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Curso de Básico de

Recarga de Munições

Criação, pesquisa e elaboração


EQUIPE PEGASUS

2012
Índice

Apresentação
Introdução
Equipamentos, produtos e acessórios para recarga
Segurança para recarga
A recarga
Dicas para recarregar munições
Tabela de recargas
Perguntas frequentes
Normas para compra e recarga de munições
Legislação sobre armas

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Apresentação

Recarga de munição é uma atividade realizada por atiradores para montar


munições, reutilizando os estojos (cápsulas) deflagrados. De maneira geral, a
recarga consiste em retirar a espoleta usada, inserir uma nova espoleta, o
propelente (pólvora) e por fim o projétil na cápsula.

A atividade é regulamentada no Brasil pelo DFPC (Departamento de


Fiscalização de Produtos Controlados) e, portanto, para realizar a recarga o
atirador deve obter autorização (Certificado de Registro - CR) neste órgão.

Com a técnica apresentada neste curso o leitor poderá iniciar no campo


da recarga para os calibres mais comuns e de uso em nosso país, a exemplo
dos calibres .32 S&W Long, .38 SPL, .357 Magnum, .44-40 (.44 Winchester),
6,35 (.25 auto), 7.65 (.32 auto), .380 (9mm curto), 9mm (9x19), .40 S&W, .45
ACP, bastando somente observar as regras de segurança e claro, seus
respectivas equipamentos e cargas propelentes.

Uma das maiores vantagens da recarga é a economia em relação ao


preço de uma munição nova (podendo chegar a 300 ou 400% de diferença em
relação ao preço de uma munição nova) bem como, a possibilidade de se obter
resultados diferentes da munição comercial.

Desejamos que este seja o ponto de partida para aqueles que desejam
adentrar no fascinante campo da recarga de munições.

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Introdução
Munição

Munição é o projétil a ser disparado de uma arma de fogo. Cartucho é o


conjunto do projétil e os componentes necessários para lançá-lo, no disparo.

O cartucho para arma de defesa contém um tubo oco, geralmente de


metal, com um propelente no seu interior; em sua parte aberta fica preso o
projétil e na sua base encontra-se o elemento de iniciação. Este tubo, chamado
estojo, além de unir mecanicamente as outras partes do cartucho, tem formato
externo apropriado para que a arma possa realizar suas diversas operações,
como carregamento e disparo.

O projétil é uma massa, em geral de liga de chumbo, que é arremessada


à frente quando da detonação da espoleta e consequente queima do
propelente. É a única parte do cartucho que passa pelo cano da arma e atinge
o alvo.

Para arremessar o projétil é necessária uma grande quantidade de


energia, que é obtida pelo propelente, durante sua queima. O propelente
utilizado nos cartuchos é a pólvora, que, ao queimar, produz um grande volume
de gases, gerando um aumento de pressão no interior do estojo, suficiente
para expelir o projétil.

Como a pólvora é relativamente estável, isto é, sua queima só ocorre


quando sujeita a certa quantidade de calor; o cartucho dispõe de um elemento
iniciador, que é sensível ao atrito e gera energia suficiente para dar início à
queima do propelente. O elemento iniciador geralmente está contido dentro da
espoleta.

Um cartucho completo é composto de:

 Projétil
 Estojo
 Propelente
 Espoleta

Projéteis

Projétil é qualquer sólido que pode ser ou foi arremessado, lançado. No


universo das armas de defesa, o projétil é a parte do cartucho que será lançada
através do cano.

O projétil pode ser dividido em três partes:

 Ponta: parte superior do projétil que fica quase sempre exposta,


fora do estojo.

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 Base: parte inferior do projétil que fica presa no estojo e está
sujeita à ação dos gases resultantes da queima da pólvora.
 Corpo: cilíndrico, geralmente contém canaletas destinadas a
receber graxa ou para aumentar a fixação do projétil ao estojo.

Projéteis de chumbo

Como o nome indica, são projéteis construídos exclusivamente com ligas


desse metal. Podem ser encontrados diversos tipos de projéteis, destinados
aos mais diversos usos, os quais podemos classificar de acordo com o tipo de
ponta e tipo de base.

Tipos de pontas:

 Ogival: uso geral, muito comum.


 Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e
perfura o papel de forma mais nítida.
 Semi-canto-vivo: uso geral.
 Ogival ponta plana: uso geral; muito usado no tiro prático (IPSC)
por provocar menor número de "engasgos" com a pistola.
 Cone-truncado: mesmo uso acima.
 Semi-ogival: também muito usado em tiro prático.
 Ponta oca: capaz de aumentar de diâmetro ao atingir um alvo
humano (expansivo), produzindo assim maior destruição de
tecidos.

Projéteis encamisados

São projéteis construídos por um núcleo recoberto por uma capa externa
chamada camisa ou jaqueta. A camisa é normalmente fabricada com ligas
metálicas como: cobre e níquel; cobre, níquel e zinco; cobre e zinco; cobre,
zinco e estanho ou aço.

O núcleo é constituído geralmente de chumbo praticamente puro,


conferindo o peso necessário e um bom desempenho balístico. Os projéteis
encamisados podem ter sua capa externa aberta na base e fechada na ponta
(projéteis sólidos) ou fechada na base e aberta na ponta (projéteis expansivos).

Os projéteis sólidos têm destinação militar, para defesa pessoal ou para


competições esportivas. Destaca-se sua maior capacidade de penetração e
alcance.

Já os projéteis expansivos destinam-se à defesa pessoal, pois ao atingir


um alvo humano é capaz de amassar-se e aumentar seu diâmetro, obtendo
maior capacidade lesiva. Esse tipo de projétil teve seu uso proibido para fins
militares pela Convenção de Genebra.

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Os projéteis expansivos podem ser classificados em totalmente
encamisados (a camisa recobre todo o corpo do projétil) e semi-encamisados
(a camisa recobre parcialmente o corpo, deixando sua parte posterior exposta).
Os tipos de pontas e tipos de bases são os mesmos que os anteriormente
citados para os projéteis de chumbo.

Projéteis expansivos

São projéteis que tem a expansão maior, como um projétel de um fuzil ou


rifle.

Os projéteis expansíveis também são conhecidos com projeteis "dum-


dum", Existe o mito popular de que o nome "DumDum" significa que o 1º "Dum"
é do disparo e o 2º "Dum" da expansão do projetil, mas a origem do nome
"DumDum" está associado a este tipo de projétil devido os primeiros estudos e
desenvolvimento deste tipo de projétil ocorrerem na cidade de DumDum na
Índia, pela Inglaterra.

Estojo (cápsula)

O estojo é o componente de união mecânica do cartucho, apesar de não


ser essencial ao disparo, já que algumas armas de fogo mais antigas
dispensavam seu uso.

Trata-se de um componente indispensável às armas modernas. O estojo


possibilita que todos os componentes necessários ao disparo fiquem unidos em
uma peça, facilitando o manejo da arma e acelera o intervalo em cada disparo.

Atualmente, a maioria dos estojos são construídos em metais não-


ferrosos, principalmente o latão (liga de cobre e zinco), mas também são
encontrados estojos construídos com diversos tipos de materiais como
plásticos (munição de treinamento e de espingardas), papelão (espingardas) e
outros.

A forma do estojo é muito importante, pois as armas modernas são


construídas de forma a aproveitar as suas características físicas.

Para fins didáticos, o estojo será classificado nos seguintes tipos:

• Quanto à forma do corpo:

Cilíndrico: o estojo mantém seu diâmetro por toda sua extensão


Cônico: o estojo tem diâmetro menor na boca
Garrafa: o estojo tem um estrangulamento (gargalo).

Cabe ressaltar que, na prática, não existe estojo totalmente cilíndrico,


sempre haverá uma pequena conicidade para facilitar o processo de extração.

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Os estojos tipo garrafa foram criados com o fim de conter grande
quantidade de pólvora, sem ser excessivamente longo ou ter um diâmetro
grande. Esta forma é comumente encontrada em cartuchos de fuzis, que
geram grande quantidade de energia e, muitas vezes, têm projéteis de
pequeno calibre.

• Quanto aos tipos de base:

Com aro: com ressalto na base (aro ou gola);


Com semi-aro: com ressalto de pequenas proporções e umas
ranhuras (virola);
Sem aro: tem apenas a virola.
Rebatido: A base tem diâmetro menor que o corpo do estojo.

A base do estojo é importante para o processo de carregamento e


extração, sua forma determina o ponto de apoio do cartucho na câmara ou
tambor (headspace), além de possibilitar a ação do extrator sobre o estojo.

• Quanto ao tipo de iniciação:

Fogo Circular (anelar): A mistura detonante é colocada no interior do


estojo, dentro do aro, e detona quando este é amassado pelo
percussor;
Fogo Central: A mistura detonante está disposta em uma espoleta,
fixada no centro da base do estojo.

Cabe lembrar que alguns tipos de estojos nos diversos itens da


classificação dos estojos não foram citados por serem pouco comuns.

Propelente

Propelente ou carga de projeção é a fonte de energia química capaz de


arremessar o projétil à frente, imprimindo-lhe grande velocidade. A energia é
produzida pelos gases resultantes da queima do propelente, que possuem
volume muito maior que o sólido original. O rápido aumento de volume de
matéria no interior do estojo gera grande pressão para impulsionar o projétil.

A queima do propelente no interior do estojo, apesar de mais lenta que a


velocidade dos explosivos, gera pressão suficiente para causar danos na arma,
isso não ocorre porque o projétil se destaca e avança pelo cano, consumindo
grande parte da energia produzida.

Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de defesa é a


pólvora química ou pólvora sem fumaça. Desenvolvida no final do século
passado, substituiu com grande eficiência a pólvora negra, que hoje é usada
apenas em velhas armas de caça e réplicas para tiro esportivo. A pólvora
química produz pouca fumaça e muito menos resíduos que a pólvora negra,
além de ser capaz de gerar muito mais pressão, com pequenas quantidades.

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Dois tipos de pólvoras sem fumaça são utilizadas atualmente em armas
de defesa:

• Pólvora de base simples: fabricada a base de nitrocelulose, gera


menos calor durante a queima, aumentando a durabilidade da arma.
• Pólvora de base dupla: fabricada com nitrocelulose e nitroglicerina,
tem maior conteúdo energético.

O uso de ambos tipos de pólvora é muito difundido e a munição de um


mesmo calibre pode ser fabricada com um ou outro tipo.

Espoleta

A espoleta é um recipiente que contém a mistura detonante e uma


bigorna, utilizado em cartuchos de fogo central.

A mistura detonante, é um composto que queima com facilidade,


bastando o atrito gerado pelo amassamento da espoleta contra a bigorna,
provocada pelo percussor. A queima dessa mistura gera calor, que passa para
o propelente, através de pequenos furos no estojo, chamados eventos.

Os tipos mais comuns de espoletas são:

• Boxer: muito usada atualmente, tem a bigorna presa à espoleta e se


utiliza de apenas um evento central, facilitando o desespoletamento do
estojo, na recarga.
• Berdan: utilizada principalmente em armas de uso militar, a bigorna é um
pequeno ressalto no centro da base do estojo estando a sua volta dois
ou mais eventos.
• Bateria: utilizada em cartuchos de caça, tem a bateria incorporada na
espoleta de forma a ser impossível cair, facilitando o processo de
recarga do estojo.

Outros tipos de espoletas foram fabricados no passado, mas hoje são


raros de serem encontrados.

Equipamentos, produtos e acessórios para recarga.

PRENSAS

No mercado nacional existem diversos tipos de prensas e


máquinas, desde as mais simples até as mais modernas,
importadas e nacionais.

• Prensa tipo C
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É a prensa mais barata do mercado, serve para recarregar
todos os calibres aqui mencionados e também cartuchos de
tamanho maiores como os cartuchos de fuzis.

• Prensa tipo O
Igualmente a sua irmã acima, faz parte das prensas mais
baratas do mercado. São indicadas para recarga de todos os
calibres de armas curtas. Assim como a prensa tipo O, recebem
somente uma única ferramenta (die) por vez, nas etapas da
recarga.

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• Prensa tipo torre

São prensas que recebem mais de uma ferramenta de recarga


(dies) e que depois de devidamente ajustadas a elas, podem ser
utilizadas somente rotacionando a parte superior.

• Prensa semi-progressiva
São prensas onde todas as ferramentas de recarga são
instaladas e reguladas na prensa, mas cada etapa é feita
manualmente. São mais rápidas que as dos tipos C e O.

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Prensa nacional fabricada pela Recargamatic, empresa genuinamente
nacional. Veja seu funcionamento no link abaixo:

• Prensa progressiva

São prensas que depois de todas as ferramentas instaladas


(dies), cada movimento da alavanca leva o estojo para uma
determinada etapa, finalizando a recarga da munição com bastante
rapidez.

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• Prensa automática

Os compradores desse tipo de euipamento são forças policiais,


academias de polícia, clubes de tiro algumas empresas de segurança.
Possuem uma produção toda automatizada e bastante elevada.

Máquina automática para recarga de munições. Produto nacional,


fabricada em Campina Grande – PB, pela CELGON. Empresa nacional
com mais de 30 anos de atuação. Veja seu funcionamento no link abaixo:

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DIES

São elementos instalados no topo das prensas para carregar


as munições. Em alguns calibres é composto por três ferramentas e
em outros por duas ferramentas. Tem suas peças interiores
totalmente reguláveis. Veja o seu interior na imagem abaixo

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SHEL HOLDER
É a ferramenta que irá segurar o estojo durante as fases da recarga. Para
cada calibre existe um shell holder, mas existe esse equipamento de modelo
universal.

