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Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

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SUMARIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 10
2. PROBLEMA............................................................................................................................... 11
3. OBJETIVO................................................................................................................................. 11
4. JUSTIFICATIVA........................................................................................................................ 12
5. PROBLEMATIZAÇÃO SISTEMATIZAÇÃO............................................................................... 14
5.1. Caracterização e posição serial do sistema.................................................................. 14
5.2. Ordenação hierárquica do sistema................................................................................ 15
5.3. Expansão do sistema.................................................................................................... 15
5.4. Modelagem comunicacional do sistema........................................................................ 16
5.5. Fluxograma funcional ação-decisão.............................................................................. 17
5.6. Tabela de função – informação – ação......................................................................... 17
5.7. Problematização do sistema homem-tarefa-máquina................................................... 19
5.7.1. Hierarquização dos problemas – Técnica de GUT............................................. 26
5.7.2. Sugestões preliminares de melhoria................................................................... 27
5.7.3. Parecer Ergonômico........................................................................................... 27
5.8. Levantamento de dados ergonômicos...................................................................... 29
5.8.1. Anatomia e Fisiologia da Coluna Vertebral........................................................ 29
5.8.1.1. Curvas da Coluna Vertebral..................................................................... 31
5.8.1.2. Desvios do eixo da Coluna Vertebral....................................................... 32
5.8..1.3. Fisiologia da Coluna Vertebral................................................................ 34
5.8.1. Fisiopatologia da Degeneração Vertebral........................................................... 35
5.8.2. Anatomia da Coluna no Levantamento de Carga............................................... 37
5.8.3. Anatomia e Fisiologia da Mão............................................................................. 41
5.9. Levantamento de dados antropométricos..................................................................... 43
6. LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS.............................................................................. 48
6.1. Observações................................................................................................................. 48
6.2. Levantamento e Análise de Similares – Técnica de PNI............................................... 50
6.3. Levantamento e Análise de Materiais e Processos de Fabricação............................... 51
6.3.1. Requisitos de Seleção........................................................................................ 51
6.3.2. Alumínio.............................................................................................................. 54
6.3.3. Aço...................................................................................................................... 56
6.3.4. Estruturas Tubulares........................................................................................... 58
6.3.5. Chapas................................................................................................................ 65
6.4. Dados do Mercado........................................................................................................ 68
7. SÍNTESE................................................................................................................................... 70
7.1. Requisitos Projetuais..................................................................................................... 71
8. GERAÇÃO E SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS......................................................................... 72
8.1. Alternativas Geradas..................................................................................................... 72
8.2. Alternativa Selecionada................................................................................................. 75

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9. DESENVOLVIMENTO............................................................................................................... 76
9.1. Planilha de Planejamento para Construção e Testes com Modelos............................. 76
9.2. Testes com Modelo Rústico.......................................................................................... 76

10. REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 94

11. ANEXOS.................................................................................................................................. 80
ANEXO I - Tabela de GUT 80
ANEXO II - Técnica de PNI 81
ANEXO III - Técnica de seleção de alternativa 86
ANEXO IV – Questionário 88
ANEXO V - Desenho Técnico 90
ANEXO VI – Rendering e protótipo 91

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LISTA DE FIGURAS

2.1. Caracterização e posição serial do sistema ....................................................................... 14


2.2. Ordenação hierárquica do sistema...................................................................................... 15
2.3. Expansão do sistema.......................................................................................................... 16
2.4. Modelagem comunicacional do sistema.............................................................................. 16
2.5. Fluxograma funcional ação-decisão.................................................................................... 17
2.6. Problemas interfaciais......................................................................................................... 20
2.7. Problemas interfaciais......................................................................................................... 20
2.8. Problemas interfaciais......................................................................................................... 21
2.9. Problemas interfaciais......................................................................................................... 21
2.10. Problemas interfaciais....................................................................................................... 22
2.11. Problemas acidentários..................................................................................................... 22
2.12. Problemas acidentários..................................................................................................... 23
2.13. Problemas Acionais........................................................................................................... 23
2.14. Problemas Acionais........................................................................................................... 23
2.15. Problemas Acionais........................................................................................................... 24
2.16. Problemas Acionais........................................................................................................... 24
2.17. Problemas Acionais........................................................................................................... 24
2.18. Problemas Acionais........................................................................................................... 25
2.19. Problemas Acionais........................................................................................................... 25
2.20. Problemas Acionais........................................................................................................... 25
2.21. Problemas psicossociais................................................................................................... 25
2.22. Problemas psicossociais................................................................................................... 25
2.23. Coluna vertebral................................................................................................................ 30
2.24. Curvas da coluna vertebral................................................................................................ 32
2.25. Hérnia de disco.................................................................................................................. 36
2.26. Ruptura discal.................................................................................................................... 36
2.27. Estreitamento de Canal..................................................................................................... 37
2.28. Espondilose Vertebral........................................................................................................ 37
2.29. Corpo vertebral e disco...................................................................................................... 38
2.30. Exemplo da herniação do disco L5/S1 resultando em compressão e inflamação da raiz 39
de um nervo espinhal.......................................................................................................
2.31. Sistema padrão de classificação postural desenvolvido por KEYSERLING (1986).......... 40
2.32. Áreas de contato da mão................................................................................................... 42
2.33. Posturas assumidas pela mão........................................................................................... 42
2.34. Movimento dos dedos........................................................................................................ 43
2.35. Movimento dos dedos........................................................................................................ 43
2.36. Movimento dos dedos........................................................................................................ 43
2.37. Movimento dos dedos........................................................................................................ 43
2.38. Movimento dos dedos........................................................................................................ 43
2.39. Dados Antropométricos da mão........................................................................................ 44

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3.1. Fluxograma de desenvolvimento de um produto: condições de contorno e relações 51


funcionais entre projeto, seleção de materiais e seleção de processo...............................
3.2. O “afunilamento” de um típico procedimento de seleção de materiais e alguns critérios 54
de decisão ao longo do evento...........................................................................................
3.3. Queda da fecundidade......................................................................................................... 68
5.1. Alternativa 1......................................................................................................................... 73
5.2. Alternativa 2......................................................................................................................... 73
5.3. Alternativa 3......................................................................................................................... 74
5.4. Alternativa 4......................................................................................................................... 74
5.5. Alternativa 5......................................................................................................................... 75
6.1. Modelo Rústico.................................................................................................................... 77
6.2. Modelo Rústico.................................................................................................................... 77
6.3. Modelo Rústico.................................................................................................................... 77
6.4. Modelo Rústico.................................................................................................................... 77
6.5. Modelo Rústico.................................................................................................................... 77
6.6. Modelo Rústico.................................................................................................................... 78
6.7. Modelo Rústico.................................................................................................................... 78
6.8. Modelo Rústico.................................................................................................................... 78
6.9. Modelo Rústico.................................................................................................................... 78
6.10. Modelo Rústico.................................................................................................................. 79
6.11. Modelo Rústico.................................................................................................................. 79
6.12. Modelo Rústico.................................................................................................................. 79
6.13. Modelo Rústico.................................................................................................................. 79

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LISTA DE TABELAS

2.1. Tabela de função – informação – ação................................................................................ 18


2.2. Hierarquização dos problemas – Técnica de GUT.............................................................. 26
2.3. Quadro do parecer ergonômico........................................................................................... 28
2.4. Levantamento de dados antropométricos............................................................................ 45
2.5. Projetação Ergonômica - Dimensionamento Homem-Máquina........................................... 46
2.6. Dados antropométricos das mãos, segundo a norma Alemã DIN 33402 de 1981 (Ilda, 47
1990) ..................................................................................................................................
3.1. Identificação das propriedades mecânicas, químicas e físicas dos materiais conforme as 52
solicitações dos componentes do sistema..........................................................................
3.2. Processos de fabricação aplicados aos componentes do sistema...................................... 53
3.3. Normatização e especificação de alguns tipos de aço........................................................ 57
3.4. Tubos retangulares de alumínio.......................................................................................... 60
3.5. Tubos quadrados de alumínio............................................................................................. 61
3.6. Tubos circulares de alumínio............................................................................................... 62
3.7. Tubos retangulares de aço-carbono................................................................................... 63
3.8. Tubos quadrados de aço-carbono....................................................................................... 63
3.9. Tubos circulares de aço-carbono........................................................................................ 64
3.10. Espessuras-padrão das chapas grossas de aço............................................................... 65
3.11. Espessuras-padrão das chapas grossas de aço............................................................... 66
3.12. Chapas finas a quente....................................................................................................... 66
3.13. Chapas finas a frio............................................................................................................. 67
3.14. Chapas zincadas (galvanizadas) ...................................................................................... 67
3.15. Custo unitário e o total do ano para unidades e a freqüência anual para os 69
componentes do custo da internação domiciliar de pacientes com DPOC......................
3.16. Custo unitário e o total do ano para unidades e a freqüência anual para os 69
componentes do custo da internação hospitalar de pacientes com DPOC......................
3.17. Comparativo com 4 patologias (ICC, DPOC, AVC e Diabetes) e a diferença percentual 70
entre a internação domiciliar e hospitalar.........................................................................
4.1. Requisitos projetuais do subsistema 1................................................................................ 71
4.2. Requisitos projetuais do subsistema 2................................................................................ 71
5.1. Resultados Check-list.......................................................................................................... 76
6.1. Cronograma......................................................................................................................... 76

LISTA DE GRAFICOS

3.1. Equipamentos utilizados nos cuidados com os pacientes..................................................... 48


3.2. Maiores dificuldades com o enfermo...................................................................................... 49
3.3. Acidentes mais freqüentes..................................................................................................... 49
3.4. Queda da fecundidade........................................................................................................... 68

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1. INTRODUÇÃO

A medicina domiciliar é um termo genérico para um conjunto de procedimentos


hospitalares que podem ser feitos na casa do paciente. Aplica-se a todas as etapas
do cuidado médico, na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de doenças, bem
como nos procedimentos de reabilitação.

Também conhecida como home care (do inglês, cuidado no lar), a medicina
domiciliar abrange desde procedimentos simples, como o tratamento de feridas em
diabéticos, terapia intravenosa e fototerapia para recém-nascidos; até outros de
maior complexidade, como a internação domiciliar para condições mais graves, nas
quais os pacientes não tem condições de se locomover, de fazer sua própria higiene
pessoal, podendo necessitar de respiração artificial, terapia nutricional e
acompanhamento integral por profissionais treinados.

Longe de ser um luxo ou uma excentricidade restrita a poucos, a medicina domiciliar


é mais acessível do que parece e seus custos já são cobertos pela maioria dos
planos de saúde.

Diversos estudos científicos vêm comprovando as vantagens do home care em


relação à internação hospitalar. Os principais resultados aparecem na evolução
do estado de saúde, no retorno mais rápido às atividades cotidianas e na
redução do número de readmissões hospitalares.

Uma pesquisa publicada na revista da Associação Americana de Cardiologia


(STROKE, 2000: 31) observou resultados desse tipo numa comparação de 100
pacientes vítimas de derrame, dos quais metade recebeu cuidados médicos em
casa e a outra metade recebeu os mesmos cuidados em hospitais ou centros de
saúde comunitários. A recuperação do estado de saúde foi mais rápida nos
pacientes em home care, que também retornaram mais rapidamente às suas
atividades normais.

Outro estudo, publicado na revista da Associação Médica Americana (JAMA,


1999: 287) demonstrou como o acompanhamento domiciliar diminuiu a
necessidade de readmissão hospitalar em um grupo de 400 idosos com diversas
complicações crônicas da saúde. Ao contabilizar os custos consumidos pelo
home care e pelos hospitais, este estudo demonstrou uma diferença significativa
- cerca de 1,2 milhões de dólares no grupo sem home care contra 600 mil dólares
no grupo com home care, uma redução de 50%.

Esse são apenas alguns exemplos de pesquisa científica nessa área. Mas
apesar dos resultados positivos, a quantidade de pesquisas ainda é pequena,
devido principalmente ao fato de o home care ser um tipo de serviço de saúde
ainda muito recente. Além disso, há dificuldades metodológicas relacionadas à
variedade muito grande de doenças envolvidas, no que se entende por home
care em diversos países e na comparação dos serviços oferecidos no mercado.

Pouco a pouco, essas dificuldades vão sendo superadas e o home care vai se
tornando mais popular na sociedade, fazendo parte, não só no sistema privado
de saúde, mas também no setor público, no qual a atual implementação do
programa de saúde da família pelo Ministério da Saúde segue os mesmos
princípios básicos.

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Assim, as pesquisas atuais tem mostrado que fatores psicológicos também


podem atuar favoravelmente na medicina domiciliar. A proximidade com a família
evita a sensação de solidão que é comum na internação hospitalar, evita que o
paciente fique afastado de suas atividades de lazer, o que acaba preservando
alguns aspectos importantes de sua privacidade.

Outro fator humano importante no home care é a assistência individualizada que


o paciente recebe. Em vez de se sentir como mais um número nas estatísticas,
ele estabelece uma relação próxima com os profissionais de saúde, tem suas
particularidades clínicas mais bem investigadas e se sente mais motivado a
aderir ao tratamento. O convívio familiar e o ambiente doméstico promovem um
maior envolvimento dos membros da família, que se tornam mais ativos,
participam mais das tomadas de decisão e melhoram a comunicação com a
equipe de saúde.

2. PROBLEMA

Os atuais sistemas utilizados para a internação domiciliar são adaptações de móveis


residenciais ou, simplesmente, móveis hospitalares inseridos no ambiente
doméstico. No entanto, o uso de qualquer dos sistemas implica em
constrangimentos, físicos e psicológicos, ao usuário, seja ele o cuidador ou o
paciente.

Verifica-se que o uso de móveis residências, para o tratamento domiciliar, provoca


constrangimentos posturais do paciente e do cuidador, dificuldade de higienização,
impossibilidade de realização de ajustes, além de dificuldades para a realização de
necessidades fisiológicas. Na utilização da cama hospitalar os problemas são
verificados durante a realização de ajustes do equipamento e, principalmente, nos
constrangimentos psicológicos, causados ao paciente e aos familiares, devido ao
uso de um equipamento hospitalar em residência, destoando do contexto familiar.

3. OBJETIVO

A proposta deste trabalho vincula-se à fatores psicológicos que interagem no


sistema homem X tarefa X máquina, no que se refere ao usuário direto - o paciente,
e ao usuário indireto de equipamentos hospitalares - o cuidador1.

Buscar parâmetros para o desenvolvimento de um sistema que permita a


acomodação confortável e segura do paciente em tratamento domiciliar e, ao
cuidador, um posto de trabalho ergonomicamente planejado mantendo as
características domiciliares do ambiente, uma vez que o ambiente familiar reúne
condições físicas, afetivas e sociais que são de extrema importância para a
recuperação do paciente.

1
Segundo o documento “Uma política Nacional para o Idoso”, do Ministério da Saúde (1999), o
cuidador é a uma pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem remuneração, cuida do idoso
doente ou dependente no exercício das suas atividades diárias, tais como alimentação, higiene
pessoal, medicação de rotina, acompanhamento aos serviços de saúde ou outros serviços requeridos
no cotidiano – como a ida a bancos ou farmácias -, excluídas as técnicas ou procedimentos
identificados com profissões legalmente estabelecidas, particularmente na área de enfermagem.

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4. JUSTIFICATIVA

Nos dias de hoje pode até parecer estranho, mas do ponto de vista etimológico as
palavras 'hospital' e 'hospitalidade' têm muito em comum. Hospital vem da palavra
latina hospes, que no inglês derivou para host e tem o sentido de hospedar. A
palavra hospes logo derivou para hospitalitas, que no francês se transformou em
hospitalité e é um atributo daquele que trata bem seus hóspedes”. (HOUAISS,
2001).

Acredita-se que ambas as palavras, no latim, tenham surgido na Idade Média. Um


hospital (para aqueles indivíduos que moravam longe e/ou que estavam fora do seu
local de moradia), naquela época, era uma casa onde peregrinos e viajantes
permaneciam temporariamente. Vindos de longas jornadas, além de cansados,
muitas vezes esses hóspedes estavam mal nutridos e doentes. No hospital medieval
eles tomavam banho, recebiam comida e outros cuidados e se entretinham por
algum tempo, até estarem em boas condições de saúde para partirem para a
próxima viagem. De lá para cá muita coisa mudou. O hospital foi se transformando
em uma instituição especializada no tratamento dos enfermos e ganhou, na
sociedade contemporânea, o status de instituição pública e essencial.

Os hospitais cresceram, ganharam profissionais especializados, absorveram os


avanços da tecnologia, passaram a salvar cada vez mais vidas. Mas essa revolução
também teve seu preço porque a tecnologia tem um custo muito alto. Os tratamentos
das doenças e seus tratamentos se tornaram mais complexos. A população cresceu,
a expectativa de vida aumentou e o número de pacientes também.

Séculos se passaram e hospital e hospitalidade conservam a raiz etimológica, mas


na prática não se pode dizer que um hospital seja um lugar agradável para o
paciente. A falta de hospitalidade, contudo, não decorre da má vontade ou da falta
de preparo dos profissionais, mas da transformação do contexto em que eles, os
pacientes e a população se inserem atualmente.

Em pleno início do século XXI, uma das tendências mais fortes no setor de saúde é
a “desospitalização”. Os hospitais tendem a se transformar em instituições
dedicadas apenas aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos e que
correm risco de vida. A maioria dos pacientes não se encaixam nesses critérios e
podem ser tratadas nas residências, junto ao conforto da família.

Segundo dados da Associação Nacional de Home Care dos Estados Unidos, mais
de 20.000 prestadores de Serviços de Assistência Domiciliar estão cadastrados no
país. Em 1997, em torno de 7 milhões de pessoas, 2,5% do total da população do
país, recebeu algum tipo de assistência à saúde no domicílio.

Relatórios da World Health Organization – WHO (Organização Mundial de Saúde –


OMS) mostram que outros países têm relatado suas experiências, como o Canadá
na internação domiciliar de pacientes portadores de neoplasias, a Inglaterra na
assistência à pacientes terminais e com patologias pulmonares, a Austrália com
pacientes que apresentam doenças pulmonares obstrutivas crônicas, com idosos e
dependentes de oxigenioterapia, a África com geriatria, Israel com pacientes idosos
e problemas cardíacos e a França com a Aids.

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“Também no Brasil já se observa, durante a última década, uma progressiva


tendência de incremento de serviços dc assistência domiciliar, com o surgimento de
empresas para atender a uma demanda potencial por serviços dessa natureza.
Devem existir, atualmente, cerca de 150 empresas privadas conhecidas como
serviços domiciliares. Há, ainda, entidades representativas de empresas privadas
como a Associação Brasileira das Empresas de Medicina domiciliar (Abemid),
representando empresas especializadas.” MENDES (2001).

A experiência pioneira da qual se tem registro é a do Hospital do Servidor Público


Estadual de São Paulo, que desde 1968, vem oferecendo atendimento a pacientes
no domicílio, com o objetivo de reduzir a necessidade de internação e ou tempo de
permanência hospitalar, procurando assim ampliar a oferta de leitos para casos
cirúrgicos, quadros clínicos agudos e de maior gravidade.

Segundo MENDES (2001), cerca de 130 pacientes, em média, estão em regime de


internação domiciliar no Rio de Janeiro, sendo as patologias preponderantes a estes
os acidentes vascular, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, neoplasias e
infecções. Estes pacientes demandam assistência ventilatória, antibióticoterapia e
outros procedimentos variados, que consomem um tempo médio de internação
domiciliar de 27 dias. A maioria tem mais de 60 anos, sendo que atualmente cerca
de 70% dos pacientes são oriundos do hospital e 30% já são admitidos diretamente
em domicílio.

Cabe salientar que o paciente na sua casa sente-se mais bem amparado,
acelerandu o processo de melhora. A relação torna-se mais humanizada,
envolvendo a família na assistência. Após a alta, observa-se que o paciente ganha
mais autunomia diante das limitações causadas pela doença.

