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“UMA ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE VISAM A SEGURANÇA E A

SOBERANIA ALIMENTAR NA ARGENTINA DE 2002 À 2019:


O CASO DE PUERTO IGUAZÚ”

Eixo temático: Geopolítica e Segurança Latino-Americana

Resumen:

El objetivo de esta investigación de campo es analizar la situación de las políticas de


Seguridad Alimentaria en Puerto Iguazú en Argentina, dentro de los años 2002 y
2019, comparando los dos últimos gobiernos, en la aplicación de tales políticas. Se
fundamenta el estudio a partir de informaciones primarias y secundarias. La primera
consiste en entrevistar el “Centro Integrado Comunitario y Archivo General” para
tener un panorama de la funcionalidad de las políticas, el segundo consiste en la
articulación teórica de las políticas públicas del Estado Argentino para la seguridad
alimentaria . Se busca contextualizar la forma como las políticas están siendo
implementadas pudiendo tener relación con los conflictos políticos-económicos.

PALABRAS-CLAVE​: Seguridad Alimentaria. Hambre. Políticas Públicas. Política


Económica.

Resumo expandido:
O objetivo desta investigação é analisar a situação das políticas públicas para
garantir a soberania e, consequentemente, a segurança alimentar do povo argentino
entre os anos de 2002 à 2019, comparando os últimos dois governos, Kirchner e
Macri, pela aplicação de tais políticas. Observa-se pontualmente o caso de Puerto
Iguazú, esta enquanto uma cidade situada numa das províncias mais pobres da
Argentina. Fundamenta-se o estudo a partir de informações primárias e secundárias.

Assim, a partir das fontes secundárias de pesquisa de análise da política


econômica aplicada antes ainda de 2002, quando ocorre a crise alimentar, a
momento de ordem neoliberal e, em posterior à crise, de ordem nacional
desenvolvimentista keynesiana. É possível observar como o arranjo internacional
promovido desde o Consenso de Washington gerou aumento das desigualdades. No
caso da Argentina, por conta de uma política econômica neoliberal de atrelamento
monetário entre o peso e o dólar, a Lei de Conversibilidade do Plano Cavallo de
1991, o que parecia estabilidade econômica garantida passou a ser um pesadelo
inflacionário no país a partir de 1997. O ápice da crise humanitária se deu entre
2002 e 2003, quando o então governo Duhalde decretou emergência alimentar (Lei
25.561 de fevereiro de 2002), aplicando assim políticas emergenciais para conter a
fome num contexto de que aproximadamente 54% dos lares já se encontravam em
condições abaixo da linha da pobreza, e ainda 13% abaixo da linha da miséria.
Dados estimados pela Encuesta Permanente de Hogares (EPH).

O entendimento da política econômica é central para observar a dialética


presente entre os ambientes externos e o interno do país. Uma vez que o
neoliberalismo aplicado não foi uma demanda geral do povo argentino mas fez parte
do alinhamento ideológico internacional das elites e também da possível ampliação
de seus lucros com a intensificação da desigualdade social. A fórmula neoliberal é
então criticamente enfrentada pelos governos de Néstor e Cristina Kirchner, de
forma que ao ampliarem os gastos públicos em setores variados, movimentaram a
economia e contiveram a inflação. Um modelo internacionalmente também
organizado para conter os males de uma política de austeridade fiscal, tendo assim
o Estado como principal investidor da economia capitalista.

O esgotamento do modelo nacional desenvolvimentista keynesiano do século


XXI, impulsionado de forma sulamericana mas com a identidade própria argentina,
se deu a partir de 2008 com a crise econômica mundial que retraiu o comércio de
commodities, sendo a soja a principal pauta exportadora do país. A não
diversificação da matriz econômica para a ampla produção industrial também
contribuiu para a dependência da produção agroexportadora, ou seja, maior
vulnerabilidade a choques externos comerciais. De forma que, o estudo não se trata
apenas da análise das políticas de segurança alimentar que possam conter a
recessão provocada pela crise ou pelas políticas neoliberais, mas como a própria
política econômica mais pró-mercado ou mais pró-povo pode contribuir ou evitar as
crises de soberania e de segurança alimentar, e efetivamente a fome.
No campo das políticas públicas, a partir do governo de Néstor Kirchner em
2003 estabeleceu-se o “Plan Nacional de Seguridad Alimentaria”, criado mediante
iniciativas conjuntas da sociedade civil e do Estado, com o objetivo de garantir o
“deber indelegable del Estado de garantizar el derecho a la alimentación de toda la
ciudadanía” (art. 1º, Lei Nº 25.724). Sendo as principais medidas: 1. Assistência
alimentar e nutrição direta; 2. Assistência a restaurantes sociais, infantis e
comunitários; 3. Autoprodução de alimentos; 4. Melhora nos serviços alimentares de
restaurantes escolares; 5. Cuidado com a grávida e com a criança.

Enquanto política centralizada pelo Estado e executada em conjunto com as


províncias, o PNSA recebeu investimentos anuais do orçamento da “Ley de
Presupuesto Nacional” combinado com aportes e doações de outros Estados e
organismos internacionais. Entre 2002 e 2010, ao longo do governo de Cristina
Kirchner aproximadamente dobrou-se os investimentos de 359 milhões para 709
milhões de pesos. De forma que, ao longo do período citado, a província de
Misiones, a qual o município de Puerto Iguazú, como caso específico analisado,
recebeu apenas 3% dos recursos totais. Adotando, assim, um modelo misto de
financiamento, ao qual soma-se os recursos da própria província, com a razão de
cerca de 56% de “misioneros” e 44% nacionais [AULICINO E LANGOU, 2012].

A análise que o artigo promove continua em como a mudança de regime de


Kirchner para Macri afetou não só a economia do país num sentido de geração de
riqueza, ou no caso, a geração de pobreza. Mas também como além de aumentar a
desigualdade social não se construíram mecanismos eficientes de combate a
pobreza e consequentemente a fome.

A retomada da política econômica neoliberal de inibição do setor público na


economia trouxe consequências do aumento das tarifas de energia e transporte,
redução dos subsídios, unificação das taxas de câmbio, desvalorização real do peso
de forma que não contribuíram com a redução da inflação, como no programa
eleitoral proposto. Deste modo, somado a adoção de um regime de metas de
inflação mediante aumento da taxa de juros para mais de 30% em 2016 causou um
profundo desequilíbrio entre a política fiscal externa e os preços internos que
subiram [WAINER, 2017].

O regime macrista sofreu inclusive pressão popular com manifestações e


greves entre 2017 e 2019. A pressão internacional cresceu depois que uma visita do
Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2018 analisou a situação como grave,
porém ao acusar uma seca na plantação de soja como motivo central da volta da
crise alimentar, esconde o próprio desequilíbrio do governo que não visa de forma
alguma resolver o problema da desigualdade social e da fome.

Na parte final do artigo, justifica-se toda a pesquisa da análise do sistema


econômico-alimentar da Argentina com a pesquisa empírica em fontes primárias na
cidade de Puerto Iguazú, observando como estes fenômenos da política econômica
se traduz no cotidiano das pessoas. A partir de entrevistas no “Centro Integrado
Comunitário e Arquivo General” foi possível verificar a funcionalidade das políticas
implementadas e sua eficácia. Vale a pena ler o artigo na íntegra para conhecer o
desfecho.

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