BALANÇAS DE PRECISÃO E DOSADORES DE PÓLVORA


Existem diversos tipos de dosadores e balanças de precisão que são
usadas para recargas. Dentre todos de uso manual, o polvorímetro (abaixo e
da direita) é um dos mais práticos.

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Conjunto de canecas dosadoras de pólvora, com diversas medidas.

ESPOLETAS

Espoleta é a mistura iniciadora responsável pela iniciação da queima da


pólvora na ocasião do tiro. No mercado nacional a CBC fornece três tipos de
espoletas para recarga de cartuchos de fogo central, com três tipos diferentes
de sistema de iniciação: Boxer, Bateria e Berdan.

A espoleta Boxer caracteriza-se por possuir uma bigorna montada dentro


da cápsula que contém a mistura iniciadora. A bigorna dá apoio ao percussor
da arma, que comprime a cápsula e esmaga a mistura, provocando chamas
que passam pelo evento (pequeno furo) do estojo da munição. Dessa forma,

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tem início a queima da pólvora. A espoleta tipo Boxer é montada no bolso dos
estojos tipo Boxer o qual não possuem bigorna.

A espoleta do tipo Bateria caracteriza-se por ser constituída por cápsula,


bigorna e estojo próprio com evento; a espoleta tipo Bateria é montada no
bolso dos cartuchos de caça. Já a espoleta Berdan é constituída por uma
cápsula com a mistura. Ela é utilizada nos estojos tipo Berdan, isto é, estojo
com bigorna. Sua iniciação ocorre no momento em que o percussor da arma
comprime a cápsula e esmaga a mistura contra a bigorna existente no estojo.

Em nosso caso usaremos espoletas do tipo boxer, pois as espoletas do


tipo berdan somente são utilizadas aqui no Brasil para alguns cartuchos
militares e as do tipo bateria para cartuchos de caça.

Em lojas de produtos para recarga de munições também podem ser


encontradas espoletas importadas de excelente qualidade, como por exemplo,
espoletas CCI, Winchester, Remington, etc,

Os tamanhos e tipos de espoletas vendidos pela CBC são as da tabela


abaixo:

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ESPOLETADORES

Tem a função de colocar a espoleta no local correto, chamado


“bolso da espoleta”.

Possuem diversos tipos, desde os que vem juntamente no kit


presa e jogos de dies até os espoletadores manuais que são
utilizados independente do uso da prensa

Fotos acima e abaixo, de espoletador que é utilizado em prensas.

Abaixo, foto de um espoletador manual da marca norte-americana Lee.

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ESTOJOS (CÁPSULAS)
Os estojos são os elementos onde serão montadas as munições. Podem
ser estojos de munições que falharam e foram totalmente desmontados
(usando o martelo de inércia), estojos de munições deflagradas ou mesmo,
estojos novos adquiridos de fornecedores. Se bem cuidados, os estojos
chegam a ser reutilizados por mais de 10 vezes. O único fabricante nacional de
estojos é a CBC – Companhia Brasileira de Cartuchos e um atirador registrado
em clubes e federações podem adquiri-los diretamente da empresa.

PÓLVORA

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As pólvoras podem ser de base simples (BS) ou base dupla
(BD), com e sem fumaça.
Nas recargas dos calibres informados neste curso, usaremos
pólvora sem fumaça e de base simples, seguindo a carga padrão da
CBC – Cia. Brasileira de Cartuchos.
Entretanto, outras pólvoras de excelente qualidade como as
fabricadas pela Imbel – Indústria de Material Bélico do Brasil –
também podem ser utilizadas se consultado material específico
sobre recarga com essas póvoras

Obs.: No final do curso contém uma tabela de recargas

A esquerda póvora Fox, da Cia. De fogos Atômica e a direita pólvora da cbc.

PROJÉTEIS

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Os projéteis vendidos no mercado nacional possuem grande variedade de
modelos, pesos e medidas, para diversos calibres.

Podem ser adquiridos diretamente da CBC ou de outros fabricantes como


a Celgon, Metalúrgica Marcondes e em lojas que vendem produtos para
recarga.

Logo abaixo as fotos mostram os tipos mais comuns de projéteis.

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Fonte: www.cbc.com.br

COQUILHA
É um equipamento utilizado para fabricar projéteis de forma artesanal e
em vêz de comprá-los prontos. Existe de diversos calibres e formatos.

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CALIBRADOR DE PROJÉTEIS

Calibrador de projéteis é uma prensa que calibra o projétil e ao


mesmo tempo introduz lubrificante nas ranhuras dos projéteis. É
utilizado por que faz seus próprios projéteis.

TRIMMER (mini freza)


Equipamento utilizado para fresar estojos que sofrerem alterações após o
disparo, fato muito comum em cartuchos tipo garrafinha.

ESCARIADOR

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Ferramenta utilizada para fazer a rebarba interna e externa em
estojos que passaram pelo Trimmer (mini-fresa). Normalmente para
estojos de granes calibres como os estojos tipo garrafinhas.

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ACESSÓRIOS E UTENSÍLIOS
• Bandeja para Estojos

• Bandeja para espoletas

• Caixas plásticas para munições

• Martel de inércia – Equipamento usado para desmontar munições.

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• Funis

Acessórios utilizados no auxílio da colocação da carga de pólvora.

• Tamboreador – Equipamento utilizado para limpar estojos

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• Instrumentos de aferição

• Bandeja espoletadora

Acessório utilizado para dar mais rapidez nas recargas.

Segurança para recarga


A espoleta e o propelente (pólvora) são materiais perigosos e o seu
manuseio deve ser realizado por pessoas devidamente habilitadas.

Para recarregar munições são necessários além de alguns equipamentos


básicos, atentar para regras de segurança abaixo:

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 O Sistema de ventilação e iluminação natural ou artificial com exaustores
e proteção de lâmpadas deve garantir desde o conforto térmico até a
renovação permanente do ar ambiente

 Terminantemente proibido fumar no seu interior, bem como não manter


fósforos ou aparelhos em condições de produzir faíscas ou chamas
abertas. Uma simples queda de um isqueiro pode produzir faíscas e
ocasionar um grave acidente.

 Não consumir drogas ou bebidas alcoólicas durante a recarga ou


permanência em no interior do local de recarga.

 Não fazer uso de remédios que possam alterar seu raciocínio e/ou
capacidade de reação.

 Não manter crianças ou animais no local de recarga.

 Manter atenção e concentração durante todos os procedimentos (evite


tv, rádio, pessoas etc.).

 Jamais confiar na memória (leia as tabelas de recarga para os calibres


desejados, faça anotações de suas recargas, etc). Da mesma maneira,
os produtos usados na recarga preferencialmente devem ser mantidos
nas embalagens do próprio fabricante. Caso troque de embalagem,
identifique o produto nos recipientes.

 Manter sua mesa de recarga (bancada) sempre limpa, organizada e sem


outros objetos que não fazem parte da recarga.

 Só mantenha na bancada o material destinado para recarga do calibre


desejado (um tipo de pólvora, as espoletas, estojos e projéteis) e na
quantidade que pretende recarregar.

 Não tente recarregar mais de um calibre ao mesmo tempo.

 Não recarregue cargas diferentes, mesmo que seja para um mesmo


calibre. O certo é carregar um lote primeiro, em seguida outro e assim
sucessivamente.

 Nuca use pólvoras desconhecidas ou sem identificação.

 Nunca misture tipos de pólvoras para recarregar uma munição (nem


mesmo mantenha mais de um tipo na bancada).

 Existem diversos tipos de pólvoras e estas geram pressões diferentes.


Desta forma consulte as medidas e/ou dosagens recomendadas pelos
fabricantes.

 Atente que existem pólvoras específicas para determinados calibres.

 Só use tabelas de recargas de fontes idôneas e já estadas.

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 Pólvoras e caixas de espoletas devem ser armazenadas em armários
fechados. É aconselhável revestir internamente o armário com isopor
para melhorar a proteção contra umidade e variações de temperatura
(não se guarda pólvoras em locais com temperatura superior a 38°C. O
ideal é temperaturas na faixa de 20 a 22°C).

 Não use pólvora deteriorada ou estragada (mudança de cor, grãos


melados e/ou colados uns nos outros denunciam isto bem como, odores
ácidos. O cheiro de uma pólvora boa é a de solventes como acetona,
éter ou mesmo álcool. Uma pólvora ruim causa falhas ou mesmo um
disparo retardado e isto pode ocasionar acidentes pois é comum um
atirador tirar a arma do alvo)

 Pólvoras estragadas devem ser queimadas em locais abertos, de


preferência em buracos abertos na terra. Não queime mais que 250
gramas por vez (deve-se fazer um rastilho com a própria pólvora até
uma distância segura onde foi posta). NUNCA QUEIME PÓLVORA EM
AMBIENTES FECHADOS.

 Use óculos de segurança

Veja abaixo o que uma recarga errada pode fazer...

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30
A recarga

LIMPEZA DOS ESTOJOS

Na recarga, o correto é que os estojos estejam limpos e totalmente secos


haja vista, humidade provoca falhas nas munições. Da mesma maneira,
munições recarregadas com estojos muito sujos dificultam as recargas, podem
danificar o equipamento e ainda favorecem as falhas em armas, principalmente
nas armas semi-automáticas e automáticas.

A limpeza do estojo pode ser feitas de diversas maneiras, desde maneira


manual ou usando o tamboreador (mais rápido e fácil) e que dependendo do
tamanho, limpam até mais de 1000 estojos por vez.

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O tamboreador para limpeza à seco, quando está em funcionamento
possui um sistema vibratório que proporciona o atrito entre os estojos e o
produto para sua limpeza.

Estojos devidamente limpos.

COMO É FEITA A RECARGA


Com os estojos devidamente limpos, chega hora de fazer a recarga. Esta
é constituída de várias etapas descritas abaixo e para os calibres .32 S&W
long, .38 SPL, .357 magnum, .44-40 (.44 winchester) 6,35 (.25 auto) e 7,65 (32
auto). Nestas recargas são utilizadas jogos de 3 dies.

 Retirada da espoleta e calibração externa do estojo (imagem 1 e 2)

 Calibração interna e abertura de boca do estojo (imagem 3)

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 Espoletamento (imagem 4)

 Colocação da carga de pólvora (imagem 5)

 Colocação do projétil para o posterior fechamento da munição com


ou sem cravamento deste. (imagem 6)

Nota: Para os calibres .380 (9mm curto), 9mm Luger (9x19), .40 S&W e .45
ACP, será necessário mais uma ferramenta para fazer o fechamento correto da
munição, denominado Taper Crimp. Assim como as outras ferramentas, esta
também é acoplada na prensa de recarga. Isto se dá devido às características
destas munições e sem ele as munições poderão apresentar falhas na
arma/munição.

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RECARREGANDO
1º passo – Colocação do shell holder

O shell horder é colocado no eixo central da prensa.

No eixo existe uma presilha que irá segurá-lo

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O shell holder é que irá segurar a cápsula em praticamente todas as
etapas da recarga.

2º passo – Colocação do die sacador de espoletas e calibrador externo


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Coloque o die sacador de espoletas/calibrador externo na parte superior
da prensa.

Note que o pino central este die é maior que o comprimento die. É ele que
irá retirar a espoleta utilizada.

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O die é colocado na prensa e em seguida deve ser regulado para que o
shell holder não toque nele quando o eixo da prensa foi levantado.

A distância correta é na faixa de 1 a 2 mm entre as duas peças.

Com o sie regulado, chega hora de retirar a espoleta e calibrar os estojos.


A dica é lubricar as cápsulas usando uma almofada de carimbos e óleo

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lubrificante para armas. Isto tornará o trabalho da recarga mais suave bem
como, evita desgastes no equipamento.

Coloque os estojos lubrificados em uma bandeja como da foto abaixo, Isto


facilita o trabalho e evita que sejam derrubados com facilidade.

Bandeja para recarga

Coloque um estojo deflagrado (se for novo já vem calibrado de fábrica e


sem espoleta).

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Baixe a alavanca da prensa, fazendo com quê o eixo central suba e leve o
estojo para dentro do die.

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A cápsula tem de entrar totalmente dentro do die. Lembre-se que as duas
peças não se tocam (die e shell holder).

Baixe a alavanca e retire o estojo.

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Observe que ele está sem a espoleta e certamente já calibrado.

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Com uma chave de fendas de tamanho similar ao local da espoleta, retire
os resíduos das espoletas deflagradas anteriormente. É importante que o
“bolso das espoletas” estejam limpos para melhor “assentamento” das novas
espoletas.

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Caso necessário, use uma escova para limpar canos de armas para
limpar a parte interior dos estojos.

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43
Depois de retirar as espoletas e calibrar todos os estojos, chega hora de
fazer a “abertura de bôca”. Retire o die retirador de espoletas/calibrador
externo.

3º passo – Colocação do die para calibração interna abertura da boca do


estojo.

Coloque o segundo die, que irá fazer a calibração interna e abrirá a “boca”
do estojo, da forma mostrada anteriormente (die e shell holder não se tocam).

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Observe abaixo a distância...

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Uma boa abertura de boca deve possuir um tamanho de 1mm (para
projéteis encamisados /semi-encamisados de 1 a 1,5mm (para projéteis de
chumbo) e é o suficiente para que o projétil fique montado no estojo e não caia.

Se não for feita a “abertura de boca”, o projétil não entra no estojo e além
de dificultar a recarga, danifica os estojos.

