrem as necessárias operações de transporte.
líquido, dispersão e separação de fases) Em linguagem de engenharia química, todo este texto descritivo é
Sistemas líquido-sólido (equipamentos de contato e separação)(filtros, substituído por um desenho esquemático chamado de fluxograma (flow chart).
centrífugas, misturadores, agitadores) Utilizando-se blocos, outros símbolos que representem unidades de processo
Sistemas gás-sólido (equipamentos de contato e separação)(secadores, leitos (reatores, destiladores, evaporadores, etc...) e linhas que indicam os caminho
fluidizados, separadores) de fluxo das matérias primas e dos produtos, descreve-se o processo de forma
Sistemas líquido-líquido e sólido-sólido (equipamentos de contato e separação simples e objetiva, através de uma coordenação seqüencial que integra as
(misturadores, peneiração, flotação, separação eletrostática) unidades de conversão química (reatores) às demais unidades de operações
físicas (chamadas classicamente de operações unitárias).
Suponhamos, como exemplo, a obtenção de ácido fosfórico a partir de O material que entra em uma dada unidade de processo é chamado de
minério fosfático através do processo chamado de via úmida. Através dele, o alimentação (“input” ou “feed”) e o que a deixa é chamado de produto
concentrado fosfático (fluorapatita) reage com ácido sulfúrico concentrado, (“output” ou “product”).
dentro da seguinte estequiometria: O diagrama de blocos é, na verdade, o fluxograma mais simples, que
indica as principais unidades de processo e traz informações sobre as variáveis
CaF2 .3Ca 3 (PO4 )2 + 10H2 SO4 + 20H2O → 10CaSO4 + 2H2O + 2HF↑ + 6H3PO4 de processo principais. Um fluxograma mais elaborado traz mais detalhes
como o dimensionamento dos equipamentos, as malhas de controle
É claro que para que a reação aconteça, as matérias primas precisam ser automático, os materiais de construção e outras informações importantes.
trabalhadas para entrarem no reator dentro das características técnicas Como exemplo de fluxogramas, observe a figura que segue. Um
especificadas (definidas a partir das pesquisas). Assim o concentrado fosfático, diagrama de blocos indica de modo bem simples o processo de obtenção de
que além da fluorapatita (portadora de fósforo) contém outros minerais que ácido fosfórico descrito anteriormente.
atuam como impurezas deverá ter o teor adequado de P2O5 (operação de

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universais da conservação da massa e energia e informações termodinâmicas.


A partir daí resolveremos problemas típicos do dia -a-dia do engenheiro
químico.
Para tanto é fundamental iniciar-se revendo a forma de expressar as
quantidades, através do estudo das dimensões e unidades.

3. Unidades e Dimensões

Uma medida tem um valor (número) e uma unidade :


Diagrama de blocos do processo de fabricação de ácido fosfórico via úmida. 2ft; 1m; 1/3Seg; 4Km, 6 tomates,

Detalhes sobre os diferentes tipos de fluxogramas serão vistos pelos Uma dimensão é uma propriedade que pode ser medida, como:
alunos no decorrer do curso de engenharia. Por ora nos contentaremos com os comprimento; tempo; massa; temperatura
fluxogramas mais simples que nos auxiliarão em muito na resolução de Ou calculada, pela multiplicação ou divisão de outras dimensões:
problemas básicos de engenharia química. velocidade (comprimento/tempo)
volume (comprimento x comprimento x comprimento)
Exercícios
1. No Brasil principal fonte de obtenção de álcool é a partir da cana -de- 3.1. Conversão de unidades
açúcar, através de um processo bioquímico que envolve a fermentação
anaeróbia do caldo de cana por microorganismos. Partindo da cana, quando Para converter uma quantidade expressa em termos de uma unidade para
esta entra na usina, imaginem quais deveriam ser os processos unitários seu equivalente em termos de outra, multiplica-se a dada quantidade pelo fator
necessários até a produção de álcool. Descreva o processo através de um de conversão (nova unidade/velha unidade).
diagrama de blocos simplificado.
Por exemplo: para converter 36 in no seu equivale nte em ft,
2. Procure nas enciclopédias de tecnologia química, o processo de fabricação escreveremos:
de poliéster. Copie o fluxograma procurando identificar as diferentes operações 1 ft
envolvidas. 36 in ⋅ = 3 ft
12in
2. A análise dos Processos Químicos Note como as velhas unidades se cancelam, permanecendo a unidade
desejada.
Dada uma unidade de processo ou um processo como um todo o Para evitar-se erros, convém escrever todas as unidades e verificar se as
problema básico é calcular as quantidades e propriedades dos produtos a partir velhas se cancelam.
das quantidades e propriedades das matérias primas ou vice-versa.
Este curso objetiva a apresentação de um abordagem sistemática para a Observe:
resolução de problemas deste tipo. A partir das variáveis em jogo, chamadas de
variáveis de processo, cujas principais serão apresentada e discutidas aqui,
36 in (121 ftin ) = 432 inft
2

estabeleceremos as equações que as relacionam, a partir dos princípios

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Errado, já que não era isso que nós gostaríamos de calcular. quantidade de substância = grama-mol ou g-mol
Para unidades compostas, o procedimento é o mesmo. Unidades Derivadas:
Exemplo: Converter a aceleração 1 in/s2 em milhas/ano2 volume: litro l L=0,001 m3
força: newton 1 N=1 kg.m/s2
Dados: 1h = 3600s, 1 dia = 24 h, 1 ano = 365 dias pressão: pascal Pa=1 N/m2
1ft = 12 in, 1 milha = 5280 ft, então energia, Joule 1 J=1 N.m = 1 kg.m2 /s2
trabalho: caloria -grama 1 cal=4,184 J
2 2 2
1 in  3600 s   24 h   365 dias   1 milha   1ft  potência: watt 1 W=1J/s = l kg.m2 /s3
        
