INTRODUÇÃO A BIBLIOLOGIA
Ninguém conseguirá compreender bem o livro de Deus sem ter pelo menos uma
ideia da história, costumes, idiomas, religiões dos povos que diretamente como os
judeus, egípcios, assírios, e outros, participam do seu conteúdo e acima de tudo
comunhão estreita com o Espírito Santo de Deus. Da arqueologia à apologética, com
observações históricas e o registro de outros conhecimentos, fazendo uma breve
introdução aos livros Bíblicos, procuramos transmitir aos alunos um conhecimento
panorâmico acerca da Bíblia, e orientá-los a lerem e estudarem esse maravilhoso
tesouro concedido por Deus aos homens, e que deve ser a nossa única regra de fé
e prática. Esperamos que ao se aprofundar no estudo dessa apostila, novos
horizontes se abram a frente do aluno, e que a cada capítulo sinta o desejo de
penetrar cada vez mais no vasto campo do conhecimento Bíblico. Nosso desejo foi
de preparar um trabalho resumido que atendesse as necessidades básicas daqueles
que se propõem a estudar a Palavra de Deus ou conhecê-la melhor.
Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo
hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus.
Estes registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso,
foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração. Com o
passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas
por a Lei, os Profetas, e as Escrituras. Esses três grandes conjuntos de livros, em
especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio Judaico de Jamnia, que
ocorreu por volta de 95 d.C. A Lei continha os primeiros cinco livros da nossa Bíblia.
Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas
das cartas do Apóstolo Paulo destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos
povoados que acreditavam no Evangelho por ele pregado. A formação desses
grupos marca o início da Igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e
preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem
solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente copiados
e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação.
Outros Manuscritos
Além dos livros que compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que
circularam nos primeiros séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o
Evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou Ensinamento dos Doze
Apóstolos). Durante muitos anos, embora os evangelhos e as cartas de Paulo
fossem aceitos de forma geral, não foi feita nenhuma tentativa de determinar quais
dos muitos manuscritos eram realmente autorizados. Entretanto, gradualmente, o
julgamento das igrejas, orientado pelo Espírito de Deus, reuniu a coleção das
Escrituras que constituíam um relato mais fiel sobre a vida e ensinamentos de
Jesus.
No Século IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum e
o Novo Testamento foi constituído. Os dois manuscritos mais antigos da Bíblia em
grego podem ter sido escritos naquela ocasião, o grande Codex Sinaiticus e o
Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis manuscritos contêm quase a totalidade da
Bíblia em grego. Ao todo temos aproximadamente vinte manuscritos do Novo
Testamento escritos nos primeiros cinco séculos. Quando Constantino proclamou e
impôs o cristianismo como única religião oficial no Império Romano no final do
Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla por boas cópias de livros do
Novo Testamento.
A Bíblia, o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo, desde as suas origens,
foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida
e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de difundir seus
ensinamentos através dos tempos e entre os mais variados povos resultou em
inúmeras traduções para os mais variados idiomas e dialetos. Hoje é possível
encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.000 línguas diferentes.
A Primeira Tradução
Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de
Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o
Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus
que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico, com
o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o
hebraico. Denominada Septuaginta (Tradução dos Setenta), esta primeira tradução
foi realizada por 70 sábios e contém sete livros que não fazem parte da coleção
hebraica; pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo
Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I (d.C).
A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados
apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas
Igrejas. Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as
regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços
empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos
de Deus.
Outras Traduções
Outras traduções começaram a ser realizadas por cristãos novos nas línguas copta
(Egito), etíope (Etiópia), siríaca (norte da Palestina) e em latim - a mais importante
de todas as línguas pela sua ampla utilização no Ocidente. Por haver tantas
versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d.C, o bispo de Roma
nomeou o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial das
Escrituras. Com o objetivo de realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais,
Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante 20 anos. Estudou hebraico com rabinos
famosos e examinou todos os manuscritos que conseguiu localizar. Sua tradução
tornou-se conhecida como "Vulgata", ou seja, escrita na língua de pessoas comuns
("vulgus"). Embora não tenha sido imediatamente aceita, tornou-se o texto oficial do
cristianismo ocidental. Neste formato, a Bíblia difundiu-se por todas as regiões do
Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.
Não se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários
levaram o evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que
havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro
séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a
do Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava
ditando uma tradução do Evangelho de João; entretanto, nenhuma de suas
traduções chegou até nós. Aos poucos as traduções de passagens e de livros
inteiros foram surgindo.
Tradução Brasileira (TB): Foi preparada sob a direção do Dr. H. C. Tucker, tendo
sido concluída em 1917. Essa tradução nunca foi muito popular.
No final de 2000, a SBB lançou uma revisão completa da TLH como Nova Tradução
na Linguagem de Hoje (NTLH). A NTLH segue o princípio de equivalência funcional,
semântica, ou dinâmica. Este princípio leva a traduzir os textos originais com
absoluta fidelidade, bem como a comunicar, do modo mais natural, a mesma idéia
dos originais em linguagem contemporânea, obedecendo às normas gramaticais e à
estrutura do Português.
Em resumo, cada tradução será boa para alguém ou para alguma finalidade. Por
isso, é muito bom que tenhamos várias traduções. Pessoas que não sejam tocadas
por uma tradução poderão ser por outra. Encaremos, portanto, as traduções como
bênçãos que Deus nos dá para alcançar o maior número de pessoas para o seu
Reino. (cf. 1Co 9.22). "Comissão de Tradução, Revisão e Consulta da SBB."
Finalmente as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas
essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16,
manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais,
começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam
auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.
Descobertas Arqueológicas
Durante nove anos vários documentos foram encontrados nas cavernas de Qumrân,
no Mar Morto, constituindo-se nos mais antigos fragmentos da Bíblia hebraica que
se têm notícias. Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios no Século I, nos 800
pergaminhos, escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários teológicos e
descrições da vida religiosa deste povo, revelando aspectos até então considerados
exclusivos do cristianismo.
Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito
restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta
situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da
Bíblia, se popularizando.
Além disso, no tempo em que Almeida publicou sua tradução pela primeira vez (ca.
1681), era costume dos tradutores indicar pelo tipo itálico (inclinado) toda e qualquer
palavra que precisasse ser inserida na tradução para que tivesse sentido, o que foi
fielmente conservado pela RC. É uma das mais queridas e apreciadas no Brasil,
disponível em diversos tamanhos e formatos.
Bíblia Sagrada, traduzida por João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada
(1959, 1993). Conservando as características principais da tradução de equivalência
formal de Almeida, a RA é o resultado de mais de uma década de revisão e
atualização teológica e lingüística da RC. Igualmente fiel aos textos originais, a
linguagem da RA é viva, acessível, clara e nobre, evitando o demasiado vulgar e
demasiado acadêmico e literário. A RA tem tido ampla aceitação, tanto no Brasil
como em outros países de fala portuguesa, podendo ser encontrada em diversos
tamanhos e formatos.
Conhecido pela autoria de uma das mais lidas traduções da Bíblia em português, ele
teve uma vida movimentada e morreu sem terminar a tarefa que abraçou ainda
muito jovem. Entre a grande maioria dos evangélicos do Brasil, o nome de João
Ferreira de Almeida está intimamente ligado às Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o
autor (ainda que não o único) da tradução da Bíblia mais usada e apreciada pelos
protestantes brasileiros. Disponível aqui em duas versões publicadas pela
Sociedade Bíblica do Brasil - a Edição Revista e Corrigida e a Edição Revista e
Atualizada - a tradução de Almeida é a preferida de mais de 60% dos leitores
evangélicos das Escrituras no País, segundo pesquisa promovida por A Bíblia no
Brasil.