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Observe nas duas fotos abaixo o quanto o projétil entra no estojo. É o
suficiente para que ele fique montado e não caia do estojo durante o
movimento da prensa.

Observações:

Não faça a “abertura de boca” maior que o tamanho recomendado para não
inutilizar o estojo. A regulagem para abertura de boca é feita da seguinte
maneira: Coloca-se o die específico para o trabalho, levanta-se o eixo central
da prensa de maneira que o shell Hoder não toque no die (sem estojo). Assim
como mostrado anteriormente, esta distância é mínima.

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Em seguida deve-se rosquear o anel de trava até chegar ao topo da prensa
para então ser travado o com o parafuso disponível no die.

Retira-se de dentro do die o pino central que faz a calibração interna e contém
uma haste.

Coloca-se um estojo no shell holder e sobe totalmente o eixo da prensa de


forma que este introduza por completo o estojo dentro do die. Mantendo o eixo
nesta posição, coloca-se novamente a peça que foi retirada de dentro do die e
vai rosqueando ela até observar que a mesma encostou-se à “boca” do estojo.

Baixe o eixo central que contém o estojo e rosquei um pouco mais (muito
pouco) a haste central com o pino de calibração. Baixe a alavanca para
introduzir o estojo no die.

Retire o estojo e observe o tamanho da abertura bem como, se já consegue


“segurar” o projétil.

Caso a abertura esteja pouca, de forma que não conseguimos por o projétil e
ele não fica “assentado”, devemos ir baixando um pouco mais o pino de
calibração e testando introduzindo e retirando o estojo dentro do die (e sempre
observando e medindo o tamanho da abertura de boca).

Caso a abertura de boca esteja maior que o informado, deve-se desrosquear a


haste do pino central de maneira que este irá subir um pouco e usar outro
estojo para fazer o mesmo procedimento, sempre observando o tamanho da
abertura e testando com um projétil devidamente calibrado.

Aberturas de boca em excesso podem impedir etapa final da recarga


(fechamento da munição) bem como, diminuir a vida útil do estojo. Depois de
acertar a calibração do die, trava-se a porca da haste para que a calibração
permaneça.

Veja nas ilustrações abaixo o que ocorre com o estojo quando se usa esse die:

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Observe que a “boca” do estojo está com uma abertura mínima...

4º passo: Espoletamento

Nesta recarga está sendo utilizadas espoletas de fabricação norte-


americana, da renomada marca wicnhester.

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Aqui se optou por utilizar um espoletador manual da também renomada
empresa americana Lee (maioria dos fabricantes vendem juntamente com o
jogo de dies, um espoletador que pode ser usado na própria prensa logo após
a “abertura de boca” do estojo e calibração interna).

As espoletas serão colocadas dentro da parte transparente e através da


gravidade são encaminhadas para um pequeno canal por onde sairá
diretamente para o “bolso da espoleta” que fica no fundo do estojo.

O dedo indicador mostra onde o estojo será colocado. Igualmente ao shell


rolder, o estojo ficará preso nesta peça.

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Com o estojo em seu devido lugar, procede-se o espoletamento.

O estojo já contém uma nova espoleta.

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Obs.: Uma espoleta bem colocada fica um pouco mais baixa (profunda) que a
base do cartucho. Passando-se o dedo dar para notar a diferença em baixo
relevo.

PREPARANDO OS ESTOJOS (CÁPSULAS) DE BERDAN PARA BOXER

NOTA: Atualmente, as espoletas utilizadas nas munições nacionais e


importadas são do tipo “boxer”, mas ainda é comum se encontrar
munições antigas (na faixa de 25 a 30 anos) e que utilizavam espoletas do
tipo “Berdan”. Quando isto ocorrer, esses estojos terão de serem
transformados para calçarem espoletas do tipo boxer.

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Essa transformação pode ser feita facilmente usando equipamentos
específicos para isso ou mesmo, usando pinos extratores que vem nos
jogos de “dies” onde sua ponta é cortada em ângulo de 15º e
devidamente afiadas e temperadas, que serão instaladas no equipamento
de recarga. Grande parte dos fabricantes de “dies” já produzem esses
pinos extratores (que também fazem o trabalho de calibração externa do
estojo) com a ponta afiada, servido para retirar a espoleta de ambos os
tipos e ainda transformar os estojos berdan em boxer.

COLOCANDO A CARGA (PÓLVORA)


Mundialmente é utilizada para se medir a massa dos componentes para
recarga (projéteis e pólvora) a unidade de medida grain (grão), que
corresponde a aproximadamente 0,0648 gramas.

Desta forma, quem está recarregando as munições deverá certificar-se


que está usando como medida o grain em vez de gramas (para a pólvora e os
projéteis).

Outro item de suma importância para quem pretende fazer as recargas é


saber que o peso das cargas de pólvoras são baseados também, no peso dos
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projéteis bem como, no tipo de pólvora (nas recargas dos calibres informados
neste curso são pólvoras sem fumaça), pois existe variações entre um e outro
fabricante. Sendo assim, consulte as tabelas dos fabricantes ou publicações
especializadas. No final deste material tem uma tabela para recarga.

Aqui será usado um polvorímetro de mesa. Este tipo de equipamento já


vem de fábrica com regulagens (em grains) para cargas de pólvora e deve a
pessoa que está fazendo as recargas, regulá-lo para a carga desejada (sempre
observando as tabelas de recargas).

Uma balança de precisão é bastante útil para conferir o peso da carga


indicada pelo polvorímetro.

Aqui ele está “zerando” a balança com o recipiente para pólvora.

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Colocando a carga de pólvora no recipiente

Para fazer a nova pesagem.

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Estando as medidas corretas, a pólvora é colocada no estojo e em
seguida, este é separado na bandeja para recargas.

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Coloque pólvora em todos os estojos que já tiveram a “boca aberta” e já
receberam as espoletas. Não há necessidade pesar todas as cargas. A
pesagem é somente para saber se a dosagem que foi marcada no polvorímetro
está correta. Desta forma, o estojo pode ser carregado diretamente no
polvorímetro.

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Aqui quem está fazendo a recarga está dando uma conferida para saber
se os estojos estão todos com suas cargas.

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Use sempre uma bandeja apropriada para recargas, pois evita que os
estojos tombem e consequentemente derrubem a carga de pólvora, fazendo
que tenha novamente o trabalho de por a pólvora no estojo.

4º passo – Colocação do die de fechamento

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Retira-se o die de abertura de boca/calibração interna e coloca-se o outro
die para fechamento da munição.

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Coloca-se um estojo totalmente calibrado externamente e internamente
no shell holder, sem projétil.

Baixa-se alavanca até o final do curso para em seguida rosquear o die de


fechamento, da mesma maneira que as etapas anteriores (o shell holder não

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encostará no die). Quando do rosqueamento, o die irá baixando e cobrindo o
estojo, de forma que a “boca” do estojo encontre o ressalto que existe na parte
interna da peça. Este ressalto é quem irá fazer o fechamento correto da
munição (Crimp).

Observe que o parafuso central na parte superior do die está totalmente


levantado e sem nenhum travamento. Assim que die encontrar o ressalto
deverá ser retornado 1/8 de volta para então ser travado pela porcal.

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A distância entre o shell holder e o die deverá ser entre 1,5 e 1,6mm.

Em seguida deveremos proceder a regulagem da profundidade que o


projétil irá ficar no estojo. O parafuso na parte superior do die é quem vai
determinar isto. Com ele totalmente levantado, coloque um estojo calibrado,

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espoletado, com a “boca” já aberta e com a carga de pólvora em seu interior.
Coloque um projétil no estojo

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E levante todo o eixo central da prensa. Assim que chegar neste estágio
deveremos ir rosqueando o pino central do die, fazendo com que ele baixe e
encoste-se ao projétil que foi colocado no estojo. Depois de tocar no projetil,
baixe um pouco o eixo central da prensa e rosquei mais um pouco o pino
central do die, fazendo com que este baixe mais um pouquinho e então faça
com que o todo o estojo montado entre todo no die.

Retire a munição pronta

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E com um paquímetro veja se a munição está dentro dos padrões
normais de comprimento. Estando a munição dentro do tamanho normal, trave
o pino central do die e continue a recarregar suas munições. Caso o projétil
tenha entrado demais no estojo, retorne um pouco o pino central, fazendo com
que este suba. Caso o projétil tenha ficado mais para fora, fazendo com que a
munição fique com tamanho maior, aperte um pouco o pino central do die, para
que este possa descer um pouco mais e consequentemente “empurrar” mais
para dentro do estojo o projétil. Essas operações são feitas até chegar ao
tamanho correto da munição.

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No final você terá uma munição recarregada.

As munições de calibres 32 S&W, 38 SPL, 38 SPL +P, 357 MAGNUM,


6,35 (.25 auto) e 7,65 (.32 auto) são recarregadas exatamente da forma como
mostrada nas fotos anteriores. Este fechamento é chamado de roll crimping.
Veja acima o fechamento correto:

Principais problemas apresentados durante a recarga:

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1. A cápsula poderá aparecer um gargalo próximo ao culote, isto sinaliza
excesso de pressão.

2. Bala montada com projétil com diâmetro maior que o especificado pelo
calibre, acontece com fábricas de projéteis que não cuidam da medida.

3. Estufamento na zona do crimp, isto acontece mais quando se carrega com


projéteis encamisados ou de dureza muito alta. A causa poderá ser a não
coincidência do crimp na canaleta de crimp do projétil, ou então o projétil
possui uma canaleta pouco profunda. Solução é diminuir o crimp.
Consequências do estufamento é a bala não entrar no tambor.

4. Rachadura longitudinal - É causado por sobrecarga de pólvora ou mesmo


uma falha no material da cápsula, como uma minúscula bolha no material e
quando a cápsula é extrudada aparece a falha na mesma direção da extrusão
do material

5. Rachaduras na boca da cápsula - A causa é a fadiga sofrida pela cápsula


após muita recarga. Podemos diminuir esta fadiga dando menos crimp na
cápsula ou mesmo deixar sem nenhum crimp. Alguns recarregadores usam a
seguinte tática: coloca o projétil sem formar o crimp e depois introduz a bala
pronta, um a dois milímetros no calibrador de cápsula, logicamente afastando o
pino sacador de espoletas.

6. Clássica separação da cápsula em duas partes, isso acontece muito com


cargas excessivas de pólvora de queima rápida. Dá-se muito isso em
carabinas.

No caso de munições de calibres .380 auto (9mm curto), 9mm Luger


(9x19), .40 S&W e .45 ACP os fechamentos devem serem feitos do tipo Taper
Crimping. Para este tipo de fechamento são vendidas ferramentas
especificamente para isto. Consulte o vendedor se os jogos de dies nestes
calibres já fazem ou vem com esta ferramenta. Este tipo de fechamento é
importante para estes calibres em virtude de melhor “engastamento” dos
projéteis.

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O taper crimp é a última tarefa no caso destes calibres para pistolas e são
feitas depois das mesmas etapas mostradas anteriormente.

Taper Criping em munição de pistola

No caso de calibres para pistolas, as medidas têm de serem


rigorosamente dentro dos padrões para que não haja falha de alimentação.

Isso é facilmente notado colocando-se uma munição recarregada dentro


da câmara do cano da arma. Veja a ilustração abaixo:

Na ilustração acima, da esquerda para direita: Munição menor que o tamanho


correto; munição com tamanho maior que o correto e por fim, munição em
tamanho certo.

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Veja acima a diferença entre os tipos de fechamento da munição

Dicas para recarregar munições

 Na recarga de munições a leitura de informações em armas e capsulas


são facilitadas pela utilização de lupas ou visores de aumento.

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70
 Sua bancada de trabalho já deve estar sempre limpa e arrumada,
portanto consulte sua tabela de recargas, separe e coloque ali apenas
os componentes nas quantidades que serão imediatamente utilizados.
 Sua Tabela de Recargas deve conter apenas os dados de cargas já
previamente testados e aprovados.
 Adote um procedimento correto para a recarga de munições, definindo
suas fases e operações que serão inalteradamente repetidas. Caso
necessário altere o procedimento e defina as novas fases e operações
que substituirão as anteriormente adotadas.
 Registre todos os procedimentos, os problemas encontrados e suas
alterações.
 Sempre que mudar algum componente, propelente, espoletas, projéteis,
faça uma serie experimental de 10 munições, com 10% a menos na
quantidade de pólvora e submete-a a teste de tiro no cronógrafo, ajuste
a carga de acordo com os resultados, faça nova serie experimental de
10 munições e novo teste no cronógrafo até definir a carga aprovada
que passará a integrar a sua Tabela de Recarga;

Procedimentos Errados

 Deixar de efetuar os registros na Tabela de Recarga com os dados de


Cargas já testados e aprovados.
 Interpretação equivocada dos Manuais e Anotações dos dados relativos
da Recarga de Munições.
 Não inspecionar e descartar os estojos rachados, corroídos ou furados.
 Não inspecionar as cargas de pólvora em cada estojo para ver se está
correta, falta carga ou foi colocada dupla carga.
 Dosador ou balança com defeito ou ajustadas incorretamente,
resultando em cargas erradas de pólvora.

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71
 Se você usa somente dosador, confira sempre a carga em balança.
 Se você usa balança digital, confira o resultado com dosador ou em
outra balança.
 Se você usa balança de ourives, mande aferir periodicamente os “pesos”
e sempre confira a carga com dosador ou em outra balança.

 Local de trabalho desorganizado

Mantenha sempre bem organizado seu local de trabalho

Tabela para Recargas


Segue logo abaixo as tabelas fornecidas pela CBC e demais
considerações sobre seus produtos.