s 2  1h   1 dia   1 ano   5280 ft   12 in  Há ainda, outros sistemas de unidades.
O CGS, como a própria sigla diz, se baseia no centímetro (cm), grama(g)
(3600 x 24 x 365 )2 milha
= 1.57.1010 milhas/ano2
e segundos (s). É semelhante ao SI.
12 x 5280 ano 2 As diferenças, além do comprimento e da massa, são as unidades de
força, pressão, energia, a saber:
- força: dina =1 g.cm/s2
3.2. Sistemas de Unidades
- pressão: dina/cm2
- energia: erg=1 dina.cm
Um sistema de unidades se compõe de:
O sistema Americano de Engenharia (AES) define as seguintes unidades
a) Unidades Básicas : que são as unidades para as dimensões básicas; a saber:
básicas:
massa, comprimento, tempo, temperatura, corrente elétrica e intensidade
- comprimento: 1 foot (ft = pé)
luminosa. Ex: segundo
- massa: libra-massa (lbm)=pound-mass
b) Unidades Múltiplas: múltiplos ou frações das unidades básicas. Por
- tempo: segundo (s)
exemplo: para a unidade básica segundo, temos como unidades múltiplas: h,
min, milisegundos. Ele possui 2 problemas:
- não é múltiplo de 10, já que 1 ft=12 in;
c) Unidades Derivadas
a definição da unidade de força.
c.1) obtidas pela multiplicação ou divisão das unidades básicas ou múltiplos
De acordo com a 2a Lei de Newton
(cm.cm; ft/min; kg.m/s2 ), chamadas de compostas, ou
F =m.a/gc
c.2) como equivalentes a unidades compostas como o erg=1g cm2 /s2 ou
Unidades naturais da força seriam, portanto
1 l bf=32,174 lbm.ft/s2 SI : kg.m/s2
CGS: g.cm/s2
A.E.S.: lbm.ft/s2
SI(1960)
comprimento = metro (m) Nos dois primeiros sistemas, a unidade de força é definida em função de
massa = quilograma (kg) suas unidades naturais. Daí:
tempo = segundo (s) SI : 1N = 1 Kg.m/s2 (natural)
temperatura = graus Kelvin (K) CGS : 1 dina = 1 g.cm/s2 (natural)
corrente elétrica = ampére A (amp)
intensidade luminosa = candela (Cd)

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No sistema americano, no entanto, a unidade de força chamada pound- Solução:


force (libra-força = lbf) é definida por: “o produto de uma unidade de massa lbm
(1bm) pela aceleração da gravidade ao nível do mar e 45o de latitude, que é M = 62,4 3
.2 ft3 = 124,8 lbm
ft
32, 174 ft/s2 .
g
1 lbf = 32,174 lbm.ft/s2 W(lbf) = (124,8 lbm) . (lbf/lbm)
Para converter a força de uma unidade definida (N) para uma natural gc
(kg.m/s2 ) é necessário usar-se um fator de conversão – usualmente indicado a) ao nível do mar: g/gc =1 lbf/lbm, então W=124,8 lbf
por gc.
Daí: b) no pico: g/gc=32,139/32,174=0,9989 lbf/lbm, então W = 124,7 lbf
2 2 2
1 k g.m / s g.cm/s lbm.ft/s
gc = =1 = 32,174 Exercício :
N dina lbf Qual é o resultado do problema anterior, em termos do SI(ρ=103 kg/m3 )?
Consultar a t tabela de fatores para a conversão de unidades:
Portanto a equação que relaciona a força em unidades definidas, em
m→ft e lbf→N
unidades de massa e aceleração é:
 1 m   10 3 kg 
3
F = ma/gc
M = 2 ft . 
3
 . = 56 ,6358 kg
 3,2808 ft   m 
O peso de um objeto é a força exercida no objeto pela atração 3
gravitaciona l da Terra. Para um objeto de massa m sujeito a uma força
gravitacional gc nós temos W (N) = 56,6358 kg.9,8066 (N/kg) = 555,40 N
1  m
g=32,139 (ft/s2 ).   ∴ g = 9,796 m / s 2
W=m.g/gc , onde g=aceleração da gravidade 3,2808  ft 
Então para o nível do mar e 450 latitude, teremos: 9,796 N
g = 9,8066 m/s2 → g/gc=9,8066 N/kg Então: W = 56,6358 (kg) . ∴ W = 554,81 N
1 kg
g = 980,66 cm/s2 → g/gc=980,66 dina/g
g = 32,174 ft/s2 → g/gc=1 lbf/lbm
lbf
notar que: g = aceleração e gc=fator de conversão Confrontando: 554,81N 0,22481 = 124 ,7 lbf
Esta não é uma fonte de confusão no SI e no CGS, mas é no sistema N
americano já que g e gc tem valores quase iguais (dependendo da posição em
relação à superfície da terra). A tabela de fatores para a conversão de unidades 3.3. Homogeneidade Dimensional e Quant idades Adimensionais
traz alguns valores de gc. Uma tabela mais completa é encontrada na
contracapa do Himmelblau e nas páginas 1-24 e 1-27 do Perry e Chilton. Toda equação válida deve ser dimensionalmente homogênea, isto é:
todos os termos de ambos os lados da equação precisam ter as mesmas
Exercício: unidades.
Água tem densidade 62,4 bm/ft3 . Quanto pesam 2 ft3 de água: Considerando a equação
a)ao nível do mar, latitude 450 ? V(ft/s) = V 0 (ft/s) + g (ft/s 2 ) t(s)
b)No pico de uma montanha onde a aceleração de gravidade é de 32,139 ft/s2 ? Dimensiona l homogênea ft / s = ft/s ft / s