Dois anos depois, começou a traduzir para o português, por iniciativa própria, parte
dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol. Além da Versão
Espanhola, Almeida usou como fontes nessa tradução as Versões Latina (de Beza),
Francesa e Italiana - todas elas traduzidas do grego e do hebraico. Terminada em
1645, essa tradução de Almeida não foi publicada. Mas o tradutor fez cópias à mão
do trabalho, as quais foram mandadas para as congregações de Málaca, Batávia e
Ceilão (hoje Sri Lanka). Mais tarde, Almeida tornou-se membro do Presbitério de
Málaca, depois de escolhido como capelão e diácono daquela congregação.
No tempo de Almeida, um tradutor para a língua portuguesa era muito útil para as
igrejas daquela região. Além de o português ser o idioma comumente usado nas
congregações presbiterianas, era o mais falado em muitas partes da Índia e do
Sudeste da Ásia. Acredita-se, no entanto, que o português empregado por Almeida
tanto em pregações como na tradução da Bíblia fosse bastante erudito e, portanto,
difícil de entender para a maioria da população. Essa impressão é reforçada por uma
declaração dada por ele na Batávia, quando se propôs a traduzir alguns sermões,
segundo palavras, "para a língua portuguesa adulterada, conhecida desta
congregação."
Ao que tudo indica, esse foi o período mais agitado da vida do tradutor. Durante o
pastorado em Galle (Sul do Ceilão), Almeida assumiu uma posição tão forte contra o
que ele chamava de "superstições papistas," que o governo local resolveu
apresentar uma queixa a seu respeito ao governo de Batávia (provavelmente por
volta de 1657). Entre 1658 e 1661, época em que foi pastor em Colombo, ele voltou
a enfrentar problemas com o governo, o qual tentou, sem sucesso, impedi-lo de
pregar em português. O motivo dessa medida não é conhecido, mas supõe-se que
estivesse novamente relacionado com as ideias fortemente anticatólicas do tradutor.
A passagem de Almeida por Tuticorin (Sul da Índia), onde foi pastor por cerca de um
ano, também parece não ter sido das mais tranqüilas. Tribos da região negaram-se a
ser batizadas ou ter seus casamentos abençoados por ele. De acordo com seu
amigo Baldaeus, o fato aconteceu porque a Inquisição havia ordenado que um
retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa.
Ideias e personalidade
Exemplares destruídos
Ezequiel 48.21
Embora haja certas diferenças entre a RC e a RA, ambas têm seu valor como
traduções fiéis da Palavra de Deus de acordo com os textos originais disponíveis na
época de sua elaboração. Porém, não há diferenças entre os próprios manuscritos
que deponham contra a mensagem central da Palavra de Deus.
Quando em 1948, a SBB foi fundada, uma nova revisão de Almeida, independente
da Revista e Corrigida, foi encomendada a outra equipe de tradutores brasileiros. O
resultado desse novo trabalho, publicado em 1956, é o que hoje conhecemos como
a versão Revista e Atualizada. Conservando as características principais da
tradução de equivalência formal de Almeida, a RA é o resultado de mais de uma
década de revisão e atualização teológica e lingüística da RC. Igualmente fiel aos
textos originais, a linguagem da RA é viva, acessível, clara e nobre. Sua revisão foi
feita à luz dos manuscritos bíblicos melhor preservados.
Em 1993, a RA passou por uma segunda revisão, afinando ainda mais o texto
bíblico aos textos originais em hebraico, aramaico e grego.
Confrontando a tradução de Almeida, que resultou na versão Revista e Corrigida,
com os novos manuscritos encontrados, os editores da RA decidiram indicar os
textos em que um ou mais manuscritos não tinham consenso. Tais textos foram
colocados entre colchetes, como é o caso da mulher adúltera, o qual permanece na
Bíblia Sagrada por ser mencionado em grande número de manuscritos antigos e
também por não contradizer em nada os demais ensinamentos das Escrituras
Sagradas. É importante frisar que os textos-chaves das Escrituras Sagradas, os que
dizem a respeito à salvação em Cristo Jesus, não apresentam qualquer tipo de
dúvida.
Ex.: Primeira aos Coríntios, capítulo doze e versículos um a dez, quinze, dezessete
e vinte e um, e Mateus capítulo três, versículos três, quatro, oito, nove e dez: 1Co
12:1-10, 15, 17, 21; Mt 3:3-4, 8-10.
Descrevendo as pontuações
Gêneses capítulo 15 e versículos, um, três, cinco, sete, oito, nove e dez, e capítulo
17, versículos dez, onze e doze, e quatorze, quinze e dezesseis, e Primeiro
Crônicas, capítulo 12 e versículos, um a seis.
A Bíblia tem alguma coisa diferente de todos os outros livros deste mundo. A sua
preservação por tantos os séculos e a sua divulgação, sendo aceita e apreciada por
tantas pessoas de classes, condições e profissões diferentes. Reis, filósofos, poetas,
estadistas, sacerdotes, médicos, publicanos, pescadores, etc ... escreveram a bíblia,
um no deserto do Sinai, outro no palácio de Jerusalém, outro junto ao rio da
Babilônia, outro na cadeia de Roma, outro na ilha de Patmos. Há um período de
quase 1600 anos entre o primeiro e o ultimo escritor. Os materiais apresentado são:
história, genealogia, lei, ética, profecia, ciência, higiene, economia, política e regras
para a conduta pessoal. Tudo isto forma uma unidade, expondo o plano de Deus na
salvação dos pecadores.
Hipérbole – aumento ou diminuição exagerada da realidade das coisas. " ... faço
nadar o meu leito... com as minhas lagrimas’’ (Sl 6:6).
Ironia – pensamento com sentido oposto ao significado literal. " ...o homem é como
um de nós, sabendo o bem e o mal’’ (Gn 3:22b)
Antropomorfismo – atribuição a Deus das faculdades humanas: "o Senhor cheirou o
suave cheiro’’ (Gn 8:21a).
Alegoria
1- aplicação alegórica de histórias verídicas ou exposição dum pensamento sob
forma figurada. Exemplos:os filhos de Abraão (Ismael, Isaque), como os dois
concertos da lei, e da graça (Gl 4:22,23).
2- a história da vinha que foi trazida do Egito (Sl 80:8-10).
duas águias e a videira (Ez 17:3-10).
3- O livro de Cantares é todo uma alegoria representando o amor de Cristo para sua
igreja.
"um rei deu um banquete e mandou chamar os convidados, e cada um tinha uma
desculpa para não vir’’... (Lc 14:15-24). Espiritual = muitos serão chamados,
poucos os escolhidos. Moral = as coisas do céu devem ser levadas a sério, Jesus
continua chamando hoje para um banquete. Vamos então considerar para analise
apenas TIPOS, SÍMBOLOS.
ANTÍTIPO
A palavra traduzida por figura, em Hb 9:24 e 1Pe3:21. o termo alude a uma
correspondência de sentido, em alguma ilustração. No uso comum, afirma-se que o
Antigo Testamento contém TIPOS das verdades Neotestamentárias. As coisas
assim tipificadas são chamadas antítipos. Assim o Tabernáculo e seus móveis nos
oferecem tipos de Cristo, e o próprio Cristo é o antítipo.
Israel repousou na terra de Canaã (tipo), e nós esperamos pelo descanso na esfera
celeste (antítipo).