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73
CONSIDERAÇÕES

•Os valores de carga apresentados nas tabelas deste catálogo para obter
a velocidade média foram fixados utilizando-se na montagem das
munições e cartuchos, componentes (estojo, espoleta, projétil, bucha e
bagos de chumbo) empregados pela CBC no carregamento de munições
e cartuchos originais.
•Em alguns casos, podem ser empregadas no carregamento outras
pólvoras CBC além das especificamente recomendadas. Todavia,
aquelas sugeridas são as que não ultrapassam os limites máximos de
pressão determinados pelas normas internacionais SAAMI E CIP.
•Na fixação das cargas dos cartuchos de caça, somente foram utilizadas
buchas plásticas pneumáticas (petecas).
•Para o carregamento dos cartuchos Presidente, recomendamos a
utilização da pólvora 216.
•A utilização de componentes - estojos espoletas e projéteis - não
originais CBC, de lotes de pólvora diferentes daqueles empregados na
confecção das tabelas, de variações nas cargas de chumbo e na pressão
com a qual as buchas plásticas são inseridas nos estojos de cartuchos de
caça, nos tipos, peso e profundidade de colocação dos projéteis nos
estojos de munições carregadas com projéteis e até mesmo da técnica de
carregamento, poderão resultar em desempenhos balísticos diferente dos
indicados. Por medida de segurança, sugerimos ao praticante da recarga
que iniciem seus carregamentos utilizando carga 10% menor do que as
apresentadas nas tabelas e só aumentá-las até esses valores, caso não
seja observado nenhum indício de sobrepressão.

Advertência:
Devido à impossibilidade de exercermos qualquer controle sobre o
equipamento, componentes, método operacional, e menos ainda no uso
correto das cargas apresentadas nas tabelas, tanto no que diz respeito à
quantidade de pólvora utilizada quanto na substituição da recomendada por
outra, a CBC não assume nenhuma responsabilidade, explícita ou implícita
sobre os resultados e ocorrências com a munição recarregada pelo
consumidor.
Pólvoras são extremamente inflamáveis e devem ser manuseadas e
estocadas com cuidado, evitando-se impacto, atrito, calor excessivo, faísca ou
chama direta. Para sua segurança, mantenha o produto em sua embalagem
original e estocado em local fresco, seco e arejado. Nunca confine pólvora.
Fonte: www.cbc.com.br

Perguntas frequentes
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74
A primeira pergunta é quem pode comprar material de recarga e/ou
munições?

Resposta: Munição (cartucho pronto para o tiro) qualquer atirador que possuir o
CR (Certificado de Registro emitido pelo Exército, de sua Região Militar) e que
esteja em dias com o Clube ou Federação a qual pertence. O material de
recarga (estojo, espoleta, pólvora, projétil, bucha, chumbo, die, prensa e etc.)
somente os que possuírem no seu CR a autorização ou apostilamento para
procedimento de recarga. Procure um Clube de Tiro que certamente lhe
orientará sobre os procedimentos.

Como devo proceder para adquirir estes materiais?

Resposta: o primeiro passo é saber o que você precisa comprar e se pode ou


não. De posse da Tabela CBC 263 (1457) você vai escolher os produtos que
você necessita ou deseja adquirir. Entenda que somente o Exército autoriza
que você compre somente o que existir de armamento correspondente em seu
CR.

Exemplo: Tenho uma carabina .22 no meu CR e posso então comprar


munição .22 e se eu quiser comprar munição .50 já não poderei
pois não tenho arma registrada neste calibre.

O segundo passo é preencher o Requerimento para compra de munição e


recarga (479) para o download e colocar os materiais dentro dos campos
corretos, respeitando os limites estabelecidos no CR e no R105 (veja no site do
DFPC ).

O terceiro passo é solicitar do Clube de Tiro uma declaração de estar em dias


com o referido clube e solicitar a assinatura do Presidente do Clube no
requerimento.

O quarto passo é entregar na SFPC de sua região o requerimento com a cópia


do CR e a declaração de seu clube e pagar a taxa (GRU – Guia de
Recolhimento da União) referente ao pedido.

Após isto, aguarde que será informado a CBC, a você e ao seu Clube de tiro se
foi autorizado ou não. Depois de autorizado, o valor da aquisição será
depositado na conta da CBC e o material será enviado ao Clube de Tiro e você
deverá receber o material e assinar o mapa de recebimento.

Normas para recarga e compra de munições


Portaria Nº 1024, 04 de Dezembro de 1997.
(Recarga de Munições)
Aprova as Normas para Recarga de Munição.

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75
O MINISTRO DO ESTADO DO EXÉRCITO, no uso das suas atribuições que
lhe confere o disposto nas letras "g" e "u" do Art 21 e no parágrafo único do Art
294, do Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R105),
aprovado pelo Decreto nº 55.649, de 28 de janeiro de 1965 e alterado pelo
Decreto nº 88.113, de 21 de fevereiro de 1983, e de acordo com o que propõe
o Departamento de Material Bélico, resolve:

Art 1º Aprovar as NORMAS PARA RECARGA DE MUNIÇÃO, para uso


exclusivo em competições, testes e treinamentos de tiro, por atiradores ou
pessoas jurídicas.

Art 2º Revogar a Portaria Ministerial nº 294, de 30 de março de 1989, e outras


disposições em contrário.

Art 3º Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.

Gen Ex ZENILDO GONZAGA DE LUCENA

1. FINALIDADE
Definir as normas para a recarga de cartuchos a serem utilizados em
competições, testes e treinamentos de tiro, por atiradores, clubes e federações
de tiro, indústrias de armas, polícias civis e militares e empresas de formação
de vigilantes.

2. REFERÊNCIAS
- Dec n º 55.649, de 28 de janeiro de 1965 (R-105)
- Dec n º 88.113, de 21 de fevereiro de 1983 (Altera R-105)
- Dec n º 2.025, de 30 de maio de 1983 (institui a taxa de fiscalização de
produtos controlados) 3.

ABRANGÊNCIA
a. Estas normas abrangem:
Os equipamentos de recarga e seus acessórios, que só podem ser adquiridos
diretamente na indústria nacional ou por importação;

Os materiais de recarga , que podem ser adquiridos tanto no comércio


especializado como diretamente na indústria nacional, ou por importação.

b. As aquisições referidas no item anterior exigirão autorização do Ministério do


Exército, e sofrerão um tratamento caso a caso.

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76
c. A autorização para aquisição na indústria nacional e para importação é de
competência do Departamento de Material Bélico - DMB, e a autorização para
aquisição no comércio especializado é de competência das Regiões Militares.

4. HABILITAÇÃO
a. Os atiradores só poderão habilitar-se à execução da recarga, se forem
sócios de clube de tiro ou clube possuidor de departamento de tiro, registrado
na Região Militar e filiado à respectiva federação
de tiro.

b. Essa habilitação será efetivada por intermédio de apostila ao seu Certificado


de Registro.

c. Os clubes e federações de tiro, as indústrias de armas e outras entidades


afins, habilitar-se-ão à execução da recarga, para suas necessidades,
mediante apostila aos seus Certificados ou Títulos de Registro.

d. Os atiradores militares da ativa (oficiais, subtenentes e sargentos das Forças


Armadas e Forças Auxiliares), para fins de aquisição de equipamentos e
materiais de recarga, estarão dispensados da
exigência de filiação à clube e à federação de tiro.

e. Para fins de aquisição de equipamentos e materiais de recarga, as


organizações policiais civis e militares estão dispensados de registro no
Ministério do Exército. f. As empresas de formação de vigilantes – autorizadas
a funcionar pelo Ministério da Justiça e que não estão obrigadas a registro no
Ministério do Exército – deverão cadastrar-se nas Regiões Militares para
receberem autorização de aquisição ou licença prévia de importação de
equipamentos ou materiais de recarga.

5. LIMITES DE AQUISIÇÃO DE MATERIAIS DE RECARGA


a. O atirador habilitado a executar a recarga poderá adquirir, por intermédio do
clube ao qual estiver associado, ou da Organização Militar que pertença, para
uso exclusivo em treinamento ou competição de tiro, os materiais abaixo
relacionados, nos limites anuais a seguir estipulados:
Pólvora de caça Até 12.000 (doze mil) g
Espoletas para carregados a bala Até 10.000 (dez mil) un
Espoletas para caça Até 10.000 (dez mil) un
Projéteis dos cal autorizados para tiro Até 10.000 (dez mil) un
Estojos para arma de caça alma lisa Até 2.000 (duas mil) un
Estojos de metal cal autorizados Até 2.000 (duas mil) un
Pólvora para car carregados a bala Até 5.000 (cinco mil) g

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b. Para os atiradores integrantes das equipes de representação estadual ou
nacional as quantidades anteriores poderão ser acrescidas em até 50%.

c. As indústrias, clubes e federações de tiro habilitadas, quando precisarem


adquirir material para recarga, deverão comprovar as quantidades necessárias
junto aos Serviços de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC).

d. As empresas de formação de vigilantes deverão comprovar suas


necessidades perante o órgão competente do Ministério da Justiça.

6. SISTEMÁTICA PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS DE RECARGA

a. Sistemática relativa aos atiradores habilitados

1) A aquisição de equipamentos e materiais de recarga na indústria nacional,


ou no comércio especializado, será feita por intermédio dos clubes ou
federações, os quais apresentarão às Regiões Militares tantos mapas quantos
forem os fornecedores, nos quais constarão a discriminação do material e o
nome do atirador a que se destina.

2) A aquisição de equipamentos e materiais de recarga por importação, e


devidamente justificada, será procedida de maneira individual, através de
Certificados Internacionais de Importação, preenchidos e entregues às Regiões
Militares, por intermédio dos clubes ou federações.

3) No caso do atirador militar da ativa, é dispensada a intermediação de clubes


ou federações, devendo apresentar diretamente ao Comando da Região Militar
de vinculação, a sua solicitação de autorização para aquisição na indústria
nacional, no comércio especializado, ou para importação.

b. Sistemática relativa às organizações policiais civis


As organizações policiais civis apresentarão ao Comando da Região Militar de
vinculação, suas solicitações de autorização para aquisição na indústria
nacional, no comércio especializado, ou para importação.

c. Sistemática relativa às organizações policiais militares


As organizações policiais militares apresentarão á Inspetoria Geral das Polícias
Militares (IGPM), suas solicitações de autorização para aquisição na industria
nacional, no comércio especializado, ou para
importação.

d. Sistemática relativa às empresas de formação de vigilantes.

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1) As empresas de formação de vigilantes, para suas aquisições na indústria
nacional, encaminharão seus pedidos, ao órgão competente do Ministério da
Justiça.

2) Após serem autorizadas pelo Ministério da Justiça, as empresas


apresentarão suas solicitações de aquisição na indústria ao Comando de
Região Militar de vinculação, que as encaminhará ao
Departamento de Material Bélico, para autorização final.

e. Sistemática relativa a outras entidades


As indústrias de armas, as federações e clubes de tiro, para adquirir
equipamentos e materiais de recarga, apresentarão ao Comando de Região
Militar de vinculação suas solicitações de autorização para
aquisição na indústria, no comércio especializado, ou para importação.

f. Prescrições diversas

1) As solicitações de autorização para aquisição no comércio especializado, na


indústria nacional ou para importação, serão feitas separadamente.

2) Os pedidos para aquisição de equipamentos e materiais de recarga deverão


ser acompanhados do comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização de
Produtos Controlados correspondente.

3) As organizações policiais civis e militares estão dispensadas do pagamento


da Taxa de Fiscalização de Produtos Controlados.

7. CONTROLE DOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE RECARGA

a. O atirador habilitado à execução da recarga deverá registrar, no SFPC/RM a


que estiver vinculado, e no clube ao qual é associado, os equipamentos que
possui para esse fim. O clube, por sua vez, deverá manter um cadastro
atualizado dos sócios e seus equipamentos, remetendo uma cópia à federação
de tiro à qual
estiver filiado.

b. As federações de tiro consolidarão as informações oriundas dos clubes


filiados em um cadastro que conterá os nomes, os endereços e os
equipamentos dos atiradores habilitados à execução da recarga.

c. O atirador deverá informar ao seu clube, a compra, a venda ou a permuta de


equipamentos destinados à execução da recarga, bem como sua mudança de
domicílio.

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d. Os atiradores militares da ativa, deverão estar registrados como atiradores ,
e os equipamentos por eles adquiridos constarão de apostilas aos seus
Certificados de Registro.

e. Os equipamentos adquiridos pelas organizações policiais civis e militares


serão cadastrados nas Regiões Militares de vinculação.

f. A fim de que os SFPC regionais possam realizar o controle da aquisição de


equipamentos e materiais para recarga ,o DMB, através da DFPC, comunicará
as RM as autorizações concedidas.

g. Os clubes e federações de tiro, as indústrias de armas e outras entidades


afins, que se habilitarem à execução de recarga, deverão informar ao
SFPC/RM os tipos e quantidades de equipamentos de recarga que possuem e
os que vierem a adquirir, assim como quaisquer alterações ocorridas com os
mesmos.

h. As indústrias fornecedoras de equipamentos e materiais de recarga deverão


manter um controle atualizado dos adquirentes.

i. O comércio especializado poderá adquirir, para revenda, os materiais de


recarga na indústria nacional ou, excepcionalmente, por importação.

j. O comércio especializado deve fazer constar de seus mapas de


movimentação de produtos controlados, as quantidades de material de recarga
vendido e os nomes dos adquirentes.