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A recíproca desta regra não é verdadeira: isto é, uma equação pode ser A função exponencial só se aplica a números puros (função
dimensionalmente homogênea e não ser válida. transcendental), logo 20.000/1,987 T é um adimensional. Daí a unidade de l,2
Ex.: 2M = M x l05 é a mesma de k, a saber, l.2 x l0 5 mol/cm3 .s
− 20.000
Exemplo Para que seja adimensional, temos:
1,987 T
Considere a equação:
D(ft) = 3 t(s) + 4 cal 1 1 mol K
− 20.000
se a equação é válida, quais são as unidades das constantes 3 e 4? mol T (K) 1,987 cal
Obtenha uma equação para D em metros e t em minutos logo, 1,987 cal/mol.K

Solução 3.4. Cálculos Aritméticos: Notação Científica, Algarismos


3 t(s) e 4 têm que ter unidades de ft; logo 3 tem unidades de ft/s e 4 de ft Significativos e Precisão

 3,2808 ft  ft Uma maneira conveniente de representar-se números é através da


D(ft ) = D'(m)   = 3,2808 D' ou 3,28 . D'(m)
 1m  m notação científica, na qual um número é expresso como um produto de outro
número (usualmente entre 0,1 e 10) e a potência de 10. Exemplo:
123.000.000 = 1,23 x 108
 60 s  60s
t(s) = t'(min)   = 60 t' ou . t' (min) 0,000028 = 2,8 x 10-5
 1 min  min
Então Os algarismos significativos de um número são os dígitos a partir do
3,28·D’ = 3 x 60 t’ + 4 ∴ D’(m) = 54,9 t’(min) + 1,22 primeiro dígito não zero da esquerda até:
As unidades constantes são: 54,9 m/min e 1,22 m o último dígito (zero ou não zero) da direita se há um ponto decimal, ou
o último dígito não zero se não há ponto decimal.
Uma quantidade adimensional pode ser um número puro (2; 1; 3; 5) ou Exemplo
uma combinação de variáveis que resulte em nenhuma unidade. Exemplos:
M (g ) D (cm) V (cm/s) ρ (g/cm3 ) 2300 ou 2,3x103 - 2 alg. sign. (não tem ponto decimal)
; = Re 2300,0 ou 2,3000x103 - 5 alg. sign. (tem ponto decimal)
M o (g) µ (g/cm.s)
23040 ou 2,304x104 - 4 alg. sign.(não tem ponto decimal)
são grupos adimensionais. 0,035 ou 3,5x10-2 - 2 alg. sign. (tem ponto decimal)
0,03500 ou 3,500x10-2 - 4 alg. sign. (tem ponto decimal)
Exercício:
Uma quantidade k depende da temperatura T da seguinte maneira: Observe que o número de algarismos significativos é facilmente
K(mol/cm3 .s) = 1,2 x 105 exp (-20000/1,987 T) mostrado na notação científica.
A unidade de 20000 é cal/mol e de T é K (Kelvin). Quais são as unidades de O número de algarismos significativos de uma medida fornece uma
1,2 x 105 e 1,987? indicação da precisão com que a quantidade é conhecida. *Um valor é mais
preciso quanto maior seu número de algarismos significativos.
Solução Nas operações matemáticas, uma regra prática é a que segue:

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"Quando 2 ou mais quantidades são combinadas por multiplicação ou 4. Variáveis de Processo


divisão, o número de algarismos significativos do resultado deve ser igual ao
do menor número de algarismos significativos dentre as quantidades Para se projetar, supervisionar ou modificar um processo, o engenheiro
envolvidas necessita conhecer as quantidades, composições e condições dos materiais que
entram e saem da unidade, bem como saber medi-las no caso de unidades já
Ex: existentes.
(3,57) x (4,286) = 15,30102 = 15,3 Neste capítulo serão apresentadas definições, técnicas de medidas e
(3) (4) (7) (3) métodos para cálculo dessas variáveis.

(5,2x10-4 )(0,1635x107 )/(2,67) = 318,426966 = 3,2x102 = 320 4.1. Massa, Volume e Densidade
(2) (4) (3) (9)
A densidade (ρ) de uma substância é a massa por unidade de volume da
Para a adição ou subtração temos: "Quando 2 ou mais números são substância (kg/m3 , g/cm3 , lbm/ft3 , etc...)
adicionados ou subtraídos, a posição do último algarismo significativo de cada ~
O volume especifico (V ) é o volume por unidade de massa (m3 /kg,
número deve ser comparada. Dessas posições, aquela mais à esquerda é a
ft3 /lbm), e, portanto, o inverso da densidade.
posição do último algarismo significativo permissível na soma.
Densidade de sólidos e líquidos puros são relativamente independentes da
temperatura e da pressão e podem ser encontradas em referências padrões
(Perry e Chilton, 3-6 a 3-44).
Métodos para determinar densidades de gases e misturas de líquidos,
serão apresentados posteriormente em outros cursos.
A densidade de uma substância pode ser usada como um fator de
conversão para relacionar massa e volume.