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5. PROBLEMATIZAÇÃO SISTEMATIZAÇÃO

A noção do sistema homem-máquina sempre se apresentou como um dos conceitos


básicos da ergonomia, ao enfocar a interação do homem com utensílios,
equipamentos, máquinas e ambientes.

De acordo com Meister (apud MORAES et alli, 2000), o sistema homem-máquina é


essencialmente um conceito baseado em certas suposições, é uma abstração e não
uma configuração física ou um tipo de organização. É basicamente uma estrutura
para a análise de sistemas.

“O sistema é um conceito porque está organizado em torno de transformações (de


entradas a saídas, de estímulos a respostas) que são invisíveis; tudo que se vê são
os produtos destas transformações. Aquilo que é encontrado dentro do sistema,
como o comportamento humano em geral, pode ser deduzido somente pelas
entradas antecedentes e pelas conseqüentes saídas. A natureza da construção do
sistema é sugerida pelas várias maneiras nas quais ele foi definido”. Meister (apud
MORAES et alli, 2000).

5.1. Caracterização e posição serial do sistema

Segundo MORAES (2000), o sistema-alvo situa-se numa posição serial e recebe


entradas de um sistema que lhe é anterior - o sistema alimentador - e, por sua
vez, produz saídas para um sistema que lhe é posterior - o sistema ulterior. As
entradas são processadas pelo processo característico do sistema alvo (Fig. 2.1).

RESTRIÇÕES
custos, dimensões domiciliar,
dimensões das camas existentes no
mercado e normas técnicas

META
Acomodar o paciente na postura deitada,
de forma a permitir seu tratamento.
SIST. ALIMENTADOR

Residência / hospital
SIST. ULTERIOR

SAÍDAS
Hospital

SISTEMA ALVO
ENTRADAS Sistema de apoio para repouso e - paciente recuperado
Paciente enfermo acomodação de enfermos em - paciente c/ quadro
residência agravado

REQUISITOS
- Conforto (ajustes de altura e angulação)
- segurança
- usabilidade
- não alterar a aparência de móvel domiciliar RESULTADOS
- fácil locomoção do sistema DESPROPOSITADOS
- fácil higienização - Queda do paciente
- Dificuldade de ajuste

Figura 2.1 - Caracterização e posição serial do sistema

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5.2. Ordenação hierárquica do sistema

“Posiciona o sistema-alvo de acordo com sua continência ou inclusão em outros


sistemas hierarquicamente superiores. (...) Tem-se, portanto, a partir do sistema
alvo, o níveis hierárquicos superiores que são o supra sistema e o supra-supra-
sistema, até o ecossistema, e níveis hierárquicos inferiores constituídos de
subsistemas e subsubsistemas e sub-sub-sistemas”. MORAES (2000). (Fig. 2.2).

Figura 2.2 - Ordenação hierárquica do sistema

5.3. Expansão do sistema

De acordo com MORAES (2000), uma das principais noções que a abordagem
sistêmica propõe é a de expansionismo dos sistemas. A ordem hierárquica e a
posição em série do sistema apresenta outros sistemas paralelos a ele próprio e
recebe como entrada produtos provenientes de sistema serial que o antecede e
produz saídas que o sucede. Existem ainda os sistemas redundantes que
replicam o sistema alvo (Figura 2.3).

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ECO-SISTEMA: Enfermo
SISTEMA
SUPRA-SISTEMA: Unidade de tratamento PARALELO:

SISTEMA ALVO: Sistema de apoio para - Cadeira


repouso e acomodação de enfermos em
residência de rodas
- muleta
SUB-SISTEMA 1: SUB-SISTEMA 2:
SIST. - maca
SIST.
Acomodação Higienização SERIAL 2:
SERIAL 1: Residência
Hospital SUB-SISTEMA 3: hospital
Alimentação

SISTEMA PARALELO 1 SISTEMA PARALELO 3


Sist. de acomodação de Sistema de higienização
remédios e pertences

SISTEMA REDUNDANTE 1 SISTEMA REDUNDANTE 2


Cama hospitalar Cama residencial

Figura 2.3 - Expansão do sistema

5.4. Modelagem comunicacional do sistema

A Modelagem comunicacional do sistema, conforme MORAES (2000), lida


basicamente com a transmissão de informação, compreendendo os subsistemas
humanos de tomada de informação / percepção (sentidos humanos envolvidos);
os subsistemas humanos de resposta / regulação (ações realizadas) - palavra,
gestos, deslocamentos, posturas; os subsistemas da máquina que fornecem
informações para serem processadas pelo homem; os subsistemas da máquina
que recebem as ações do homem (Figura 4).
MÁQUINA HOMEM
Fonte de Informação: Sistemas Humanos
- Posicionamento Envolvidos:
- Angulação - Visão
CANAIS DE - Tato
- Aparência física TRANSMISSÃO - Audição

NEURÔNIOS
ACIONAMENTOS:
- Movimentar
TRANSMISSÕES
- Posicionar
Comandos Ativados:
- Acomodar
Respostas Humanas:
- Apertar
- Botões - Com as mãos
- Segurar
- Pedais - Puxar - Com os pés
- Manivelas - Mover - com os olhos

Figura 2.4 - Modelagem comunicacional do sistema

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5.5. Fluxograma funcional ação-decisão

“Como parte do enfoque sistêmico tem-se o fluxograma. seqüencial das


funções/operações/atividades - em série, simultâneas, alternativas, questionáveis
- e as decisões implicadas”. MORAES (2002). (Figura 2.5).

Higienização
Paciente sim
Acordar Alimentação
confortável?
Necessidades sim
não fisiológicas
OK? Fim

Ajustar a Medicação
não
cama
Repouso
A
Assistir TV

Leitura

Escrita
Bloco de ref. A

Figura 2.5 - Fluxograma funcional ação-decisão

5.6. Tabela de função – informação – ação

Na tabela (Tabela 2.1) cada função ou ação identificada no diagrama funcional é


estudada e, utilizando-se dos conhecimentos e de todas as informações
disponíveis, identifica-se e descreve os requisitos de informação, as fontes de
informação, problemas potenciais, fatores de indução ao erro e qualquer outro
comentário relevante, assim como as ações e os objetos das ações. Ao fim, tem-
se uma lista detalhada de requisitos de informação e de ação para interfaces
operador-sistema, que pode prever a necessidade de requisitos de suporte,
problemas potenciais, e prováveis soluções. A análise, segundo MORAES (2002),
ainda pode produzir sugestões para a melhoria do design de hardware, software e
procedimentos.

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Tabela 2.1 - Tabela de função – informação – ação

Informação Ação
Funções Informações Fontes de Objetos da(s)
Dificuldades Ação (ões) Dificuldades
requeridas informação ação(ões)
1. localização
dos ajustes
1. botões 1. localização
2. procedi- 1. Manual 1. o ajuste do ajuste
Ajustar a
mento para pose não 1. Ajustar 2. manivelas
cama
ajuste 2. paciente estar visível 2. realização
3. pedais dos ajustes
3. posição
desejada
1. ajustar a 1. peso do
cama paciente
1. altura da
cama 2. cama não
1. não ter
1. paciente ajustada
Retirar / prontuário
2. estado 1. cama
colocar 3. estado
clínico do 2. cama
paciente 2. 2. deslocar clínico do
paciente 2. paciente
na cama qualificação paciente paciente
3. prontuário
do cuidador
3. posição do 4. Dificuldade
paciente de locomoção
do paciente

1. ajustar o 1. peso do
1. papagaio paciente
objeto para
2. comadre
Necessi- uso
1. localização 1. paciente 1. não achar 2. cama não
dades
da comadre e a comadre ou 2. posicionar ajustada
fisioló- 1. paciente
do papagaio 2. cuidador o papagaio o paciente
gicas
3. estado
3. eliminar 1. papagaio clínico do
dejeto 2. comadre paciente
1. peso do
1. estado de paciente
higiene do
Conhecimen-
Higieni- paciente 1. paciente 2. cama não
to dos proce- 1. despir o
zação do 1. paciente ajustada
dimentos de paciente
paciente 2. localização 2. cuidador
higienização
do material de 3. estado
higienização clínico do
paciente
1. pegar 1. peso do
1. estado 1. perceber lençol paciente
físico do 1. lençol momento de 1. lençol
2. mover
lençol troca 2. cama não
Trocar paciente
2. paciente 2. paciente ajustada
lençóis
2. localização 2. procedi- 3. colocar
do lençol 3. cuidador mento para lençol limpo 3. cama 3. estado
limpo troca 4. retirar o clínico do
lençol sujo paciente

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1. posicionar 1. peso do
a cama paciente

1. horário da 2. acomodar 2. cama não


o paciente 1. cama
alimentação 1. percepção ajustada
1. paciente
Alimen- da
2. paciente
tação 2. necessidade 3. estado
2. relógio
necessidade do paciente 3. ajustar clínico do
3. alimento
do paciente sistema de paciente
alimentação
4. tipo de
alimento
1. peso do
paciente
1. paciente
1. cama 2. cama não
1. horário 1. trocar
2. relógio ajustada
medicamento
Medica- 1. posicionar 2. paciente
2.necessida-
ção 3. medica- a cama 3. estado
de do 2. trocar
mento 3. clínico do
paciente horário
medicamento paciente
4. prontuário
4. tipo de
medicamento
1. localização 1. cama
da TV 1. conheci-
1. paciente 1. estado
Assistir mento do 1. posicionar 2. paciente
clínico do
TV 2. localização sistema de a cama
2. cuidador paciente
do controle ajuste 3.
remoto equipamento
1. localização 1. conheci-
dos ajustes 1. paciente 1. cama 1. estado
Repou- mento do 1. posicionar
clínico do
sar 2. posição sistema de a cama
2. cuidador 2. paciente paciente
desejada ajuste
1. localização 1. paciente 1. posicionar
dos ajustes 1. conheci-
a cama 1. cama 1. estado
2. cuidador mento do
Ler 2. localização clínico do
sistema de 2. acomodar 2. paciente
do material de 3. material paciente
ajuste o paciente
leitura de leitura

5.7. Problematização do sistema homem-tarefa-máquina

Nesta etapa do projeto pretende-se identificar e levantar a maior quantidade de


informação possível sobre a situação, de forma a permitir, em primeiro lugar, uma
definição clara e objetiva do problema; em segundo lugar, a análise do meio
ambiente; e, finalmente, a delimitação da área de atuação.

Segundo Bunge (apud MORAES et alli, 2000), que subdivide a colocação do


problema em três fases – reconhecimento, desenvolvimento e formulação do
problema, parte, nesta primeira fase, para a identificação dos aspectos mais
graves e flagrantes da situação problemática que, numa primeira observação ou
ao primeiro contato com a realidade, 'saltam aos olhos'.

Através da observação assistemática retrata-se situações problemáticas


envolvendo similares do sistema e seus usuários (não foi possível um registro

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maior através de fotos devido ao constrangimento dos pacientes, realizamos, na


maioria das vezes, apenas observações e ouvimos relatos):

a) Problemas interfaciais

ƒ Altura do leito (Figura 2.6) dificulta a manipulação do paciente, acarretando na


flexão da coluna. O mesmo ocorre se quando utiliza um calço para elevar a
cama (Figura 2.7);
ƒ A grade de proteção aumenta a distância entre o paciente e a enfermeira
forçando a torção do tronco desta (Figura 2.8);
ƒ Falta de suporte para realizar as refeições, necessitando de ajuda para se
alimentar (Figura 2.9);
ƒ Rodízios inadequados dificultam deslocamento da cama (Figura 2.10).

Figura 2.6 Figura 2.7

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Figura 2.8

Figura 2.9

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Figura 2.10

b) Problemas acidentários

ƒ Falta de proteção e apoios para movimentação do paciente (Figura 2.11);


ƒ Localização e formato das manivelas (Figura 2.12).

Figura 2.11

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Figura 2.12

c) Problemas Acionais

ƒ Ajuste fora do envoltório acional do cuidador exigindo a flexão dos joelhos e


uso de força para girar a manivela (Figura 2.13 a 2.16);
ƒ Postura prejudicial resultante do acionamento da manivela (Figura 2.16);
ƒ Acionamento de ajuste da cama fora do alcance do paciente (Figura 2.17);
ƒ Dificuldade para subir e descer da cama devido a inexistência de apoio e de
ajuste de altura da cama (Figura 2.18);
ƒ Dificuldade de movimentação do paciente na cama (Figuras 2.19 e 2.20).

Figura 2.13 Figura 214

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Figura 2.15 Figura 2.16

Figura 2.17

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Figura 2.19

Figura 2.18 Figura 2.20

d) Problemas psicossociais

ƒ Inexistência de espaço no leito para o companheiro (Figura 2.21);


ƒ Constrangimentos psicológicos pelo fato do uso de uma cama hospitalar em
casa (Figura 2.22).

Figura 2.21 Figura 2.22

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5.7.1. Hierarquização dos problemas – Técnica de GUT

Segundo MORAES (2002), a priorização e consolidação do problema


compreende a seleção do subsistema ou subsistemas que serão objeto da
diagnose. Utilizam-se critérios como gravidade e urgência de solução dos
problemas existentes, a tendência de agravamento, as possibilidades
tecnológicas e as decisões do decisor. Nesta etapa faz-se uma ilustração
mais detalhada destas situações e apresentam-se os argumentos para sua
seleção.

A técnica de GUT (gravidade, urgência e tendência), desenvolvida por Kepner


e Tregoe, permite abordar situações como um todo, hierarquizando os
problemas e decidindo por qual começar. Resolver simultaneamente todos os
problemas apontados pode ser impossível, contraproducente ou mesmo
ineficiente. Para priorizar as ações a serem implementadas, fazem-se três
perguntas a respeito de cada um:
1) Qual a gravidade do desvio?
2) Qual a urgência de se eliminar o problema?
3) Qual a tendência do desvio e seu potencial de crescimento?

E, segundo a tabela em anexo (anexo I), hierarquizamos os problemas


analisados, conforme tabela abaixo.

Tabela 2.2 - Hierarquização dos problemas – Técnica de GUT


CAT.

PROBLEMAS G U T GXUXT HIER.

Ajuste fora do envoltório acional do cuidador


exigindo a flexão dos joelhos e uso de força 4 3 3 36 5
para girar a manivela.
Postura prejudicial resultante do
4 3 3 36 5
Acionais

acionamento da manivela.
Dificuldade de movimentação do paciente na
cama. 5 4 4 80 3
Dificuldade para subir e descer da cama
devido à inexistência de apoio e de ajuste de 4 4 4 64 4
altura da cama.
Altura do leito dificulta a manipulação do
paciente acarretando flexão da coluna do 5 5 4 100 2
cuidador.
Interfaciais

A grade de proteção aumenta a distância


entre o paciente e a enfermeira forçando a 2 1 2 4 7
torção do tronco.
Falta de um suporte para realizar as
refeições, necessitando de ajuda para se 4 5 4 80 3
alimentar.
Falta de proteção e apoios para
Aciden-
tários

movimentação do paciente. 5 5 4 100 2

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Inexistência de espaço no leito para o

psicossociais
companheiro. 4 3 3 36 5

Rodízios inadequados dificultam


deslocamento da cama. 5 5 5 125 1

5.7.2. Sugestões preliminares de melhoria

A partir da constatação da existência de problemas interfaciais, acionais,


acidentários, de acessibilidade, movimentacionais e psicossociais e de sua
priorização, pôde-se chegar a algumas sugestões preliminares de melhoria:

ƒ Inserção de um sistema de ajustes de altura do leito;


ƒ Colocação de grande escamoteável dentro do envoltório acional do
enfermo;
ƒ Sistema de controle remoto para acionamento dos ajustes;
ƒ Inserção de suportes para realização de atividades do quotidiano como
alimentação, leitura, medicação, diversão, higienização;
ƒ Estética compatível com o ambiente doméstico;
ƒ Utilização de um sistema compacto e de fácil manipulação e montagem.

A partir dessas melhorias pretende-se minimizar os constrangimentos sofridos


tanto pelo paciente quanto pelo enfermeiro ou cuidador.

5.7.3. Parecer Ergonômico

Segundo MORAES (2002), No parecer ergonômico a conclusão é um


fechamento onde se pode mencionar os problemas, focalizar os problemas
priorizados, e apresentar algumas sugestões de métodos a serem utilizados
(Tabela 2.3).

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Tabela 2.3 – Quadro do parecer ergonômico

Custos
Classe de
Problema

Constrangi- Sugestões Restri-


humanos Disfunções
Problemas Requisitos mentos da preliminares ções do
do do sistema
tarefa de melhoria sistema
trabalho
Leito fora do Altura do Dificuldades
Dores e
envoltório acio- leito dentro em manipular -Elevar a altura
lesões na
nal do cuidador do Flexão da (acomodar, do leito;
região -
(na cama envoltório coluna virar, recostar -Regulagem de
dorsal da
convencional – acional do etc) o pacien- altura do leito.
coluna.
doméstica) enfermeiro te no leito.
A grade de
proteção limita Dificuldades
a distância Espaço para Dores e em manipular
entre o o enfermeiro lesões na (acomodar,
Torção do -Grade
paciente e a aproximar- região virar, recostar -
tronco escamoteável.
cuidador se do dorsal da etc) o
forçando a paciente. coluna. paciente no
torção do leito.
Interfaciais

tronco
Acionamen-
Acionamento to de ajustes O paciente
de ajuste da da cama depende da -Sistema de
cama fora do dentro do - - ajuda de controle Custo
alcance do envoltório terceiros para remoto.
paciente acional do ajustar o leito.
paciente.
-Queda de
Falta de supor- Existência - alimentos /
-Inserção de
te para realizar de suporte possíveis talheres no
suporte de
as refeições, de apoio à derramam leito / chão;
- apoio à -
necessitando realização entos - Paciente
realização das
de ajuda para das - auxílio de necessita de
refeições
se alimentar refeições outros ajuda para
alimentar-se.
Falta de prote- -Fraturas e -Colocação de
Existência O paciente
ção e apoio lesões grade de
Acidentários

de proteção -Possíveis depende da


para movimen- decorrente proteção;
e apoio para quedas; ajuda de
tação do paci- s de -Colocação de -
movimenta- -Esforço terceiros para
ente (na cama acidentes; apoios para
ção do muscular. movimentar-
convencional – -Fadiga movimentação
paciente se no leito.
doméstica) muscular. do paciente.
-Lesões
nas articu-
Ajuste fora do
laçãoes
envoltório
Acionamen- dos
acional do -Flexão dos
tos para o s joelhos; -Elevar a
cuidador joelhos;
ajustes da -Lesões na -Dificuldades manivela de
Acionais

exigindo a -Flexão da Custo


cama dentro região em ajustar a ajuste;
flexão dos coluna; elevado
do envol- dorsal da cama -Utilizar
joelhos e uso -Esforço
tório acional coluna; controle remoto
de força para muscular.
do cuidador -Fadiga na
girar a
musculatu-
manivela
ra dos
braços.