8. RESPONSABILIDADES E SANÇÕES a. A munição recarregada somente


poderá ser utilizada nas
seguintes situações:

1) na prática de tiro, pelos atiradores habilitados adquirentes do material


destinado à recarga;

2) na prática de treinamento de tiro, pelos sócios, quadros ou alunos que se


constituam em pessoas jurídicas habilitadas à recarga;

3) nos testes de armas produzidas, pelos fabricantes de armas que se


habilitarem à recarga.

b. Não é permitida a comercialização da munição recarregada.

c. Os diretores de clubes e empresas , e os presidentes das federações de tiro


e de outras entidades, são responsáveis pelo controle da aquisição e da

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distribuição dos materiais destinados a recarga, controlados por seus órgãos,
devendo exercer fiscalização sobre o destino da munição recarregada e de
seus componentes.

d. O não-cumprimento das disposições prescritas nas presentes Normas


sujeitará o atirador ou a pessoa jurídica faltosa às seguintes sanções, além
daquelas que são previstas no R-105:

1) suspensão da autorização para aquisição de material de recarga pelo prazo


de 1 (um) ano.
2) suspensão em definitivo das referidas autorizações.
3) perda, por apreensão, do material encontrado em situação irregular.

e. As sanções não isentam os infratores das penalidades prescritas em Lei.

9. SEGURANÇA NA EXECUÇÃO DA RECARGA

a. As entidades especificadas no nº 4, letra c, destas Normas, por operarem


com quantidades significativas de pólvora e espoletas, na execução da
recarga, deverão fazer prova de posse de "área perigosa" julgada aceitável,
mediante vistoria do SFPC regional, na conformidade da legislação vigente.

b. Para efeito destas Normas, considera-se "área perigosa" julgada aceitável, a


área suficientemente distante de habitações, logradouros, estradas e depósitos
de explosivos e inflamáveis, com a finalidade de limitar os danos pessoais e
materiais, em caso de acidente.

MINISTERIO DA DEFESA
EXERCITO BRASILEIRO

DEPARTAMENTO LOGISTICO

(D Log / 2000)

PORTARIA N° 04-D LOG, DE 16 DE JULHO DE 2008.

Regulamenta os art. 2º e 4º da Portaria Normativa nº 1.811/MD, de 18 de


dezembro de 2006, sobre munição e cartuchos de munição; a recarga de
munição e cartuchos de munição, e dá outras providencias.

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O CHEFE DO DEPARTAMENTO LOGISTICO, no uso das atribuições
constantes do inciso IX do art. 11, do Capitulo IV da Portaria nº 201, de 2 de
maio de 2001 - Regulamento do Departamento Logístico (R-128); de acordo
com a alínea g, inciso VII do art. 19 da Portaria n° 727-Cmt Ex, de 8 de outubro
de 2007, e por proposta da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados
(DFPC), resolve:

Art. 1º Aprovar as normas reguladoras do controle e da aquisição de


munições, cartuchos de munição e suas partes (espoletas, estojos, pólvoras,
projeteis e chumbos de caça).

Art. 2º Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de sua


publicação.

Gen Ex RAYMUNDO NONATO CERQUEIRA FILHO

Chefe do Departamento Logístico

NORMAS REGULADORAS DO CONTROLE E DA AQUISIÇÃO DE


MUNIÇÕES, CARTUCHOS DE MUNIÇÃO E SUAS PARTES (ESPOLETAS,
ESTOJOS, PÓLVORAS, PROJÉTEIS E CHUMBOS DE CAÇA)

Capitulo I

DA FINALIDADE

Art. 1º Estas normas têm por finalidade regular:

I - o controle e as quantidades de cartuchos de munição, de uso


permitido, e de suas partes, autorizadas a serem adquiridas;

II - a quantidade de munição e cartuchos de munição que cada militar,


policial, atirador e caçador poderá adquirir para aprimoramento e qualificação
técnica; e

III - a aquisição e a utilização das partes de munição e cartuchos de


munição.

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Parágrafo único. Para os efeitos destas normas, são consideradas
partes de munição e cartuchos de munição: espoletas, estojos, pólvoras,
projeteis e chumbos de caça.

Capitulo II

DA CLASSIFICAÇÃO

Art. 2º A classificação das munições e cartuchos de munição, para fins


de controle de venda e estoque, é a prevista no art. 22 da Portaria Normativa
n° 581/MD, de 24 de abril de 2006.

Capitulo III

DA AQUISIÇÃO

Seção I

Dos cartuchos de munição

Art. 3º A quantidade de cartuchos de munição de uso permitido, por


arma registrada, que um mesmo cidadão poderá adquirir no comércio
especializado, é a seguinte:

I - ate 300 (trezentas) unidades de cartuchos de munição esportiva


calibre .22 de fogo circular, por mês;

II - ate 200 (duzentas) unidades de cartuchos de munição de caça e


esportiva nos calibres 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36 e 9.1mm, por mês.
Art. 4º A quantidade de cartuchos de munição de uso permitido, por
arma registrada, que cada integrante das Forças Armadas e dos órgãos citados
nos incisos I a V do caput do art. 144 da Constituição Federal, poderá adquirir,
para fins de aprimoramento e qualificação técnica, exclusivamente na indústria,
será de até 600 (seiscentos), por ano.

Seção II

Da munição

Art. 5º A quantidade de munição de uso permitido, por arma registrada,


que cada cidadão poderá adquirir no comércio especializado (lojista),
anualmente, é de até 50 (cinqüenta) unidades.

Art. 6° A quantidade de munição, por arma registrada, que cada


integrante das Forças Armadas e dos órgãos citados nos incisos I a V do caput
do art. 144 da Constituição Federal, poderá adquirir para fins de aprimoramento
e qualificação técnica, exclusivamente na indústria, será de até 600
(seiscentas) unidades por ano.

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Seção III

Das partes de munição e cartucho de munição para recarga

Art. 7º A aquisição das panes de munição e de cartuchos de munição,


esportiva ou de caga, (espoletas, estojos, pólvoras, projeteis e chumbos de
caça) poderá ser autorizada para:

I - órgãos de segurança pública, guardas municipais, portuárias e


prisionais;

II - confederações, federações e clubes de tiro;

III - empresas de instrutor de tiro registradas no Comando do Exército;

IV - fabricantes, para uso exclusivo em testes de armas, blindagens


balísticas e munições;

V - empresas de segurança privada ou de formação de vigilantes


autorizadas pelo Departamento de Policia Federal;

VI - atirador, caçador e instrutor de tiro; e

VII - caçador de subsistência, nos termos do art. 27 do Decreto n2


5.123, de 12 de julho de 2004.

1º As partes de munição de que trata o caput somente poderão ser


adquiridas na indústria. As partes de cartuchos de munição poderão ser
adquiridas na indústria e no comércio especializado

§ 2º Para as entidades e categorias elencadas nos incisos I a VI deste


artigo, a aquisição na indústria está sujeita a autorização da DFPC e no
comércio especializado, pela Região Militar de vinculação.

§ 3º A aquisição no comercio especializado por pane do caçador de


subsistência se Dara mediante a apresentação do Certificado de Registro de
Arma de Fogo - CRAF.

Art. 8º Fica autorizada a venda no comércio especializado apenas dos


seguintes tipos de material de recarga:

I - espoletas:

a) para cartucho de munição de arma de caga;

b) para espingarda de antecarga;

II - pólvora química e mecânica;

III - estojos de cartucho de munição; e

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IV - chumbo de caça ou esportivo.

Art. 9°. Ficam estabelecidas as seguintes quantidades máximas de


partes de munição e de cartuchos de munição que poderão ter as suas
aquisições autorizadas.

I - órgãos de segurança publica, guardas municipais, portuárias e


prisionais: a quantidade fica condicionada as necessidades de instrução e
emprego destes órgãos;

II - confederações, federações e clubes de tiro e de caça, para repasse


aos seus filiados registrados no Exercito, para uso exclusivo em treinamentos e
competições de tiro:

a) espoletas: ate 20.000 (vinte mil) unidades, no período de doze


meses, por atirador ou caçador;

b) estojos: ate 2.000 (duas mil) unidades, no período de doze meses,


por atirador ou caçador;

c) pólvora (mecânica e/ou química), até 5 (cinco) kg por atirador e 12


(doze) kg por caçador, no período de doze meses; e

d) projétil: ate 20.000 (vinte mil) unidades, no período de doze meses,


por atirador ou caçador.

III - empresa de instrução de tiro e instrutor de tiro, de acordo com o


número de alunos matriculados, por curso, e a necessidade individual exigida
para o curso correspondente;

IV - fabricante, para uso exclusivo em testes de armas, blindagem


balística e munições: de acordo com suas necessidades para fabricação e
desenvolvimento de novos produtos.

V - empresa de segurança privada e de formação de vigilantes: de


acordo com o estabelecido pelo Departamento de Policia Federal.

VI - atirador e caçador: de acordo com o estabelecido no inciso II do


presente artigo. VII - caçador de subsistência:

a) espoletas, até 200 (duzentas) unidades por mês;

b) estojos, até 200 (duzentas) unidades por mês;

c) pólvora (mecânica e/ou química), ate 1 (um) Kg por mês; e

§ 1º As quantidades estabelecidas neste artigo referem-se aos limites


máximos de aquisição, independente do numero de armas de fogo e dos
calibres.

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§ 2° E vedada a aquisição de material de recarga em calibre distinto
das armas registradas pelo interessado.

§ 3° A aquisição de chumbo de caça por caçador de subsistência não


está sujeita a limite de quantidade

Capitulo IV

DO CONTROLE

Art. 10. O comércio especializado deverá dispor de um registro das


vendas dos cartuchos de munição e suas partes, exceto dos registrados no
SICOVEM, conforme modelo anexo, contendo os seguintes dados:

I - nome do adquirente;

II - CPF e RG;

III - numero do registro da arma, especificando se o cadastro consta do


SIGMA ou SINARM;

IV - espécie;

V - quantidade vendida; e

VI - calibre.

Parágrafo único. O registro de que trata este artigo devera permanecer


arquivado por 05(cinco) anos, conforme § 30 do art. 21 do Decreto n° 5.123/04,
e a disposição da fiscalização.

Capitulo V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 11. Os procedimentos para aquisição de cartuchos de munição e


suas partes no comercio especializado são os previstos no parágrafo único do
art. 1° da Portaria Normativa/MD nº 1.811, de 18 de dezembro de 2006.

Legislação sobre armas

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA No. 023/2005-DG/DPF, DE 1o. DE SETEMBRO DE


2005

Estabelece procedimentos visando o


cumprimento da Lei 10.826, de 22 de
dezembro de 2003, regulamentada pelo
Decreto 5.123, de 1o. de julho de 2004,
concernentes à posse, ao registro, ao
porte e à comercialização de armas de
fogo e sobre o Sistema Nacional de
Armas – SINARM, e dá outras
providências.

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL, no


uso das atribuições que lhe confere o art. 27, inciso V, do Regimento Interno do
Departamento de Polícia Federal, aprovado pela Portaria 1.300/MJ, de 04 de
setembro de 2003, do Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Justiça,
publicada na Seção I do DOU no 172, de 5 de setembro de 2003, resolve:
Art. 1o. Expedir a presente Instrução Normativa – IN com a finalidade de
estabelecer procedimentos para o cumprimento das atribuições conferidas ao
Departamento de Polícia Federal pela Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de
2003, e pelo Decreto 5.123, de 1o. de julho de 2004, concernentes à aquisição,
transferência de propriedade, registro, trânsito e porte de arma de fogo,
comercialização de armas de fogo e munições, e sobre o Sistema Nacional de
Armas – SINARM.

Capítulo I

DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS – SINARM

SEÇÃO I

Da Abrangência do SINARM
Art. 2o. O Sistema Nacional de Armas – SINARM, instituído no Ministério
da Justiça, no âmbito do Departamento de Polícia Federal - DPF, tem
circunscrição em todo o território nacional.
Art. 3o. Ao SINARM compete:
I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo,
mediante cadastro;

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II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no
País;
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as
renovações expedidas pelo DPF;
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e
outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as
decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte
de valores;
V – identificar as modificações que alterem as características ou o
funcionamento de arma de fogo;
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;
VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas
a procedimentos policiais e judiciais;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder
licença para exercer a atividade;
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas,
exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e
munições;
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das
impressões de raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme
marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante; e
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do
Distrito Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos
respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.
§ 1o. Serão cadastradas no SINARM:
I – as armas de fogo institucionais, constantes de registros próprios:
a) da Polícia Federal;
b) da Polícia Rodoviária Federal; e
c) das Polícias Civis.
d) dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
referidos nos arts. 51, inciso IV, e 52, inciso XIII da Constituição;
e) dos integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais,
dos integrantes das escoltas de presos e das Guardas Portuárias;
f) das Guardas Municipais; e
g) dos órgãos públicos não mencionados nas alíneas anteriores, cujos
servidores tenham autorização legal para portar arma de fogo em serviço, em
razão das atividades que desempenhem, nos termos do “caput” do art. 6o. da
Lei 10.826 de 2003.
II – as armas de fogo apreendidas, que não constem dos cadastros do
SINARM ou Sistema de Gerenciamento Militar de Armas – SIGMA, inclusive as
vinculadas a procedimentos policiais e judiciais, mediante comunicação das
autoridades competentes à Polícia Federal;

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III – as armas de fogo de uso restrito dos integrantes dos órgãos,
instituições e corporações mencionadas no inciso II do art. 6o. da Lei 10.826 de
2003; e
IV – as armas de fogo de uso restrito, salvo aquelas mencionadas no
inciso II, do §1o., do art. 2o. do Decreto 5.123 de 2004.
§ 2o. Serão registradas na Polícia Federal e cadastradas no SINARM:
I – as armas de fogo adquiridas pelo cidadão com atendimento aos
requisitos do art. 4o. da Lei 10.826 de 2003;
II – as armas de fogo das empresas de segurança privada e de
transporte de valores; e
III – as armas de fogo de uso permitido dos integrantes dos órgãos,
instituições e corporações mencionados no inciso II do art. 6o. da Lei 10.826 de
2003.
§ 3o. Os dados do SINARM e do Sistema de Gerenciamento Militar de
Armas – SIGMA serão interligados e compartilhados, conforme o disposto no
art. 9o. do Decreto 5.123 de 2004.

