Sua farta obra, escrita desde o início dos anos 20 até a morte do autor em 1980,
constitui uma página importante das ciências humanas do século 20. Não
deveríamos virar definitivamente essa página, no momento em que nos
preparamos para entrar no terceiro milênio, já que inumeráveis críticas têm sido
endereçadas ao autor? Não teremos espaço neste trabalho para abordar o
mérito dessas críticas. Dizemos simplesmente que muitas dentre elas provêm
ou de um conhecimento insuficiente das ideias de Piaget ou de uma posição
ideológica oposta. (p.16)
- como pode o pensamento tornar-se cada vez mais coerente e dar explicações
cada vez mais adequadas ao real?
[...] interessa muito menos ao jovem que o estudo das causas dos erros e dos
limites contidos nas respostas das crianças. (p. 23)
Projeto firma que a explicação correta deriva de uma tomada de consciência dos
esquemas implícitos que orientam a previsão, graças a lógica das relações p.31
Reações circulares:
Primárias: sucção, visão, pressão e fonação
Secundárias: intencionalidade: colocam coisas em relaçao entre si.
Terciária: novidades de objetos explorado apresenta a raiz da experimentação
científica p. 39 e 40.
A inteligência é definida como a busca intencional de meios para atingir um fim.
P.39
Terceiro período (final dos anos 30 a ao final dos anos 50): a análise
estrutural a serviço do estudo da formação das “categorias do
conhecimento)
O modelo explicativo dominante consiste na formalização de estruturas
mentais que dão conta do Poder organizador e explicativo do raciocínio, cada
vez que ele atingiu certo grau de desenvolvimento. O conceito de Equilíbrio,
desde sempre fundamental no pensamento de Piaget, encontra aqui uma
definição nova e precisa, com termos emprestados da lógica e da matemática.
P.45
Um período de transição (do fim dos anos 50 ao fim dos anos 60): entre
o primado das estruturas operatórias e o interesse pelos mecanismos do
desenvolvimento
Ao final dos anos 60, Piaget conclui que o estudo das estruturas não deve
suprimir nenhuma das outras dimensões da pesquisa. P. 68