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-Paciente
permanecer
Dificuldade -Fadiga na
no leito
para subir e muscula-
mesmo
descer da -Esforço tura;
Ajuste de havendo a
cama devido a muscular; -Fraturas e Ajuste de altura
altura do necessidade Custo
inexistência de -Possíveis lesões do leito
leito de deixa-lo
apoio e de acidentes decorren-
(alimentação,
Acionais

ajuste de altura tes de


exercícios.
da cama acidentes;
Necessidades
fisiológicas)
Existência O paciente
Dificuldade de de apoio depende da -Colocação de
movimentação para movi- -Esforço -Fadiga ajuda de apoios para
-
do paciente na mentação muscular. muscular. terceiros para movimentação
cama do paciente movimentar- do paciente.
no leito se no leito.
-Possível Espaço
retardo na físico
Leito com melhora; disponí-
Inexistência de Leito com
dimensões -Possível vel para
espaço no leito -Solidão/ dimensões de
de uma agrava- - a colo-
para o isolamento uma cama de
cama de mento do cação do
companheiro casal.
casal. quadro leito
Psicossociais

clínico do suple-
paciente. mentar
-Possível
Constrangi- retardo na
mentos Leito com melhora;
Leito com
psicológicos aparência -Sensação -Possível
aparência de
pelo fato do de uma de descon- agrava- - -
uma cama
uso de uma cama forto mento do
doméstica
cama hospitalar doméstica quadro
em casa clínico do
paciente.
Rodízios
Rodízios
que permi- Colocação de
Movimen-
tacionais

Inadequados -Dificuldades
tam um fácil -Esforço -Fadiga rodízios
dificultando de movimen- -
desloca- muscular muscular maiores e com
deslocamento tar o leito
mento da de freio
da cama.
cama

5.8. Levantamento de dados ergonômicos

5.8.1. Anatomia e Fisiologia da Coluna Vertebral

A estrutura óssea da coluna é formada por 33 vértebras (Figura 2.23). A coluna


cervical, correspondente ao pescoço, compõe-se de 7 vértebras. A coluna dorsal,
correspondente ao dorso na região toráxica, possui 12 vértebras e a lombar,
equivalente à região da cintura, possui 5 vértebras. A região sacra, que está
conectada diretamente com a bacia, é composta por 5 vértebras fusionadas entre
si, constituindo um osso único e compacto. O cóccix é formado por 4 vértebras
articuladas ao final do sacro. Este número pode variar conforme alteração
genética da coluna de cada indivíduo, podendo, desta maneira, apresentar 6
vértebras lombares ou 3 coccígenas. Toda vértebra se articula com a vértebra
que está acima e com aquela que está abaixo mediante apófises articulares.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 29


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Todas as vértebras têm particularidades próprias, de acordo com o lugar que


ocupam na coluna vertebral.

Figura 2.23 - Coluna vertebral

Toda vértebra é formada por um corpo em forma de disco, de espessura variável


conforme a região. Do corpo partem as lâminas vertebrais que convergem para
dentro, e, reunindo-se, formam um anel. Da superposição desses anéis resulta
um canal no qual está contida a medula espinhal. Os anéis apresentam, dos lados
e posteriormente, apêndices ósseos, chamados apófises; as laterais se chamam
apófises transversais; a posterior se chama apófise espinhal. As apófises dão
inserção a músculos e ligamentos. O corpo vertebral encontra-se na porção
anterior em relação ao eixo corporal. O corpo vertebral, nesta posição, suporta as
forças de carga e pressão e é composto por uma estrutura óssea esponjosa,
apresentando uma placa cartilaginosa na sua porção superior e inferior.

Os corpos vertebrais lombares são achatados e largos por constituírem as


vértebras que suportam as maiores pressões da coluna vertebral. As vértebras
sacras são fusionados entre si, constituindo-se num osso que apresenta forma
triangular. Este por sua vez articula-se com o ilíaco na região pélvica,
apresentando a base fixa da coluna vertebral e sua relação com a pelve ou bacia.
Assim, estabelece-se a base de suporte da coluna vertebral do ser humano.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 30


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5.8.1.1. Curvas da Coluna Vertebral

A coluna vertebral é composta por quatro curvas fisiológicas (Figura


2.24) assim formadas: curva cervical, a dorsal, a lombar, a sacra e a
coccígena. O conjunto de curvas exercem entre si um fenômeno
compensatório, pois as lordoses se compensam com as cifoses e vice-
versa. Este fenômeno auxilia na descarga do peso corporal. Se não
houvessem essas curvas, a base da coluna lombar suportaria pressões
de até 1.000 Kg num homem de 70 Kg na posição sentada. As forças
se concentram numa pequena superfície vertebral na região lombar e
por esse motivo exercem essa grande pressão de carga.

A coluna vertebral, no sentido antero-posterior, constitui-se num edifício


retilíneo por aposição das estruturas vertebrais. O edifício vertebral,
visto lateralmente ou em perfil, apresenta curvas lordóticas, cifóticas,
rígidas, semi-rígidas e móveis. As móveis são as curvas dos
segmentos cervical e lombar. São móveis por serem livres de fixação
óssea, tendo a sua estabilidade apenas pelas inserções das estruturas
ligamentares e musculares. Sua estabilidade depende da vitalidade dos
elementos ligamentares e musculares. Isto revela a importância da
integridade e treinamento da estrutura muscular e principalmente dos
músculos abdominais para mantermos a boa estabilidade e rigidez da
coluna vertebral.

A curva dorsal ou toráxica é cifótica com convexidade posterior e semi-


rígida. Sua condição de semi-rígida é produzida pela fixação nos arcos-
costais de ter movimentos, tem a sustentação dos arcos-costais com
os quais se articula. Através das apófises transversas e da porção
posterior dos corpos vertebrais toráxicos, onde se localizam as
articulações costo-transversa e costo-vertebrais subseqüentemente.

Na porção superior da curva cervical, se faz a sustentação da calota


craniana e a apófise odontóide permite as rotações para a direita e
para a esquerda do crânio em relação ao eixo vertebral. No segmento
cervical e lombar, os movimentos laterais e rotacionais se fazem com a
participação das apófises articulares, ligamentos inter-transverso e
disco intervertebral. Já no movimento antero-posteror temos a maior
participação do disco intervertebral, apófises articulares e ligamento
inter-apofisário posterior e ligamento longitudinal anterior e posterior.

As forças de cizalhamento e rotacionais são as mais danosas e


agressivas aos movimentos vertebrais. Portanto, são elas que
frequëntemente dão origem às lesões na unidade funcional.

A sacro-coccígena é uma curva de conveccidade cifótica e é rígida


devido à fusão entre os corpos vertebrais. A estrutura do sacro articula-
se com o osso ilíaco, gerando com o mesmo a sustentação e
estabilidade óssea de todo o edifício da coluna vertebral.

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A. Vista lateral da coluna vertebral mostrando suas curvaturas normais (cervical,


torácica, lombar e sacrococcígea) e sua relação com o crânio e os ossos do quadril. B.
Imagem de resonância megnética mostrando a medula espinhal e a caudal eqüina no
canal vertebral. (cortesia do Dr. Kucharezyk, Clinical Director of Tri-Hospital Resonance
Center, Toronto, Ontário, Canadá)
Figura 2.24 - Curvas da coluna vertebral

5.8.1.2. Desvios do eixo da Coluna Vertebral

As curvas da coluna vertebral podem ser acentuadas por motivos


patológicos. Quando são acentuadas as curvas abertas para trás, tem-
se a lordose; quando, ao contrário, são exageradas as curvas abertas
para a frente tem-se a cifose. Quando a coluna vertebral apresenta
uma curvatura para a direita ou para a esquerda, tem-se a escoliose.

O dorso, ouface posterior do tronco, é a parte principal do corpo à qual


estão fixadas a cabeça, pescoço e membros. Consiste de pele, fáscia
superficial contendo tecido adiposo, fáscia profunda, músculos,
vértebras, discos intervertebrais, costelas (na região torácica), vasos e
nervos. A dor lombar é uma queixa comum. Os locais comuns de dores
são as regiões cervical (pescoço) e lombar, principalmente porque são
as partes de maior mobilidade da coluna vertebral.

A escoliose compensada apresenta os ombros no mesmo nível,


revelando que a curva principal se equilibra com a curva
compensatória. Curva principal é a curva responsável pela
deformidade, e a curva compensatória ou secundária é aquela que
busca a compensação para manter o tronco ereto.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 32


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As escolioses podem ter diversas etiologias. A mais comum é a


idiopática ou escoliose do adolescente, que evolui durante o período de
crescimento. Costumeiramente tem uma curva em "S" e atinge o
segmento dorsal e lombar com curvas leves e moderadas. Podemos
ter ainda as escolioses congênitas, cujas causas são deformidades
congênitas da coluna vertebral. Os principais exemplos estão nas
agenesias vertebrais, hemi-vértebras e barras ósseas, constituindo-se
em deformidades a partir da concepção, atingindo curvas severas de
até 180º, quando a coluna processa uma curva completa sobre si
mesma. Invariavelmente o tratamento é cirúrgico e precoce, buscando
corrigir o defeito ósseo a partir do seu nascimento.

As escolioses paralíticas são causadas pela paralisia de grupos


musculares na sustentação da coluna. São caracterizadas pela curva
em "C" e pela hipotrofia muscular, causando assim, a queda lateral da
coluna vertebral. Outros exemplos de escoliose são causadas por
seqüelas de efeitos traumáticos, processos infecciosos, doença de
Von-Recklin Gausen (doença pseudo tumoral de estrutura nervosa), as
escolioses por doenças endócrinas, por seqüelas das osteosporoses
etc.

Podemos ainda classificar as escolioses como funcionais e estruturais.


As funcionais são aquelas cujo desvio da coluna depende de
alterações extrínsecas à mesma, como por exemplo o encurtamento
com disparidade entre os membros inferiores, causando assim, um
desvio do eixo da coluna pela variação de comprimento entre os dois
membros.

As estruturais são aquelas em que a causa do desvio encontra-se


localizada diretamente com as estruturas ósteo ligamentares
vertebrais. Ainda devemos classificar as curvas das deformidades
como móveis e rígidas. A importância dessa classificação se faz para o
planejamento da correção cirúrgica da deformidade.

A cifose é caracterizada pelos exageros da curvatura toráxica fora


dos eixos dos limites fisiológicos. Várias etiologias podem ser
causas de cifose na coluna vertebral. Assim, temos os defeitos
congênitos, infecções, fraturas, doenças ósseas como a
osteoporose e a doença de Scheuermann ou dorso curvo do
adolescente.

A hiperlordose é um exagero com assentuação da curva lombar que


está diretamente relacionada com a retificação cervical e com o
aumento da cifose dorsal. A etiologia mais freqüente das hiperlordose
são os distúrbios músculo-esquelético do ilíaco psoas e dos ísquios
surais. Nas patologias ósseas, a freqüência maior está relacionada às
espondilolisteses e pseudo-espondilolistese que produzem o
deslizamento intervertebral freqüentemente localizados entre a 4ª e a
5ª lombar e a 5ª lombar e 1ª sacra.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 33


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5.8.1.3. Fisiologia da Coluna Vertebral

A coluna vertebral tem duas funções básicas. A primeira serve como


eixo de sustentação da estrutura corporal. Para agilizar os movimentos,
o corpo realiza complexos movimentos no sentido antero-posteiror
(flexão e extensão) como no sentido lateral e rotacional. Para que
esses movimentos se realizem, verifica-se um deslocamento menor na
porção anterior e um deslocamento intervertebral mais amplo na região
posterior, onde localizam-se as apófises articulares, apófises
transversas e posteriores.

A segunda função da coluna vertebral está relacionada com a


condução das estruturas nervosas através do canal vertebral e dos
forâmens intervertebrais. A estrutura medular nervosa como tal,
estende-se desde C1 (primeira vértebra cervical) até L1 (primeira
vértebra lombar). Esta função tem a importância de gerar os estímulos
para percebermos a posição do eixo vertebral.

A porção anterior ramifica-se no interior da musculatura eretora da


coluna e transmite estímulos para a sua contração. A porção anterior
da coluna vertebral tem como função principal a recepção de cargas
corporais. As mesmas se transmitem através do disco2 que quando
íntegro e hidratado, pode receber pressões equivalente a 600 Kg força
na região lombar. Na posição sentada, executando movimentos de
carga, as pressões num homem de 70 Kg chegam a 300 Kg.

O mecanismo de suporte de cargas, a partir da ruptura do disco


vertebral, é totalmente instabilizado. O mesmo, uma vez rompido, não
tem poder de cicatrização por ser exangue (ausência de circulação
sangüínea). Portanto, uma vez que o disco intervertebral rompa, fica
comprometida a estabilidade da unidade funcional e progressivamente
reduz a sua capacidade de suportar cargas de pressão. Este
mecanismo se manifesta ao indivíduo na forma de cansaço, dores
regionais segmentares no tronco ou dores irradiadas para os membros
que se manifestam pelo processo inflamatório radicular.

2
Disco Intervertebral: O disco intervertebral constitui-se de uma estrutura fibro-
cartilaginosa formada por anéis concêntricos em sua porção externa e um núcleo
gelatinoso formado por substâncias hidrófilas (muco polissacarídos) que garantem
essa hidrofilia (retenção de água), mantendo a capacidade de hidratação e
flexibilidade do disco. As vértebras desde C2 (segunda vértebra cervical) até S1
(primeira vértebra sacra) são interpostas por estruturas discais chamadas de discos
intervertebrais. Ao todo são 23 discos. O anel fibroso concêntrico suporta as
pressões submetidas à coluna vertebral, transmitidas pelos corpos vertebrais. Um
núcleo gelatinoso, através do seu deslocamento, estimula o anel fibroso na retenção
das pressões e orienta o todo corporal quanto à posição da coluna vertebral. Essa
orientação é dada através dos ramos do nervo sinovertebral ou nervo de Luschka.
Este nervo "comunica" os estímulos recebidos, revelando aos músculos eretores da
espinha as linhas de força de pressão sobre a coluna vertebral. Sua localização é a
porção posterior do disco e o mesmo se comunica com a raiz nervosa emergente da
coluna.
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5.8.1. Fisiopatologia da Degeneração Vertebral

A partir da ruptura do disco intervertebral, a coluna passa a ter uma


instabilidade segmentar progressiva. Com o rompimento da estrutura
discal, o disco tende a extruir do espaço intervertebral (hérnia de disco)
ou pode perder o seu poder higroscópico, gerando um processo de
desidratação progressiva. Este processo reduz a estrutura discal,
ocasionando uma maior aproximação entre os corpos vertebrais
adjacentes. Este mecanismo de pinçamento discal determina a
formação do disco doloroso, que ocasiona crises álgicas lombares
periódicas.

Com o pinçamento discal estabelece-se uma desestruturação completa


da unidade funcional vertebral. Assim, temos uma degeneração
progressiva de todos os elementos que dela participam. A reação de
defesa a este fenômeno de desmoronamento da coluna vertebral é
realizada através da formação de osteofito (vulgarmente chamados de
bico de papagaio). Estes têm a finalidade de aumentar a base de
sustentação vertebral, visando a melhor estabilidade do segmento
lesado. As dores, que manifestam periodicamente, são ocasionadas
por processos inflamatórios cíclicos concernentes à evolução do dano
vertebral.

Cada crise álgica apresenta contratura da musculatura para-vertebral,


cujo objetivo é imobilizar o segmento lesado. Dessa forma, as
contrações musculares dividem-se em: contratura de ofensa e
contratura de defesa. A contratura de ofensa desenvolve-se a partir da
lesão discal instalada e a sua repetição é danosa à unidade funcional.
A contratura de defesa se realiza durante os movimentos vertebrais e
visa a proteção da coluna.

Após se estabelecer uma lesão numa das curvas da coluna vertebral,


as outras, conseqüentemente, mudam a sua posição do eixo. Isto
ocorre porque há uma relação íntima entre esses segmentos da
coluna. Se acontecer um desenvolvimento de hiperlordose lombar,
acarretará num aumento da cifose dorsal e a retificação da coluna
cervical. Este desarranjo evolui com a redução da altura corporal do
indivíduo e leva o nome de raquiadaptação.

Suas conseqüências se fazem através de dores incapacitantes nas


regiões vertebrais, dores irradiadas como as ciáticas e braquialgias,
incapacidades motoras que vão desde as paresias até as paralisias e
mecanismos de espasticidade muscular. Isto acontece com a
obstrução parcial ou total do canal vertebral, denominando-se canal
estreito espondilótico ou degenerativo.

Hérnia de disco: é causada por uma ruptura das fibras concêntricas


do disco intervertebral. O disco suporta cargas corporais e une vértebra
a vértebra. Com a ruptura, processa-se o deslocamento de seu núcleo
até a extrusão do mesmo. Quando se instala a lesão do disco,
desencadeia um processo inflamatório, ocasionando a dor. As causas
das rupturas discais relacionam-se a traumatismos e tem como

UNEB – PÓSDESIGN 2003 35


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

agravante causas diversas, como deformidades da coluna, rigidez


corporal nos sedentários, obesidade, hipotonia e flacidez muscular. Os
fatores psicológicos também contribuem para a instalação desses
quadros, tais como depressão, estresse etc (Figura 2.25).

Figura 2.25 - Hérnia de disco

As hérnias discais cervicais incidem mais freqüentemente nas pessoas


estressadas e tensas. Já a dorsal é mais rara, pois nesta área a coluna
tem o suporte dos arcos costais (costelas). A hérnia lombar ocorre
devido ao excesso de carga que a coluna suporta.

Ruptura Discal: lesões na linha da circunferência e radiais afetando o


anel fibroso e permitindo a herniação do núcleo pulposo (Figura 2.26).

Estreitamento de Canal: Estreitamento do canal medular central pelo


alargamento do processo articular inferior da vértebra superior.
Estreitamento do recesso lateral pela subluxação e alargamento
osteofítico do processo articular superior da vértebra inferior (Figura
2.27).

Espondilose Vertebral: Vértebras aproximadas como resultado de


estreitamento do disco intervertebral. O processo articular superior da
vértebra inferior invadiu o forâmen. O corte revela a ruptura interna do
disco (Figura 2.28).

Figura 2.26 - Ruptura discal

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Figura 2.27 - Estreitamento de Canal

Figura 2.28 - Espondilose Vertebral

5.8.2. Anatomia da Coluna no Levantamento de Carga

As vantagens, atualmente estudada cientificamente, do uso do home care em


relação à internação hospitalar, vêm proporcionando ao homem retornar ao
conceitos de ter o atendimento em casa. Apesar dos resultados positivos
proporcionados pelo uso do Home Care, no que se refere a fatores
psicológicos e físicos do paciente, bem como do enfermeiro ou, em muitos
casos, do familiar que acompanha o tratamento, problemas de caráter
biomecânico, ergonômico e funcional destes equipamentos podem ser
observados, podendo provocar distúrbios músculo esqueléticos,
incapacidades psicofísicas e fisiológicas para os usuários.

Tomando como base os requisitos ergonômicos e funcionais deste projeto,


fez-se necessário o estudo e monitoramento dos movimentos empregados na
tarefa, bem como das exigências biomecânicas relacionadas com
levantamento de carga e posturas. Desta forma, torna-se possível a
realização de análises sistêmicas do trabalhador (enfermeiro ou cuidador) e a
determinação de parâmetros de projeto que reduzam ou minimizem as
atividades que provocam custos humanos.

Segundo CHAFFIN (2001), o ato de elevar, empurrar ou puxar manualmente


um objeto tem sido uma preocupação continua daqueles que planejam o uso
eficaz da força de trabalho, e também daqueles que procuram prevenir lesões
e doenças na realização de atividades.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 37


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A principal razão para se examinar os problemas associados ao manuseio de


cargas no trabalho, relaciona-se os uso indevido de força, empregada na
atividade, e de produtos mal projetados, permitindo que tendões e músculos
estejam sujeitos a traumas cumulativos e à fadiga metabólica, além as
vértebras, discos, ligamentos e facetas articulares que constituem a unidade
vertebral de movimento.

