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ATENÇÃO! A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais.

A violação do direito
autoral é crime, punido com prisão e multa ,sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais .
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 Page 1
ATENÇÃO! A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito
autoral é crime, punido com prisão e multa ,sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais .
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521
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O mandado de segurança é mecanismo processual – uma ação ou remédio constitucional – que deve visar a
proteger qualquer direito diferente do de liberdade e do de acesso às próprias informações efetivamente
violado (ou que o cidadão tenha, com razão, receio de que venha a ser violado) por uma autoridade pública
ou por uma pessoa que esteja na atribuição de um poder público, como, por exemplo, diretores da Anatel, do
Detran, do INSS ou até mesmo de um Hospital Público ou, segundo frequentes interpretações judiciais, de
um diretor de instituição particular de ensino.
É, portanto, um meio pelo qual os cidadãos podem acionar o judiciário para que se manifeste sobre suposta
violação ou ameaça de violação de interesses que interpretam como “seus direitos”, em decorrência de
atuação de determinadas autoridades.
O que se entende por “autoridade” no contexto do mandado de segurança?
Nos termos da lei (12.016 de 2009), as “autoridades” em face de quem se propõe um mandado de segurança
são denominadas como autoridades coatoras: são aquelas autoridades acusadas de praticar atos ilegais ou
com abuso de poder de que venha a decorrer violação ou ameaça de violação a direito chamado líquido e
certo.
Entende-se, frequentemente, nos foros e tribunais, que a petição inicial do Mandado de Segurança deve
indicar o presidente do órgão ou entidade administrativa e não o executor material da determinação
normativa ou administrativa que se pretende atacar.
Nessa interpretação, a autoridade coatora não se confunde com o concreto agente público que praticou o ato
ou proferiu a decisão que se pretende impugnar. Trata-se, antes, do agente público que detém poder de
decisão para anular o ato contra o qual se manifesta aquele que vai ao judiciário ou que detém poder para
suprir omissão que o cidadão interprete como lesiva de “seu direito líquido e certo”, não se confundindo,
portanto, com o mero executor.”
Assim, por exemplo, na impugnação de um indeferimento de inscrição em concurso público para
provimento de cargo de procurador da República, figura como autoridade coatora o procurador-geral da
República.
Requisitos legais a serem avaliados para a proposição de mandado de segurança
Além de que a violação ou ameaça de violação do direito em questão decorra da atuação de autoridade
pública ou agente a ela comparável, exige-se ainda, para que se possa utilizar um mandado de segurança,
que odireito em disputa seja líquido e certo.
Mas o que quer dizer “direito líquido e certo”? De modo simplificado, isso significa, segundo difundida
interpretação, a princípio, que se exige que este “direito” alegado deve estar previsto em “lei” e que possa
ser demonstrado mediante prova pré-constituída.
Em processo judicial de mandado de segurança não se aceita produção de provas em juízo (os juristas dirão
que não se costuma admitir dilação probatória). Exige-se que a titularidade do direito seja provada de
antemão, por meio de documentos que serão anexados à petição inicial dirigida ao juiz, que deve estar em
condições de, com base nas provas que lhes são apresentadas, decidir prontamente sobre a ocorrência ou não
de um ato de violação de direito líquido e certo (ou sobre a clara possibilidade de que tal violação venha em
breve a ocorrer).
Quem pode mover um mandado de segurança?
Qualquer cidadão pode mover um mandado se segurança perante o judiciário. Também se admite que
pessoas jurídicas, como associações e sociedades empresárias, possam fazer uso deste remédio
constitucional, não importa se públicas ou privadas.
Exige-se, para que o pedido seja acolhido, que o paciente/impetrante esteja em condições de convencer o
juiz de que é titular/possui “direito líquido e certo” efetivamente tolhido pelos poderes públicos constituídos
ou sob ameaça de vir a ser, mediante atuação ilegal ou abuso de poder.
No jargão dos juristas, quem move mandado de segurança passa a ser chamado de paciente ou impetrante. A
autoridade em face da qual a ação é movida se designa autoridade coatora (como já mencionado).
Há algum prazo para a propositura de mandado de segurança?
O cidadão tem o prazo de 120 dias para requerer mandado de segurança, que são contados a partir da data
em que ele poderia tomar conhecimento do ato que, segundo ele, viola/nega seu alegado direito.