Ex.: A densidade (ρ) do tetracloreto de carbono é 1,595 g/cm3 . A massa de


20,0 cm3 de CCl4 é, portanto,
 1,595 g 
20 ,0 cm 3   = 31,9 g
 cm 3 
e o volume de 6,20 lb de CCl4 é
 454 g   1 cm 
3
6,20 lbm    = 1765 cm 3
 lbm   1,595 g 
A densidade especifica ou relativa ("specific gravity" - SG) de uma
substância é a relação entre a densidade dessa substância e a de uma substância
de referência, em condições especificadas.
ρ
SG =
ρ ref

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A referência mais comumente usada para sólidos e líquidos é a água a A vazão de uma corrente de processo pode ser expressa em termos de
4,0ºC, onde massa (vazão mássica, m& , dada em massa/tempo) ou em termos de volume
(vazão volumétrica, V& dada em volume/tempo).
ρ ref (H2 0, 4o C) = 1,000g/cm3 Suponha um fluido (gás ou líquido) fluindo através de um tubo
= 1000 kg/m3 cilíndrico como mostrado abaixo, onde a área hachurada representa a seção
= 62,43 lbm/ft3 perpendicular à direção do fluxo. Se a vazão mássica do fluido é m& =m/t
20 0 (kg/s), então em todo segundo m quilogramas de fluido passam através da
A notação SG = 0,6 0 , significa que a SG de uma substância a 20ºC & =V/t (m3 /s), então em
4 seção. Se a vazão volumétrica do fluido nessa seção é V
com referência à água a 4ºC é 0,6. todo segundo V metros cúbicos de fluido passam através da seção. Entretanto
Existem outras unidades particularmente usadas na indústria de petróleo, & eV
m & não são quantidades independentes, mas se relacionam através de ρ.
como: &
ρ = m/V = m& / V
Bé (Baumé) Freqüentemente é medido V & , calculando-se m
& a partir de ρ
∆PI (∆P.I.)
Tw (Twaddell)
Suas definições e fatores de conversão são dados no Perry, p.1-28

Exercício
Calcule a densidade do Hg em lbm/ft3 a partir dos dados tabelados de
densidade especifica, e calcule o volume em ft3 ocupados por 200Kg de Hg. b) Medidores de Vazão
Segundo o Perry e Chilton – pg. 3-17 Um medidor de fluxo ("flow meter") é um aparelho montado em uma
linha de processo para fornecer uma leitura continua da vazão na linha. Dois
tipos comuns são mostrados abaixo. Outros tipos são mostrados em Perry e
SG 20Hg = 13,546 , portanto,
ºC
Chilton, pg. 5-8 a 5-17.
ρ Hg (13,546).(62,43 lbm/ft3 ) = 845,64 lbm/ft3 O rotâmetro é um tubo vertical com escala, de forma cônica contendo
dois orifícios para entrada e saída do fluido, que continuamente o atravessa
 1 lbm   1 ft 3  movimentando um flutuador.
V = 200 kg     = 0,521 ft 3
 
 0,454 kg   845 ,7 lbm 

4.2. Vazão ("flow rate")

a) vazões mássica e volumétrica


Processos contínuos envolvem o movimento de materiais de um ponto a
outro entre as unidades de processo. A velocidade com que o material é
transportado através de uma tubulação ("pipe line") é a vazão do material
("flow rate"). A placa de orifício ou medidor de orifício ("orifice meter") é uma
obstrução colocada na linha com um buraco através do qual o fluído passa.

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O fluido perde pressão ("pressure drop") ao atravessar o orifício. Essa queda é Exercício:
medida com um manômetro diferencial ( a ser discutido) e varia com a vazão: Converter 1 lb-mol de uma substância de peso molecular M em g-mols.
quanto maior a vazão, maior a perda de pressão (ou perda de carga) que é, na  M lbm   454 g   1 g - mol 
Solução: 1 lb - mol     = 454 g - mol
 1 lb - mol   1 lbm   M g 
maior parte, regenerada !! ("vena contracta").

4.3. Composição química Um g-mol de uma espécie contém 6,02x1023 moléculas da espécie
(Avogadro).
a) Mol e Massa Molecular ("molecular weight") Exercício: Qual a quantidade de cada uma das substâncias abaixo está contida
O peso atômico ou massa atômica de um elemento é a massa de um em 100 lbm CO2 (M=44)?
átomo numa escala que define o isótopo do carbono (com 6p e 6n) C12 , como a) lb-mols CO2 b) g-mols CO2 c) lb-mols C d) lb-mols O
exatamente 12,0. Peso molecular de um composto é a soma dos pesos atômicos e) lb-mols O2 f) lbm O g) lbm O2 h) moléculas de CO2
dos átomos que constituem uma molécula do composto. O átomo de oxigênio, Solução:
tem um peso atômico de aproximadamente 16. A massa molecular do O2 é  1 lb - mol CO2 
a) 100 lbm CO2   = 2,27 lb − mols CO2
portanto 32.  44 lbm CO2 
Um grama-mol (g-mol ou simplesmente mol no SI) de uma espécie é a
 453,6 g - mols CO2 
quantidade dessa espécie cuja massa é numericamente igual ao seu peso b) 2 ,27 lb - mols CO2   = 1030 g − mols CO2
molecular.  1 lb - mol CO 2 
Outros tipos de mols (kg-mol, lb-mol, ton-mol, etc..) são similarmente  1 lb - mol C 
definidos. Monóxido de carbono (CO) tem peso molecular igual a 28. c) 2 ,27 lb - mols CO2   = 2 ,27 lb − mols C
1 g-mol CO contém 28 g  1 lb - mol CO2 
1 lb-mol CO contém 28 lbm  2 lb - mol O 
1 ton-mol CO contém 28 ton d) 2 ,27 lb - mols CO2   = 4,54 lb − m ols O
Assim, se o peso molecular de uma substância é M, então há:  1 lb - mol CO2 
M kg/kg-mol  1 lb - mol O2 
e) 2 ,27 lb - mols CO2   = 2 ,27 lb − mols O2
M g/mol ou g/g-mol  1 lb - mol CO2 
M lbm/lb-mol da substância
 16 lbm O 
Assim, 34 kg de amônia (NH3 , M=17) equivalem a: f) 4 ,54 lb - mols O   = 72 ,6 lbm O
 1 kg - mol NH3   1 lb - mol O 
34 kg   = 2 kg - mol NH3  32 lbm O2 
 17 kg NH3  g) 2 ,27 lb - mols O2   = 72 ,6 lbm O2
4 lb-mol de NH3 equivalem a:  1 lb - mol O2 
 17 lbm NH3   6,02 ⋅ 10 23 moléculas CO2 
4 lb - mol   = 68 lbm NH3 h) 1030 g - mols CO2   = 6,21 ⋅1 0 26 moléculas CO2

 1 lb - mol NH3   1 g - mol CO 2 
Para converter unidades molares, utiliza-se o mesmo "fator de A massa molecular pode ser usada para relacionar a vazão mássica ( m& )
conversão" utilizado para unidades de massa. Assim, como há 454 g/lbm, há com sua correspondente vazão molar( n& ).
454 g-mol/lb-mol.