O levantamento de carga e os atos de empurrar ou puxar objetos, observado


na tarefa dos enfermeiros ou acompanhantes durante as atividades de
alimentação e higienização do paciente, exige a flexão e torção do tronco,
levando-os a uma sobrecarga na coluna dorsal, ocasionada pela postura
inadequada, que resulta em reações inflamatórias, dores e incapacidades
temporárias ou permanentes, lesão aguda, fadiga muscular e microtraumas à
unidade de movimento provocando a redução da tolerância tecidual e a
degeneração dos discos intravertebrais da coluna lombar. Uma vez que se
sabe que não há terminações nervosas de dor na placa cartilaginosa, a lesão
sobre esta estrutura poderia acontecer freqüentemente durante o
levantamento de cargas pesadas, mas só seria percebida tardiamente,
quando o disco (Figura 2.19) - e o anel fibroso em particular - perdesse sua
integridade estrutural (CHAFFIN, 2001:231). Esta falência iria, então, causar
inflamação e possivelmente compressão das raízes nervosas ou distorção
dos ligamentos em torno do disco ou das facetas articulares posteriores, que
acredita-se serem inervadas por receptores de dor (Figura 2.30).

Figura 2.29 – Corpo vertebral e disco

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Figura 2.30 – Exemplo da herniação do disco L5/S1 resultando em compressão e


inflamação da raiz de um nervo espinhal

A tarefa, neste caso, possui atividades estáticas e dinâmicas, ou seja, ações


musculares que estabilizarão parte do corpo e ações que exigem total
movimento corpóreo. Em ambas as situações os fatores fisiológicos e
biomecânicos, no que se refere à postura assumida (Figura 2.31) na tarefa,
agem diretamente na força empregada tanto pelo enfermeiro quanto pelo
paciente que, em alguns casos, realizam atividades envolvendo o
equipamento, como por exemplo a realização de ajustes na cama. O fator
biomecânico pode ser observado ao se perceber que os músculos
esqueléticos agem em torno de articulações para causar o giro dos
segmentos corpóreos adjacentes. Em outras palavras, a força do músculo
age através de braços de potência (ou de alavanca) finitos (CHAFFIN,
2001:106).

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CLASSIFICANDO AS POSTURAS DO TRONCO

A postura neutra ocorre quando o tronco está dentro de 20 graus em relação


à vertical com menos de 20 graus de rotação.

Posturas padrão do tronco

1. De pé – extensão (α < 20º) 6. Deitado – de costas ou de lado

2. De pé – neutro 7. Sentado – neutro

3. De pé – flexão (20º < α ≤ 45º) 8. Sentado – flexão leve

4. De pé – flexão (α > 45º) 9. Sentado – torção/flexão lateral

5. De pé – torção/flexão dorsal (β ou γ > 20º)

CLASSIFICANDO AS POSTURAS DOS OMBROS

Flexão/abdução do ombro é o ângulo


interno θ entre o tronco e o úmero. A
postura neutra ocorre quando θ é
menor que 45 graus.

Posturas padrão do ombros


1. Neutra (θ ≤ 45º)
2. Flexão/abdução leve (45º < θ ≤ 90º)
3. Flexão/abdução excessiva (θ > 90º)

Figura 2.31 - sistema padrão de classificação postural desenvolvido por KEYSERLING


(1986)

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Outros fatores devem ser observados e analisados a fim de detectar esforços


prejudiciais e incapacidades músculo-esqueléticas como, a idade, o peso
corporal e o sexo, assim como fatores de risco do trabalho - condições de
trabalho. Conforme AYOUB (1992), a variabilidade individual em tolerância a
estresses no manuseio de cargas é ampla e precisa ser analisada.

Processos sistêmicos podem ser utilizados para identificar problemas


relacionados às lesões músculo-esqueléticas em potencial ou já existentes. O
processo da vigilância passiva onde os próprios indivíduos relatam as dores
sentidas durante a realização da tarefa e, o processo da vigilância ativa onde
um ergonomista monitora as atividades do trabalhador durante um certo
período. Neste último caso, podem ser utilizados formulários no qual o
trabalhador indica os desconfortos e as dores sentidas.

Segundo Chaffin (2001:316), critérios psicofísico e fisiológico irão fornecer a


base para os limites de levantamento freqüente de peso:

ƒ O levantamento deveria ser suave e sem efeitos repentinos de aceleração;


ƒ Objetos a serem levantados deveriam ter largura moderada, com
separação das mãos de no máximo 75cm;
ƒ As posturas adotadas durante o levantamento não deveriam sofrer
restrições, nenhum suporte para o dorso (do tipo cinta lombar/dorsal)
deveria ser utilizado;
ƒ A pega deveria ser boa - as manoplas deveriam ser seguras e o potencial
de escorregões deveria ser baixo;
ƒ A temperatura deveria ser favorável para efetuar o levantamento.

5.8.3. Anatomia e Fisiologia da Mão

No contexto do trabalho, o levantamento biomecânico é realizado,


enfaticamente, na coluna vertebral e na mão. As atividades, que envolvem o
sistema de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências,
sejam elas do cuidador ou do paciente, exigem maior esforço da musculatura
da coluna que, devido ao trabalho em pé, é demasiadamente prejudicada, e
da mão, membro principalmente utilizado para a realização de ajustes do
sistema. Desta forma salienta-se a importância do estudo anatômico e
fisiológico da coluna e da mão no intuito de verificar os movimentos e as
limitações dos mesmos.

A mão humana é dotada de uma grande riqueza funcional, capaz de exercer


inúmeras ações e movimentos. Do ponto de vista fisiológico, a mão
representa a extremidade efetora do membro superior, apresentando-se em
uma posição favorável, possibilitando ao homem o reconhecimento do relevo,
da forma, da espessura, do espaço, da temperatura e peso.

A mão, nas atividades que envolvem os sistema, trata-se do elemento que


permite a interface direta com os subsistemas de acionamento.

Para realizar a preensão, a mão deve adaptar-se à forma dos objetos,


mantendo o contato pela eminência tenar (1), eminência hipotenar (2), cabeça
dos metacarpianos (3) e a face palmar das falanges (4) – Figura 2.32.

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Figura 2.32 – Áreas de contato da mão

Outros aspectos biomecânicos a serem observados na atividade de


acionamento do controle utilizado para ajuste da cama, referem-se a
anatomia das posturas do punho e mão, além de vários movimentos do punho
e mão. Observam-se os movimentos de flexão - flexão palmar, extensão -
flexão dorsal, e abdução - desvio ulnar, ou seja, na direção do dedo mínimo
(Figura 2.33).

Figura 2.33 – Posturas assumidas pela mão

Do ponto de vista da usabilidade do controle, os aspectos de interface direta


com a mão também devem ser considerados fatores biomecânicos. O
contato, caracterizado pelo toque dos dedos e palma da mão na escova; e a
empunhadura, caracterizada pelo envolvimento palmar em torno do cabo da
escova.

O polegar ocupa papel de destaque na mão, devido a sua posição antes da


palma da mão e dos outros dedos, permitindo uma variedade de movimentos,
isoladamente ou em conjunto com os demais dedos (Figuras 2.34 a 2.36).

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Outro dedo bastante utilizado para acionamento em controle é o dedo


indicador (Figuras 2.37 e 2.38).

Figura 2.34 Figura 2.35 Figura 2.36

Figura 2.37 Figura 2.38

5.9. Levantamento de dados antropométricos

As medidas humanas são muito importantes na determinação de diversos


aspectos relacionados ao ambiente de trabalho no sentido de se manter uma boa
postura. A antropometria trata de medidas físicas corporais, em termos de
tamanho e proporções e, permite verificar o grau de adequação de produtos em
geral, instrumentos, equipamentos, máquinas, enfim, de postos de trabalho ao ser
humano. A qualidade ergonômica de um produto passa, necessariamente, pela
sua adequação antropométrica.

Com base em tabelas antropométricas, as dimensões do sistema de apoio para


acomodação pode ser dimensionado (Tabela 2.4 e 2.5), tomando como tolerância

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uma margem de erros de 5% e, eventualmente, adotando ajustes que só poderão


ser definidos na fase de teste com o protótipo.

Para a verificação da acomodação adequada do controle, de ajuste da angulação


e altura do sistema, na mão, deve-se levar em consideração as dimensões dos
vários segmentos existentes na superfície desta.

Iida (1990) reúne e apresenta dados antropométricos da norma alemã DIN 33402,
de 1981, onde estão especificadas cinco variáveis antropométricas da mão de
adultos (Tabela 2.6, Figura 2.39).

A
C

D B

Figura 2.39 – Dados Antropométricos da mão

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Tabela 2.4 – Levantamento de dados antropométricos

Pontos Percentis
Cód. Título Aplicação Valores
limites indicado
AP 04 Altura do topo Vétex Boneco antropométrico- definição do 97,5 Maior
da cabeça perfil coronal superior limite superior da homem
cabeça em posição ao limite inferior 1880
(queixo), de modo a especificar por
diferença, dimensões para os diferentes
pontos da cabeça a partir do solo; altura
mínina de passagens, portas, obstruções
a visibilidade em anfiteatros.
AS 05 Altura do topo Vertex Boneco antropométrico – definição do 97,5 Maior
da cabeça perfil coronal superior, limite superior da homem
sentado, a cabeça em oposição ao limite inferior 0973
partir da (queixo), de modo a expecificar por
superfície do diferença, dimensões para os diferentes
assento. pontos da cabeça a partir do assento
com sujeito sentado; altura mínima de
cabines e de obstruções acima da
cabeça; limitações em anfiteatros.
PS11 Profundidade Dorsale – Boneco antropométrico – definição do 2,5 Menor
popliteale
de nádega à perfil sagital anterior com sujeito mulher
cavidade sentado; profundidade da superfície dos 0401
popliteal, assentos.
sentado.
AS 26 Altura da Poplítion Boneco antropométrico – definição do 2,5 Menor
cavidade perfil sagital com sujeito sentado, altura mulher
polliteal, dos assentos. 0363
sentado.
LP 18 Largura Determinação de espaços críticos, 97,5 Maior
máxima do considerando-se obstruções laterais, ao mulher
quadril. nível da nádega. 0393
PP 07 Alcance Daktylion I Distância horizontal frontal de botões, no 2,5 Menor
frontal, mão plano sagital. mulher
em pega- 0665
pinça, até a
extremidade
do polegar.
AP 18 Altura do Olecranion Boneco antropométrico – definição do 97,5 Menor
cotovelo em perfil coronal lateral, altura de bancadas mulher
flexão, no e consoles para trabalho de pé 0894
olecrânio.

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Tabela 2.5 – Projetação Ergonômica - Dimensionamento Homem-Máquina

COTA / APLICAÇÃO VARIAVEL (CM) POSTURA

AP04 - Altura do topo da Maior Homem 1880


cabeça. (vértex) (97,5)

Menor Mulher 1491


(2,5)

AS05 - Altura do topo da Maior Homem 0973


cabeça sentado, a partir (97,5)
da superfície do assento.
(vértex) Menor Mulher 0782
(2,5)

PS11 - Profundidade de Maior Homem 0511


nádega à cavidade (97,5)
popliteal, sentado.
(dorsale – popliteale) Menor Mulher 0401
(2,5)

AS26 - Altura da Maior Homem 0470


cavidade polliteal, (97,5)
sentado. (Poplítion)
Menor Mulher 0363
(2,5)

LP18 - Largura máxima Maior Mulher 0393


do quadril. (97,5)

Menor Mulher 0306


(2,5)

PP07 - Alcance frontal, Maior Mulher 0881


mão em pega-pinça, até (97,5)
a extremidade do
polegar.(Daktylion I) Menor Mulher 0665
(2,5)

AP18 - Altura do cotovelo Maior Mulher 1551


em flexão, no olecrânio. (97,5)
(Olecranion) 0894
Menor Mulher
(2,5)

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Tabela 2.6 – Dados antropométricos das mãos, segundo a norma Alemã DIN 33402 de 1981
(Ilda, 1990)

Dados antropométricos (em mm) Homens Mulheres


Variáveis %95 %05
Comprimento da mão (A) 201 159
Comprimento da palma (B) 117 91
Largura da mão (C) 116 82
Largura da palma da mão (D) 93 72
Diâmetro máximo de pega 154 108

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6. LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS

6.1. Observações

O questionário (anexo IV) foi aplicado a fim de obter alguns dados acerca da execução da tarefa e problemas
dela decorrentes. Assim, seu público abrangeu cuidadores de pessoas enfermas e constou de questões sobre
características físicas do entrevistado, especificidades de sua atuação profissional, bem como
constrangimentos físicos decorrentes da execução da tarefa.

A totalidade dos entrevistados é sexo feminino, com mais de 21 anos (50% entre
21 e 30 anos de idade), sendo a metade das enfermeiras de estatura entre 1,61 e
1,70m e pesando entre 61 e 70 kg. Cerca de 66,66% das entrevistadas exercem a
profissão a 8 anos ou mais e o mesmo percentual de pessoas trabalha 8h/dia ou
mais. Considerando também que, em alguns casos essa carga chega a 12 h/dia,
constata-se a necessidade de um ambiente de trabalho pensado de modo a
minimizar os constrangimentos da tarefa.

Todas as profissionais entrevistadas utilizam suporte para soro, comadre e grades


de proteção em suas atividades, 33, 33% utilizam suporte para remédios, 66,67%
utilizam suporte para alimentação e 50% utilizam outros equipamentos, como:
bomba de infusão, carro de medicação, mesa de cabeceira, papagaio, cadeira de
rodas, macas, cilindro de oxigênio, bandejas (Gráfico 3.1). Desse modo, no
projeto deve ser considerado o uso desses equipamentos, seja integrando-os ao
produto ou simplesmente evitando conflitos entre a cama e esses suportes.

11%
23%
15%

Suporte para soro


Comadre
7%
Grade de proteção
22%
Suporte para remédios
22%
Suporte para alimentação
Outros

Gráfico 3.1 – Equipamentos utilizados nos cuidados com os pacientes

As maiores dificuldades dessas profissionais no trato com os enfermos são subir e descer da cama e
conseguir ajustar a cama numa posição confortável (50%), algumas entrevistadas atribuem esta dificuldade
ao sistema de manivela e à altura da cama (Gráfico 3.2). Esta questão justifica, por si só, a necessidade de
ajustes eficientes, mesmo em situações de internamento domiciliar, facilitando o trato com o paciente e
minimizando os constrangimentos físicos sofridos pelos profissionais que trabalham até 12 h por dia
executando tais tarefas. Esta necessidade ainda é confirmada quando se observa que do total das
entrevistadas, 66,67% admitem já haverem ocorrido acidentes (Gráfico 3.3), sendo o mais freqüente (50%) a
queda ao descer ou subir na cama, seguido de queda da cama durante movimentação do paciente.

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Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

0%
22%
33%
0%

11% 34%

Dar banho
Aplicar injeções
Subir e descer a cama
Alimentar
Conseguir ajustar a cama em posição confortável
Dar medicamentos

Gráfico 3.2 – Maiores dificuldades com o enfermo

17%
25%

25%
17%

8% 8%

Queda da cama durante alguma movimentação


Queda ao descer ou subir da cama
Ajustes descontrolados provocando má postura do enfermo
Derramamento de alimentos por falta de apoio adequado
Rodízios que provocam falhas ou impossibilidade de deslocamento
Outros

Gráfico 3.3 – Acidentes mais freqüentes

Quando questionadas a respeito do mobiliário utilizado, 66,67% considera-o ruim


ou péssimo no que diz respeito a tipo e forma do ajuste, segurança do paciente e
conforto para o paciente, contra 16,67% que julga o mobiliário ótimo no que diz
respeito à segurança do paciente. Essa rejeição do trabalhador em relação ao
equipamento hospitalar é sintoma de uma demanda por equipamentos mais
eficientes, que atenda não apenas às necessidades do enfermo, mas também aos
requisitos do cuidador, no desempenho de sua atividade.

Foi efetuada ainda uma escala de avaliação de avaliação de desconforto corporal.


33% das entrevistadas queixam-se de algum desconforto no pescoço, 66,67%
sente algum ou moderado desconforto na região cervical, 16,67% sente bastante
desconforto nas costas-superior, 50% sente moderado desconforto nas costas-
UNEB – PÓSDESIGN 2003 49
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médio e 66,67% sente moderado ou bastante desconforto nas costas-inferior.


Ainda 50% das entrevistadas sente moderado desconforto na perna esquerda e
50% sente moderado ou bastante desconforto na perna direita. Estes dados
indicam que a ineficiência dos ajustes da cama trajem inconvenientes á saúde
dos cuidadores, gerando dores nas costas desses usuários.

6.2. Levantamento e Análise de Similares – Técnica de PNI

Através do levantamento e análise de similares, busca-se os produtos existentes


e as carências do mercado e, através da técnica do PNI levanta-se os pontos
positivos, negativos e interessantes de cada produto, tomando como critérios a
funcionalidade, no que se refere ao atendimento dos objetivos propostos pelo
produto; a usabilidade, no que tange o conforto e segurança - interface com a
ergonomia; e a significação (funções simbólicas), considerando aspectos de
informação, comunicação e representação - interface com a semiótica.

Segundo os aspectos abordados na técnica do PNI (anexo II) e, considerando os


critérios de avaliação, os seguintes aspectos puderam ser apontados sobre as
camas hospitalares e camas para home care existentes no mercado:

a) Pontos positivos:
ƒ Grades;
ƒ Ajustes;
ƒ Ajustes de angulação;
ƒ Uso de cores dando um aspecto mais alegre ao produto;
ƒ Uso da madeira, remetendo ao mobiliário residencial;
ƒ Rodízios;
ƒ Simplicidade estrutural, facilitando a manutenção e limpeza;
ƒ Apoio para o paciente se virar;
ƒ Apoio para soro;
ƒ Dorso radiotransparente.

b) Pontos negativos:
ƒ Ausência de rodízios;
ƒ Ausência de grades;
ƒ Os acionamentos dos ajustes encontram-se fora do envoltório de alcance
do paciente;
ƒ Inexistência de ajuste de altura;
ƒ Equipamentos feitos de material que remetem ao ambiente hospitalar,
possuindo uma aparência agressiva e frágil;
ƒ Uso de cores que remete ao ambiente hospitalar;
ƒ Processo de fabricação e acabamento agressivos;
ƒ Existência de apenas um ajuste (na cabeceira);
ƒ Inexistência de cabeceira, que reduz o vínculo com o mobiliário residencial.

c) Pontos interessantes:
ƒ A cabeceira da cama tem um tubo integrado que poderia funcionar como
pega para o deslocamento da cama;

UNEB – PÓSDESIGN 2003 50


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ƒ Combinação de materiais, criando um “meio termo” entre o hospital e a


residência do paciente.
ƒ Multifuncionalidade.

6.3. Levantamento e Análise de Materiais e Processos de Fabricação

A seleção de materiais é uma das atividade mais importantes do projeto de


produto. Trata-se de atividade que envolve uma gama de conhecimentos
técnicos, cuja amplitude dificilmente é abrangida por um só tipo de profissional por
ser o ponto focal de uma série de especialidades tecnológicas. Essas vão desde a
execução do projeto até a análise de desempenho em campo e necessariamente
reúnem profissionais de diversas especialidades. Em outras palavras,
interdisciplinaridade e interatividade são particularmente exigidas na seleção de
materiais, da qual seleção de processo e design do produto também fazem parte
e segundo FRANCISCO JÚNIOR (2002), teoricamente, podem-se estabelecer,
através de vários critérios: propriedades, processabilidade, acabamento etc.

A Figura 3.1 mostra os passos necessários para produzir determinado produto e


ressalta quatro considerações principais: (I) a função – o que o objeto deve fazer;
(II) em que ambiente deverá operar; (III) por quanto tempo, e (IV) qual o custo da
solução encontrada e como este se compara com as expectativas do mercado.

Figura 3.1- Fluxograma de desenvolvimento de um produto: condições de contorno e


relações funcionais entre projeto, seleção de materiais e seleção de processo.