Adão, Abraão, José, etc... de alguma maneira são tipos de Jesus Cristo, e este é o
antítipo deles.
SÍMBOLOS
"Começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava – lhes o que Dele se
achava em todas as Escrituras’’ (Lc 24:27)
Muitas palavras das Santas Escrituras são empregadas com vários sentidos,
apresentando alguma relação com nossa união a Deus, pela salvação alcançada
pela morte de Jesus.
Num espaço pequeno, não é possível estudar todas. Escolhemos algumas cujo
simbolismo é mais claro, poderemos apresentar nesta apostila um pouco das
aplicações que são feitas para nosso crescimento espiritual. O sentido em que é
empregada uma palavra pode ser descoberto pelo contexto ou por outras passagens
no mesmo assunto. Seguem as palavras que encerram vários símbolos.
ÁRVORE
1- Símbolo da graça de Deus e da vida eterna
Quando Deus preparou um lugar para habitação de sua criatura, o jardim do Éden,
pôs ali "a árvore da vida’’ e a "árvore da ciência do bem e do mal" (Gn2.9b). Eram
literalmente árvores, mas representavam necessidades espirituais. A árvore da vida
estava no meio do jardim, guardada pela mente do Criador, merecendo uma atenção
especial." Adão, tendo pecado, ficou privado de comer da árvore da vida, por isso foi
expulso do Éden. A figura da árvore da vida atravessa toda a revelação bíblica. Na
restauração do pecador, terá ele direito a comer do seu fruto. Numa das promessas
ao vencedor, o Espírito diz expressamente às Igrejas: -"ao que vencer, dar-lhe-ei a
comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus" (Ap 2:7).
2- As árvores também simbolizam os homens
Jesus Cristo, falando de falsos profetas, diz: "Assim, toda árvore boa produz bons
frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Toda árvore que não dá bom fruto
corta-se e lança-se no fogo" (Mt 7:15-19).
3- As árvores são símbolos dos que obedecem
Quem anda fazendo a vontade de Deus é "... como árvore plantada junto a ribeiros
de águas, a qual dá seu fruto na estação própria... e tudo quanto faz prosperará". (Sl
1:3)
O crente tem que levar uma vida sempre pensando no bem do próximo. Pois a
árvore dá frutos, sombra, remédio, lenha, madeira, e outros bens para ajudar o
próximo. E caso for diferente nos enquadraremos em (Jd 12c), e seremos "...
árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas"
CARNE
A carne é o tecido muscular dos animais. Vem nas páginas bíblicas com diversos
significados.
Quando o Senaqueribe, rei da Assíria, preparou guerra contra Ezequias rei de Judá,
este sendo crente fiel, confiou na proteção de Deus e animou o povo com estas
palavras: "com ele (Senaqueribe) está o braço de carne, mas conosco está o Senhor
nosso Deus" (2Cr 32:8a).
a- A carne também é uma natureza branda, obediente a Deus. (Ez 11:19b).
b- Carne é a inclinação má, a tendência para o pecado. (Mc 14:38b).
PEDRA
1- Pedra quer dizer monumento
Sua principal utilidade sempre foi nas construções, porem nos tempos antigos servia
de monumento. Jacó a usou como travesseiro e a pôs como coluna fazendo voto a
Deus (Gn 28:18-20). Outra vez a usou como testemunha quando se separou de
Labão (Gn 31:45-49). Josué mandou tirar doze pedras do fundo do rio Jordão para
memorial, para relembrar a passagem no Jordão (Js 4:4-8). Samuel, depois da
vitória sobre os filisteus, tomou uma pedra e a pôs entre Mispá e Sem, e chamou o
seu nome Ebenézer, "... até aqui nos ajudou o Senhor" (1Sm 7:12b).
2- Pedra pode ser incredulidade, a insensibilidade do homem para com Deus.
"... e se amorteceu nele, o seu coração, e ficou ele como pedra" (1Sm25:37b).
3- Pedra representa o crente na obra da Igreja de Jesus Cristo. (1Pe 2:5).
4- Pedra também será a recompensa do crente que vencer. (Ap 2:17)
5- Pedra é um titulo de Jesus Cristo. (1Pe 2:4).
O apostolo Paulo escrevendo aos coríntios disse que precisamos entender as vozes
do mundo e o seu significado. (1Co 14:10). Então podemos dizer que este espaço é
muito pequeno para tantas lições que precisamos aprender com as passagens
bíblicas. Vamos tentar condensá-las.
FOGO
1- Deus é fogo consumidor (Dt 4:24), no sentido de ser zeloso (Ex 20:5), 2- Sua
presença nos sacrifícios, e holocaustos (Gn 15:17; 1Rs 18:38).
3- Pode ser a perseguição que o crente sofre. (Is 43:2b)
4- Pode ser Juízo de Deus. (2Pe 3:7). Etc...
MUNDO
1- Humanidade - "Deus amou o mundo de tal maneira..." (Jo 3:16).
2- A vantagem material que desperta a cobiça. (Mt 16:26a).
3- As coisas corrompidas pelo pecado. (1Jo 2:15, 17).
VENTO
O poder de Deus é comparado ao vento ou manifestado por ele. Um forte vento
operou a abertura do mar para os israelitas passarem (Ex 14:21).
Deus emprega "os quatro ventos" para ajuntar os filhos de Israel na sua glória futura
(Ez 37:9).
O vento também simboliza doutrinas errôneas, falsas. (Ef 4:14).
FERMENTO
É sempre usada esta palavra na bíblia com o sentido de maldade, influencia
contraria a santidade, ou seja, coisa que estraga o ambiente espiritual. Na
comemoração da páscoa, os judeus por ordem divina, tiravam todo fermento da
casa, e durante sete dias quem comesse pão levedado era cortado de Israel (Ex
12:15). Também nas ofertas de manjares não era permitido o fermento (Lv
2:11). Jesus recomendou aos discípulos que se guardassem do fermento dos
fariseus e dos saduceus. (Mt 16:6-12).
"Os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais." (Hb 8:5a).
Adão
Como primeiro homem na historia da humanidade, "é figura daquele que há de
vir" (Rm 5:14c).
Cristo é o primeiro da nova criação. Pela ofensa de um só morreram muitos, muito
mais a graça, o dom pela graça abundou por um só homem, Jesus Cristo (Rm 5:15).
Abel (vaidade)
Foi pastor de ovelhas- Jesus é o bom pastor;
Foi morto por inveja - Jesus foi também entregue por inveja;
Foi morto inocente - Jesus foi morto sem ter culpa;
O sangue de Abel falou - O de Jesus fala até hoje.
Melquisedeque
Cremos que este era descendente de Abraão e Noé; sua genealogia é
desconhecida até nossos dias, cremos que é Deus que não a quer revelar. Para ser
sacerdote a pessoa tinha que ter esse princípio, e os judeus não o aceita como
sacerdote de Deus, mas a Abraão o aceitou e em (Hb 7:1), fala sobre ele como tipo
de Jesus.
Isaque
Filho da promessa, e único = Jesus também;
Nascimento sobrenatural = idem;
Foi oferecido em sacrifício = idem;
No casamento um servo fiel = aqui é o Espírito Santo quem prepara, foi providenciar
a noiva para ele.
José
Amado pelo pai = Jesus também;
Odiado pelos irmãos = idem;
Enviado pelo pai = idem;
Vendido = idem;
Tentado e venceu = idem;
Preso entre dois prisioneiros = idem;
Levantado e exaltado = Jesus idem;
Com trinta anos começou o ministério = idem;
A noiva não hebréia = idem;
Todos os povos abençoados = idem;
por causa dele.
