Anda di halaman 1dari 11

Sinopse cronológica da obra psicológica de Jean Piaget

Organizado a partir da obra:

Por que se interessar pela psicologia genética de Piaget?

Jean Piaget é [...] um dos mais importantes teóricos e experimentalistas no


domínio da psicologia do conhecimento e particularmente da psicologia do
desenvolvimento (sem mencionar aqui suas contribuições à epistemologia e à
biologia). (p.15)

Sua farta obra, escrita desde o início dos anos 20 até a morte do autor em 1980,
constitui uma página importante das ciências humanas do século 20. Não
deveríamos virar definitivamente essa página, no momento em que nos
preparamos para entrar no terceiro milênio, já que inumeráveis críticas têm sido
endereçadas ao autor? Não teremos espaço neste trabalho para abordar o
mérito dessas críticas. Dizemos simplesmente que muitas dentre elas provêm
ou de um conhecimento insuficiente das ideias de Piaget ou de uma posição
ideológica oposta. (p.16)

Não pretendemos que a obra de Piaget esteja acima de qualquer crítica. O


cuidado constante que o autor tinha em acrescentar ideias, formulações ou fatos
novos aos seus trabalhos precedentes, de preferência a filtrar, clarificar ou
sintetizar o conteúdo, deixa espaço a interrogações e revisões. (p.16)
Quatro razões militam em favor do conhecimento da teoria piagetiana (trechos
p.17):

1. A leitura da obra suscita reflexões, mesmo que críticas, e ideias de


pesquisa.

2. Piaget sempre foi um precursor, grandes perspectivas que adotou e a


maior parte dos conceitos explicativos, anunciam as perspectivas da psicologia
atual.

3. Produziu a mais completa teoria do desenvolvimento intelectual, porque


ela trata do período que vai do berço à idade adulta.

4. Enorme coleta de fatos experimentais relativos ao desenvolvimento dos


conhecimentos infantis.

Os fundamentos da psicologia genética

Formulará questões do ponto de vista diacrônico ou evolucionista (trechos p.21):

- compreensão de um fato ou um conjunto de fatos em sua evolução no tempo;

- como pode o pensamento tornar-se cada vez mais coerente e dar explicações
cada vez mais adequadas ao real?

A epistemologia genética [...] a explicar como se opera a passagem das formas


limitadas às formas superiores de conhecimento. (p.21)

Uma primeira ideia força [...] é aquela do parentesco entre os processos


biológicos e os processos psicológicos implicados no conhecimento. (p. 21)
Para os organismos como para o pensamento, concebe-se a evolução sob a forma
de uma construção de formas de complexidade crescente. [...] sobre o plano da
evolução cognitiva, adota também uma posição intermediária entre as concepções
inatistas, que explicam a razão pelas propriedades inerentes ao humano, desde o
nascimento, e o empirismo, que vê nas formas racionais o simples fruto da
experiência. É essa posição intermediária que Piaget chamará, bem mais
tarde (desde 1970), de construtivismo. (p.21)

Essa concepção de uma evolução em direção ao equilíbrio entre o todo e as


partes influenciará muito os primeiros trabalhos psicológicos de Piaget. (p.22)

[...] interessa muito menos ao jovem que o estudo das causas dos erros e dos
limites contidos nas respostas das crianças. (p. 23)

Estudo da gênese dos conhecimentos na criança como forma/ meio de validar


uma teoria do conhecimento ou epistemologia. (ideia p.23)