6.3.1. Requisitos de Seleção

As atividades de seleção de materiais podem ser executadas tendo múltiplos


objetivos em mente, cada um caracterizado por um ou mais requisitos
específicos. Portanto, FRANCISCO JÚNIOR (2002) estabelece alguns tópicos
que devemos considerar como mais representativos, lembrando que essa lista
não se esgota:

ƒ Considerações dimensionais
ƒ Considerações de forma
ƒ Considerações de peso
ƒ Considerações de resistência mecânica
ƒ Resistência ao desgaste

UNEB – PÓSDESIGN 2003 51


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ƒ Conhecimento das variáveis de operações


ƒ Facilidade de fabricação
ƒ Facilidade de montagem
ƒ Requisitos de durabilidade
ƒ Número de unidades
ƒ Disponibilidade de material
ƒ Custo da matéria-prima
ƒ Custo do processamento
ƒ Existência de especificações e códigos
ƒ Viabilidade de reciclagem
ƒ Valor da sucata
ƒ Grau de normalização
ƒ Tipo de transporte
ƒ Acabamento de superfície

Tendo em vista tais objetivos, tomou-se como parâmetro as propriedades


mecânicas, químicas e físicas exigidas pelos componentes do sistema
(Tabela 3.1) de forma a realizar criteriosamente a seleção do material.
Tabela 3.1 - Identificação das propriedades mecânicas, químicas e físicas dos materiais
conforme as solicitações dos componentes do sistema
Produto Hastes de
Estrutura Estrutura
levanta- Estrado Grade
da base superior
Propriedades mento
MECÂNICA
Atrito X
Tração X
Torção
Compressão X X X
Cisalhamento
Flexão X X
QUÍMICO
Solventes X
Detergentes X X X X X
Intempéries X X X X X
FÍSICO
Absorção de luz X X X X X

Através da aplicação da tabela, pode-se observar que a estrutura da base


sofrerá compressão de todo o peso do sistema mais o peso do paciente, que
não é um peso estático. E a estrutura superior, bem como o estrado, sofrerá
compressão e flexão também ocasionada pelo peso do paciente.

O atrito será observado nas hastes de levantamento, nas suas articulações e


no trilho da estrutura superior. As hastes sofrerão tração ocasionada pelo
motor. E a ação de flexão ocorrerá devido ao peso do paciente, da parte
superior do sistema e do peso do motor.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 52


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A ação da tração e compressão também poderá ser observada na grade, no


momento em que o paciente utiliza-se deste componente como ponto de
apoio para a realização de movimentos.

Durante a higienização do sistema, no caso específico da esterilização, todos


os seus componentes sofrerão a ação de produtos químicos, o mesmo ocorre
com a ação do salitre (intempéries) quando utilizado em regiões litorâneas,
como é o caso de Salvador. A ação física que age diretamente em todo o
sistema refere-se à absorção de luz onde, em ambiente doméstico, os
componentes estarão expostos a luminosidade freqüente.

Através dessas observações, e tomando como parâmetro as propriedades


exigidas aos componentes do sistema em relação ao seu uso, conclui-se que
todo o sistema deverá ser produzido em material com alta resistência à
compressão, tração, flexão, intempéries e ação de produtos químicos. E,
através da tabela 3.2 podemos concluir que o material mais indicado será um
metal.

Tabela 3.2 – Processos de fabricação aplicados aos componentes do sistema


Produto Hastes de
Estrutura Estrutura
levanta- Estrado Grade
da base superior
Processos mento
USINAGEM
Furadeira horizontal X X
Furadeira vertical X X
Serra de disco X X X X X
Lixadeira de fita X X X X X
Lixadeira de disco X X X X X
CALDEIRARIA
Curvadora de tubo X
Vincadora X
Guilhotina X
SISTEMA DE FIXAÇÃO
Parafusos mecânicos X X X
Solda elétrica X X X X X
ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE
Polimento X X X X X
Desengraxante X
Pintura revolver eletrostática X X X X X

Através do esquema da figura 3.2, o processo de seleção no formato de funil


sugere que inicialmente deve-se considerar um grande número de materiais
candidatos de modo a não perder nenhuma oportunidade razoável, mas que a
aplicação sucessiva das restrições transforma essa abordagem inicial em
uma mais detalhada e seletiva à medida que o processo se move para a
direita da figura. Pode-se dizer que o processo de seleção inicia com uma
abordagem macroscópica e termina com uma abordagem microscópica. Com
isso, fez-se a analise de dois materiais, o alumínio e o aço, que podem vir a
ser utilizados para a produção do sistema.
UNEB – PÓSDESIGN 2003 53
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Figura 3.2 - O “afunilamento” de um típico procedimento de seleção de materiais e alguns


critérios de decisão ao longo do evento.

6.3.2. Alumínio

uma exposição internacional realizada em Paris, em 1855, foram exibidos


quatro grandes blocos de alumínio, que não tinham outra função além da
decorativa. Apesar de ser um dos metais mais abundantes da crosta terrestre,
o alumínio só tinha sido descoberto 28 anos antes e várias décadas ainda
passariam antes de serem desenvolvidos processos que permitissem sua
obtenção industrial em um estado razoavelmente puro.

O alumínio é um metal não ferroso, leve, branco e brilhante, que apresenta


uma estrutura cristalina cúbica de face centrada, característica de todos os
elementos metálicos e é um dos elementos mais usado depois do ferro.

O alumínio é um dos elementos que existe em maior abundância nos mantos


terrestres . Existente em combinação das rochas silicatadas ,nos xistos e na
bauxita, o mineral de alumínio mais utilizado, no qual se encontra misturada
com o óxido férrico e com a sílica.

A moderna produção de alumínio teve início em 1886, com o processo


desenvolvido, quase simultaneamente, pelo americano Charles Martin Hall e
pelo francês Paul-Louis-Toussaint Héroult. Esse procedimento, favorecido
pela difusão do uso da energia elétrica, consistia em submeter massas de
alumina (óxido de alumínio) purificada, dissolvidas em criolita fundida, ao
processo de eletrólise (decomposição de substâncias em solução pela
passagem de corrente elétrica). Mas só mesmo depois da II Guerra Mundial,
o uso desse material tornou-se mais intenso.

a) Propriedades físicas e químicas.


Na ordem decrescente, de acordo com o peso, dos elementos que constituem
a crosta terrestre, o alumínio ocupa o terceiro lugar, representando cerca de
oito por cento em peso do total. Esse metal faz parte da composição de
grande número de rochas e pedras preciosas; entre as primeiras cabe
UNEB – PÓSDESIGN 2003 54
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mencionar, graças a seu interesse mineralógico ou metalúrgico, os feldspatos,


as micas, a turmalina, a bauxita e a criolita. Entre as pedras preciosas,
aquelas que apresentam um maior teor de alumínio são o coríndon, as safiras
e os rubis.
O alumínio possui altos índices de condutividade térmica e elétrica, e não se
altera em contato com o ar ou em presença de água, graças a uma fina capa
de óxido que o protege de ataques do meio ambiente. Apresenta, entretanto,
elevada reatividade quando em contato com outros elementos: em presença
de oxigênio, sofre reação de combustão, liberando grande quantidade de
calor e, ao combinar-se com halogênios (cloro, flúor, bromo e iodo) e enxofre,
produz imediatamente os respectivos haletos e sulfetos de alumínio.
As ligas de alumínio apresentam propriedades importantes, principalmente no
que diz respeito a sua facilidade de manipulação e deformação plástica.
Como conseqüência, são amplamente empregadas na fabricação de
parafusos, peneiras, pinos, dobradiças etc. Essas características delimitam
outro dos grandes campos de aplicação do alumínio e suas ligas, o dos
materiais de construção. Assim, é comum a utilização desse metal no
revestimento de fachadas e na fabricação de janelas, portas, andaimes,
móveis e utensílios de cozinha. O alumínio é, também, bastante empregado
na produção de recipientes e embalagens dos mais diversos tipos.
O principal processo de tratamento do alumínio é a laminação, cujo
fundamento é a redução ou modificação da espessura de uma peça metálica
através de sua compressão em equipamentos especiais denominados
laminadores. Outro processo habitual utilizado para a conformação do
alumínio é a extrusão, através da qual o metal, em estado semi-sólido, passa
através de um molde vazado, de forma e dimensões semelhantes à da peça
que se deseja obter.
As ligas de alumínio são bastante utilizadas em diversas aplicações
industriais, graças a sua elevada resistência e solidez. O cobre, o magnésio e
o silício são alguns dos elementos que mais se prestam a formar liga com o
alumínio. Esse tipo de combinação, de que existem inúmeras variedades, é a
chamada liga leve. Entre as de maior interesse industrial, cabe mencionar o
duralumínio (de Düren), formado por 93,2 a 95,5% de alumínio, 3,5 a 5,5% de
cobre, 0,5% de manganês, 0,5 a 0,8% de magnésio e, em alguns tipos, silício;
as ligas de alumínio e magnésio, empregadas na construção naval, graças a
sua elevada resistência à corrosão e soldabilidade; e as ligas de alumínio e
silício, que desempenham papel importante na indústria automobilística,
devido a sua elevada resistência mecânica e peso reduzido, assim como na
fabricação de componentes elétricos.
Para se obter essas ligas é necessário utilizar um alumínio de alta pureza,
requisito que tem levado ao desenvolvimento de diversos processos de
obtenção desse metal, todos baseados na redução da alumina extraída da
bauxita, o mais abundante minério de alumínio.

Na industria de bens de consumo (produtos) as ligas mais utilizadas são da


série 6000 e 7000, caracterizadas por sua maior rigidez e resistência.
Conforme a liga, a estrutura precisa de um tratamento térmico que consiste
em aquecer e resfriar a liga num processo controlado (que pode durar mais
de um dia) para garantir a resistência do mesmo. Por ser mais maleável que o

UNEB – PÓSDESIGN 2003 55


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aço ou titânio, os tubos tem que ser maiores, para manter a rigidez e
durabilidade.

A relação peso x preço é muito favorável no caso do alumínio, por garantir


uma estrutura leve, resistente, durável a um custo relativamente baixo ao
contrário de outros metais como cromo, titânio e em alguns casos até mesmo
o carbono.

O alumínio apresenta alta resistência à corrosão, no entanto é um material


com propensão a quebra, pois sua resistência à fadiga é pequena, mas
dependendo da qualidade do tubo e dos processos de fabricação utilizados
este problema pode ser minimizado ou até mesmo eliminado.

b) Características principais do alumínio:


ƒ Pequena massa volumétrica;
ƒ Forte resistência segundo as mudanças atmosféricas;
ƒ Ponto de fusão normal, que ajuda na obtenção das ligas;
ƒ Alta condutibilidade elétrica e térmica;
ƒ Ótimo refletor;
ƒ Reciclável.

6.3.3. Aço
É uma liga de ferro e carbono com teores máximos de carbono de 2,06%, em
peso. O aço é obtido pela fusão do minério de ferro com o carvão mineral ou
vegetal, com a utilização de uma fonte calórica.
Segundo FRANCISCO JR. (2002:15), os aços são classificados nos seguintes
grupos: Composição – aços carbonos e aços ligas, Processo de acabamento
– aços laminados a quente e a frio, Forma do produto acabado – barras,
chapas grossas, chapas finas, tiras, tubos ou perfis estruturais.
Esta classificação subdivide esses grupos como aços-carbono de baixo,
médio e alto teor e os aços ligas que contém quantidades específicas de
elementos de liga diferentes daqueles normalmente utilizados nos aços
comuns e são classificados de acordo com os principais elementos de liga
presentes.
No sistema SAE e AISI de classificação dos aços, as letras XX ou XXX
correspondem à cifras indicadoras dos teores de carbono, citando-se como
exemplo a classe 1023 que significa aço-carbono, com 0,23% de carbono, em
média, e na designação UNS a classe G1023 significa o mesmo teor de
carbono.

a)Tipos de Aços Existentes:

ƒ Aços-Carbono ƒ Aço-Liga
ƒ Aços para Fundição ƒ Aços Estruturais
ƒ Aços Trilhos ƒ Aços para Produtos Planos
ƒ Aço para Tubos ƒ Aços para Barras
ƒ Arames e Fios ƒ Aço para Molas
ƒ Aços de Usinagem Fácil ƒ Aços para Cementação
ƒ Aços para Nitretação ƒ Aços para Mancais
UNEB – PÓSDESIGN 2003 56
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ƒ Aços para Ferramentas e Matrizes ƒ Aços Resistentes ao Desgaste


ƒ Aços Resistentes à Corrosão ƒ Aços Resistentes ao Calor
ƒ Aços para Fins Elétricos e
Magnéticos

Tabela 3.3 – Normatização e especificação de alguns tipos de aço


AISI - SAE UNS TIPO DE AÇO
10XX G10XXX Aços - carbono comuns
11XX G11XXX Aços de usinagem fácil, com alto S.
12XX G12XXX Aços de usinagem fácil, com alto P e S.
15XX G15XXX Aços - Mn com manganês acima de 1%
13XX G13XXX Aços - Mn com 1,75% de Mn médio.
40XX G40XXX Aços - Mo com 0,25% e Mo médio.
41XX G41XXX Aços - Cr- Mo com 0,4 a 1,1% de Cr e 0,08 a 0,35 % Mo
43XX G43XXX Aços - Ni-Cr-Mo com 1,65 a 2% Ni, 0,4 a 0,9% Cr, e 0,2 a 0,3% Mo
46XX G43XXX Aços - Ni-Mo com 0,7 a 2% Ni e 0,15 a 0,3 Mo
47XX G47XXX Aços - Ni-Cr-Mo com 1,05% Ni, 0,45% Cr e 0,2% Mo
48XX G48XXX Aços - Cr com 0,7% de Cr
51XX G51XXX Aços - Cromo com 0,7 a 1,1% Cr
E51100 G51986 Aços - Cromo (forno elétrico) com 1% Cr
E52100 G52986 Aços - Cromo (forno elétrico) com 1,45% de Cr
61XX G61XXX Aços - Cr-V com 0,6 ou 0,95% Cr e 0,1 ou 0,15% V mínimo.
86XX G86XXX Aços - Ni-Cr-Mo com 0,55% Ni, 0,5% Cr e 0,2% Mo
87XX G87XXX Aços - Ni-Cr-Mo com 0,55% de Ni, 0,5% de Cr e 0,25% Mo
88XX G88XXX Aços - Cr-Mo com 0,55% Ni, 0,5 Cr e 0,3 a 0,4 Mo
9260 G92XXX Aços - Si com 1,8 a 2,2% Si
50BXX G50XXX Aços - Cr com 0,2 a 0,6% de Cr e 0,0005 a 0,003 de Boro
51BXX G51601 Aços - Cr com 0,8% de Cr e 0,0005 a 0,003 de Boro
81B45 GB1451 Aços - Ni-Cr-Mo com 0,3% Ni. 0,45% Cr, 0,12% Mo e 0,0005 a 0,003 de Boro
94BXX G94XXX Aços - Ni-Cr-Mo com 0,45% Ni. 0,4% Cr, 0,12% Mo e 0,0005 a 0,003 de Boro

b) Aços Carbono

Liga de ferro-carbono contendo de 0,008% até aproximadamente 2,0% de


carbono, e outros elementos residuais, resultantes do processo de fabricação,
como fósforo, enxofre, manganês e silício. A maior parte do aço produzido no
mundo é do tipo aço carbono. Em regra geral, quanto maior o teor de
carbono, maior a dureza e menor a dutilidade do aço.

Os Aços-carbono possuem na sua composição quantidades limitadas dos


elementos Carbono, Silício, Manganês, Cobre, Enxofre e Fósforo. Outros
elementos existem apenas em quantidades residuais. A quantidade de
Carbono presente no Aço define a sua classificação: os baixo carbono
possuem no máximo 0,30% de Carbono; os médios carbono possuem de 0,30
a 0,60%; e os alto carbono possuem de 0,60 a 1,00%.

Os aços, em geral, são classificados em Grau, Tipo e Classe. O Grau


normalmente identifica a faixa de composição química do aço. O Tipo
identifica o processo de desoxidação utilizado, enquanto que a Classe é
utilizada para descrever outros atributos, como nível de resistência e
acabamento superficial.

A designação do grau, tipo e classe utiliza uma letra, número, símbolo ou


nome. Existem vários sistemas de designação para os Aços, como o SAE
(Society of Automotive Engineers), AISI (American Iron and Steel Institute),

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ASTM (American Society os Testing and Materials) e ABNT (Associação


Brasileira de Normas Técnicas). A normalização unificada vem sendo utlizada
com freqüência cada vez maior, e é designada pela sigla UNS (Unified
Numbering System).

Os aços-carbono seguem uma divisão padronizada na indústria, o que


permite que fornecedores e consumidores se comuniquem com maior
eficiência. Os grupos de descrição de qualidade utilizados são os seguintes:

ƒ Semi-acabados para forjamento


ƒ Estrutural
ƒ Placas
ƒ Barras laminadas a quente
ƒ Barras acabadas a frio
ƒ Chapas finas laminadas a quente
ƒ Chapas finas laminadas a frio
ƒ Chapas com esmaltagem porcelânica
ƒ Chapas chumbadas compridas
ƒ Chapas galvanizadas
ƒ Chapas revestidas por zincagem eletrolítica
ƒ Bobinas laminadas a quente
ƒ Bobinas laminadas a frio
ƒ Folhas-de-flandres
ƒ Arames
ƒ Arame achatado
ƒ Tubos
ƒ Tubos estrutural
ƒ Tubos para oleodutos
ƒ Produtos tubulares para campos petrolíferos
ƒ Produtos tubulares especiais
ƒ Fios-máquina laminados a quente

6.3.4. Estruturas Tubulares

Os tubos utilizados pela industria de produção de bens de consumo são


chamados de "com costura". Esta é uma denominação errônea para o
material, porém o nome se consolidou tal como "xerox". Esta denominação
veio de muito tempo atrás, quando o processo utilizado era de baixa
freqüência (50 ou 60 hz) o que dava ao material uma aparência de material
"costurado".

Hoje o processo é realizado com solda longitudinal pelo processo E.R.W.


(Solda por Resistência Elétrica) com alta freqüência. Este processo garante a
homogeneidade da matéria-prima com a solda, o que confere excelentes
características aos produtos.

Os processos de fabricação para obtenção do produto final variam de acordo


com a norma em que o tubo vai ser fabricado. Os tubos podem ser
produzidos em uma variada gama de matérias-primas (tipo de aço utilizado),

UNEB – PÓSDESIGN 2003 58


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que são normalmente fornecidas segundo especificações ASTM (American


Society for Testing and Materials), DIN (Deustaches Institute for Normuns),
API (American Petroleum Institute), AISI (American Institute of Steel and Iron),
SAE (Society of Automotive Engineers), ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) e outras.

A matéria-prima utilizada é comprada em forma de bobinas, que são


classificadas em dois grandes grupos:

a) BF - Bobina Laminada A Frio

Possuem uma cor clara, sendo necessário alguns cuidados especiais aos
tubos produzidos nesta matéria-prima, pois ela é altamente susceptível a
oxidação ( corrosão, ferrugem).Os tubos devem ser armazenados e
transportados sempre evitando a umidade, senão tendem a amarelar, o que
pode causar sérias conseqüências na utilização final sobre o produto. Estas
bobinas são produzidas normalmente em espessuras abaixo de 2,00 mm e
possuem melhor tolerância dimensional e acabamento. Devido seu processo
de fabricação ser maior que as BQ, seu custo final é maior.

b) BQ - Bobina Laminada A Quente

Possuem uma cor escura e são menos susceptíveis a oxidação.Os tubos


podem ser armazenados e transportados em condições normais até mesmo
em céu aberto (por pouco tempo) sem ter sua qualidade prejudicada.Estas
bobinas são produzidas normalmente em espessuras acima de 2,00 mm e
não possuem uma tolerância dimensional tão restrita quanto as BF, sendo
que são também denominadas de BG (Bobinas Grossas), quando a
espessura for superior a 5,00 mm. Quando for necessário em uma espessura
de BQ uma melhor condição dimensional podemos fazer uma relaminação a
frio da chapa. Este processo também é utilizado para se obter espessuras
não fornecidas pelas Usinas. As chapas relaminadas a frio são chamadas de
RL. Quando os tubos de condução são zincados a quente (galvanizados a
fogo como são popularmente conhecidos) não tem a preocupação com a
superfície do tubo. Devemos apenas tomar pequenos cuidados quanto ao seu
armazenamento. A verificação da qualidade da solda e/ou do produto final
pode ser feita através de ensaios destrutivos e/ou ensaios não destrutivos,
que podem ser:

ƒ ELETROMAGNÉTICO: através de correntes parasitas testa o tubo quanto


a descontinuidades. Não garante a estanqueidade, porém é admitido
como o teste opcional ao hidrostático na maioria das normas de condução
devido a sua grande velocidade de execução.