Podemos ainda destacar, Benjamim, Moises, Boaz, Davi, Jonas.
A AUTORIDADE DA BÍBLIA
Jesus Cristo falou com autoridade porque tinha a consciência de agir como Filho
Eterno de Deus, e não apenas como pregador vulgar. A Bíblia é a Palavra de
Deus, ela é uma obra completa onde não há contradição, procure observar que no
Novo Testamento apenas não são citados oito livros do Antigo Testamento: Esdras,
Neemias, Ester, Eclesiastes, Cantares, Obadias, Naum, e Sofonias.
A doutrina estabelecida pelo concílio de Trento (1545-1563) é defendida até hoje por
muitos teólogos romanos modernos. Aparentemente a igreja católica aceita a Bíblia
de uma maneira parecida com a ortodoxa, porém três questões se levantam e
evidenciam o seu erro.
a- Ela afirma que na Bíblia devem ser incluídos os chamados apócrifos. Assim,
esses livros teriam o mesmo valor ou a mesma autoridade dos demais;
b- Supõe-se que o texto das Escrituras Sagradas é demasiado obscuro e de difícil
interpretação. Nesse caso, há necessidade de outra autoridade que decida em caso
de dúvida;
c- Eles não consideram a Bíblia como única regra de fé e admitem uma tradição
derivada diretamente dos apóstolos e em pé de igualdade com a Bíblia.
REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
1- Original
A Bíblia afirma que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, para que este
pudesse conhecer, amar, servir, e glorificar a sua pessoa. Segundo o relato bíblico,
Adão no Éden tinha um conhecimento de Deus que transcende ao nosso
entendimento e ao nosso conhecimento. A narrativa da criação mostra dentre outras
coisas, que Deus se revela particularmente às suas criaturas. O homem ainda hoje
mesmo derrotado, e dominado pelo pecado, sente em seu próprio ser que Deus
existe.
2- Redentora
Revelação
Deus dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas e que, por si só, o homem não
poderia conhecer.
Inspiração
O Espírito Santo age como um sopro sobre os escritores, capacitando-os
a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura ou erro. O escritor nesse
caso pôde valer-se de outras evidências ou qualquer outro material.
Exemplo
Moisés escreveu o Gênesis, recebendo-o por visões, sonhos, ou mesmo pelo
próprio Deus. Temos então REVELAÇÃO. Mas, se ele usou de escritos anteriores,
incluindo a tradição, desde que usado pelo Espírito Santo, temos a
INSPIRAÇÃO. A palavra inspiração significa normalmente uma influência
sobrenatural do Espírito de Deus sobre os autores bíblicos, garantindo que aquilo
que escreveram era precisamente o que Deus pretendia que eles escrevessem para
a transmissão da verdade divina, podendo por isso, dizerem realmente
"inspirados’’ou literalmente "soprados’’ por Deus’’ (2Tm 3:16).
1- Inspiração Natural
Esta ensina que a Bíblia foi escrita por homens talentosos como Sócrates,
e outros tantos escritores e poetas.
"O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha
língua" (2Sm 23:2).
2- Inspiração Comum
Ensina que da mesma maneira como os escritores da Bíblia foram inspirados, ainda
hoje o somos. Quando oramos, cantamos, ou ensinamos a Palavra, estamos
inspirados por Deus.
3- Inspiração Parcial
Ensina que partes da Bíblia são inspiradas, outras não. É essa a teoria que afirma
que a Bíblia contém em parte a Palavra de Deus. Traz confusão, pois como iríamos
saber qual a parte inspirada e a que não tem inspiração!
4- Inspiração Verbal
Ensina que Deus ditou para os escritores aquilo que queria que fosse escrito.
Nessa teoria, os homens funcionaram apenas como máquinas ou computadores.
Sabemos que Deus usou apenas as faculdades mentais dos homens, mas deixou
livre a sua necessidade, os estilos, atividades, tec.
A Teoria da Inspiração Plena é a que ensina que todas as partes da Bíblia são
igualmente inspiradas. Os escritores foram capacitados pela cooperação vital, e
contínua do Espírito Santo. Os homens escreveram a Bíblia com palavras de seu
vocabulário, porém sob a influência do Espírito, o que escreveram foi realmente a
Palavra de Deus.
Depois de ter sido escrito o último livro do Novo Testamento, a inspiração plena
cessou. Ninguém mais pode dizer inspirado no mesmo sentido dos escritores da
Bíblia. Foi uma inspiração especial para que fosse produzido o Livro dos livros, o
Livro de Deus.
1- Pedra
Muitas inscrições famosas encontradas no Egito e Babilônia foram escritas em
pedra. Deus deu a Moisés os Dez Mandamento escritos em tábuas de pedra (Êx
31:18, 34:1,28). Dois outros exemplos são a Pedra Moabita (850 a.C) e a Inscrição
de Siloé, encontrada no túnel de Ezequias, junto ao tanque de Siloé (700 a.C).
2- Argila
O material de escrita predominante na Assíria, e Babilônia era a argila, preparada
em pequenos tabletes e impressa com símbolos em forma de cunha chamados de
escrita cuneiforme, e depois assada em um forno ou seca ao sol. Milhares desses
tabletes foram encontrados pelas pás dos arqueólogos.
3- Madeira
Tábuas de madeira foram bastante usadas pelos antigos para escrever.
Durante muitos séculos a madeira foi a superfície comum para escrever entre
os gregos. Alguns acreditam que este tipo de material de escrita é mencionado em
Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.
4- Couro
Talmude judeu exigia especificamente que as Escrituras fossem copiadas sobre
peles de animais, sobre couro. É praticamente certo, então, que o Antigo
Testamento foi escrito em couro. Eram feitos rolos, costurando juntas as peles que
mediam de alguns metros a 30 perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre 26 e 70cm
de altura, eram enrolados em um ou dois pedaços de pau.
5- Papiro
É quase certo que o Novo Testamento foi escrito sobre papiro, por ser este o
material de escrita mais importante na época. O papiro é feito cortando-se em tiras
seções delgadas de cana de papiro, empapando-as em vários banhos de água, e
depois sobrepondo-as umas às outras para formar folhas. Uma camada de tiras era
colocada por sobre a primeira, e depois as punham numa prensa, a fim de aderirem
uma às outras. As folhas tinham de 15 a 38 cm de altura e 8 a 23 cm de largura.
Rolos de qualquer comprimento eram preparados colocando juntas as folhas.
Geralmente mediam cerca de 10m de comprimento.
6- Velino ou Pergaminho
Velino começou a predominar mediante os esforços do rei Eumenes ll, de Pérgamo
(197-158 a.C). Ele procurou formar sua biblioteca, mas o rei do Egito cortou o seu
suprimento de papiro, sendo-lhe então necessário obter um novo processo para o
tratamento de peles. O resultado é conhecido como velino ou pergaminho. Embora
os termos sejam usados intercambiavelmente, o velino era preparado originalmente
com a pele de bezerros e antílopes, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas
e cabras. Obtinha-se assim um couro de excelente qualidade, preparado especial e
cuidadosamente para receber escrita de ambos os lados. Este tipo de material foi
utilizado centenas de anos antes de Cristo e, por volta do século IV a.D., ele
suplantou o papiro. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino.