9
BME – Apostila 1 10

Exemplo: 1000 mols  0,20 mol B  200 mols B


100 kg/h de CO2 (M=44) fluem numa tubulação. Qual a vazão molar  =
&
min  mol  min
( n ) da corrente?
d) a vazão total de solução que corresponde à vazão molar de 25 kg-mols B/s.
100 kg CO2  1 kg - mol CO2  2,27 kg - mol CO2
  = 25 kg - mols B  1 kg - mol  125 kg - mols solução
  =
h  44 kg CO 2  h
s  0,2 kg - mol B  s
e) a massa da solução que contém 300 lbm de A.
Exercício: Se uma corrente de saída de um reator químico contém CO2 fluindo
à vazão de 850 lb-mol/min, qual a vazão mássica ( m& ) correspondente?  1 lbm 
300 lbm A   = 2000 lbm de solução
850 lb - mols CO2  44 lbm CO2  37400 lbm CO2  0,15 lbm A 
  =
min  1 lb - mol CO2  min
Observações:
1) Note que as frações mássicas e molares independem da unidade, isto é, se a
b) Frações Mássica (xi ) e Molar (yi ) e Massa Molecular Média ( M ) fração mássica do benzeno numa mistura é 0,25, então:
As correntes de processo ocasionalmente contêm apenas uma substância. 0,25 kg C6 H6 0,25 g C6 H6 0,25 lbm C6 H6
Mais freqüentemente são constituídas de misturas de líquidos ou gases, ou x C 6H 6 = = =
soluções de um ou mais solutos em um solvente líquido. kg mistura g mistura lbm mistura
Os seguintes termos são usados para definir a composição de uma 2) Um conjunto de frações mássicas pode ser convertido num conjunto de
mistura de substâncias incluindo a espécie A: frações molares através de:
Fração Mássica (xA): a) assumindo como "base de cálculo" uma massa de mistura (normalmente
100);
massa de A  kg A gA lb A ton A 
xA =  , , ,  b) utilizando-se as frações mássicas conhecidas para calcular a massa de
massa total  kg total g total lbm total ton total  cada componente dentro da base definida e convertendo-se essas
Fração Molar (yA): massas em mols;
c) tomando-se a relação entre os mols de cada componente e a soma total
mols de A  kg - mol A g - mol A lb - mol A ton - mol A 
yA =  , , ,  dos mols.
mols totais  kg - mol g - mol lb - mol ton - mol  O processo pode ser feito vice-versa, adotando-se como base de cálculo 100
Multiplicando-se por 100, tem-se a fração em termos de porcentagem. mols, 100 kg-mols ou 100 lb-mols.
Exercício: Tem-se uma solução 15% A em massa e 20% B em mols. Calcule:
a) a massa de A em 200 kg de solução. Exercício: Uma mistura de gases tem a seguinte composição mássica
 0,15 kg A  O2 : 16% ( x O2 = 0,16 g O 2 / g mistura )
xA = 0,15 → 200 kg   = 30 kg A
 kg  CO : 4%
b) a vazão mássica de A na corrente que está fluindo à vazão de 50 lbm/h. CO2 : 17%
50 lbm  0,15 lbm A  7,5 lbm A N2 : 63%
 = Qual a sua composição molar?
h  lbm  h Solução:
c) a vazão molar de B numa corrente de 1000 mols solução/min. Tomando-se 100 g da mistura como base de cálculo, tem-se que:

10
BME – Apostila 1 11

 0,16 g O2   1 g - mol O 2  1 x x x x
= 1 + 2 + 3 + ... = ∑ i (todos os componentes)
n O2 = 100 g mist     = 0,500 g - mol O2
 g mist   32 g O2  M M1 M2 M3 i M i
Isto porque
 0,04 g CO   1 g - mol CO 
n CO = 100 g mist     = 0,143 g - mol CO 1 n n + n 2 + n 3 + ... n1 n 2 n 3
 g mist   28 g CO  = t = 1 = + + + ...
M mt mt mt m t mt
 0,17 g CO2   1 g - mol CO2 
n CO2 = 100 g mist     = 0,386 g - mol CO2 e
m
x1 = 1 ⇒ m t = 1 ⇒
m n1
=
n1
=
x1 x
= 1
 g mist   44 g CO2  mt x1 m t m1 / x1 m1 / n1 M1
 0,63 g N2   1 g - mol N2  Exercício:
n N 2 = 100 g mist     = 2,250 g - mols N2
Calcule a massa molecular média do ar.
 g mist   28 g N 2 
a) a partir das composições molares aproximadas: 79% N2 e 21% O2
nt = 0,500 + 0,143 + 0,386 + 2,250 = 3,279 g-mols mist
b) a partir das composições mássicas aproximadas: 76,7% N 2 e 23,3% O2
Logo:
Solução:
y O2 = 0,500 / 3,279 = 0,152 mol O2 / mol total
a) Mar = y N 2 M N 2 + y O2 M O2
y CO = 0 ,143 / 3,279 = 0,044 mol CO / mol total
0,79 g - mol N2 28 g N2 0,21 g - mol O2 32 g O2
y CO2 = 0,386 / 3,279 = 0,118 mol CO2 / mol total Mar = +
g - mol mist g - mol N 2 g - mol mist g - mol O 2
y N 2 = 2 ,250 / 3,279 = 0 ,686 mol N2 / mol total 2 9 g (N2 + O 2 ) 29 g ar 2 9 lbm ar
A soma dessas frações deve ser igual a 1. Mar = = =
g - mol mist g - mol ar lb - mol ar
Checando: Σyi = 1
1 0 ,767 g N2 / g mist 0,233 g O2 / g mist 0,035 g - mol ar
b) = + =
Massa Molecular Média ( M ) M 28 g N2 / g − mol N2 32 g O2 / g − mol O2 g ar
A massa molecular média ( M ) de uma mistura (g/g-mol, kg/kg-mol, M = 29 g ar/g - mol ar
lbm/lb-mol, etc..)é a razão da massa de uma amostra da mistura (mt ) pelo
número de mols de todas as espécies da amostra. c) Concentração
Se yi é a fração molar do componente i da amostra e Mi é a massa Concentração mássica de um componente em uma mistura ou solução
molecular desse componente, sendo M = mt / nt , logo: é a massa deste componente por unidade de volume da mistura (g A/cm3 , lbm
A/ft3 , kg A/m3 , ...).
M = y1 M1 + y2 M2 + y3 M3 + ....= ∑ y i Mi (todos os componentes)
i
Concentração molar de um componente em uma mistura ou solução é
Isto porque o número de mols deste componente por unidade de volume da mistura (g-mol
m t m1 + m 2 + m 3 + ... m1 m 2 m 3 A/cm3 , lb-mol A/ft3 , kg-mol A/m3 ).
M= = = + + + ... Molaridade de uma solução é o valor da concentração molar do soluto
nt nt nt nt nt expressa em g-mols soluto/litro de solução. Por exemplo, uma solução 2 mola r
n m m1 m1 (2 M) de A contém 2 g-mols A por litro de solução.
e y1 = 1 , n1 = 1 ⇒ y1 = ⇒ = y1 M1
nt M1 M1 n t nt Vazão molar ( n& ) de um componente é expressa em número de g-mols
Da mesma forma: ou simplesmente mols desse componente por unidade de tempo. É igual ao
produto da vazão volumétrica pela concentração molar do componente.

11
BME – Apostila 1 12

Exemplos: 4.4 Pressão


Quantos mols de NaOH há em 5 litros de uma solução 0,02 molar (0,02
M) desse hidróxido? a) Pressão de Fluido e Carga (“head”) Hidrostática
 0,02 g - mol NaOH 
Solução: 5 L   = 0 ,1 g - mol NaOH Uma pressão é a razão de uma força para uma área sobre a qual a força
 L 
Uma solução 0,02 molar de NaOH flui à 2 L/min. Qual a vazão molar de atua. Assim, as unidades de pressão são:
NaOH? N
2
(Pascal- Pa ); dinas2 ; lbf2 (psi )
2 L  0,02 g - mol NaOH  m cm in
Solução:   = 0 ,04 g - mol NaOH / min Consideremos um fluido (gás ou líquido) contido em um vaso fechado
min  L 
ou fluindo através de uma canalização e suponhamos que um buraco de área A
é feito na parede, como ilustrado na figura que segue:
Exercício
Uma solução aquosa de ácido sulfúrico 0,50 molar flui através de uma
unidade de processo à vazão de 1,25 m3 /min. A densidade relativa da solução é
1,03. Calcular:
a) a concentração mássica de H2 SO4 em kg/m3
b) a vazão mássica do H2 SO4 em kg/s
c) fração mássica do H 2 SO4

Solução:
H2 SO4 = A
ρ rel = 1,03 → ρ sol = 1,03 kg/L = 1,03.103 kg/m3

 0,5g − mols A  10 3 L  98 g A  1 kg A  H 2 SO 4
a)        = 49 kg
 L  1 m 3  1 g mol A  1000 g A  m3
 1,25 m 3 A  49 kg  1 min  A pressão de fluido é definida com a relação F/A, onde F é a força
b)   3   = 1,02 kg H 2SO 4 /s mínima necessária que deveria ser exercida no “plug” (tampão-rolha) para não
 min  1 m  60 s  permitir a saída do fluido.
 kg A   49 kg A  1 m 3 sol  Suponhamos agora uma coluna vertical de um fluido de h metros de
c)   =  3   = 47,6.10 −3 = 0,048 kg A altura, que tenha uma área de secção transversal A (m2 ). A densidade do fluido

 kg sol   m sol  1,03.10 kg sol 
3 kg sol
é ρ (kg/m3 ). Sobre a parte superior da coluna é exercida uma pressão P0
ou (N/m2 ), conforme ilustra a figura que segue
vazão mássica de A 1,02 kg A/s
xA = = 3
vazão mássica sol m 1 min 1030 kg
1,25 ⋅ ⋅
min 60 s m3

12
BME – Apostila 1 13

g
P = P0 + ρ ⋅ ⋅h
gc

 força 
P  ≡ h (altura do fluido ou carga ) ⋅ ρ ⋅ g
 área  gc

Falando-se do fluido, conhece-se sua ρ e, como g/gc é um número


conhecido, transforma-se altura em pressão. Só tem sentido para líquidos !!!
Assim, pode-se falar de uma pressão de 14,7 psi ou, equivalentemente,
de uma pressão (ou carga ou altura) de 33,9 ft H2O ou 76 cm Hg.
Isto porque, g/gc = 1 lbf/lbm