SEÇÃO II

Do Gerenciamento do SINARM
o.
Art. 4 À Coordenação-Geral de Defesa Institucional – CGDI, da
Diretoria Executiva, compete o gerenciamento do SINARM, por intermédio do
Serviço Nacional de Armas – SENARM/DASP/CGDI, vinculado à Divisão de
Assuntos Sociais e Políticos.

Capítulo II

DA AQUISIÇÃO, TRANSFERÊNCIA E REGISTRO DAS ARMAS DE FOGO

SEÇÃO I

Da Aquisição de Arma de Fogo no Comércio Nacional


Subseção I
Das Armas de Fogo de Uso Permitido por Pessoa Física
Art. 5o. A Aquisição de arma de fogo de uso permitido por pessoa física,
somente é permitida mediante autorização expedida pelo SINARM, nos termos
do §1o. do art. 4o. da Lei 10.826 de 2003.
Parágrafo único. A aquisição de arma de fogo, diretamente da fábrica,
será precedida de autorização do Comando do Exército, como preceitua o
Decreto nº 5.123 de 2004.
Art. 6o. Para o requerimento e expedição da Autorização para Aquisição
de Arma de Fogo de uso Permitido por Pessoa Física, deverão ocorrer os
seguintes procedimentos:

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I – o interessado deverá comparecer a uma Delegacia de Defesa
Institucional – DELINST centralizada em Superintendência Regional, ou a uma
Delegacia de Polícia Federal, ou, em casos excepcionais, ao
SENARM/DASP/CGDI, e cumprir as seguintes formalidades:
a) ter idade mínima de vinte e cinco anos;
b) apresentar o formulário padrão – Anexo I, devidamente preenchido e
assinado, com duas fotos recentes no tamanho 3X4, além dos seguintes
documentos:
1. cópia autenticada de documento de identidade;
2. declaração de efetiva necessidade de arma de fogo, expondo os fatos
e as circunstâncias justificadoras;
3. certidões de antecedentes criminais, fornecidas pelas Justiças
Federal, Estadual, Militar e Eleitoral;
4. declaração de que não responde a inquérito policial ou a processo
criminal;
5. comprovantes de ocupação lícita e de residência certa, exceto para os
servidores públicos da ativa; e
6. comprovantes de capacidade técnica e de aptidão psicológica, ambos
para manuseio de arma de fogo;
II – os requerimentos protocolizados para obtenção da Autorização de
que trata este artigo, serão submetidos ao seguinte processamento, cuja
finalização deverá ocorrer no prazo máximo de trinta dias:
a) verificação nos Bancos de Dados Corporativos tais como: SINARM,
SINPI, SINIC e SINPRO;
b) obtido o “nada consta” ou anexado o comprovante de que o
interessado ultrapassa a quantidade legal de armas e/ou que possui
antecedente criminal, o chefe da DELINST ou da Delegacia de Polícia Federal
ou do SENARM/DASP/CGDI, deverá emitir parecer preliminar e não vinculante,
sobre a solicitação, e encaminhá-la à autoridade competente para decisão;
c) deferida a solicitação, será expedida em formulário padrão – Anexo II
e em caráter pessoal e intransferível, a autorização de compra da arma de fogo
indicada, e posteriormente à comprovação do pagamento da taxa de que trata
o inciso I do art. 11 da Lei 10.826 de 2003, será providenciado o registro e
emitido o Certificado de Registro de Arma de Fogo, em formulário padrão –
Anexo III; e
d) indeferida a solicitação, deverá ser dada ciência ao interessado, nos
autos da solicitação ou por qualquer outro meio que assegure a certeza da
ciência.
§ 1o. A autoridade competente poderá exigir documentos que
comprovem a efetiva necessidade de arma de fogo.
§ 2o. O comprovante de capacidade técnica terá validade de três anos e
deverá ser emitido por empresa de instrução de armamento e tiro registrada no
Comando do Exército, ou por instrutor de armamento e tiro: do quadro do DPF

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ou por este credenciado; do quadro das Forças Armadas; ou do quadro das
Forças Auxiliares.
§ 3o. A aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo será atestada
em laudo conclusiva, válida por três anos, lavrado por psicólogo do DPF ou por
psicólogo credenciado pelo DPF.
§ 4o. As certidões e os comprovantes mencionados nos itens “3” e “6” do
inciso I deste artigo, somente serão recebidos dentro do período de validade.
§ 5o. Os documentos citados nos itens “2”, “4” e “5” do inciso I deste
artigo, terão validade de noventa dias, contados da expedição.
§ 6o. Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais e
estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos Estados e do
Distrito Federal, deverão apresentar o formulário padrão – Anexo I,
devidamente preenchido e assinado, com duas fotos recentes no tamanho 3X4,
declaração de efetiva necessidade de arma de fogo, e cópia da identidade
funcional, ficando dispensados da idade mínima de vinte e cinco anos.
§ 7o. Os Magistrados e os membros do Ministério Público, em razão do
contido nas suas respectivas leis orgânicas, deverão apresentar o formulário
padrão – Anexo I, devidamente preenchido e assinado, com duas fotos
recentes no tamanho 3X4, cópia da identidade funcional e o comprovante de
capacidade técnica para manuseio de arma de fogo.
§ 8o. Do indeferimento de requerimento caberá pedido fundamentado de
reconsideração, no prazo de cinco dias úteis após a ciência do interessado, e
sendo mantida a decisão, o interessado poderá interpor recurso administrativo,
no prazo de dez dias úteis, contados a partir da ciência da negativa de
reconsideração.
§ 9o. São competentes para a apreciação de recurso administrativo de
requerimento indeferido, em ordem hierárquica crescente, o Coordenador-
Geral da CGDI, o Diretor Executivo e o Diretor-Geral do DPF.
§ 10. O recurso administrativo de requerimento indeferido deverá ser
decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento pela
autoridade superior, podendo ser prorrogado por igual período mediante
justificativa.
§ 11. O requerimento indeferido em definitivo será devolvido à origem,
para ciência do interessado e arquivamento.

Subseção II

Da Armas de Fogo de Uso Permitido por Instituição Pública


Art. 7o. A Aquisição de arma de fogo de uso permitido por Instituição
Pública, somente será permitida mediante autorização expedida pelo SINARM,
nos termos do §1o. do art. 4o. da Lei 10.826 de 2003.
Parágrafo único. A aquisição de arma de fogo, diretamente da fábrica,
será precedida de autorização do Comando do Exército, como preceitua o art.
4o. do Decreto 5.123 de 2004.

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Art. 8o. Para solicitar Autorização para Aquisição de Arma de Fogo de
uso Permitido por Instituição Pública, a interessada deverá encaminhar ofício
dirigido a uma Delegacia de Defesa Institucional – DELINST centralizada em
Superintendência Regional, ou a uma Delegacia de Polícia Federal, ou, em
casos especiais, ao SENARM/DASP/CGDI.
§ 1o. O ofício de que trata o “caput”, deverá conter:
I – as razões do pedido;
II – documentos comprobatórios da efetiva necessidade da arma de
fogo;
III – dentre outros dados, o número de servidores com autorização de
porte de arma de fogo; e
IV – informações sobre o local para armazenamento das armas e a
metodologia de controle do uso em serviço.
§ 2o. A autoridade de polícia federal competente deverá realizar inspeção
local a fim de verificar as condições de armazenamento e controle das armas a
serem adquiridas.
§ 3o. O deferimento das solicitações de aquisição de arma de fogo de
uso permitido por Instituição Pública não está sujeito ao cumprimento dos
requisitos previstos nos incisos I, II e III, do art. 4o. da Lei 10.826 de 2003,
ressalvada a exigência do pagamento da taxa respectiva.
§ 4o. O comprovante do recolhimento da taxa deverá ser apresentado
após o despacho decisório que autorizar a aquisição da arma de fogo.
§ 5o. Deferida a solicitação, será remetida a autorização e a respectiva
guia de trânsito em favor da Instituição Pública interessada, para a aquisição e
o transporte do armamento até o local onde será armazenado, após, será
expedido o respectivo registro de arma de fogo.
§ 6o. Havendo indeferimento do pedido, aplica-se o disposto nos §§ 8o. a
10 do art. 6o. desta IN.

SEÇÃO II

Da Transferência de Propriedade de Arma de Fogo

Subseção I

Das Armas de Fogo de Uso Permitido


o.
Art. 9 A transferência de propriedade de arma de fogo de uso permitido
entre pessoas físicas, por quaisquer das formas em direito admitidas, se sujeita
à prévia autorização do DPF, aplicando-se ao interessado todas as disposições
da Sub-Seção I da Seção I do Capítulo II desta IN.

Subseção II

Das Armas de Fogo de Uso Restrito

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Art. 10 A solicitação para transferência de propriedade de arma de fogo
de uso restrito e pertencente a integrante dos órgãos mencionados no inciso II
do art. 6o. da Lei 10.826 de 2003, será realizada mediante requerimento do
interessado.
§ 1o. Para a transferência de propriedade de arma de fogo de uso restrito
o interessado em transferir a propriedade deverá solicitar junto à Delegacia de
Defesa Institucional – DELINST centralizada em Superintendência Regional, ou
a uma Delegacia de Polícia Federal, ou, em casos especiais, ao
SENARM/DASP/CGDI, devendo ser cumprida a seguinte rotina:
I – o interessado em transferir a propriedade deverá apresentar o
requerimento em formulário padrão – Anexo I, devidamente preenchido e
assinado, com duas fotos recentes no tamanho 3X4, além de cópia da
identidade funcional e do registro da arma de fogo;
II – o requerimento deverá ser submetido a processamento para verificar
se preenche os requisitos legais, o interessado em transferir a propriedade e o
interessado em obter a propriedade;
III – inexistindo óbice para a transferência de propriedade, o processo
devidamente instruído, deverá ser encaminhado à autoridade competente, para
decisão; e
IV – sendo deferida a transferência de propriedade, será emitido novo
registro de arma de fogo.
§ 2o. A transferência de que trata o caput deste artigo, deverá ser
precedida de comunicação ao dirigente do respectivo órgão de lotação do
servidor que pretende transferir a posse.

Subseção III

Das Armas de Fogo de Empresas de Segurança Privada


Art. 11 A transferência de propriedade de arma de fogo de Empresa de
Segurança Privada será autorizada pelo DPF, nos termos da legislação federal
que disciplina a autorização e o funcionamento das empresas e a fiscalização
da atividade de segurança privada.
§ 1o. Os procedimentos relativos à transferência de propriedade de arma
de fogo de empresas de Segurança Privada, serão efetivados pela
Coordenação-Geral de Controle de Segurança Privada, conforme legislação
própria.

Seção III

Do Registro de Arma de Fogo


Art. 12 O registro de arma de fogo é obrigatório em conformidade com o
disposto no art. 3o. da Lei 10.826 de 2003, e deverá sempre acompanhar a
mesma.

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§ 1o. O certificado de registro de arma de fogo, em modelo padrão –
Anexo III, será expedido pela Polícia Federal, precedido de autorização do
SINARM, em conformidade com o disposto no § 1o. do art. 5o. da Lei 10.826 de
2003.
§ 2o. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do
Exército, na forma do Parágrafo único do art. 3o. da Lei 10.826 de 2003.
Art. 13 A solicitação de registro de arma de fogo deverá ser feita junto a
uma Delegacia de Defesa Institucional – DELINST centralizada em
Superintendência Regional, ou a uma Delegacia de Polícia Federal, ou, em
casos especiais, ao SENARM/DASP/CGDI, instruída com:
I – o formulário padrão – Anexo I, devidamente preenchido e assinado,
com duas fotos recentes no tamanho 3X4;

II – cópia autenticada de documento de identidade;


III – nota fiscal de compra; e
IV – comprovante do pagamento da respectiva taxa, prevista no inciso I
do art. 11 da Lei 10.826 de 2003.
§ 1o. O processamento da solicitação que trata este artigo obedecerá o
mesmo rito e as mesmas exigências para a obtenção de Autorização para
Aquisição de Arma de Fogo, como estabelecido no art. 6o. desta IN.
§ 2o. Após o deferimento da solicitação de registro de arma de fogo, esta
será encaminhada ao setor competente para emissão do Certificado de
Registro de Arma de Fogo, que terá validade de três anos, e será devolvido à
unidade de origem, para entrega ao solicitante.
Art. 14 A solicitação de renovação de registro de arma de fogo deverá
ser feita junto a uma Delegacia de Defesa Institucional – DELINST centralizada
em Superintendência Regional, ou a uma Delegacia de Polícia Federal, ou, em
casos especiais, ao SENARM/DASP/CGDI, obedecendo aos mesmos preceitos
estabelecidos no art. 6o. desta IN.