ƒ HIDROSTÁTICO: Consiste em testar o tubo a uma determinada pressão


hidráulica para garantir a estanqueidade do tubo.

ƒ ENSAIOS DESTRUTIVOS: durante o processo de fabricação são


realizados vários ensaios mecânicos destrutivos em amostras retiradas
durante a produção, tais como alargamento, flangeamento etc.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 59


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Existe uma gama muito grande de tubos de aço com costura, porém os que
realmente nos interessam são os tubos industriais/mecânicos, que são
Fabricados de acordo com as normas NBR 8261, NBR 6591, ASTM A 500,
ASTM A 513 e DIN 2394 e indicados para uso estrutural, serralherias,
máquinas agrícolas, indústrias moveleiras, automotivas, etc.

A seguir podemos conferir algumas tabelas com especificações técnicas de


alguns fabricantes de tubos produzidos dentro das referidas normas, nas
quais podemos também conferir a relação de dimensões e pesos, a partir da
qual se faz possível o cálculo da estrutura de acordo com o material.

Tabela 3.4 - Tubos retangulares de alumínio

N° Peso N° Peso
A B e A B e
Linear Linear
Perfil kg/m (mm) (mm) Espessura Perfil kg/m (mm) (mm) espessura
TUB-4584 0,300 12,70 25,40 1,58 TUB-4592 1,580 31,75 63,50 3,17
TUB-4536 0,521 12,70 50,80 1,60 TUB-4512 1,123 32,00 76,00 2,00
TUB-4501 0,310 12,70 25,40 1,65 TUB-4580 0,496 37,50 30,00 1,50
TUB-4585 0,545 12,70 25,40 3,17 TUB-4513 0,918 38,10 50,80 2,00
TUB-4554 0,542 16,80 64,00 1,30 TUB-4514 1,090 38,10 50,80 2,40
TUB-4553 0,439 19,05 25,40 2,00 TUB-4515 1,350 38,10 50,80 3,05
TUB-4586 0,873 19,05 38,10 3,17 TUB-4593 1,417 38,10 50,80 3,17
TUB-4451 0,382 20,00 30,00 1,50 TUB-4543 0,875 38,10 60,30 1,70
TUB-4509 0,497 20,00 30,00 2,00 TUB-4516 1,560 38,10 63,50 3,05
TUB-4562 0,404 20,00 40,00 1,30 TUB-4517 1,190 38,10 76,20 2,00
TUB-4544 0,535 20,00 45,00 1,60 TUB-4518 1,760 38,10 76,20 3,05
TUB-4541 0,875 21,00 63,50 2,00 TUB-4537 1,750 38,10 101,60 2,40
TUB-4558 0,591 22,00 50,00 1,58 TUB-4519 2,180 38,10 101,60 3,05
TUB-4550 0,417 22,22 32,00 1,50 TUB-4520 3,181 38,10 152,40 3,20
TUB-4546 0,800 25,00 65,00 1,70 TUB-4594 2,415 38,10 152,40 2,40
TUB-4538 1,158 25,00 77,00 2,20 TUB-4561 0,951 40,00 80,00 1,50
TUB-4501 0,310 25,40 12,70 1,65 TUB-4521 1,253 40,00 80,00 2,00
TUB-4545 0,645 25,40 38,10 2,00 TUB-4572 1,854 40,00 80,00 3,00
TUB-4503 0,760 25,40 38,10 2,40 TUB-4595 2,420 40,00 80,00 4,00
TUB-4587 0,981 25,40 38,10 3,17 TUB-4557 1,114 40,00 100,00 1,50
TUB-4588 0,428 25,40 50,80 1,00 TUB-4596 1,170 44,00 124,00 2,00
TUB-4563 0,482 25,40 50,80 1,20 TUB-4522 1,870 44,45 76,20 3,05
TUB-4560 0,596 25,40 50,80 1,50 TUB-4597 1,965 44,45 76,20 3,17
TUB-4504 0,810 25,40 50,80 2,00 TUB-4570 2,867 44,45 76,20 4,76
TUB-4505 0,920 25,40 50,80 2,40 TUB-4523 2,075 44,45 88,90 3,05
TUB-4589 1,201 25,40 50,80 3,17 TUB-4524 2,280 44,45 101,60 3,05
TUB-4590 0,872 25,40 60,32 2,00 TUB-4598 2,401 44,45 101,60 3,17
TUB-4591 1,058 25,40 76,20 2,00 TUB-4525 2,700 44,45 127,00 3,05
TUB-4506 1,350 25,40 63,50 3,05 TUB-4577 0,336 45,00 19,00 1,00
TUB-4507 1,560 25,40 76,20 3,05 TUB-4555 2,520 50,00 111,00 3,00
TUB-4508 1,907 25,40 101,60 3,05 TUB-4579 1,366 50,00 40,00 3,00
TUB-4581 0,404 30,00 20,00 1,70 TUB-4526 4,150 50,00 150,00 4,00

UNEB – PÓSDESIGN 2003 60


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

TUB-4583 0,534 30,00 25,00 2,00 TUB-4582 0,366 50,80 12,70 1,10
TUB-4556 1,041 30,00 40,00 3,00 TUB-4576 0,402 50,80 25,40 1,00
TUB-4578 0,301 31,00 11,50 1,40 TUB-4569 0,634 50,80 25,40 1,60
TUB-4510 0,985 31,75 50,80 2,40 TUB-4527 1,760 50,80 63,50 3,05
TUB-4511 1,170 31,75 63,50 2,40 TUB-4528 1,970 50,80 76,20 3,05

Tabela 3.5 - Tubos quadrados de alumínio

N° Peso Linear A=B e N° Peso Linear A=B e

Perfil kg/m (mm) (espessura) Perfil kg/m (mm) (espessura)


TUB-4059 0,195 12,70 1,27 TUB-4040 0,586 40,00 1,40
TUB-4060 0,189 12,70 1,58 TÜB-4037 0,626 40,00 1,50
TUB-4001 0,200 12,70 1,65 TUB-4018 0,820 40,00 2,00
TUB-4002 0,233 15,90 1,50 TUB-4065 1,417 44,45 3,17
TUB-4038 0,232 19,00 1,20 TUB-4019 1,355 44,45 3,50
TUB-4003 0,284 19,05 1,50 TUB-4020 1,055 50,80 2,00
TUB-4051 0,196 19,05 1,00 TUB-4021 1,250 50,80 2,40
TUB-4004 0,395 19,05 2,00 TUB-4022 1,560 50,80 3,05
TUB-4005 0,463 19,05 2,40 TUB-4048 1,640 50,80 3,17
TUB-4006 0,520 19,05 3,05 TUB-4029 1,795 50,80 3,50
TUB-4052 0,547 19,05 3,17 TUB-4047 3,035 60,00 5,00
TUB-4031 0,263 20,00 1,30 TUB-4023 1,970 63,50 3,05
TUB-4039 0,480 25,00 2,00 TUB-4030 1,366 65,00 2,00
TUB-4061 0,263 25,40 1,00 TUB-4066 2,032 70,00 2,80
TUB-4045 0,290 25,40 1,10 TUB-4024 2,405 76,20 3,05
TUB-4008 0,386 25,40 1,50 TUB-4067 25,090 76,20 3,17
TUB-4009 0,525 25,40 2,05 TUB-4042 2,761 76,20 3,50
TUB-4010 0,595 25,40 2,40 TUB-4034 1,526 80,00 1,80
TUB-4051 0,759 25,40 3,17 TUB-4035 2,902 80,00 3,50
TUB-4028 0,395 25,60 1,50 TUB-4058 4,065 80,00 5,00
TUB-4046 1,127 30,00 4,00 TUB-4054 2,686 101,60 2,50
TUB-4063 0,642 31,70 2,00 TUB-4025 3,995 101,60 3,80
TUB-4011 0,491 31,75 1,50 TUB-4026 5,170 101,60 4,75
TUB-4012 0,760 31,75 2,40 TUB-4027 7,350 114,30 6,35
TUB-4013 0,940 31,75 3,05 TUB-4068 4,030 127,00 3,00
TUB-4050 0,984 31,75 3,17
TUB-4033 0,943 32,00 3,00
TUB-4032 1,008 34,00 3,00
TUB-4064 0,486 38,10 1,20 Perfis com código exclusivo ASA
TUB-4014 0,591 38,10 1,50 (matrizes disponíveis)
TUB-4053 0,604 38,10 1,57 N° Peso Linear A=B e
TUB-4015 0,780 38,10 2,00 Perfil kg/m (mm) (espessura)
TUB-4016 0,920 38,10 2,40 73003 0,293 19,62 1,30
TUB-4049 1,203 38,10 3,17 73006 1,554 50,80 3,00
TUB-4017 1,145 38,10 3,50 73001 3,050 50,80 6,35

UNEB – PÓSDESIGN 2003 61


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Tabela 3.6 - Tubos circulares de alumínio

Peso Peso
N° A B e N° A B e
Linear Linear
Perfil kg/m (mm) (mm) espessura Perfil kg/m (mm) (mm) espessura
TUB-440 0,051 7,00 5,00 1,00 TUB-020 0,275 15,88 11,12 2,38
TUB-333 0,060 7,90 5,90 1,00 TUB-021 0,344 15,88 9,52 3,18
TUB-374 0,060 8,00 6,00 1,00 TUB-171 0,240 15,88 11,88 2,00
TUB-208 0,065 8,00 5,80 1,10 TUB-537 0,185 15,90 12,90 1,50
TUB-374 0,060 8,00 6,00 1,00 TUB-303 0,377 15,90 8,70 3,60
TUB-315 0,068 8,33 6,13 1,10 TUB-146 0,250 16,00 11,80 2,10
TUB-449/DS 0,060 9,52 7,92 0,80 TUB-540 0,130 16,50 14,50 1,00
TUB-001 0,072 9,52 7,52 1,00 TUB-358 0,209 17,00 13,82 1,59
TUB-002 0,087 9,52 7,04 1,24 TUB-345 0,309 17,00 12,00 2,50
TUB-003 0,108 9,52 6,36 1,58 TUB-023 0,292 17,15 12,53 2,31
TUB-004 0,144 9,52 4,76 2,38 TUB-024 0,381 17,15 10,75 3,20
TUB-005 0,172 9,52 3,16 3,18 TUB-247 0,145 18,00 16,00 1,00
TUB-145 0,135 10,00 6,00 2,00 TUB-190 0,170 18,00 15,50 1,25
TUB-006 0,127 10,29 6,83 1,73 TUB-025 0,380 18,00 12,00 3,00
TUB-007 0,162 10,29 5,47 2,41 TUB-026 0,153 19,05 17,05 1,00
TUB-299 0,084 10,50 8,40 1,05 TUB-541 0,184 19,05 16,65 1,20
TUB-463 0,187 11,12 6,00 2,56 TUB-027 0,184 19,05 16,57 1,24
TUB-532 0,170 12,00 8,00 2,00 TUB-028 0,234 19,05 15,89 1,58
TUB-008 0,100 12,70 10,70 1,00 TUB-542 0,244 19,05 15,75 1,65
TUB-009 0,120 12,70 10,22 1,24 TUB-450 0,276 19,05 15,25 1,90
TUB-010 0,150 12,70 9,54 1,58 TUB-437 0,290 19,05 15,05 2,00
TUB-629 0,155 12,70 9,40 1,65 TUB-029 0,335 19,05 14,29 2,38
TUB-172 0,167 12,70 9,10 1,80 TUB-544 0,351 19,05 14,05 2,50
TUB-011 0,180 12,70 8,70 2,00 TUB-244 0,383 19,05 13,53 2,76
TUB-012 0,256 12,70 6,36 3,18 TUB-030 0,426 19,05 12,69 3,18
TUB-533 0,275 12,70 5,60 3,55 TUB-031 0,346 19,60 14,88 2,36
TUB-534 0,221 13,00 8,00 2,50 TUB-032 0,620 19,60 9,60 5,00
TUB-013 0,254 13,00 7,00 3,00 TUB-434 0,190 19,90 17,50 1,20
TUB-014 0,216 13,72 9,24 2,24 TUB-350 0,236 20,00 17,00 1,50
TUB-015 0,273 13,72 7,68 3,02 TUB-359 0,249 20,00 16,82 1,59
TUB-357 0,168 14,00 10,82 1,59 TUB-033 0,278 20,00 16,40 1,80
TUB-016 0,314 14,00 7,00 3,50 TUB-480 0,545 20,00 12,00 4,00
TUB-535 0,299 14,28 7,94 3,17 TUB-545 0,607 20,32 11,26 4,53
TUB-302 0,314 14,30 7,50 3,40 TUB-546 0,242 20,50 17,50 1,50
TUB-527 0,099 15,00 13,40 0,80 TUB-547 0,370 20,60 15,84 2,38
TUB-320 0,222 15,00 11,00 2,00 TUB-548 0,290 20,70 17,10 1,80
TUB-538 0,191 15,85 12,69 1,58 TUB-304 0,667 20,70 10,70 5,00
TUB-536 0,149 15,87 13,47 1,20 TUB-307 0,792 20,70 7,50 6,60
TUB-539 0,199 15,87 12,57 1,65 TUB-549 0,217 20,95 18,35 1,30

UNEB – PÓSDESIGN 2003 62


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Tabela 3.7 - Tubos retangulares de aço-carbono

TUBO C/
DESCRIÇÃO AxB COMP. PESO/METRO
COSTURA
4,20,0105 TUBO METALON #20 30 X 20 6000 MM 4,1
4,20,0110 TUBO METALON #20 40 X 20 6000 MM 4,95
4,20,0115 TUBO METALON #20 50 X 30 6000 MM 7
,18,0120 TUBO METALON #18 30 X 20 6000 MM 5,6
4,18,0125 TUBO METALON #18 40 X 20 6000 MM 6,7
4,18,0130 TUBO METALON #18 50 X 20 6000 MM 7,7
4,18,0135 TUBO METALON #18 50 X 30 6000 MM 9
4,18,0140 TUBO METALON #18 70 X 30 6000 MM 11
4,16,0155 TUBO METALON #16 40 X 30 6000 MM 9,8
4,16,0160 TUBO METALON #16 50 X 30 6000 MM 11
4,16,0165 TUBO METALON #16 60 X30 6000 MM 12,5
4,16,0170 TUBO METALON #16 70 X 30 6000 MM 14
4,16,0175 TUBO METALON #16 90 X 30 6000 MM 17
4,16,0180 TUBO METALON #16 60 X 40 6000 MM 15
4,16,0185 TUBO METALON #16 80 X 40 6000 MM 17
4,14,0190 TUBO METALON #14 80 X 40 6000 MM 21,6
4,31,0195 TUBO METALON #1/8 80 X 40 6000 MM 32
4,31,0200 TUBO METALON #1/8 100 X 50 6000 MM 41

Tabela 3.8 - Tubos quadrados de aço-carbono

TUBO C/
DESCRIÇÃO AxB COMP. PESO/METRO
COSTURA
4,20,0005 TUBO METALON #20 20 X 20 6000 MM 3,25
4,20,0010 TUBO METALON #20 25 X 25 6000 MM 4,1
4,20,0015 TUBO METALON #20 30 X 30 6000 MM 4,95
4,18,0020 TUBO METALON #18 20 X 20 6000 MM 4,46
4,16,0045 TUBO METALON #16 40 X 40 6000 MM 11,31
4,16,0050 TUBO METALON #16 50 X 50 6000 MM 14,31
4,16,0055 TUBO METALON #16 60 X 60 6000 MM 16,8023
4,16,0060 TUBO METALON #16 80 X 80 6000 MM 23
4,14,0065 TUBO METALON #14 40 X 40 6000 MM 15
4,14,0070 TUBO METALON #14 50 X 50 6000 MM 17,25
4,14,0075 TUBO METALON #14 80 X 80 6000 MM 30
4,31,0080 TUBO METALON #1/8 30 X 30 6000 MM 14
4,31,0085 TUBO METALON #1/8 40 X 40 6000 MM 22
4,31,0090 TUBO METALON #1/8 50 X 50 6000 MM 27
4,31,0095 TUBO METALON #1/8 60 X 60 6000 MM 33,5
4,31,0100 TUBO METALON #1/8 80 X 80 6000 MM 44

UNEB – PÓSDESIGN 2003 63


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Tabela 3.9 - Tubos circulares de aço-carbono

TUBO C/
DESCRIÇÃO AxB COMP. PESO/METRO
COSTURA
3,20,0005 TUBO REDONDO #20 5/8" 6000 MM 2,15
3,20,0010 TUBO REDONDO #20 3/4" 6000 MM 2,5
3,20,0015 TUBO REDONDO #20 7/8" 6000 MM 2,94
3,20,0020 TUBO REDONDO #20 1" 6000 MM 3,3
3,18,0025 TUBO REDONDO #18 5/8" 6000 MM 2,7
3,18,0030 TUBO REDONDO #18 3/4" 6000 MM 3,25
3,18,0035 TUBO REDONDO #18 7/8" 6000 MM 3,8
3,18,0040 TUBO REDONDO #18 1" 6000 MM 4,3
3,18,0045 TUBO REDONDO #18 1 1/8" 6000 MM 5,06
3,18,0050 TUBO REDONDO #18 1 1/4" 6000 MM 5,5
3,18,0055 TUBO REDONDO #18 2" 6000 MM 9
3,18,0057 TUBO REDONDO #18 2,25 6000 MM 10,18
3,16,0060 TUBO REDONDO #16 1" 6000 MM 5,4
3,16,0065 TUBO REDONDO #16 1 1/4" 6000 MM 6,8
3,16,0070 TUBO REDONDO #16 1 1/2" 6000 MM 8,2
3,16,0075 TUBO REDONDO #16 2" 6000 MM 11
3,16,0080 TUBO REDONDO #16 2 1/2" 6000 MM 13,8
3,16,0085 TUBO REDONDO #16 3" 6000 MM 17
3,14,0090 TUBO REDONDO #14 1" 6000 MM 7
3,13,0095 TUBO REDONDO #13 1" 6000 MM 8
3,13,0100 TUBO REDONDO #13 1 1/4" 6000 MM 10
3,13,0105 TUBO REDONDO #13 1 1/12" 6000 MM 12,5
3,13,0110 TUBO REDONDO #13 2" 6000 MM 16,8
3,13,0115 TUBO REDONDO #13 2 1/2" 6000 MM 21
3,13,0120 TUBO REDONDO #13 3" 6000 MM 26
3,13,0125 TUBO REDONDO #13 3 1/2" 6000 MM 30
3,13,0130 TUBO REDONDO #13 4" 6000 MM 34
3,12,0135 TUBO REDONDO #12 1" 6000 MM 9
3,12,0140 TUBO REDONDO #12 1 1/4" 6000 MM 11,5
3,12,0145 TUBO REDONDO #12 1 1/2" 6000 MM 14,5
3,12,0150 TUBO REDONDO #12 2" 6000 MM 20
3,12,0155 TUBO REDONDO #12 2 1/2" 6000 MM 25
3,12,0160 TUBO REDONDO #12 3" 6000 MM 30
3,12,0165 TUBO REDONDO #12 3 1/2" 6000 MM 35
3,12,0170 TUBO REDONDO #12 4" 6000 MM 45

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Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

6.3.5. Chapas

Chapas são produtos planos laminados de aço com largura superior a


500mm, sendo classificados como chapas grossas (espessura superior a
5mm) e chapas finas (espessura inferior ou igual a 5mm).

