HISTÓRIA – 2º BIMESTRE
A expansão cafeeira no Brasil pode ser dividida em três grandes fases. A primeira deu-se
pela implantação das lavouras de café no Rio de Janeiro e pela expansão da cultura em direção
à parte paulista do Vale do Paraíba. Depois, por volta dos anos 1850, houve a expansão das
fazendas de café para o chamado Oeste Paulista, principalmente para a região de Campinas e
Jundiaí. A última fase iniciou-se a partir de 1870, com a expansão da cafeicultura ainda mais para
o interior de São Paulo, favorecida pela existência de um tipo de solo muito fértil, conhecido como
terra roxa.
Os “barões do café”
A elite cafeeira assumiu um papel importante no cenário político nas décadas finais do
Segundo Império. Organizados, os cafeicultores pressionavam as autoridades públicas para que
subsidiassem a construção de ferrovias que, em geral, eram planejadas com base na localização
das fazendas. A pressão dos fazendeiros também impulsionou uma reforma bancária, que
expandiu o crédito rural para os próprios cafeicultores, aplicado na modernização das lavouras.
Além disso, muitos fazendeiros recebiam títulos de nobreza, o que deu origem a denominação
“barões do café”.
As cidades próximas às fazendas também sofreram trasnformações, como aumento da
população, construção ou reforma de casarões e outras edificações, teatros, jornais e salões
literários, demonstrando assim o caráter aristocrático da elite cafeeira.