Exemplo:
2
lbf  12 in  lbm lbf
14,7 2   = h ⋅ 62, 4 3 ⋅ 1 = 33,9 ft H 2O
in  1 ft  ft lbm
A pressão P do fluido na base da coluna – chamada pressão hidrostática Como:
do fluido – é por definição, a força F exercida na base dividida por sua área A. lbf  N 
F então iguala a força na superfície do topo da coluna mais o peso da coluna de 14,7 = 1,01325 .105 Pa  2  ρ rel( Hg) = 13,6
in 2
m 
fluido. Assim:
g
m⋅g P = ρ⋅ ⋅h
F F0 gc m gc
= + , h ⋅ A = V, ρ= então:
A A A V
N kg N
1,01325 .10 5 2
= 13,6.10 3 3 ⋅ 9,8066 ⋅h
g m m kg
P = P0 + ρ ⋅ ⋅h
gc h = 7,6.10 −1 m = 0,76 m = 76 cmHg

Desde que A não aparece na fórmula, ela é aplicada tanto a uma coluna Exemplo:
fina de um fluido como ao oceano. Expresse a pressão de 20 psi em termos de ft Hg

Líquidos Solução:
Além de ser expressa em termos de força por área, uma pressão pode ser
expressa como uma altura (carga, “head”) de um dado fluido. Isto é, a pressão ρ (Hg ) = 13,6.62,4 lbm/ft 3 = 849 lbm/ft 3
seria equivalente àquela exercida por uma coluna hipotética de altura h desse P (psi) g c
fluido em sua base (da coluna), se a pressão no topo da coluna é zero, ou seja, P (ft Hg) ≡ h (ft Hg) = .
ρ (Hg) g

13
BME – Apostila 1 14

 20 lbf  1 ft  144 in  1 lbm  b) Pressão Atmosférica (Patm ), Pressão Absoluta (Pabs ) e Pressão
3 2
P (ft Hg) =     = 3,39 ftHg Manométrica ("gauge") (Pman ou Prel )
 in 2  849 lbm  ft 2  1 lbf 
A partir da tabela nós temos: A pressão atmosférica pode ser entendida como a pressão na base de
 76 cm Hg  uma coluna de fluido (ar) localizada no ponto de medida (ao nível do mar, por
20 psi   = 103 cmHg exemplo).
 14,696 psi 
A pressão P0 no topo da coluna é igual a zero e ρ e g são valores médios
103 cmHg
Como 1 ft = 30,48 cm → = 3,38 ftHg de densidade do ar e aceleração de gravidade entre o topo da atmosférica e o
cm ponto de medida.
30,48
ft Um valor típico da pressão atmosférica ao nível do mar é 760 mmHg.
Exercício: Ela foi designada como pressão padrão de uma atmosfera (experiência de
Qual a pressão de 30 ft abaixo da superfície de um lago, sabendo que a Torricelli).
pressão atmosférica é 34,4 ft H2O e a densidade da água é 62,4 lbm/ft3 . As pressões dos fluidos, até aqui descritas são absolutas (a pressão zero
Assuma g/gc = 1 (lbf/lbm). corresponde ao vácuo perfeito). Muitos aparelhos de medida de pressão dão,
no entanto, a pressão manométrica ("gauge") de um fluido, isto é, a pressão
Solução: relativa. Uma pressão manométrica de zero indica que a pressão absoluta do
g fluido é igual a pressão atmosférica.
P = P0 + ρ ⋅ ⋅h
gc
Pabsoluta = Pmanométrica ou relativa + Patmosférica
 34 ,4 ft H 2O  14,7 psi 
P (psi) =    +
  33,9 ft H 2O  As abreviações psia ou psig são comumente utilizadas para denotar as
pressões absoluta e manométrica, respectivamente, em termos de lbf/in 2 (psi).
 62,4 lbm  1 ft  1 lbf  30 ft  12 in 
3
      Também é comum referir-se a pressões manométricas negativas
 ft 3  12 3 in 3  lbm   ft  (pressões absolutas menores que a atmosférica) como quantidades positivas de
P (psi ) = 27 ,9 psi vácuo. Por exemplo:

ou, de outro modo, em termos de ft H2O Pman = −1 inHg (que corresponde à pressão absoluta de 28,9 inHg, já que
Patm = 29 ,9 inHg ) é chamada de 1 inHg de vácuo.
P (ft H 2 O ) = 34,4 ft H 2O + 30,0 ft H 2O = 64,4 ft H 2O
Então:
 64 ,4 ft H2 O  14,7 psi 
conferindo    = 27,9 psi P absoluta → relativa ao vácuo
  33,9 ft H 2O  P manométrica → relativa à atmosfera

14
BME – Apostila 1 15

c) Medidores de pressão de fluido física da substância, cujo valor depende da temperatura de uma forma
conhecida. Tais propriedades e os aparelhos para medida de uma temperatura,
Muitos aparelhos mecânicos são usados para medir pressões de fluidos. nela baseados, incluem resistência elétrica de um condutor (termômetro de
O mais comum é o manômetro de Bourdon que é um tubo oco fechado resistência), voltagem na junção de dois metais diferentes (termopar), espectro
de um lado e inclinado (curvado) na forma de um “C”. A extremidade aberta é de radiação emitida (pirômetro) e volume de uma massa fixa de um fluido
exposta ao fluido cuja pressão está sendo medida. (termômetro).
Medidas precisas de pressões abaixo de 3 atm são fornecidas por outros Escalas de temperatura podem ser definidas em termos de algumas
manômetros. dessas propriedades, ou em termos de fenômenos físicos como o congelamento
Um manômetro U é preenchido com um líquido de ρ conhecida. e ebulição, que ocorram a pressão e temperatura fixadas.
Submetido a diferentes pressões nos dois tubos, o líquido se deslocará no Você poderia referir-se, por exemplo, à temperatura na qual a
sentido da menor pressão; deslocamento esse que é medido. resistividade de um fio de cobre é 1,92.10-6 ohms/cm3 .
É conveniente ter, além dessas escalas, uma escala numérica simples
entre outras razões para que não se precise usar várias palavras para expressar
uma simples temperatura. Uma escala definida de temperatura é obtida
arbitrariamente, atribuindo-se valores numéricos a duas medidas reproduzíveis
de temperatura. Por exemplo: atribui-se o valor 0 (zero) ao congelamento da
água, e o valor 100 (cem) a ebulição a pressão de 1 atm. Além disso,
estabelece-se que o comprimento do intervalo da unidade de temperatura
(chamado grau) é 1/100 da distância entre os dois pontos de referência.
As duas mais comuns escalas de temperaturas que utilizam o
congelamento e a ebulição da água a pressão de 1 atm são:

Celsius (ou centígrado): Tf = 0 °C, Tb = 100 °C. Nessa escala o zero absoluto
(teoricamente a menor temperatura atingível na natureza) vale –273,15 °C.
No manômetro selado se P 1 = atm (barômetro).
A fórmula que relaciona a diferença de pressão P 1 – P 2 com o Fahrenheit: T f é designado por 32 °F e Tb por 212 °F. O zero absoluto equivale
deslocamento do fluido no manômetro, baseia -se no princípio de que a pressão a –459,67 °F.
deve ser a mesma em dois pontos na mesma horizontal de um fluido contínuo.
A dedução desta fórmula e sua aplicação é vista com detalhes em estática dos As escalas Kelvin e Rankine são escalas de temperaturas absolutas, na
fluidos, tópico abordado pela disciplina Fenômeno de Transporte (Mecânica qual o zero absoluto tem o valor 0 (zero). O tamanho de um grau é o mesmo da
dos Fluidos).
escala Celsius para a escala Kelvin, e igual ao tamanho do grau Fahrenheit para
a escala Rankine.
4.5 Temperatura Assim:
A temperatura de uma substância (T) em um dado estado de agregação ( )
T (K ) = T o C + 273,15 ( ) ( )
T o R = T o F + 459 ,67
(sólido, líquido ou gás) é uma medida da energia cinética média possuída pelas
molécula s da substância. Como esta energia não pode ser medida diretamente,
( )
T o R = 1,8 ⋅ T(K ) T ( F ) = 1,8 ⋅ T( C) + 32
o o

a T precisa ser determinada indiretamente pela medida de alguma propriedade

15
BME – Apostila 1 16

Lembre-se que um grau é tanto uma temperatura como um intervalo de Deve-se usar a equação:
temperatura.
Considere um intervalo de temperaturas de 0 a 5 °C. ( ) ( )
T o F = 1,8 ⋅ T o C + 32
Há nesse intervalo: 5 graus °C e K e 9 °F e °R.
Isto é: Pode-se verificar isso também se aplicando duas vezes essa equação e
encontrando-se o intervalo:

( ) ( ) (-)
T1 o F = 1,8 ⋅ T1 o C + 32
T ( F ) = 1,8 ⋅ T ( C) + 32
2
o
2
o

T ( F )− T ( F) = 1,8 ⋅ (T ( C )− T ( C )) + 0
1
o
2
o
1
o
2
o

∆T ( C) = 1,8 ⋅ ∆T ( F)
o o

Exercício: Considere o intervalo entre 20 e 80 °F.


(a) Calcule as temperaturas equivalentes em °C e o intervalo entre elas;
(b) Calcule diretamente o intervalo em °C entre essas temperaturas.
Note que: um intervalo de 1 grau °C ou K equivale a 1,8 °F ou °R.
Solução:
1,8 o F 1,8 o R 1 oF 1 oC (a) Da equação de transformação:
Daí: , , ,
( ) ( )
1 oC 1K 1 oR 1K T o F − 32
T oC =
Note que esses fatores de conversão equivalem a intervalos de 1,8
temperatura e não temperaturas. então:
Por exemplo, para encontrar o número de °C entre 32 °F e 212 °F você T1 = 20 o F = -6,7 o C
deve dizer:
T2 = 80 o F = 2 6,6 o C
( )  212 − 32 o F   1 o C 
∆T o C =    
  1,8 o F  = 100 ∆T = 26,6 - (6,7) = 33,3 o C
   
Mas para encontrar a temperatura correspondente a 32 °F não se pode b) Diretamente:
fazer:
( )
∆T o C = =
( )
∆T o F (80 − 20 )
= 33,3 o C
( ) ( )
T o C = 32 o F 
 1 oC 
o 
 está errado !!!
1,8 1,8
 1,8 F 

uma temperatura um intervalo de temperatura

16
BME – Apostila 1 17

Exercício:
A capacidade calorífica da amônia, definida como a quantidade de calor
requerida para aumentar a temperatura de uma unidade de massa de amônia de
um grau a pressão constante é, dentro de uma faixa limitada de temperaturas,
dada por:
 BTU 
Cp  o
( )
 = 0,487 + 2 ,29 ⋅ 10 −4 ⋅ T o F
 lbm ⋅ F 

Determine a expressão para Cp em (J/g.°C) em termos de T(°C).

Solução:
Sabendo que 1 J = 9,486.10-4 BTU
Observe que °F na unidade de Cp refere-se a um intervalo de
temperatura, enquanto a unidade de T é uma temperatura.
Assim faremos a conversão em duas etapas:

1) Mudança da unidade de T:

 BTU 
Cp ( ( )
 = 0,487 + 2,29 .10 −4 ⋅ 1,8 ⋅ T o C + 32 )
 lbm ⋅o F 
 BTU 
Cp o
( )
 = 0,494 + 4,12 .10 − 4 ⋅ T o C
 lbm ⋅ F 

2) Conversão de Cp (J/g.°C):

 1,8 F   1 lbm 


( )
o
 BTU 1J
0,494 + 4,12.10 − 4 ⋅ T o C   o   
 lbm ⋅o F  1,0 C  9,486.10 BTU  454 g 
-4

 J 
( )
C p  o  = 2 ,06 + 1,72.10 −3 ⋅ T o C
 g⋅ C

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