As chapas grossas são fabricadas pelas siderúrgicas com espessuras


variando entre 5,00mm e 150,00mm, largura-padrão entre 1,00m a 3,80m e
comprimento-padrão entre 6,00 a 12,00m.

As dimensões preferenciais, ou seja, as mais econômicas, são: 2,44m de


largura, 12 m de comprimento e espessuras, conforme indicado na tabela
3.10.

Tabela 3.10 - espessuras-padrão das chapas grossas de aço


6,30 mm 25,0 mm
8,00 mm 31,5 mm
9,50 mm 37,5 mm
12,5 mm 50,0 mm
16,0 mm 63,0 mm
19,0 mm 75,0 mm
22,4 mm 100,0 mm

As chapas grossas são utilizadas geralmente para a fabricação dos perfis


soldados, mas também podem ser utilizadas, dependendo da disponibilidade
de equipamento adequado para dobramento, em perfis formados a frio.

As chapas finas são fabricadas pelas siderúrgicas com espessuras variando


entre 0,60 mm e 5,00 mm. As chapas com espessuras maiores (1,80 mm a
5,00 mm) são laminadas a quente e denominadas chapas finas a quente,
enquanto as com menores espessuras (0,60 mm a 3,00 mm) são relaminadas
a frio e denominadas chapas finas a frio. As chapas finas apresentam largura-
padrão entre 1,00m e 1,50m e comprimento-padrão entre 2,00m e 3,00m
(chapas a frio) e de 2,00m a 6,00m (chapas a quente).

As dimensões preferências fornecidas pelas siderúrgicas, na forma plana,


são: chapas finas a quente 1,20m por 3,00m e chapas finas a frio 1,20m por
2,00m. As chapas finas podem também ser fornecidas em bobinas, possuindo
nesse caso custo unitário menor. As espessuras preferenciais são as
fornecidas na tabela 3.11.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 65


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Tabela 3.11 - Espessuras-padrão das chapas grossas de aço


0,60 mm 2,25 mm
0,75 mm 2,65 mm
0,85 mm 3,00 mm
0,90 mm 3,35 mm
1,06 mm 3,75 mm
1,20 mm 4,25 mm
1,50 mm 4,50 mm
1,70 mm 4,75 mm
1,90 mm 5,00 mm

Para fins estruturais, na obtenção de perfis formados a frio, são empregadas


as chapas finas a quente, enquanto as chapas finas a frio são utilizadas na
fabricação de elementos complementares na construção, tais como: telhas,
calhas, esquadrias, dutos, etc.

Tabela 3.12 – Chapas finas a quente


BITOLA MSG ESPESSURA mm PESO APROX. Kg/m2
18 1.20 9.60
16 1.50 12.00
15 1.80 14.40
14 2.00 16.00
13 2.25 18.00
12 2.65 21.20
11 3.00 24.00
10 3.35 26.30
9 3.75 30.00
8 4.25 34.00
7 4.50 36.00
3/16" 4.75 38.00
6 5.00 40.00

UNEB – PÓSDESIGN 2003 66


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Tabela 3.13 – Chapas finas a frio


BITOLA MSG ESPESSURA mm PESO APROX. Kg/m2

30 0.30 2.40
28 0.38 3.04
26 0.45 3.60
24 0.60 4.80
22 0.75 6.00
20 0.90 7.20
19 1.06 8.48
18 1.20 9.60
16 1.50 12.00
14 1.90 15.20
13 2.25 18.00
12 2.65 21.20

Tabela 3.14 – Chapas zincadas (galvanizadas)


BITOLA MSG ESPESSURA mm PESO APROX. Kg/m2

32 0.30 2.40
30 0.35 2.80
28 0.43 3.44
26 0.50 4.00
24 0.65 5.20
22 0.80 6.40
20 0.95 7.60
19 1.11 8.88
18 1.25 10.00
16 1.55 12.40
14 1.95 15.60
13 2.30 18.40
12 2.70 21.60

UNEB – PÓSDESIGN 2003 67


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

6.4. Dados do Mercado

O Brasil vem se projetando como o segundo maior mercado de saúde do mundo,


com mais de 8 mil hospitais, 25 mil laboratórios e 17 mil clínicas. A população de
idosos acima de 60 anos no Brasil era de 32 milhões de pessoas nos meados dos
anos 2000 (IBGE). E no início desse mesmo ano o número de usuários privados
de saúde era de 57 milhões de brasileiros.

Existe hoje um contingente enorme de pacientes em recuperação pós-cirúrgica,


com doenças crônicas (diabetes, hipertensão), críticas como câncer, em estado
terminal ou tratamento terapêutico. O maior envelhecimento da população é um
fato. Ocorre em função da descoberta de novas técnicas da medicina e de
melhoria nas condições de vida da população, a mudança estrutural porém ocorre
na constatação da queda acentuada na taxa de natalidade, modificando a
estrutura até então assumida pela previdência e pelo mercado de que os jovens
estariam aptos a cuidar de seus idosos (Gráfico 3.4).

Gráfico 3.4 – Queda da fecundidade

A previsão para o Brasil é de que a população tenderá a estabilizar e a decrescer


a partir do ano 2020. A preocupação dos planos de saúde com os elevados
custos desta população tem procedência e exige investimentos em programas de
prevenção que sejam efetivos e seus resultados facilmente quantificáveis.

Estudos realizados através do “Projeto de Internação Domiciliar”, do Grupo


Hospitalar Conceição (em São Paulo), e com o apoio do Ministério da Saúde,
ressalta o elevado custo de internação domiciliar, de idosos com mais de 65 anos
portadores de diabetes millitus, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),
acidente cerebral vascular (AVC) e insuficiência cardíaca congestiva (ICC), em
comparação com a internação domiciliar, como pode ser observado nas tabelas
3.15, 3.16 e 3.17.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 68


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Tabela 3.15 – custo unitário e o total do ano para unidades e a freqüência anual para os
componentes do custo da internação domiciliar de pacientes com DPOC.
Componentes/Custos Unid. Quat. Ano Custos unitários Custo total ano
Equipe técnica:
- Médico Hora 12 62,68 752,16
- Ass. social Hora 2 26,66 53,32
- Enfermeiro Hora 12 34,19 410,28
- Fisioterapeuta Hora 104 27,42 2851,68
- Aux. De enfermagem Hora 24 12,37 296,88
Sub-total 4364,32
Material médico-cirúrgico e
medicamentos:
- Aminofilina 200mg Comp. 2880 0,019 54,72
- Predinisona 20 Comp. 360 0,070 25,20
- Slbutamol spray Frasco 24 10,910 261,84
- Concentrador O2 Aparelho 12 133,00 1596,00
Sub-total 1937,76
SADTs:
- Glicemia Exame 2 13,32 26,64
- Creatinina Exame 2 3,55 7,10
- Uréia Exame 2 3,55 7,10
- Eletrólitos (Na/K) Exame 2 8,04 16,08
- Gasometria arterial Exame 6 16,15 96,90
- Raios X do tórax Exame 2 14,08 28,16
Sub-total 181,98
Custos adicionais 15% 972,61
Custo total do paciente/ano 77456,67

Custo total do paciente/mês 621,39


Fonte: Projeto de Internação Domiciliar – Grupo Hospitalar Conceição (1999)

Tabela 3.16 – custo unitário e o total do ano para unidades e a freqüência anual para os
componentes do custo da internação hospitalar de pacientes com DPOC.
Quat. Custos Custo total Custo
Componentes/Custos Unid. Int. ano
Ano unitários int. total ano
Diárias Dia 15 89,50 1345,50 4 5382,00
Material médico-cirúrgico e
medicamentos:
- Acetominofen 50mg
- Aminofilina 200mg Caps. 30 0,0299 0,90 4 3,59
- Predinisona 20 Comp. 60 0,0190 1,14 4 4,56
- Cefalotina 1g Comp. 30 0,0700 2,10 4 8,40
- Soro glicosado Frasco 30 9,1600 274,80 4 1099,20
- Heparina 5000U Litro 30 0,9600 28,80 4 115,20
- Slbutamol spray Amp. 30 0,6290 18,87 4 75,48
- O2 contínuo Litro 43200 0,0008 34,56 4 138,24
Sub-total 361,17 1444,67
SADTs:
- Hemograma Exame 3 8,87 26,61 4 106,44
- Bacterioológico Exame 2 8,87 14,74 4 70,96
- Creatinina Exame 2 3,55 7,10 4 28,40
- Uréia Exame 2 3,55 7,10 4 28,40
- Eletrólitos (Na/K) Exame 2 8,04 16,08 4 64,32
- Gasometria arterial Exame 2 16,15 32,30 4 129,20
- Raios X do tórax Exame 2 14,08 28,16 4 112,64
- Eletrocardiograma Exame 1 14,51 14,51 4 58,04
- Fisioterapia Sessão 30 12,17 365,10 4 1460,40
Sub-total 514,70 2058,80
Serviços médicos Hora 3,75 62,68 140,44 940,20
Custo total 2026,99 9825,67
Fonte: Projeto de Internação Domiciliar – Grupo Hospitalar Conceição (1999)

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Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Tabela 3.17 – comparativo com 4 patologias (ICC, DPOC, AVC e Diabetes) e a diferença
percentual entre a internação domiciliar e hospitalar.
Custo anual R$
Patologias %
Domiciliar Hospitalar
ICC 1888,09 7505,95 75
DPOC 7456,67 9825,67 24
AVC 4778,75 11306,96 58
Diabetes 4707,64 9906,10 52
TOTAL/ANO 18831,15 38598,68 51

Observa-se uma grande diferença percentual nos custos das internações,


calculados em função de cada uma das patologias e no somatório delas,
ressaltando a vantagem econômica da internação domiciliar que pode chegar a
uma diferença de R$ 192,00 em relação à internação hospitalar.

O custo torna-se reduzido uma vez que o paciente, em tratamento domiciliar,


demonstra diminuição do tempo médio de permanência, a redução do número de
reinternações, o aumento da aderência ao tratamento e possui maior autonomia e
conscientização do tratamento.

7. SÍNTESE

O sistema de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residência


constitui-se de uma estrutura que deverá ser anexada à cama do enfermo. Esta
estrutura irá permitir ao paciente, que encontra-se em tratamento domiciliar, os
ajustes necessários para as atividades diárias sejam elas sentar, escrever, alimentar
e outras, além de proporcionar ao cuidador um posto de trabalho em posição
adequada, minimizando os danos físicos advindos dos esforços exercidos durante
os cuidados com o paciente, como abaixar, levantar, dar banho no paciente e outros.

O sistema de apoio deverá ser acoplado à cama do paciente permitindo que o


mesmo faça uso do próprio móvel, tendo em vista que um dos problemas mais
freqüentes e agravantes no tratamento em domicílio, principalmente de idosos, sob o
ponto de vista psicológico, é o quadro depressivo causado por mobiliários
hospitalares em ambiente domiciliar. Com isso, a estrutura que permitirá os ajustes
tanto para o paciente quanto para o cuidador, será fixada no estrato da cama do
próprio paciente, salvo algumas exceções onde as camas precisarão passar por
pequenas reformas para garantir a fixação do sistema, e, só se tornará aparente
quanto houver a necessidade de elevação da mesma, ou seja, quando o cuidador
necessitar prestar auxílio ao paciente. Quando assumir a posição para dormir e para
o paciente se levantar, o sistema será recuado para o estrato, tornando-se pouco
aparente e desta forma deixando de interferir significativamente no aspecto
domiciliar do ambiente.

Sistemas de grade e alimentação tornam-se necessários para o paciente e serão


acoplados ao sistema principal de ajuste, através de imãs que permitirão que o
usuário coloque-os em posição mais confortável e adequada ao uso.

O sistema de acionamento dos ajustes, tanto de angulação quanto de altura da


cama, será um controle remoto móvel o suficiente para uso do paciente em posição

UNEB – PÓSDESIGN 2003 70


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

deitada ou sentada, e para o uso do cuidador em pé. No entanto, através de um


cabo flexível, este sistema será ligado diretamente à cama, de forma a permitir que
o mesmo não se extravie ou quando, em caso de extrema urgência do seu uso,
esteja em local inadequado. Os botões de acionamento deste controle não deverão
ser salientes, o acionamento deverá fez executado por pressão. Neste sistema
deverá também conter um local próprio para fixação do controle de acionamento
com o intuito que o mesmo, quando não utilizado, fique seguramente guardado.

Todo o sistema de apoio deverá ser suficientemente leve para o transporte e a


fixação do mesmo deverá ser detalhadamente descrita em um manual que irá junto
ao sistema. Cabe ainda salientar o compromisso do usuário em adequar a cama
para o acoplamento do sistema que, à princípio, será restrito às camas de solteiro.

7.1. Requisitos Projetuais

Os requisitos projetuais partem das recomendações ergonômicas e necessidades


constatadas na análise da tarefa e problematização. Tais requisitos fornecem
parâmetros projetuais que visam atender as funções de uso, estéticas e
simbólicas do sistema de apoio para repouso e acomodação de enfermos em
residência.

a) Funções de uso

Tabela 4.1. Requisitos projetuais do subsistema 1


Subsistema 1 – Acomodação
Sub-subsistema 1: - Possibilitar a variação de altura do suporte;
Ajustes - Possibilitar a variação de posturas do enfermo da
maneira mais fácil e rápida possível;
- Seus acionamentos devem estar dentro do alcance e
do campo de visão dos usuários.
Sub-subsistema 2: - Acomodar de maneira confortável o enfermo;
Colchão - Permitir fácil assepsia;
- Deve permanecer seco e limpo.
Sub-subsistema 3: - Proteger o enfermo evitando que seu corpo se projete para fora da cama;
Guarda-corpo - Oferecer apoio para a movimentação do enfermo
Sub-subsitema 4: - Fornecer apoio para o peso do corpo do usuário;
Suporte para o - Possibilitar ajustes de angulação da cabeceira e
colchão pezeira facilitando a troca de posições do enfermo.
Sub-subsistema 5: - Fornecer apoio e sustentação de todo o sistema;
Estrutura - Permitir ajuste de altura do sistema

Tabela 4.2. Requisitos projetuais do subsistema 2


Subsistema 2 – Apoio
Sub-subsistema 1: - fornecer apoio para realização das atividades de
Refeição alimentação.
Sub-subsistema 2: - Fornecer suporte para a realização das atividades de
Leitura /Escrita escrita e leitura
Sub-subsistema 3: - Fornecer suporte para medicação do enfermo.
Medicação
Sub-subsitema 4: - Fornecer suporte para que o enfermo atenda e realize

UNEB – PÓSDESIGN 2003 71


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Telefone chamadas telefônicas.


Sub-subsitema 5: - Dar suporte à realização das necessidades fisiológicas
Higienização e de assepsia do enfermo.
Subsistema 3: - Permitir o deslocamento do sistema de maneira fácil e
Locomoção segura.
(pés/rodízios)

A partir dos estudos biomecânicos alguns autores fazem recomendações que


também podem ser levadas em consideração durante a elaboração do projeto:

ƒ Recomenda-se que a altura ótima da manopla deveria ser de


aproximadamente 91 a 114cm acima do piso (isto é, aproximadamente na
altura dos quadris de indivíduos do sexo masculino);
ƒ Recomenda-se que o manuseio de cargas seja feito de forma simétrica (isto é,
deve-se mover a carga no plano sagital médio com ambas as mãos).

b) Função estética

Sistema deve estabelecer uma relação harmoniosa entre os seus diversos


elementos configuracionais (forma, material, superfície, cor, texturas e
acabamentos) transmitindo uma sensação de compatibilidade entre as funções de
uso e os requisitos do produto, além de ser compatível com o ambiente
doméstico.

c) Função simbólica

Transmitir aos usuários sensação de conforto, aconchego, segurança, liberdade,


resistência, integrando-o ao ambiente doméstico e diminuindo qualquer relação
de semelhança com o ambiente hospitalar

8. GERAÇÃO E SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS

Tendo em vista todos os estudo realizados foram geradas alternativas que


atendesse aos requisitos projetuais delimitados com o intuito de satisfazer às
necessidades dos usuário, sejam eles o paciente ou o cuidador.

8.1. Alternativas Geradas

Através dos dados adquiridos na problematização, análise e síntese, tornou-se


possível a geração de algumas alternativas (Figuras 5.1 a 5.4).

UNEB – PÓSDESIGN 2003 72


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Figura 5.1 – Alternativa 1

Figura 5.2 - Alternativa 2

UNEB – PÓSDESIGN 2003 73


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Figura 5.3 - Alternativa 3

Figura 5.4 - Alternativa 4

UNEB – PÓSDESIGN 2003 74


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Figura 5.5 - Alternativa 5

8.2. Alternativa Selecionada

Após análise criteriosa das alternativas geradas e discussões sobre materiais, forma,
dimensões, conceitos, as alternativas foram submetidas um Chek-list (Tabela 5.1),
técnica (anexo III) mais indicada quando se deseja fazer uma comparação entre diversas
alternativas, aplicando a cada uma delas um questionário de critérios que permite
vislumbra-las de modo rápido, facilitando a identificação daquela tida como mais
satisfatória, chegou-se então a alternativa selecionada (Figura 5.5) como a mais
adequada à proposta do projeto.

A idéia de aproveitar a própria cama do paciente como base para o sistema norteia o
projeto, lembrando que a proposta inicial buscava integrar o sistema ao ambiente
doméstico, diminuindo o desconforto e a sensação de confinamento, causado no
paciente pelo móvel hospitalar.

Nessa proposta o sistema possui dois mecanismos, um de elevação da cama e um outro


de ajustes de angulação do colchão. O mecanismo de elevação permite que, através do
acionamento de dois motores de motores / compressores elétricos monofásicos, o
cuidador regule a altura do paciente em relação a sua altura e ao tipo de atividade ao
mesmo tempo que permite ao paciente subir e descer da cama sem a utilização de
escadas ou apoios. A possibilidade de elevação de apenas um dos lados de cada vez,
atedem a requisitos indispensáveis em casos específicos de enfermidades onde o
paciente deva permanecer com as pernas elevadas ou não possam deitar-se
completamente (por dificuldades respiratórias).

Os ajustes de posições do colchão, permitem q o paciente vá da posição de repouso


(deitado) ate a posição sentado, sem sair da cama, facilitando a realização de algumas
atividades como alimentação, medicação, etc.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 75


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Tabela 5.1 – Resultados Check-list


Total de Respostas Total de Respostas Total de Respostas
Positivas Negativas Não Aplicavel
Alternativa I 14 23 3
Alternativa II 18 16 6
Alternativa III 20 19 1
Alternativa IV 11 29 0
Alternativa V 32 8 0
TOTAL 64 57 9

9. DESENVOLVIMENTO

9.1. Planilha de Planejamento para Construção e Testes com Modelos

Tabela 6.1 - Cronograma


MARÇO ABRIL
ATIVIDADE
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5
Desenho preliminar da
alternativa selecionada
Cotar a alternativa
selecionada
Construir o modelo
Realizar testes
Conclusões

9.2. Testes com Modelo Rústico

Através da construção do primeiro modelo, em compensado e sarrafo de madeira,


realizaram-se os testes dimensionais e funcionais do subsistema de acomodação
do sistema de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências.