A FORMAÇÃO DO CÂNON
1- O LIVRO SAGRADO
Estamos estudando sobre o livro mais importante do mundo. Livro por excelência, o
mais vendido e lido em todo o mundo; o maior best-seller de todos os tempos.
Falamos das Escrituras Sagradas, ele é um manancial de bênçãos para todas as
pessoas, sejam: sábios, leigos, ricos, pobres, raças, tribos, nações, e línguas. Todos
podem ser abençoados e alcançados por este livro maravilhoso.
Para o mudo ele é a boca;
Para o cego a visão;
Para o perdido o caminho;
Para o sedento a fonte de água;
Para o marinheiro a bússola;
Para o viajante o mapa;
Para o enfermo o remédio;
Para o desesperado a esperança;
Para o triste a alegria;
Para o infeliz a felicidade;
Para o condenado a salvação;
Para o prisioneiro a liberdade;
Para os salvos ele é tudo, pois nele que encontramos a Palavra de Vida Eterna, nele
nós encontramos o caminho que conduz ao céu. Nele nós aprendemos a amar ao
Deus Pai, ao Deus Filho, e ao Deus Espírito Santo. É através deste livro que
aprendemos que sem Deus nada podemos fazer. (Jo 15:5).
Um dia estávamos perdidos, mas através deste livro, encontramos o caminho.
Estávamos com sede e descobrimos nele a fonte de água viva. Foi este livro que
nos orientou a buscar respostas certas para todas as nossas dúvidas. Estamos
falando da BÍBLIA SAGRADA. Do vocábulo grego "bíblos", temos o plural "Bíblia’’,
que quer dizer livros. Daí o nome da nossa Bíblia, um sinônimo de Bíblia é "As
Escrituras’’, do grego ta "gramata ou hai graphai" como vemos nos textos:
1- Perguntou-lhe Jesus: nunca lestes nas Escrituras’’ (Mt 21:42).
2- Ainda que não lestes esta Escritura: A pedra... ’’(Mc 12:10)
ESTRUTURA DA BÍBLIA
Os Livros Históricos são doze (12): Josué (Js), Juízes (Jz), Rute (Rt), 1º Samuel
(1Sm), 2º Samuel (2Sm), 1º Reis (1Rs), 2º Reis (2Rs), 1º Crônicas (1Cr), 2º Crônicas
(2Cr), Esdras (Ed), Neemias (Nee), Ester (Et).
Os Livros Poéticos são cinco (05): Jó (Jó), Salmos (Sl), Provérbios (Pv),
Eclesiastes (Ec), Cantares de Salomão (Ct).
São assim chamados devido ao seu gênero de seu conteúdo, também chamados
Devocionais.
Os Livros Proféticos são dezessete (17) Divididos em dois grupos Profetas
Maiores e Profetas Menores. São assim chamados devido a quantidade de escritos
de cada profeta.
Profetas Maiores são cinco (05): Isaías (Is), Jeremias (Jr), Lamentações de
Jeremias (Lm), Ezequiel (Ez), e Daniel (Dn).
O Novo Testamento contém vinte e sete (27) Assim divididos :Os quatros
primeiros são chamados Os Evangelhos, são livros Biográficos e falam da
descendência, nascimento virginal, vida, ministério, morte, ressurreição, e ascensão
de JESUS.
Livro Histórico, um (01): Atos dos Apóstolos: que conta a história do nascimento
da igreja. E do derramamento do Espírito Santo, podíamos chamá-lo Atos do
Espírito Santo.
Epístolas são vinte e uma (21) Cartas de vários escritores, quem mais escreveu
epístolas foi o apóstolo Paulo (13):
São elas:
Aos Romanos (Rm), 1Coríntios (1Co), 2Coríntios (2Co), Aos Gálatas (Gl), Aos
Efésios (Ef), Aos Filipenses (Fp), Aos Colossenses (Cl), 1 Tessalonicenses (1Ts),
2Tessalonicenses (2Ts), 1Timóteo (1Tm), 2 Timoteo (2Tm), Tito (Tt), Filemon (Fm),
Hebreus (Hb), Tiago (Tg), 1Pedro (1Pe), 2Pedro2 (Pe), 1João (1Jo), 2João (2Jo),
3João (3Jo), Judas (Jd) (irmão de Jesus).
A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242), pelo
teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da
Universidade de Paris, na França.
Quando a Bíblia foi dividida em versículos e por quem?
Até boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente com os capítulos.
Foi assim, por exemplo, com a Bíblia que Lutero traduziu para o Alemão, por volta
de 1530. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de
capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suiça. Os
primeiros editores da Bíblia de Genebra optaram pelos capítulos e versículos vendo
nisto grande utilidade para a memorização, localização e comparação de passagens
bíblicas. (Hoje, as notas históricas dos estudiosos protestantes de Genebra
agregadas a novas notas de estudo podem ser encontradas em um recente
lançamento da Sociedade Bíblica do Brasil: a Bíblia de Estudo de Genebra.) Em
Português, já a primeira edição do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida
(1681) foi publicada com a divisão de capítulos e versículos.
Deus se revelou através dos tempos por meio de suas obras, isto é, a criação.
"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo...Os céus manifestam
a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das suas mãos..." (Rm 1:20, Sl
19:1-6), porém na Palavra de Deus temos uma revelação especial e muito maior. É
dupla esta revelação e a temos de duas maneiras:
1- Na Bíblia a palavra escrita;
2- Em Cristo a palavra viva.
O estudo destes versículos nos conduz a dois pontos importantes que são
a)- Porque devemos estudar a Bíblia;
b)- Como devemos estudar a Bíblia.
Ela é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor.
O crente foi salvo para servir ao Senhor "Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio
real, a nação santa, o povo adquirido, para anunciar as virtudes daqueles que vos
chamou das trevas para sua maravilhosa luz.’’ (1Pe 2:9). Entre as promessas de
Deus àqueles que conhecem devidamente a sua palavra, temos a do profeta Isaías
que diz: "Assim será a palavra que sair da minha boca, não voltará para mim vazia,
mas fará o que me apraz e prosperará naquilo que a designei’’ (Is 55:11).
"Jesus, porém respondeu e disse, está escrito, não só de pão viverá o homem, mas
de toda a palavra que procede da boca de Deus.’’(Mt 4:4).
"Achando as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria
para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, oh! Senhor Deus dos Exércitos.’’
(Jr 15:16).
"Desejai ardentemente como criança recém nascida, o genuíno leite espiritual, para
que por ele, vós seja dado crescimento para salvação.’’ (1Pe 2:2).
Não há duvida que a leitura da Palavra de Deus trás nutrição para o crescimento de
nossa vida espiritual. Ela é tão indispensável à alma, como o pão para o corpo. Nas
passagens citadas ela é comparada ao alimento, porém, este só nutre o corpo
quando é absorvido pelo organismo. O texto de (1Pe 2:2), fala do intenso apetite dos
recém nascidos assim deve ser o nosso apetite pela Palavra de Deus. Bom apetite
pela a Bíblia é sinal de saúde espiritual.
Essas riquezas vêm pela revelação do Espírito Santo "Para que o Deus de nosso
Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda o Espírito de sabedoria e
revelação no pleno conhecimento DELE’’ (Ef 1:17). A pessoa que procura entender
a Bíblia somente através da capacidade intelectual, muito cedo desistirá da leitura.