Primeiro período da obra psicológica (anos 20 e começo dos anos 30): a


mentalidade infantil e a socialização progressiva do pensamento

Seus trabalhos evidenciaram a existência do que se nomeava no vocabulário da


época uma mentalidade infantil diferente pela sua estrutura e seu funcionamento
da do adulto a sua mentalidade e caracteriza-se pela ausência de uma verdadeira
lógica das relações e das classes por uma grande dificuldade em considerar a
realidade de um ponto de vista objetivo e pela ausência de normas morais
verdadeiras que se impõe como necessidade. o pensamento da criança pequena
até a idade de 7 a 8 anos tende pois a ser pré-lógico, pré causal e pré moral p.24
No que concerne a concepção piagetiana do Social refere-se a ela não há uma
entidade a (sociedade segundo Durkheim) mas é um processo, ou das relações
entre os indivíduos. Existem três formas de relações definidas pelas relações entre
o todo e partes. Quando todo domina tem situação social, quando as partes
dominam tem-se o individualismo egocêntrico ponto em compensação sempre
que o todo e as partes se equilibram, tem-se a cooperação entre indivíduos iguais.
P.25

O primeiro trabalho de Piaget trata do aspecto mais exterior do conhecimento e o


mais facilmente observável a linguagem. Interessado no aspecto social do
pensamento o autor Voltou se naturalmente para as interações verbais entre
crianças. P.26

O autor desenvolve a distinção entre duas grandes funções do pensamento a


explicação e a implicação a função explicativa é dirigida as próprias ações e
intenções do sujeito. A função explicativa é dirigida ao mundo de quem ela procure
explicar as leis. A princípio mal diferenciadas essas duas funções distingue-se
cada vez mais e darão nascimento ao conhecimento lógico por um lado e por outro
ao conhecimento físico ou de modo mais geral a explicação causal. P.27

A indiferenciação entre o interno e o externo revela-se também no animismo


infantil, que constituiu o objeto da segunda parte do livro essa atitude consiste em
atribuir propriedades de vivente a seres inanimados. Para criança pequena, tudo
que tem uma atividade pode sentir uma dor ou saber alguma coisa, Por que
atividade como aquela do Sol que produz a luz é o critério do vivente. P.29

Projeto firma que a explicação correta deriva de uma tomada de consciência dos
esquemas implícitos que orientam a previsão, graças a lógica das relações p.31

O juizo moral na criança


O autor está totalmente consciente de que juízo e conduta não são
equivalentes.p.32

O estudo de jogos de regras (bolinhas de gude nos meninos e amarelinha nas


meninas) justifica-se porque o respeito a regra é fundamental na moral ponto do
ponto de vista da prática da regra, Piaget distingue três estágios: o primeiro motor
individual, o segundo, egocêntrico imitando os outros (as crianças jogam cada
uma por si) e o terceiro que aparece entre 7 e 8 anos é o da cooperação Nascente.
P.32
Segundo período da obra psicológica (anos 30 a 1945): os inícios do
conhecimento e o paralelo entre o desenvolvimento intelectual e a
adaptação biológica

A formação do símbolo é o único livro de Piaget que trata das condutas


sobretudo afetivas, observadas, Além disso, em seus próprios filhos. P.35

O desenvolvimento cognitivo consiste na coordenação de esquemas que


produz formas mais complexas e melhor adaptadas de comportamento. p.36

No que concerne ao nível das condutas estudadas, os trabalhos desse


período são os únicos a tratar do lactente e da criança pequena. O método de
coleta de dados sofre necessariamente modificações. Ele não pode mais ser
verbal já que se trata de bebês e funde-se essencialmente sobre a observação
minuciosa das atividades, observação criada por hipótese.p.37

A inteligência da continuidade adaptação biológica não pela criação de


organismos Novos Mas pela construção mentalmente de estrutura suscetíveis
de aplicar-se as estruturas do meio. P.38

Ele afirma que a associação e o hábito preparam funcionalmente a inteligência,


ainda que dela definiram pela estrutura. P.39

Reações circulares:
Primárias: sucção, visão, pressão e fonação
Secundárias: intencionalidade: colocam coisas em relaçao entre si.
Terciária: novidades de objetos explorado apresenta a raiz da experimentação
científica p. 39 e 40.
A inteligência é definida como a busca intencional de meios para atingir um fim.
P.39

