Pois bem, aos poucos, o Brasil vai se encontrando com seu futuro
(lembram-se que nós éramos o país do futuro?). Nada a ver com ufanismos
apressados como os do tempo do “Brasil Potência”. Nem com
desconsideração a nossos problemas reais, estruturais e históricos:
indecentes concentração de renda, de terra e de meios de comunicação de
massa; dívida social e atraso educacional, carências infraestruturais de toda
sorte e violência.
Nunca antes na história desse país (sei o quanto essa frase dói, mas
sejamos honestos e admitamos que é a nua e singela verdade) enfrentamos
uma crise dessa dimensão com tamanha altivez. E não se trata de uma
crisezinha qualquer, como a das Bolsas asiáticas em 1998, que afundou o
Brasil, junto com o Plano Real, em quatro anos de recessão e de
estagnação. Trata-se da mais grave crise do capitalismo desde a grande
depressão dos anos 30!
Brasília, 06/10/2009.