Capítulo III

DO TRÂNSITO E DO PORTE DE ARMA DE FOGO

SEÇÃO I

Do Trânsito de Arma de Fogo


Art. 15 A autorização para trânsito de arma de fogo de uso permitido
será concedida pelo SENARM/DASP/CGDI, pelas DELINST centralizadas em
Superintendência Regional, ou pelas Delegacias de Polícia Federal, mediante
solicitação do interessado, em formulário padrão – Anexo I, nos casos de
mudança de domicilio ou alteração temporária do local de guarda da arma.

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§ 1o. A autorização para trânsito de arma de fogo será registrada no
SINARM e expedida com validade temporal e territorial delimitada, em
formulário padrão – Anexo IV.
§ 2o. O disposto no “caput” deste artigo não se aplica às armas
pertencentes a militares das Forças Armadas, atiradores e caçadores,
representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro
realizada no território nacional e colecionadores de armas.
§ 3o. Durante o trânsito entre os respectivos locais de guarda, a arma de
fogo deverá permanecer embalada, desmuniciada e em local distinto da
munição, que também deverá permanecer embalada, de forma que não se
possa fazer pronto uso delas.
§ 4o. O trânsito de arma de fogo de propriedade de Empresa de
Segurança Privada será autorizado, exclusivamente, pela Coordenação-Geral
de Controle de Segurança Privada – CGCSP e nas unidades descentralizadas
pelas Delegacias de Controle de Segurança Privada – DELESP ou Comissões
de Vistoria – CV, mediante comprovante de solicitação de novo registro de
arma de fogo, recolhimento da taxa correspondente, e nos termos das demais
normas aplicáveis à espécie.

SEÇÃO II

Do Porte de Arma de Fogo

Subseção I
Da Validade e Categorias de Porte de Arma de Fogo
Art. 16 O porte de arma de fogo expedido pelo DPF terá validade
temporal de até 03 (três) anos, contados da data de emissão, e poderá
abranger a todo o território nacional, dependendo da justificada necessidade do
interessado, sendo classificado na categoria defesa pessoal ou caçador de
subsistência.
§ 1o. Excepcionalmente, a critério da autoridade competente, o prazo de
validade de que trata o caput poderá chegar a 5 (cinco) anos.
§ 2o. Na categoria defesa pessoal, o porte de arma de fogo poderá ser
concedido a brasileiros natos e naturalizados, bem como a estrangeiros
permanentes, maiores de 25 (vinte e cinco) anos, que atendam aos requisitos
constantes nos incisos I, II e III do §1o. do art. 10 da Lei 10.826 de 2003.
§ 3o. Na categoria de caçador de subsistência, o porte de arma de fogo
será concedido a brasileiros natos e naturalizados, bem como a estrangeiros
permanentes, maiores de 25 (vinte e cinco) anos, que comprovem a efetiva
necessidade, aplicando-se o disposto nos incisos I, II e III do artigo 27 do
Decreto 5.123 de 2004 e demais obrigações estabelecidas naquele diploma
legal.
§ 4o. O porte de que trata o parágrafo anterior será concedido apenas
para arma portátil de uso permitido, de tiro simples, com um ou dois canos, de
alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16.

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Subseção II

Da Solicitação de Porte de Arma de Fogo


Art. 17 O Porte de Arma de Fogo deverá ser solicitado em uma
Delegacia de Defesa Institucional – DELINST centralizada em
Superintendência Regional, ou a uma Delegacia de Polícia Federal, ou, em
casos especiais, ao SENARM/DASP/CGDI.
Art. 18 Para a obtenção do Porte de Arma de Fogo:
I – o interessado deverá cumprir as seguintes formalidades:
a) Porte de Arma Categoria Defesa Pessoal:
1. exigências constantes das alíneas “a” e “b” do inciso I do art. 6o. desta
IN;
2. declaração de efetiva necessidade de arma de fogo por exercício de
atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física, anexando
documentos comprobatórios;
3. cópia autenticada do registro da arma de fogo de sua propriedade; e
4. o interessado deverá ser submetido a uma entrevista com o policial
designado, na qual serão expostos os motivos da pretensão e verificada, em
caráter preliminar e não vinculante, a efetiva necessidade, por exercício de
atividade profissional de risco ou de ameaça a sua integridade física;
b) Porte de Arma Categoria Caçador de Subsistência:
1. certidão comprobatória de residência em área rural, expedida por
órgão municipal ou local;
2. cópias autenticadas do documento de identidade e do registro da
arma de fogo de sua propriedade; e
3. atestado de bons antecedentes.
II – os requerimentos protocolizados serão submetidos ao seguinte
processamento:
a) verificação nos Bancos de Dados Corporativos tais como: SINARM,
SINPI, SINIC e SINPRO;
b) obtido o “nada consta” ou anexado o comprovante de que o
interessado possui antecedente criminal, o chefe da DELINST ou da Delegacia
de Polícia Federal ou do SENARM/DASP/CGDI, deverá emitir parecer
preliminar e não vinculante, sobre a solicitação, e encaminhá-la à autoridade
competente para decisão;
c) deferida a solicitação, será comunicada ao requerente a necessidade
do pagamento da taxa de que trata o art. 11 da Lei 10.826 de 2003; após seu
recolhimento, será expedido o Porte de Arma de Fogo, em caráter pessoal e
intransferível, em formulário padrão – Anexo V, e providenciada a sua entrega;
e
d) indeferida a solicitação, deverá ser dada ciência ao interessado, nos
autos da solicitação ou por qualquer outro meio que assegure a certeza da
ciência.

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§1o. O prazo de validade das certidões e comprovantes são os mesmos
citados nos §§ 2o. a 5o. do art. 6o. desta IN.
§ 2o. São consideradas atividade profissional de risco, nos termos do
inciso I do § 1o. do art. 10 da Lei 10.826 de 2003, além de outras, a critério da
autoridade concedente, aquelas realizadas por:
I – servidor público que exerça cargo efetivo ou comissionado nas áreas
de segurança, fiscalização, auditoria ou execução de ordens judiciais;
II – sócio, gerente ou executivo, de empresa de segurança privada ou de
transporte de valores; e
III – funcionários de instituições financeiras, públicas e privadas, que
direta ou indiretamente, exerçam a guarda de valores.
§ 3o. Aos residentes em áreas rurais, que comprovem depender do
emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar, será
autorizado o porte de arma de fogo na categoria caçador de subsistência,
conforme § 5o. do art. 6o. da Lei 10.826 de 2003.
§ 4o. A Autoridade que deferir o porte de arma de fogo deverá, no
despacho, delimitar a validade temporal e territorial do documento, adequando
a decisão à necessidade do interessado e à conveniência da administração.
Art. 19 O porte de arma de fogo é pessoal, intransferível e revogável a
qualquer tempo, nos termos da Lei 10.826 de 2003 e do Decreto 5.123 de
2004, e somente terá validade com a apresentação do documento de
identidade do portador.
Art. 20 Em caso de extravio, furto ou roubo de porte de arma de fogo
será exigida para a expedição de segunda via, a apresentação do formulário
padrão – Anexo I, devidamente preenchido pelo interessado, duas fotos 3X4
recentes, comprovante do recolhimento da respectiva taxa, e certidão da
ocorrência lavrada na unidade policial mais próxima do local do fato.
Parágrafo único. Antes de deferir a expedição da 2a. via do porte de
arma de fogo, a autoridade competente analisará criteriosamente as
circunstâncias da ocorrência, podendo autorizar a expedição do novo
documento, apenas se ficar caracterizado que o interessado não concorreu
para o evento.

Subseção III

Das Guardas Municipais


Art. 21 Os Superintendentes Regionais e, excepcionalmente, o
Coordenador-Geral da CGDI poderão conceder porte de arma de fogo aos
Guardas Municipais, de acordo com os incisos III, IV e § 6o. do art. 6o. da Lei
10.826 de 2003, desde que atendidos os requisitos mencionados nos artigos
40 a 44 do Decreto 5.123 de 2004.
§ 1o. O porte de arma de fogo concedido aos Guardas Municipais terá
validade nos limites territoriais do respectivo município, por dois anos, e sua
renovação dependerá de aprovação em novos testes de aptidão psicológica,
conforme preceitua o art. 43 do Decreto 5.123 de 2004.
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§ 2o. O porte de arma de fogo para os Guardas Municipais de municípios
com mais de 50.000 (cinqüenta mil) habitantes e menos de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, somente terá validade em serviço, devendo
constar esta restrição no documento respectivo.
§ 3o. Poderá ser autorizado o porte de arma de fogo aos Guardas
Municipais, nos termos do parágrafo único do art. 45 do Decreto 5.123 de
2004, nos deslocamentos para sua residência, quando esta estiver localizada
em outro município.
Art. 22 A solicitação de porte de arma de fogo para os Guardas
Municipais será feita pelo dirigente da corporação, junto a uma Delegacia de
Defesa Institucional – DELINST centralizada em Superintendência Regional, ou
a uma Delegacia de Polícia Federal, ou, em casos especiais, ao
SENARM/DASP/CGDI, comprovando o atendimento das exigências do art. 44
do Decreto 5.123 de 2004, e anexando os seguintes documentos:
I – requerimentos em formulário padrão – Anexo I, individualizados,
devidamente preenchidos pelos Guardas Municipais, com duas fotos 3X4
recentes; e
II – certificados de curso de formação profissional ou de capacitação,
nos moldes previstos pelo Ministério da Justiça, constando aprovação nos
testes de aptidão psicológica e de capacidade técnica, ambos para manuseio
de arma de fogo.
Parágrafo único. Na solicitação do dirigente da corporação, deverá
constar a informação sobre a arma que será utilizada pelo guarda municipal,
inclusive com o número do SINARM da mesma, ressalvando-se que mais de
um guarda poderá utilizar a mesma arma quando em serviço, dependendo de
sua escala de trabalho.
Art. 23 Protocolizada a solicitação, o chefe da DELINST, da Delegacia
de Policia Federal ou do SENARM/DASP/CGDI, emitirá parecer preliminar e
não vinculante, encaminhando-a para decisão do Superintendente Regional do
DPF ou do Coordenador-Geral da CGDI.
§ 1o. As solicitações protocolizadas serão submetidas ao seguinte
processamento:
a) verificação nos Bancos de Dados Corporativos tais como: SINARM,
SINPI, SINIC e SINPRO;
b) obtido o “nada consta” ou anexado o comprovante de que o
interessado possui antecedente criminal, o chefe da DELINST ou da Delegacia
de Polícia Federal ou do SENARM/DASP/CGDI, deverá emitir parecer
preliminar e não vinculante, sobre a solicitação, e encaminhá-la à autoridade
competente para decisão;
c) deferida a solicitação, será providenciada a expedição do Porte de
Arma de Fogo, em caráter pessoal e intransferível, em formulário padrão –
Anexo V, para a arma especificada na solicitação do dirigente da corporação; e
d) indeferida a solicitação, deverá ser dada ciência ao solicitante, nos
autos da solicitação ou por qualquer outro meio que assegure a certeza da
ciência.

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§ 2o. As solicitações deferidas nas Superintendências Regionais serão
encaminhadas ao SENARM/DASP/CGDI para a emissão dos portes de arma
de fogo e posterior devolução à origem, visando o encaminhamento ao
dirigente da Guarda Municipal.

Subseção IV

Das Guardas Portuárias


Art. 24 O Superintendente Regional e, excepcionalmente, o
Coordenador-Geral da CGDI, poderão conceder porte de arma de fogo aos
Guardas Portuários, de acordo com o inciso VII e § 2o. do artigo 6o. da Lei
10.826 de 2003, desde que atendidos os requisitos mencionados no parágrafo
único do art. 36 do Decreto 5.123 de 2004.
Parágrafo único. Os portes de arma de fogo dos Guardas Portuários
terão validade apenas em serviço.
Art. 25 A solicitação de porte de arma de fogo para os Guardas
Portuários será feita pelo dirigente da corporação, junto a uma Delegacia de
Defesa Institucional – DELINST centralizada em Superintendência Regional, ou
a uma Delegacia de Polícia Federal, ou, em casos especiais, ao
SENARM/DASP/CGDI, e será instruído com os requerimentos individualizados,
em formulários padrão – Anexo I, devidamente preenchidos pelos interessados,
com duas fotos 3X4 recentes.
§ 1o. Na solicitação do dirigente da corporação, deverá constar a
informação sobre a arma que será utilizada pelo guarda portuário, inclusive
com o número do SINARM da mesma; ressalvando-se que mais de um guarda
poderá utilizar a mesma arma quando em serviço, dependendo de sua escala
de trabalho.
§ 2o. As solicitações protocolizadas serão submetidas ao seguinte
processamento:
a) verificação nos Bancos de Dados Corporativos tais como: SINARM,
SINPI, SINIC e SINPRO;
b) obtido o “nada consta” ou anexado o comprovante de que o
interessado possui antecedente criminal, o chefe da DELINST ou da Delegacia
de Polícia Federal ou do SENARM/DASP/CGDI, deverá emitir parecer
preliminar e não vinculante, sobre a solicitação, e encaminhá-la à autoridade
competente para decisão;
c) tendo sido optado pela continuidade do processo, o chefe da
DELINST ou da Delegacia de Policia Federal, agendará junto ao
SENARM/DASP/CGDI a data para aplicação dos seguintes procedimentos:
1. testes de aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo, e
2. para os considerados aptos nos testes de aptidão psicológica, serão
aplicados por instrutores do DPF os testes para avaliação da capacidade
técnica para manuseio de arma de fogo.