E também é ocasião de afirmar que a inteligência não inicia nem pelo


conhecimento do Meio nem pelo das coisas mas pela sua interação. P.41

A formação do símbolo na criança:

É também o único que trata, em alguns Capítulos, dos aspectos afetivos da


conduta p.42

A imitação é Concebida como resultado da acomodação dos esquemas do


sujeito. P.42

Análise interno dos dois mecanismos de assimilação e acomodação se aplica


mais facilmente às ações efetivas, sequenciais e cíclicas, que ao pensamento,
Isto é, as atividades interiorizados repousando em parte sobre um tratamento
simultâneo e com ajuda dos conteúdos da memória pronto. P.45

Terceiro período (final dos anos 30 a ao final dos anos 50): a análise
estrutural a serviço do estudo da formação das “categorias do
conhecimento)
O modelo explicativo dominante consiste na formalização de estruturas
mentais que dão conta do Poder organizador e explicativo do raciocínio, cada
vez que ele atingiu certo grau de desenvolvimento. O conceito de Equilíbrio,
desde sempre fundamental no pensamento de Piaget, encontra aqui uma
definição nova e precisa, com termos emprestados da lógica e da matemática.
P.45

Apenas por volta dos 6 a 8 anos a criança considera a quantidade como


invariante após a mudança da forma. P.49

Três tipos de argumentos são antecipados pelos sujeitos que conservam as


quantidades justificados e o julgamento dos pontos a identidade (é sempre a
mesma massa), a reversibilidade (se a gente refaz uma bola é sempre a
mesma coisa), e a compensação (Este é mais longo porém mais estreito). P.49

Como a velocidade implica "trabalho realizado as crianças pequenas estimam


que "mais velocidade" implica "mais tempo". P.5

Piaget estima que existe uma intuição de velocidade independente do tempo na


criança pré-operatória e que velocidade desempenha um papel importante no
progresso das estimativas temporais. Entretanto, o autor mostra que os
raciocínios operatórios sobre a velocidade e o tempo aparecem quase
simultaneamente e apoiam uns aos outros. P.53

Noções espaciais mais fundamentais.


Natureza topologica: fundadas sobre as relações de ordem, de proximidade, de
inclusão.
natureza euclidiana: repousando sobre as noções de reta, ângulo, círculo ou
quadrado. P.53
Na construção dessas operações, temos primeiramente as relações topológicas
elementares, construindo-se depois, simultaneamente, as coordenadas
projetivas e euclidianas. De um ponto de vista estrutural, o conhecimento do
espaço é isomorfo ao conhecimento lógico matemático. p.55

Os aspectos hipotético-dedutivo aparecem muito claramente na inversão


operada entre hipótese e constatações: os adolescentes formularam uma
hipótese e dedução em consequências que verificam em seguida . P.57

Um período de transição (do fim dos anos 50 ao fim dos anos 60): entre
o primado das estruturas operatórias e o interesse pelos mecanismos do
desenvolvimento

Referência teórica essencial permanece no terceiro período.

Estudo das funções figurativas do conhecimento: percepção, imagem mental


e memória - relações entre aspectos operativos (conhecimento das
transformações) e figurativos (conhecimento dos estados) da cognição -
complementares, que evoluem na relação com o progresso da operatividade.
P. 63

Criação do Centro Internacional de Epistemologia Genética em 1955.

Aparecimento da noção de sujeito epistêmico.