Só o Espírito de Deus conhece as coisas de Deus. (1Co 2:10)
É estimado que 90% dos crentes não fazem este exercício diariamente, por isso não
podemos estranhar haver tantos frios nas igrejas. Mais do que isso, são anões,
raquíticos, mundanos, carnais, e indiferentes, nervosos, iracundos e sem
crescimento espiritual. Assim Deus não nos revelará as suas verdades profundas
(Jo 16:12; Hb 5:13; Mc 4:33). Existem pessoas que acham tempo para tudo, menos
para ler a Bíblia. Alimentam-se de tantas outras coisas que se enfadam e não se
nutrem da Bíblia. Não podemos esquecer que muitos líderes de muitas igrejas não
levam o povo a ler a Bíblia. Não basta ir aos cultos, nem só ouvir lindos sermões,
comer o que lhe derem na boca, é necessário urgente voltar para a leitura da
Palavra de Deus. Pois assim se ninguém lhe der de comer morrerás por falta de
nutrição espiritual.
Leia a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual
Para obter êxito na leitura da Bíblia, para guardar em todo o momento é necessário
tomar algumas precauções, tais como:
a- Estudá-la como Palavra de Deus e não como obra literária;
b- Estudá-la com o coração e atitude devocional, e não apenas com o intelecto.
As riquezas da Bíblia são para os humildes que temem ao Senhor, "Pelo que
rejeitando a imundícia e toda superfluidade de malícia, recebei com mansidão a
palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas’’. (Tg 1:21). Quanto
maior for nossa comunhão com Deus, mais humildes seremos. Os galhos mais
repletos de frutos são os que mais se abaixam. É preciso ler a Bíblia sem duvidar do
seu ensino, aceitá-lo, praticá-lo e ensiná-lo. A dúvida ou descrença, cega o leitor. "E
ele lhes disse: Oh! Néscios e tardos de coração para crer em tudo aquilo que os
profetas disseram’’ (Lc 24:25).
Leia a Bíblia devagar e meditando
Assim fizeram os grandes nomes da Bíblia "Bendito és tu, oh! Senhor; ensina-me os
teus estatutos. Desvia os meus olhos para que veja as maravilhas da tua lei’’ (Sl
119:12,18). Na presença do Senhor, em oração, as coisas incompreensíveis passam
a ser compreendida. "Quando pensava em compreender isto, fiquei sobre modo
perturbado. Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.’’ (Sl
73:16,17). A meditação aprofunda o sentido. Muitos lêem a Bíblia para estabelecer
recordes de leitura somente. Ao lê-la aplica-a primeiro em si próprio, senão, não
haverá virtude nenhuma.
Leia a Bíblia toda
Há nisso uma riqueza incomparável, é a maneira única de conhecermos a verdade
completa do que trata a Bíblia. A revelação de Deus é progressiva, como entender
um livro se não completou a leitura deste. Não existe ainda no mundo algo tão
incomparável como este livro. Nada o substitui, e nada se iguala. "As profundidades
das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus. Quão insondáveis são
os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos. Porque quem compreendeu o
intento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? (Rm 11:33, 34, 1Co 13:12, Dt
29:29). Muitos começam a ler a Bíblia e param no meio do caminho, não persistem,
não buscam em Deus os recursos necessários para prosseguir. É o Espírito Santo
quem revela para nós, o que não entendemos.
Jesus é o tema central da Bíblia, ela é CRISTOCENTRICA, foi ELE que disse:"São
estas palavras que vos disse estando ainda convosco, que convinha que cumprisse
tudo que de mim estava escrito na lei, nos profetas, e nos salmos.’’ (Lc 24:44). E
também, "Examinai as escrituras, porque vos cuidais ter nela as palavras de vida
eterna, e são elas que de mim testificam.’’ (Jo 5:39).
Se observarmos bem ao estudarmos a Bíblia veremos tipos, figuras, símbolos,
profecias que falam apontam para Jesus em todo Antigo Testamento.
a)- Em Gênesis ELE é a semente da mulher;
b)- Em Êxodo ELE é o cordeiro pascoal;
c)- Levítico, sacerdote expiatório;
d)- Números, a rocha ferida;
e)- Deuteronômio, o profeta;
f)- Josué, o capitão dos exércitos;
g)- Juízes, o libertador;
h)- Rute, o parente divino;
i)- Reis e Crônicas, o rei prometido;
j)- Ester, o advogado;
k)- Jó, o nosso redentor que vive;
l)- Salmos, o nosso socorro e alegria;
m)- Provérbios, a sabedoria de Deus;
n)- Cantares de Salomão, o nosso amado;
o)- Eclesiastes, o alvo verdadeiro;
p)- Nos profetas, o messias prometido;
q)- Nos evangelhos, o salvador do mundo;
r)- Atos, o Cristo ressurgido e poderoso;
s)- Nas epístolas, o cabeça da igreja;
t)- Apocalipse, o Alfa e o Omega, o Cristo que volta para reinar.
A vida com seus usos, costumes, e leis diferem entre os povos, vejamos alguns
acontecimentos:
O juramento com a mão sob a coxa
Significava submissão, obediência, irrestrita. Por isso Abraão exigiu que seu servo o
fizesse antes de buscar Rebeca (Gn 24). E Deus prosperou o caminho deles.
Rasgar as vestes (Gn 37:37).
Era demonstração de luto, lamento, tristeza.
A Bíblia traz 28 casos relatados. Havia um caso especial os Sacerdotes não podem
fazê-lo (Lv 10:6). Porém houve um caso em Mateus que um sacerdote rasgou as
vestes sem razão (Mt 26:65).
Cavalgar sobre jumentas brancas (Jz 5:10).
Era então costume exclusivo dos Reis, Juizes, fidalgos sem exceção.
Semeadura de sal (Jz 9:45)
Tal ato significava desolação perpétua sobre o local, castigo perene.
Maria desposada com José (Mt 1:8)
Na linguagem do antigo testamento, o termo significa noivos, conforme vemos em
(Dt 20:7; 22:23-24). Naqueles tempos, em Israel, o noivado era ato seríssimo. E de
fato o é, os noivos tinham responsabilidades como se fossem casados. Em Israel, o
noivado era o primeiro ato do casamento. Na ocasião o noivo entregava a noiva o
contrato de casamento, ou uma moeda escrita: "consagrada a mim.".
O vinagre oferecido a Jesus na cruz (Mt 27:48).
Tal procedimento era usado então para aumentar o sofrimento das vítimas, visto que
aumenta as dores e faz sangrar as feridas.
A ordem de Jesus: A ninguém saudeis pelo caminho (Lc 5:19)
Não se tratava de indelicadeza, o tempo que restava era pouco, e as saudações
orientais tomavam muito tempo, não somente devido a troca de expressões formais,
mas também devido as poses que o corpo assumia. Se os enviados por Jesus
fossem cumprimentar o povo segundo a maneira usual, ai do tempo.
O caminho de um sábado (At 1:12)
É o percurso permitido ao judeu caminhar no dia de sábado. Era o espaço da
extremidade de um arraial das tribos, ao tabernáculo, quando no deserto,
equivalente a 2000 côvados ou 1,200 metros (Jz 3:4).
LIVRO DE SALMOS
Tipos de Salmos
Didáticos (1, 15, 50, 94) - visavam instruir ao povo no caminho do bem e
prosperidade espiritual.
Gratidão e louvor (30, 75, 105, 106, 146, 150) - falava da gratidão e louvor que o
Salmista elevava a Deus.
Históricos (77,81, 114, 137 são recordações de acontecimentos e incidentes da
história dos Judeus, envolvendo escravidão, êxodo, guerras, cativeiro, etc...
Imprecatórios (35, 58, 59, 109) - a palavra imprecar significa pedir a Deus que
amaldiçoe alguém ou algo. Estes salmos são invocações de males contra os
inimigos...