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Embora os termos expressos da legislação pertinentes sugiram que o prazo deverá ser contado “a partir da
ciência do interessado do ato”, costuma-se compreender que a contagem se dá a partir do momento em que,
pode-se demonstrar, torna-se possível ao cidadão conhecer o ato (a partir da publicação do ato em questão
no Diário Oficial, por exemplo).
Se não fosse assim, o prazo dependeria exclusivamente da vontade do cidadão de buscar informações acerca
de seus direitos, permanecendo indefinidamente em aberto.
Alguns limites a serem observados
Não se pode, nos termos da lei, mover mandado de segurança contra:
a) ato de autoridade pública em face do qual ainda seja possível mover recurso administrativo com efeito
suspensivo (recurso que impede que o ato tenha efeito até novo julgamento);
b) decisão judicial em face da qual ainda seja cabível recurso com efeito suspensivo;
c) contra decisão judicial já transitada em julgado (decisão em face da qual não cabe mais qualquer recurso).
Situações típicas
Duas situações muito recorrentes em que se faz uso do mandado de segurança são a de aprovados em
concursos públicos que terminam por não ser empossados e a de pacientes que precisam receber
medicamentos não disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
a) Mandados de segurança em concursos públicos
Trata-se de casos em que a autoridade em face da qual se move o mandado de segurança é o ente público
realizador do concurso. Entende-se, com freqüência, que ainda que o órgão que realizou o concurso tenha
condicionado a nomeação à disponibilidade orçamentário-financeira, a nomeação para o cargo configura
direito líquido do candidato aprovado no concurso. No caso de candidatos aprovados por causa de
desistência ou exclusão por falta de requisitos de uma pessoa aprovada, o direito também costuma ser
reconhecido, desde que a referida desistência tenha ocorrido antes da expiração do concurso (antes de
atingido o prazo de validade do concurso).
b) Mandado de segurança e acesso a medicamentos
Já no caso de medicamentos, quando a autoridade pública em questão costuma ser o secretário de saúde do
Estado ou Município em questão, são ainda mais diversificados os posicionamentos judiciais. Alguns juízes
concedem mandados de segurança para finalidade de determinação de fornecimento de medicamentos pelas
autoridades públicas ao impetrante. Outros rejeitam em massa este tipo de mandado de segurança. Os
mesmo juízes podem mostrar entendimentos diversos de acordo com as especificidades do caso e com suas
próprias convicções.
O Supremo Tribunal Federal irá, por exemplo, julgar em breve caso em que paciente com problemas no
coração (miocardiopatia isquêmica) pede que o Estado do Rio Grande do Norte arque com os custos de
medicamentos de caros necessários ao seu tratamento. Nestes casos, discute-se se é melhor para o Estado
pagar caros medicamentos para as relativamente poucas pessoas que o requisitam por meio do judiciário ou
não arcar com os custos de tais medicamentos diante de pedidos individuais trazidos aos tribunais,
reservando seus recursos para o desenvolvimento coordenado de Políticas Públicas na área de Saúde.
Além disso, é discutido se os juízes do judiciário, que não são eleitos, teriam legitimidade para tomar
decisões que envolvem alocação de recursos públicos ou se este tipo de decisão deve ser tomado somente
por representantes diretos do povo: debate que costuma descambar para a discussão do chamado “ativismo
judicial”, em que se problematizam os limites da atuação do judiciário na “criação de normas jurídicas”.
Em 2004, estudantes da Faculdade de Direito da USP concluíram pesquisa que mostrava que entre janeiro
de 1997 e junho de 2004 os autores de pedidos para remédios para o tratamento para AIDS, envolvendo
decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo, recebiam os medicamentos solicitados em 85% dos casos –
índice altíssimo de sucesso judicial, que provoca discussões, uma vez mais, sobre as vantagens e
desvantagens de intervenções judiciais em matéria de políticas públicas.
Discute-se se não se estaria promovendo, nesses casos, uma espécie de efeito Robin Hood às avessas. O
acesso ao judiciário é, na prática, limitado, na medida em que custoso. Assim, as parcelas mais vulneráveis
da população, que talvez sejam as que mais necessitam de medicamentos, não são beneficiadas pelas
decisões judiciais em questão, de modo que tais decisões representariam uma interferência negativa na

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distribuição de recursos públicos escassos: tirando dos mais pobres para dar aos não tão pobres assim. Mas
este é tema para outro post.
Mandado de segurança coletivo
Tem-se ainda no Brasil o mandado de segurança coletivo, que pode ser proposto por:
a) partido político com ao menos um deputado federal ou senador eleito, e
b) organização sindical, de classe ou outra associação legalmente constituída que esteja em
funcionamento há mais de um ano
para defender direitos líquidos e certos que pertençam a todo um conjunto ou classe de pessoas.

Fontes:
Constituição Federal, Art. 5º, LXXIX e LXXX
Lei 12.016/09 (lei do Mandado de Segurança)
PET-FD-USP, “O Judiciário e as políticas públicas de saúde no Brasil: o caso AIDS”, 2004.
STF, Repercussão Geral no RE (Recurso Extraordinário) 566471/RN
STJ, RMS (Recurso em Mandado de Segurança) 36916 / SP

Bernardo Pereira

http://www.direitodireto.com/mandado-de-seguranca-a-defesa-dos-direitos-dos-cidadaos-contra-os-poderes-
publicos/

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