A altura máxima e mínima assumida pelo sistema mostraram-se adequadas tanto


para o maior homem - percentil 95 (Figura 6.1 e 6.2), quanto para a menor mulher
- percentil 2,5 (Figura 6.3 a 6.5). A altura máxima permite ao cuidador tratar o
paciente em posição ereta e com os braços em posição confortável, cotovelos
dobrados em ângulo reto, com o braço na posição vertical (Grandjean, 1998).
Além disso, o ajuste de altura permitido pelo sistema, proporciona ao cuidador
uma regulagem adequada à sua altura e ao tipo de atividade desenvolvida, seja
ela delicada que, segundo Grandjean, a altura adequada está entre 5 a 10 cm
abaixo da altura do cotovelo; leve, uma altura de 10 a 15 cm abaixo da altura do
cotovelo; e pesado, com emprego de força e uso do peso do tronco, altura entre
15 a 40 cm abaixo da altura do cotovelo. A altura mínima permite ao paciente
subir e descer da cama sem o auxílio de escadas e outros, e sentar mantendo os
pés devidamente apoiados no chão.

Os testes realizados no subsistema de acomodação permitiram visualizar que as


dimensões das divisões do estrado estão inadequadas tanto para o maior homem
(Figura 6.6) quanto para a menor mulher (Figura 6.7). A menor divisão, utilizada
para acomodação das nádegas, está pequena e consequentemente

UNEB – PÓSDESIGN 2003 76


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

desconfortável para o paciente. Como solução para o pretende-se aumentar esta


divisão em 5 cm e diminuir a divisão para o apoio da coxa na mesma posição.

No teste dimensional verificou-se que o sistema não se encaixa na estrado de


uma cama de solteiro padronizada (90X190 cm), necessitando que sua largura
seja aumentada em 4 cm.

Figura 6.1 - Modelo Rústico Figura 6.2 - Modelo Rústico

Figura 6.3 - Modelo Rústico Figura 6.4 - Modelo Rústico

Figura 6.5 - Modelo Rústico

UNEB – PÓSDESIGN 2003 77


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Figura 6.6 - Modelo Rústico

Figura 6.7 - Modelo Rústico

Outros aspectos analisados foram as possíveis posições que o sistema poderá


assumir conforme necessidade do paciente e do cuidador (Figuras 8 a 13).

Figura 6.8 - Modelo Rústico Figura 6.9 - Modelo Rústico

UNEB – PÓSDESIGN 2003 78


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Figura 6.10 – Modelo Rústico Figura 6.11 – Modelo Rústico

Figura 6.12 – Modelo Rústico Figura 6.13 – Modelo Rústico

UNEB – PÓSDESIGN 2003 79


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

10. ANEXOS

ANEXO I - TABELA DE GUT

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Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

ANEXO II - TÉCNICA DE PNI

Fig. 1 - Cama específica para home care


Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Grades -Ausência de rodízios.
-
-Ajustes
Usabilidade -Ajustes -Os acionamentos dos -A cabeceira da cama
ajustes encontram-se fora tem um tubo integrado
do envoltório de alcance do que poderia funcionar
paciente. como pega para o
deslocamento da cama.
Significação -Uso de cores quentes, -Estrutura metálica cinzenta -Combinação do cromado
dando um aspecto mais e modelada de modo com a madeira, criando
alegre ao produto; idêntico às utilizadas em um “meio termo” entre o
-Uso da madeira, hospitais. hospital e a residência do
remetendo ao mobiliário paciente.
residencial.

Fig. 2 - M262 - Sofá cama, M263 - Mesa de cabeceira e refeição, M206 FW – Cama fawler,
M326 - Escada 2 degraus, M255 – Poltrona reclinável, M317 - Suporte para soro
Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Solução razoavelmente - Inexistência de ajuste de -Produtos com mais de
completa; altura. uma função (sofá cama,
-Grades; mesa de cabeceira e
-Ajustes de angulação; refeição).
-Rodízios.
Usabilidade -Ajustes de angulação. -Inexistência de ajuste de
altura;
-Os acionamentos dos
-
ajustes encontram-se fora
do envoltório de alcance do
paciente.
Significação -Uso de laminado, -Combinação de madeira
“maquiando” a aparência da e metal, podendo criar um
madeira; “meio termo” entre o
-
-Aparência agressiva hospital e a residência do
devido à conformação de paciente.
seus elementos metálicos.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 81


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Fig. 3 - M-201 – Cama com Cabeceira Móvel, simples, standard


Cabeceira em tubos redondos de 1.1/4’
Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Simplicidade estrutural, -Existência de apenas um
facilitando a ajuste (na cabeceira);
manutenção e limpeza; -Ausência de grades. -
-Apoio para o paciente
se virar.
Usabilidade -Pobreza nos ajustes;
- -
-Inesistência de rodízios.
Significação -Aparência delgada e frágil;
-Aparência agressiva
devido à conformação de
- -
seus elementos metálicos;
-Uso do branco, que remete
ao ambiente hospitalar.

Fig. 4 - cama fawler com cabeceira tubular


Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Ajustes de angulação. -Ausência de grades;
-
-Ausência de rodízios.
Usabilidade -Ajustes de angulação. -Inexistência de ajuste de
altura;
-Os acionamentos dos
-
ajustes encontram-se fora
do envoltório de alcance do
paciente.
Significação -Uso de laminado, -Combinação de madeira
“maquiando” a aparência da e metal, podendo criar um
madeira; “meio termo” entre o
-Aparência agressiva hospital e a residência do
-
devido à conformação de paciente.
seus elementos metálicos;
-Uso do branco, que remete
ao ambiente hospitalar.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 82


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Fig. 5 - cama de recuperação – dimensões 2.15x0.85


Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Ajustes de angulação;
-Rodízios; - -
-Grades.
Usabilidade -Ajustes de angulação. -Os acionamentos dos
ajustes encontram-se fora
-
do envoltório de alcance do
paciente.
Significação -Inexistência de cabeceira,
que reduz o vínculo com o
mobiliário residencial;
-Aparência agressiva
- -
devido à conformação de
seus elementos metálicos;
-Uso do branco, que remete
ao ambiente hospitalar.

Fig. 6 - Cama FAWLER Standard Luxo c/ rodízios, com grades (Opcional)


Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Apoio para o paciente -Inexistência de ajuste de
se virar; altura.
-Ajustes de angulação; -
-Rodízios;
-Grades.
Usabilidade -Ajustes de angulação. -Inexistência de ajuste de
altura;
-Os acionamentos dos
-
ajustes encontram-se fora
do envoltório de alcance do
paciente.
Significação -Uso da madeira, -Estrutura metálica cinzenta -Conformação simples da
remetendo ao mobiliário e modelada de modo grade, tornando-a menos
residencial. idêntico às utilizadas em agressiva.
hospitais.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 83


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Fig. 7 - Cama FAWLER padrão Luxo Lar Elétrica c/ Altura Variável c/ Grade (Opcional)
Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Apoio para o paciente -Ajustes elétricos.
se virar;
-Ajustes de angulação e
-
altura;
-Rodízios;
-Grades.
Usabilidade -Ajustes de angulação e
altura;
-acionamento dos
- -
ajustes dentro do
envoltório de alcance do
paciente.
Significação -Uso da madeira, -Estrutura metálica
remetendo ao mobiliário modelada de modo idêntico -
residencial. as utilizadas em hospitais.

Fig. 8 - Cama FAWLER padrão Luxo Lar Elétrica c/ Altura Variável c/ Grade (Opcional)
Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Apoio para o paciente -Ajustes elétricos.
se virar;
-Ajustes de angulação e
-
altura;
-Rodízios;
-Grades.
Usabilidade -Ajustes de angulação e
altura;
-Acionamento dos
- -
ajustes dentro do
envoltório de alcance do
paciente.
Significação - Uso de cores quentes, - Estrutura metálica - Combinação de madeira
dando um aspecto mais modelada de modo idêntico e metal, podendo criar um
alegre ao produto. as utilizadas em hospitais. “meio termo” entre o
hospital e a residência do
paciente.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 84


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

Fig. 9 - Cama de CTI com leito pintado, grades e estrutura inox. Opção: Manual com grades
inox e estrutura e leito pintado
Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Apoio para o paciente -Inexistência de ajuste de altura;
se virar; -Os acionamentos dos ajustes
-Ajustes de angulação; encontram-se fora do envoltório de -
-Rodízios; alcance do paciente.
-Grades.
Usabilidade -Ajustes de angulação. -Inexistência de ajuste de altura;
-Os acionamentos dos ajustes
-
encontram-se fora do envoltório de
alcance do paciente.
Significação -Inexistência de cabeceira, que
reduz o vínculo com o mobiliário
residencial;
-Aparência agressiva devido à
- -
conformação de seus elementos
metálicos;
-Uso do branco, que remete ao
ambiente hospitalar.

Fig. 10 - Cama de CTI elétrica totalmente Inox c/ elevação, trendelenburg e reverso com dorso
radiotransparente. Opção: sem dorso radiotransparente.
Critérios / Avaliação Positivo Negativo Interessante
Funcionalidade -Apoio para soro; -Ajustes elétricos.
-Dorso radiotransparente;
-Apoio para o paciente se virar;
-
-Ajustes de angulação e altura;
-Rodízios;
-Grades.
Usabilidade -Ajustes de angulação e altura;
-Acionamento dos ajustes
- -
dentro do envoltório de alcance
do paciente.
Significação -Inexistência de cabeceira,
que reduz o vínculo com o
mobiliário residencial;
-Aparência agressiva
- devido à conformação de -
seus elementos metálicos;
-Uso exclusivo do aço inox,
que remete ao ambiente
hospitalar.

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ANEXO III - TÉCNICA DE SELEÇÃO DE ALTERNATIVA

CHECK LIST
OBJETIVO
Fazer uma comparação entre diversas alternativas através de check-list
(questionário de critérios).

CLASSIFICAÇÃO
• Quanto à finalidade: resolução dos problemas.
• Quanto à abordagem: decisão.
• Quanto à complexidade: média.

QUANDO USAR
Quando se tem várias alternativas e se quer optar por uma delas.

DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA
Trata-se de um instrumento de apoio que procura identificar, entre várias
alternativas, aquelas tidas como mais satisfatórias, em função de um conjunto de
dez critérios expressos na forma de perguntas.
Embora não apresente avaliação mais profunda (é atribuído o mesmo peso a todos
os critérios), essa técnica permite vislumbrar as alternativas de modo rápido,
explorando maior número de critérios e, conseqüentemente, ampliando a percepção
do universo de cada opção.

ELABORAÇÃO DOS CRITÉRIOS


Os participantes discutem entre si procurando, através do consenso, elaborar uma
lista de critérios que considerem importantes e que servirão como parâmetro para a
avaliação. Essa lista de critérios deve ser feita em forma de perguntas que
demandem as seguintes respostas: sim, não ou desconhecida/não aplicável.
ATENÇÃO: as perguntas devem ser estruturadas de modo que as resposta sim seja
sempre desejável, indicando ser a alternativa favorável àquele critério. Caso
contrário, o check-list ficará sujeito a erros de avaliação. Um exemplo de pergunta
corretamente formulada seria “o custo é baixo?” (resposta desejável: sim)e, nunca,
“o custo é alto? (resposta desejável: não).

AVALIAÇÃO DAS ALTERNATIVAS


Os participantes submetem cada uma das alternativas existentes às mesmas
perguntas (critérios). Essa avaliação pode ser feita individualmente ou em grupo,
com os participantes discutindo e dando as respostas de comum acordo. No caso de
se optar pela avaliação individual, as respostas deverão ser reunidas (somadas) no
final, para se ter a totalização dos resultados.

A alternativa que apresentar maior número de respostas sim, é a considerada mais


satisfatória e, portanto a mais indicada. A que apresentar o maior número de
respostas não, ao contrário, é a menos indicada.

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QUESTIONÁRIO UTILIZADO
CHEK-LIST
SIM NÃO D/NA
ALTERNATIVA: ________

1. As modificaçõe sugeridas são realmente


novas, originais?

2. As funções de ajuste de Altura e


angulação, garantem o conforto de diversos
usuários do sistema (cuidador e enfermo)?

3. O sistema é seguro?

4. A proposta apresenta adequação ao


ambiente domiciliar, tanton no aspecto
formal quanto conceitual?

5. Os ajustes e funções estão dentro do


envoltório acional dos usuários?

6. O sistema possibilita fácil higienização de


suas partes?

7. Garantia de fácil manutenção e acesso a


estrutura mecânica do sistema?

8. Acomoda de maneira confortável o


enfermo?

9. Fornece apoio para os demais


subsistemas como o subsistema de
refeição, medicação, higienização, etc.?
10. Apresenta facilidades em relação a
recursos e meios de produção, bem como
utilização de materia-prima adequada a
custo relativamente baixo?

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ANEXO IV - QUESTIONÁRIO

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE ACOMODAÇÃO DO ENFERMO

Caro Sr./Sra.,

Contamos com a sua cooperação, para pesquisar o grau de desconforto experimentado, cansaço,
dores nos músculos e articulações: durante o seu trabalho.
Gostaríamos que você completasse este questionário relacionado com a sua saúde, com absoluta
sinceridade. Todas as respostas serão tratadas com total confidência e só o pesquisador terá acesso
aos dados. Quanto mais precisas forem as respostas, mais facilmente poderemos propor mudanças
no sistema e consequentemente melhorar as condições de trabalho e de saúde.

1. Sexo † Masculino † Feminino

2. Idade 3. Altura 4. Peso

_______________________ ______________________ ______________________

5. Qual a sua função? ________________________________________________

6. Quanto tempo trabalha com esta função? ______________________________

7. Quantas horas em média você trabalha cuidando do enfermo? ____________

8. Quais os equipamentos utilizados?


† Suporte para soro † Suporte para remédios
† Comadre † Suporte para alimentação
† Grade de proteção † Outros __________________________________

9. Qual a sua maior dificuldade no trato com o enfermo (marque apenas 1 alternativa)?
† dar banho † alimentar
† aplicar injeções † conseguir ajustar a cama em posição confortável
† subir e descer a cama † dar medicamentos
† outros __________________________________________________________________

Porque? __________________________________________________________________

10. Durante o tratamento já ocorreram acidentes? † Sim † Não

11. Quais os acidentes mais freqüentes?


† queda da cama durante alguma movimentação
† queda ao descer os subir da cama
† ajustes descontrolados provocando má postura do enfermo
† derramamento de alimentos por falta de apoio adequado
† rodízios que provocam falhas ou impossibilidade de deslocamento
† Outros __________________________________________________________________

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12. Qual sua opinião sobre o mobiliário que utiliza quanto:


a) tipo e forma de ajuste † ótimo † bom † ruim † péssimo
b) segurança do paciente † ótimo † bom † ruim † péssimo
c) conforto para o paciente † ótimo † bom † ruim † péssimo

13. Escala de avaliação de desconforto corporal

Por favor, marque a região do diagrama do corpo humano abaixo onde você sente desconforto/dor.
Em seguida, tome como base a escala progressiva de desconforto/dor (abaixo) e assinale o número
que você acha correspondente ao grau de intensidade sentido deste desconforto/dor (marque com
um X). Por favor, mesmo que você não tenha tido problemas em qualquer parte do corpo, marque
como o grau de intensidade "1" (nenhum desconforto/dor).

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ANEXO V - Desenho Técnico

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ANEXO VI – Rendering e Protótipo

Fig. 11 – Rendering

Fig. 12 – Sistema na altura máxima Fig. 13 – Ajuste do tronco e das pernas

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Fig. 14 - Movimento de elevação do sistema

Fig. 15 – Protótipo Fig. 16 – Roldanas

Fig. 17 - Sub-sistema de elevação do sistema


Fig. 18 – Sub-sistema de elevação
(motores)

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Fig. 19 – Sub-sistema de elevação das pernas Fig. 20 – Sub-sistema de elevação do tronco

Fig. 21 – Cabos de aço, roldanas e motores (sistema movente)

Fig. 22 – Motor que eleva o encosto Fig. 23 – Roldanas

Fig. 24 – Controle remoto Fig. 25 – Equipe

UNEB – PÓSDESIGN 2003 93


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

10. REFERÊNCIAS

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http://www.alcoa.com.br

ALCAN – ALUMINIO DO BRASIL LTDA. Capturado em 22 de abril de 2003. Online.


Disponível na Internet: http://www.alcan.com.br/Brazil/Corporate/SiteBrasil.nsf/

ASA ALUMINIO. Capturado na Internet em 15 de abril de 2003. Online. Disponível na


internet: http://www.asaaluminio.com.br

CHAFFIN, D. B., ANDERSON, G. B. J. e MARTIN, B. J. Trad. Fernanda Saltiel. Biomecânica


Ocupacional. Belo Horizonte: Ergo Editora, 2001. 3 ed. 579 p.

CSN - COMPANHIA SIDERURGICA NACIONAL – Capturado em 10 de abril de 2003.


Online. Disponível na Internet: http://www.csn.com.br

DANGELO, J.G. e FATTINI, C. A. Anatomia Humana Básica. Editora Atheneu: São


Paulo, 1995.

FERRANTE, S.F M. SANTOS, J.F.R. C., “Materials selection as an interdisciplinary


technical activity: basic methodology and case studies” Materials Research, São
Carlos, v3, (2), p.1-9, april/2000.

HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva,


2001.

IIDA, Itiro. Ergonomia Projeto e Produção. Editora Edgard Blücher: São Paulo, 1993.

JAMA - JOURNAL OF THE AMERICAN MEDICAL ASSOCIATION. Capturado em


20 de novembro de 2002. Online. Disponível na Internet: http://jama.ama-
assn.org/issues/v287n7/abs/joc20065.html

KAPANDJI, I.A. Fisiologia articular – Membro superior. Vol. 1. 5ª Ed. Editora Manole:
São Paulo, 1990.

LAVILLE, Antoine. Ergonomia. Editora pedagógica e universitária: São Paulo, 1977.


Trad. Marcia Maria Neves Teixeira.

MAYO, N. E.; WOOD-DAUPHINEE, S.; CÔTÉ, R.; GAYTON, D.; CARLTON, J.; BUTTERY,
J. and TAMBLYN, R. There’s No Place Like Home : An Evaluation of Early Supported
Discharge for Stroke. Stroke - Journal of the American Heart Association, Chicago, v.31,
p.1016 – 1023. may/2000.

MORAES, A. de; MONT’ALVÃO, C. Ergonomia: Conceitos e Aplicações. Rio de Janeiro:


Editora 2AB, 2000. 2 ed., ampliada. 136 p.

MORAES, Ana Maria de e PEQUINI, Suzi Mariño. Ergodesign para Trabalho com
Terminais Informatizados. Editora 2AB, Série Oficina: Rio de Janeiro, 2000.

REVISTA ÉPOCA. Serviços Médicos - Armadilhas na saúde. São Paulo: Editora Globo,
Edição 135, dezembro/2000.

UNEB – PÓSDESIGN 2003 94


Suporte de apoio para repouso e acomodação de enfermos em residências

REVISTA HOSP. São Paulo: Editora suprimentos e Serviços LTDA, Ano 7, n. 82,
Outubro/2001. Suprimentos e Serviços Hospitalares.

REVISTA HOSP. São Paulo: Editora suprimentos e Serviços LTDA, Ano 8, n. 89,
maio/2002. Suprimentos e Serviços Hospitalares.

REVISTA HOSP. São Paulo: Editora suprimentos e Serviços LTDA, Ano 8, n. 90,
junho/2002. Suprimentos e Serviços Hospitalares.

REVISTA HOSP. São Paulo: Editora suprimentos e Serviços LTDA, Ano 8, n. 91,
julho/2002. Suprimentos e Serviços Hospitalares.

REVISTA HOSP. São Paulo: Editora suprimentos e Serviços LTDA, Ano 8, n. 96,
novembro/2002.Suprimentos e Serviços Hospitalares.

REVISTA HOSP. São Paulo: Editora suprimentos e Serviços LTDA, Ano 9, n. 98,
janeiro/2003.Suprimentos e Serviços Hospitalares.

USIMINAS. Capturado em 15 de abril de 2003. Online. Disponível na Internet:


http://www.usiminas.com.br/FrontDoor2/0,2606,,00.html

http://www.pronep.com.br/cjp/biblio.htm#3

UNEB – PÓSDESIGN 2003 95

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