Salmos da lei (19 e 119) - Estes proclamam a grandeza e a bondade das palavras e
decretos de Deus. Salientam as bênçãos que aguardam aqueles que a praticam.
Salmos da natureza (8, 29, 104).
Estes falam do poder criador de Deus, manifesto no universo.
Salmos de súplica (5, 17, 71, 86) - Através deste o salmista clama por socorro.
ANTIGO TESTAMENTO
NOVO TESTAMENTO
Mt-Mateus-sec. I dC.
Mc-Marcos (e Pedro)-sec. I dC.
Lc-Lucas-sec. I dC.
Jo-João-sec. I dC.
At-Lucas-sec. I dC.
Rm-Paulo-sec. I dC.
1Co-Paulo-sec. I dC.
2Co-Paulo-sec. I dC.
Gl-Paulo-sec. I dC.
Ef-Paulo-sec. I dC.
Fp-Paulo-sec. I dC.
Cl-Paulo-sec. I dC.
1Ts-Paulo-sec. I dC.
2Ts-Paulo-sec. I dC.
1Tm-Paulo-sec. I dC.
2Tm-Paulo-sec. I dC.
Tt-Paulo-sec. I dC.
Fm-Paulo-sec. I dC.
Hb-?-sec. I dC.
Tg-Tiago-sec. I dC.
1Pe-Pedro-sec. I dC.
2Pe-Pedro-sec. I dC.
1Jo-João-sec. I dC.
2Jo-João-sec. I dC.
3Jo-João-sec. I dC.
Jd-Judas-sec. I dC.
Ap-João-sec. I dC.
A palavra Sinópticos vem do grego sun, "junto com’’, e ópsis, "visão’’, dando a
entender uma visão conjunta sobre algo, uma visão de um mesmo ângulo. Esse
adjetivo é aplicado aos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas porque seu ponto de
vista sobre a vida de Cristo concorda e é praticamente o mesmo. Um grande fato
relatado e serve de exemplo de sinótico para nós é a passagem da conversa de
Jesus com o jovem rico. Mt 19:16; Mc 10:17; Lc 18:18. Supõem os estudiosos que
primeiro foi escrito Marcos e os demais são cópias, pois dos 661 versículos de
Marcos cerca de 600 estão inseridos em Mateus, e 330 em Lucas. As diferenças são
que Mateus escreveu para os Judeus, Marcos aosRomanos, e Lucas aos
Gregos. Obs: O evangelho de João foi escrito para a igreja, que somos nós.
O mundo dos tempos bíblicos viveu dominado por seis grandes potências mundiais.
Cada uma dessas teve sua participação no plano divino, interferindo na história de
Israel e contribuindo de certa maneira para a preparação do mundo para o advento
de Cristo.
1- Império Egípcio
De 1600 a 1200 a.C. da Etiópia ao Eufrates, Dinastias XVIII e XIX, Israel estava no
Egito, Canaã era província egípcia. O Egito foi fundado por Mizrain, filho de Cão,
logo após o dilúvio (Gn 10:6,13).
2- Império Assírio
De 536 a 331 a.C. Em 536 Ciro o Grande venceu a Babilônia e decretou a volta dos
judeus, os quais voltaram a se organizar como nação.
5- Império Grego
Foi o Império que governou a Palestina entre os dois Testamentos 331 a 146 a.C.
Alexandre, O Grande, foi tolerante e benevolente para com os judeus.
6- Império Romano
Império que governava o mundo quando cristo apareceu, de 146 a.C a 476 a.D.
Nessa época a igreja foi fundada. Mas conforme a visão que Deus deu a Daniel da
estátua, esse seria o último Império mundial.
DISPENSAÇÕES
Nas Épocas vemos o homem em relação a Deus; nas dispensações vemos Deus em
relação ao homem. Devemos ter em nossa mente que Deus não somente tem falado
de muitas maneiras, mas também em diversos tempos. A falta de observância dos
tempos, ou dispensações da Bíblia, podem nos conduzir a um caminho errado, criar
dificuldades e ofuscar a verdadeira significação das Escrituras. O estudo das
dispensações não deve ser compreendido dentro da rigidez histórica ou fatalista.
Trata-se de uma tentativa de compreensão teológica da Bíblia, de acordo com os
seus relatos. Dispensação é um período de tempo em que o homem é provado a
respeito da sua obediência, a certa revelação da vontade de Deus.
"Então já não haverá noite, nem precisam eles de luz da candeia, nem a luz do sol,
porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos’’ (Ap
22:5).
1. A Bíblia. É a fonte principal. Ela faz menção de inúmeros lugares, fatos, acidentes
geográficos, povos, nações, cidades. É evidente que isto merece um cuidadoso
estudo. A Bíblia contém capítulos inteiros dedicados ao assunto. Exemplo Gn 10; Js
15-21; Nm 33, 34; Ez 45-47. Somente cidades da PalestinOcidental a Bíblia registra
cerca de 600. Não registradas, há inúmeras outras como prova a arqueologia. Um
problema com que se defronta o estudante nesse assunto, é o fato de grande
número de países, cidades, regiões inteiras e outros elementos geográficos, terem
atualmente novos nomes. Exemplos: a antiga Pérsia é hoje o Irã; a Assíria é parte
do atual Iraque; a Ásia do Novo Testamento é hoje a Turquia; a Dalmácia do tempo
de Paulo (2Tm 4.10) é hoje a área da extinta Iugoslávia (Sérvia e Montenegro,
Croácia, e outros países menores), e etc...
2. A Arqueologia Bíblica. Esta, tem prestado enorme contribuição para a elucidação
de dificuldades bíblicas e trazido à tona a história de povos do passado,
considerados como lendários, como o caso dos hititas, mitânios e hicsos. A
arqueologia bíblica teve seu começo em 1811 com as atividades nesse sentido do
cidadão inglês Claude James Rich, na Mesopotâmia, quando lá se encontrava
cuidando de interesses ingleses.
3. A História Geral. Aqui é preciso certa cautela. Muitos manuais hoje em uso no
estudo secular estão cheios de erros, por seus autores desconhecerem a Bíblia.
Existem vários casos documentados.
4. A Cartografia. A ciência dos mapas. Certas editoras especializadas editam atlas
emapas bíblicos, apropriados ao estudo da Geografia Bíblica. Os mapas mais
importantes do mundo bíblico são os quatro seguintes:
Judéía e Samaria: Pôncio Pilatos (26-36 aD.) Pilatos era procurador romano. Sua
capital política era Cesaréia; à beira-mar.
A capital religiosa: Jerusalém.
Galiléia e Peréia: Herodes Antipas (4 aC. a 39 aD.) Era filho de Herodes, o Grande.
Jesus passou a maior parte de Sua vida no território sob a jurisdição desse Herodes.
Às vezes, todo o leste do Jordão era chamado Peréia (Mt 4.25; Mc 3.8). O vocábulo
Peréia significa literalmente "região além", isto é, além do Jordão, Mt 4:15; 19:1; Jo
10:40.