Trabalhos a serem destacados:

Os mecanismos perceptivos: modelos probabilistas, análise genética,


relações com a inteligência (1961): foco nas atividades perceptivas, ilusões
perceptivas compreendidas como “encontros” entre o aparelho visual e os
dados percebidos e “ligações” entre tomadas de informação de dois elementos
diferentes - relação com as estruturas operatórias. P. 64/65
A imagem mental da criança (1966): aspectos figurativos subordinados a
aspectos operativos. P. 65

[...] Piaget e Inhelder concluem que as operações não derivam de imagens


mentais e que elas acabam por dirigir a estas. P. 66

Memória e inteligência (1968): memória definida no sentido de recognições


ou evocações com referência ao passado - situadas a partir da relação com
outras funções cognitivas. P. 66

1957: transformação das estruturas - primeiro modelo do processo de


equilibração (evolução em direção ao equilíbrio no desenvolvimento lógico). P
67

Estruturas compreendidas como “centros de funcionamento” com capacidade


de autorregulação.

Ao final dos anos 60, Piaget conclui que o estudo das estruturas não deve
suprimir nenhuma das outras dimensões da pesquisa. P. 68

Quarto período da obra (textos publicados ou escritos durante os anos


70): as múltiplas maneiras de explicar o progresso dos conhecimentos

Ênfase nos conceitos explicativos do progresso: equilibração, abstração


reflexionante a partir das atividades e abstrações empíricas a partir dos
objetos.

As constatações que o sujeito pode fazer na realidade às vezes provocam


perturbações cognitivas que ativam o mecanismo de equilibração majorante.
P 69

Correspondências ou morfismos: referência às correspondências por não


transformarem nada, apenas comparar ligar ou “estados”. P. 69/126.
Implicação significante: existência de uma lógica entre as significações na
qual a primeira conduz à segunda. P 69/196

Tríade dialética intra-objetal, inter-objetal e trans-objetal como divisão de


fases do desenvolvimento: análise dos objetos, estudo das relações ou
transformações e construção das estruturas, respectivamente. P. 69/203

Os estudos de causalidade conduzidos nessa época tratam da explicação de


fenômenos físicos [...] - causalidade em termos de atribuição de operações
aos objetos, concebidos como operadores P. 70

[...] as contradições do pensamento natural são desequilíbrios, que podem ser


definidas como compensações incompletas. - diferente de contradições
lógicas P 71

[...] no decurso do desenvolvimento cognitivo assiste-se a alternâncias de


fases de construções dialéticas e de fases de “exploração discursiva”, durante
as quais o sujeito pode proceder por dedução a partir de sistemas de
conhecimento equilibrados. P. 71

A tomada de consciência não consiste, portanto, em iluminar o que escapava


à consciência, mas antes em uma reconstrução cujos resultados acabam por
ser superiores ao conhecimento em ação. P 73

Generalização: procede por diferenciações e integrações que se enriquecem


complementarmente durante o desenvolvimento. “[...] a elaboração de uma
estrutura apóia-se não somente sobre as estruturas anteriores , mas também
sobre as “construções futuras”.”P. 74

Conclusões: a evolução da teoria de Piaget, invariância ou


transformação verdadeira?
Invariância: caracteriza as teses relativas ao conhecimento, seu
desenvolvimento e conceitos-chave destas nos quatro períodos apresentados.
A introdução de novos termos não explicita necessariamente uma ideia nova,
mas uma construção a partir de um estudo anterior. P. 77

Aparece de forma marcante uma complexificação no estudo dos esquemas


do sujeito durante os anos de pesquisa de Piaget. Uma progressão teórica
caracteriza o conceito de estrutura e de tendência ao equilíbrio, por exemplo.
P. 80.

A dialética fundamental na origem dessa produtividade parece-nos reduzir-se


a duas perspectivas à primeira vista heterogêneas: de um lado, Piaget adota
um ponto de vista funcionalista, de inspiração biológica, que impele a uma
observação minuciosa da interação, sem cessar na evolução, entre o sujeito e
a realidade; de outro, ele tende a uma perspectiva racionalista, privilegiando
no conhecimento o pólo do sujeito e as normas lógicas intemporais, que são
ao mesmo tempo um objetivo e um meio de explicação. P 83

Anda mungkin juga menyukai