Ituréia e outros distritos menores: Herodes Felipe II (4 aC. a 34 aD.) O moderno
território de Golã, em parte ora ocupado por Israel, integrava essa jurisdição (a
antiga Gaulanites, Dt 4:43; Js 20:8.) É mencionada apenas uma vez no NT, em Lc
3:1. A Iduméia, no extremo sul do pais, integrava a jurisdição da Judéia. É
mencionada apenas uma vez no Novo Testamento: Mc 3:8.
g- Mares
Mar Mediterrâneo. É na Bíblia chamado Mar Grande, Dn 7:2; Nm 34.7. Outros
nomes: Mar Ocidental (Dt 11:24; Jl 2:20) e Mar dos Filisteus, Êx 23:31. Mar da
Galiléía, Mt 4:18; Mc 7:31. Outros nomes: Mar de Quinerete (Nm 34:11), palavra
essa que originou Genezarete, outro nome desse mar, Lc 5.1. Também Mar de
Tiberíades, Jo 6:1. É mar interior, de água doce. Mar Morto, Ez 47:8 ARA. Aparece
com vários nomes no Antigo Testamento: Mar Salgado (Gn 14:3); Mar de Arabá (Dt
3:17); Mar da Planície (2Rs 14:25); Mar Oriental (Ez 47:18; Zc 14:8); Mar da
Campina, Js 12:3. Fica situado a 395 metros abaixo do nível do mar. Evaporação
média diária: 8 milhões de metros cúbicos de água! É 25% mais salgado que
qualquer outro mar.
h- Rios
Todos os cursos d'água da Palestina (com exceção do Jordão) são de pouca
expressão. Jordão, Corre no sentido norte-sul. Nasce no Monte Hermom e deságua
no Mar Morto. Querite, Desemboca no Jordão, margem oriental, defronte a Samaria.
É umuádi, rio temporão. Cedron, Corre a leste de Jerusalém. Jaboque, Gn 32:22; Js
12:2. Afluente do Jordão, margem oriental. Iarmuque. Afluente do Jordão, margem
oriental. Não mencionado na Bíblia. Deságua 6 km ao sul do Mar da Galiléia. Arnom,
Nm 21:13; Js 12:2. É hoje o Mojib. Deságua no Mar Morto, margem oriental. Era o
limite sul da Palestina, na frente oriental.
Quisom, 1Rs 18:40. Deságua no Mar Mediterrâneo, Monte Carmelo.
i- Montes. São de muita importância na Bíblia, Js 11:21.
Tabor, Jz 4:6; 8:18. Fica na Galiléia. Altitude: 615 metros. Crê-se que aí ocorreu a
transfiguração de Jesus (Mt 17:1,2.).
Gilboa, 1Sm 31.8; II Sm 21.12. Fica em Samaria. Altitude: 543 metros.
Carmelo, 1Rs 18:20. Fica em Samaria. Ponto culminante: 575 metros. Fica no
prolongamento que forma a baía de Acre, onde se localiza a moderna cidade de
Haifa, Ebal e Gerizim, Dt 11:29; 27:1-13. Dois montes de Samaria. Moriá, Gn 22:2;
2Cr 3.1. Fica em Jerusalém. Aí Abraão ia sacrificar Isaque. Nele Salomão construiu
o templo de Deus. Sião. Em Jerusalém. Altitude: cerca de 800 metros.
O local e o termo Sião são usados de modo diverso na Bíblia. No Sl 133:36
Jerusalém. Em Hb 12:22 e Ap 14:1 é uma referência ao céu. Monte das Oliveiras.
Em Jerusalém, Mt 24:3; Zc 14:4; At 1:13. Aí, Jesus orou sob grande agonia na
noite em que foi traído. Sobre esse monte Jesus descerá quando vier em glória
para julgar as nações.
Calvário, Pequena elevação fora dos muros de Jerusalém. Fica ao norte, perto da
Porta de Damasco. Ver Lc 23:33. Calvário vem do latim "calvária" - crânio. Em
aramaico é Gólgota - crânio, caveira, Mt 27:33; Jo 19:17. No local acima, em 1885 o
general inglês Charles George Gordon descobriu um túmulo, cujas pesquisas
revelaram nunca ter sido o mesmo ocupado continuamente. Passou a ser tido como
o de Cristo.
j- A Capital da Palestina: Teve várias sede, a saber
Gilgal. No tempo de Josué, Js 10:15.
Siló. No tempo dos juizes, 1Sm 1:24.
Gibeá. No tempo do rei Saul, 1Sm 15:34; 22:6.
Jerusalém. Da época de Davi em diante, 2Sm 5.6-9. Seu primitivo nome foi Salém,
Gn 14:18, depois Jebus, Js 18:28 e por fim Jerusalém, Jz 19:10. Nos dias do Novo
Testamento a capital política da Judéia era Cesaréia, não Jerusalém, como já
mostramos.
Mispá, Jr 40:8. Por pouco tempo foi capital, durante o cativeiro babilônico.
Tiberíades. Foi outra capital da Palestina. Isso, após a revolta de Bar-Cócheba, em
135 a.D.
Detalhes complementares sobre Jerusalém como capital da Palestina. Fundada
pelos hititas, Ez 16:3; Nm 13:29. Fica a 21 km a oeste do Mar Morto, e a 51 a leste
do Mar Mediterrâneo. Nos tempos bíblicos tinha cinco zonas ou bairros: Ofel, a
sudeste; Moriá, a leste; Bezeta, ao norte;Acra, a noroeste; Sião, a sudoeste. Na
distribuição da terra de Canaã, Jerusalém ficou situada no território de Benjamim, Js
18:28. Foi conquistada em parte por Judá, mas pertencia de fato a Benjamim, Jz
1:8,21. Tinha povo de Judá e Benjamim, Js 15:63. Não ficava no território de Judá
(Is 15:8.) É chamada Santa Cidade, em Ne 11:1; Mt 4:5.
A cidade de Jerusalém, saindo do jugo romano, caiu em poder dos árabes em 637
a.D, e, salvo uns 100 anos durante as Cruzadas, foi sempre cidade muçulmana. Em
1518 os turcos conquistaram-na. Em 1917, os britânicos assumiram o controle,
ficando a Palestina depois sob seu mandato por delegação da então Liga das
Nações. A partir de 1948 passou a ser cidade soberana (isto é, o setor novo), porém,
na Guerra dos Seis Dias em 1967, foi reconquistada aos árabes, os quais dela
tinham se assenhorado na guerra de 1948. Reedificada sempre sobre suas próprias
ruínas, Jerusalém (não Roma) permanece a Cidade Eterna do mundo, símbolo da
Nova Jerusalém que se há de estabelecer na consumação dos séculos. Jerusalém
será então metrópole mundial. Isso, durante o Milênio, quando estará vestida do seu
prometido esplendor, Is 2:3; Zc 8:22; Jr 31:38. Nesse tempo Israel estará à testa das
nações. Na Jerusalém de hoje nada pode ver-se da Jerusalém de Davi, de Salomão,
de Ezequias, de Neemias e de Herodes. Tudo se acha sepultado sob os escombros
de muitos séculos, sob metros e metros de entulho.
CRÉDITOS
BIBLIOGRAFIA
Bíblia Módulo Avançado - 3.0 – SBB
Bíblia – ARA - SBB
Bíblia Sagrada - RC- SBB/1995
LIVRO DA EETAD - ANTONIO GILBERTO - BIBLIOLOGIA
SOMBRAS TIPOS, MISTÉRIOS DA BÍBLIA - CPAD - JOEL LEITÃO MELO
INTRODUÇÃO BIBLICA – PASTOR J. CABRAL
MANUAL DO ESTUDANTE - CPAD
R. N Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, ENCICLOPEDIA HISTORIA, FILOSOFIA,
TEOLOGIA;
O NOVO TESTAMENTO COMENTANTADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO
Milenium
R. N Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, O ANTIGO TESTAMENTO COMENTADO
VERSÍCULO POR VERSÍCULO