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e) deferida a solicitação, será providenciada a expedição do Porte de
Arma, em formulário padrão – Anexo V, e em caráter pessoal e intransferível; e
f) indeferida a solicitação, deverá ser dada ciência ao solicitante, nos
autos da solicitação ou por qualquer outro meio que assegure a certeza da
ciência.
Parágrafo único. O Guarda Portuário reprovado no teste de aptidão
psicológica poderá submeter-se a reteste após noventa dias.

Subseção V

Policiais Federais e Servidores do Quadro Especial do DPF


Art. 26 O porte de arma de fogo é deferido aos policiais federais do DPF,
por força do art. 33 do Decreto 5.123 de 2004 e na forma desta Instrução
Normativa, com base no inciso II do art. 6o. a Lei 10.826 de 2003.
Parágrafo único. Na identidade funcional dos policiais federais, constará
a autorização contida no “caput”.
Art. 27 Os policiais federais têm livre porte de arma de fogo, em todo o
território nacional, ainda que fora de serviço, devendo portá-la acompanhada
do respectivo registro de arma de fogo e da Carteira de Identidade Funcional.
§ 1o. Os policiais federais poderão portar arma de fogo institucional ou
particular, em serviço e fora deste.
§ 2o. Os policiais federais ao portarem arma de fogo institucional ou
particular, em locais onde haja aglomeração de pessoas, em virtude de evento
de qualquer natureza, tais como no interior de igrejas, escolas, estádios
desportivos, clubes públicos e privados, deverão fazê-lo de forma discreta,
sempre que possível, visando evitar constrangimento a terceiros.
Art. 28 Para conservarem a autorização de porte de arma de fogo, os
policiais federais aposentados deverão submeter-se aos testes de aptidão
psicológica para manuseio de arma de fogo a cada três anos, a partir da edição
do Decreto 5.123 de 2004.
Parágrafo único. Aprovados no teste de aptidão psicológica, os policiais
federais aposentados receberão porte de arma de fogo, em formulário padrão –
Anexo V, pelo prazo de 3 (três) anos, isentos do pagamento de taxa e das
demais formalidades.
Art. 29 Pela natureza do trabalho, excepcionalmente, poderá ser
concedido porte de arma de fogo para servidor do Plano Especial de Cargos do
DPF.
§ 1o. O porte de arma de fogo a que se refere o “caput” dá direito ao
titular a portar arma de fogo durante o serviço e fora deste.
§ 2o. A solicitação de porte de arma de fogo referida no caput ocorrerá a
critério do dirigente da unidade, mediante proposta do chefe imediato, devendo
ser instruída com:
I – formulários padrão – Anexo I, devidamente preenchido pelo
interessado, com cópia da identidade funcional;

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II – comprovantes de aptidão psicológica e capacidade técnica para
manuseio de arma de fogo, atestados na forma nesta IN, por psicólogo e
instrutor do DPF; e
III – cópia autenticada do registro da arma de fogo de propriedade do
interessado, se for o caso.
§ 3o. Em casos especiais no interesse da administração, poderá ser
autorizado o porte de arma de fogo institucional, devidamente acautelada ao
servidor.
§ 4o. Os portes de arma de fogo disciplinados neste artigo estão isentos
do pagamento da taxa instituída no inciso IV do art. 11 da Lei 10.826 de 2003.
Art. 30 Quando o dirigente da unidade entender que as funções
exercidas pelo servidor do Plano Especial de Cargos do DPF não justificam o
porte de arma de fogo, poderá o servidor, por iniciativa própria, solicitar o
documento, procedendo da forma estabelecidas no art. 17 e seguintes desta
IN.

Capítulo IV

DAS MUNIÇÕES DE ARMAS DE FOGO DE CALIBRE PERMITIDO


Art. 31 A quantidade limite de munição não deverá ultrapassar ao limite
estabelecido em Portaria do Ministério da Defesa, para o cidadão adquirir e
manter em seu poder em estoque, para armas cadastradas no SINARM.
Art. 32 O interessado em adquirir munição deverá comparecer a uma
Delegacia de Defesa Institucional – DELINST centralizada em
Superintendência Regional, ou a uma Delegacia de Polícia Federal e
protocolizar requerimento de Autorização para Compra de Munição, mediante
formulário padrão – Anexo VI.
§ 1o. A Autorização para Compra de Munição deverá conter os dados do
requerente, da arma cadastrada no SINARM e o nome do estabelecimento
autorizado para vender a munição, bem como a quantidade de munição
solicitada e suas características.
§ 2o. Deverá ser realizada pesquisa junto ao SINARM, para verificação a
regularidade e da quantidade de munição já autorizada no ano para a
respectiva arma.
§ 3o. O servidor responsável deverá consignar no formulário o resultado
da pesquisa, e em seguida, encaminhá-lo à decisão do Chefe da DELINST ou
Delegacia, conforme o caso.
§ 4o. Deferido o pedido, o mesmo deverá ser consignado no SINARM,
bem como providenciada a expedição da Autorização para Compra de
Munição, conforme modelo padrão – Anexo VII, em três vias, as quais terão as
seguintes destinações: uma para arquivo no setor, datada e assinada pelo
requerente; devendo, as outras serem entregues ao requerente, uma para a
sua guarda e a outra para entrega na loja de munições autorizada.

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Capítulo V

DO CADASTRAMENTO

SEÇÃO I

Das Armas de Fogo Institucionais


Art. 33 O Cadastramento das Armas de Fogo Institucionais, previsto no
inciso I do § 1o. do art. 1o. do Decreto 5.123 de 2004, será realizado por
solicitação dos dirigentes dos Órgãos e Instituições Públicas, mediante
preenchimento de formulário próprio ou por meio de arquivos eletrônicos.
Parágrafo único. A Coordenação de Tecnologia da Informação –
CTI/DLOG e o SENARM/DASP/CGDI estabelecerão os procedimentos
necessários à integralização dos acervos dos registros de armas de fogo já
existentes.

SEÇÃO II

Das Armas de Fogo Produzidas, Importadas e Vendidas no País


Art. 34 O cadastramento das armas de fogo em estoque nas fábricas,
produzidas, importadas e vendidas no país, deverá ser requerido pelo
respectivo produtor, importador, comerciante ou representantes legais destes
junto ao SENARM/DASP/CGDI, mediante preenchimento de formulário próprio
ou por meio de arquivos eletrônicos.
Parágrafo único. A CTI/DLOG e o SENARM/DASP/CGDI estabelecerão
os procedimentos necessários ao cadastramento das armas de fogo em
estoque nas fábricas, produzidas, importadas e vendidas no país, por meio
eletrônico.

SEÇÃO III

Dos Produtores, Atacadistas, Varejistas, Exportadores e Importadores de


Armas de Fogo, Acessórios e Munições
Art. 35 Os dados necessários ao cadastro mediante registro dos
produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores de armas de
fogo, acessórios e munições, será fornecido ao SINARM pelo Comando do
Exército, conforme dispõe o art. 5o. do Decreto 5.123 de 2004.
Parágrafo único. Nas fiscalizações dos estabelecimentos comerciais
deverá ser verificado o respectivo Certificado de Registro – CR, emitido pelo
Comando do Exército, até que sejam interligados os sistemas SINARM e
SIGMA.
SEÇÃO IV

Do Cadastro e Concessão de Licença para Armeiros

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Art. 36 O interessado em exercer a atividade de armeiro deverá solicitar
o seu cadastramento junto a uma Delegacia de Defesa Institucional – DELINST
centralizada em Superintendência Regional, ou a uma Delegacia de Polícia
Federal, mediante formulário padrão – Anexo VIII, devidamente preenchido, de
duas fotos 3X4 recentes e dos seguintes documentos:
I – cópias autenticadas do documento de identidade e do CPF;
II – cópia autenticada do último Certificado de Registro – CR, concedido
pelo Ministério do Exército, quando for o caso; e
III – cópia autenticada do contrato social ou da ata da assembléia de
criação da empresa, bem como da última alteração do contrato social, todas
acompanhadas de tradução oficial, quando for o caso.
Art. 37 Após o recebimento da solicitação, o chefe da DELINST ou da
Delegacia de Polícia Federal, deverá determinar a realização de diligências no
endereço do requerente, para vistoria das instalações.
§ 1o. Na vistoria deverá ser verificada a adequação dos locais de guarda
do armamento, do equipamento para conserto das armas, e do local designado
para disparo das armas de fogo.
§ 2o. Os Policiais Federais responsáveis pela vistoria deverão elaborar
Relatório de Missão Policial, onde serão relatadas todas as circunstâncias
mencionadas no parágrafo anterior.
§ 3o. Os dados do solicitante deverão ser verificados nos Bancos de
Dados Corporativos tais como: SINARM, SINPI, SINIC e SINPRO, juntando-se
à solicitação o resultado da pesquisa.
Art. 38 O chefe da DELINST ou da Delegacia de Polícia Federal deverá
elaborar parecer preliminar e não vinculante, sobre a solicitação,
encaminhando o processo ao Superintendente Regional para decisão.
§ 1o. Deferida a solicitação, será expedido Certificado de
Credenciamento pelo Superintendente Regional, em formulário padrão – Anexo
X, que determinará a entrega do original ao credenciado, e a remessa de cópia
ao SENARM/DASP/CGDI, para fins de publicação em Boletim de Serviço.
§ 2o. Havendo indeferimento do pedido, aplica-se o disposto nos §§ 8o. a 10 do
art. 6o. desta IN.
§ 3o. Caberá a DELINST e a Delegacia de Polícia Federal, a atualização
junto ao SINARM do cadastro dos armeiros, após o deferimento das
solicitações.

SEÇÃO V

Do Cadastramento das Apreensões de Arma de Fogo


Art. 39 As autoridades policiais devem comunicar imediatamente, ao
chefe da DELINST ou da Delegacia de Polícia Federal de sua circunscrição, a
apreensão de armas de fogo, para registro da ocorrência no SINARM.

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Art. 40 Os Superintendentes Regionais, o Coordenador-Geral da CGDI e
o Coordenador da CTI/DLOG devem estabelecer procedimentos, em conjunto
com os Órgãos de Segurança Pública e das Justiças Federais e Estaduais,
objetivando o cadastramento e a movimentação das armas apreendidas, para
fins de controle e localização.

SEÇÃO VI

Do Cadastramento das Ocorrências relacionadas à Arma de Fogo


Art. 41 O proprietário de arma de fogo é obrigado a comunicar
imediatamente à unidade policial local, o extravio, furto ou roubo de arma de
fogo e/ou do registro ou porte de arma de fogo, bem como a sua eventual
recuperação, conforme art. 17 do Decreto 5.123 de 2004.
§ 1o. A unidade policial local deve, em quarenta e oito horas, remeter as
informações coletadas ao chefe da DELINST ou da Delegacia de Polícia
Federal da sua circunscrição, para fins de cadastramento no SINARM.
§ 2o. O SENARM/DASP/CGDI, com o apoio da CTI/DLOG, estabelecerá
contatos com a Divisão de Fiscalização de Produtos Controlados do Comando
do Exército, visando operacionalizar as comunicações de que trata o parágrafo
anterior, mediante transferência eletrônica de dados entre o SINARM e o
SIGMA.
§ 3o. A comunicação direta do proprietário ao DPF poderá ser feita na
DELINST centralizada em Superintendência Regional ou na Delegacia de
Polícia Federal, cabendo-lhes o lançamento no SINARM da ocorrência de
extravio, furto ou roubo de arma de fogo, e/ou de registro ou porte de arma de
fogo.
§ 4o. As Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito
Federal poderão requerer, em qualquer tempo, senhas de acesso ao SINARM,
para lançamento das ocorrências de roubo, furto e extravio de arma, devendo
formalizar o pedido junto ao Superintendente Regional da circunscrição, que o
encaminhará a CGDI para as providências necessárias.

Capítulo VI

DA APTIDÃO PSICOLÓGICA PARA MANUSEIO DE ARMA DE FOGO


SEÇÃO I

Do Laudo de Aptidão Psicológica


Art. 42 A aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo será
atestada em laudo conclusivo, por psicólogo do DPF ou por psicólogo
credenciado pelo DPF.
§ 1o. Para efeito desta IN considera-se:
I – Psicólogo do DPF: é o servidor pertencente aos quadros do DPF,
designado pelo Coordenador-Geral da CGDI, com formação em psicologia e

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inscrito regularmente no Conselho de Psicologia de sua região, que domine as
técnicas e instrumentos psicológicos necessários; e
II – Psicólogo Credenciado: é o profissional credenciado pelo DPF,
inscrito regularmente no Conselho de Psicologia de sua Região e que domine
as técnicas e instrumentos psicológicos necessários.
§ 2o. O psicólogo credenciado pelo DPF estará apto a realizar avaliação
psicológica dos interessados na aquisição, no registro, na renovação de
registro e na obtenção de porte de arma de fogo, bem como, para os agentes
operacionais da Agência Brasileira de Inteligência, os agentes do
Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República, os integrantes dos Órgãos Policiais da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, os integrantes do quadro efetivo dos agentes
e das guardas prisionais, e os integrantes das escoltas de presos.
Art. 43 O psicólogo do DPF ou credenciado, deverá utilizar para aferição
da aptidão psicológica do interessado, os instrumentos constantes do Manual
do Psicólogo, entregue quando da indicação ou credenciamento.
§ 1o. Os testes de aptidão psicológica poderão ser aplicados individual
ou coletivamente, podendo o psicólogo aplicar, no máximo, 10 (dez) baterias
de testes por dia.
§ 2o. O resultado dos testes de aptidão psicológica do interessado,
deverá considerá-lo APTO ou INAPTO, não podendo constar do laudo os
respectivos instrumentos utilizados.
§ 3o. O psicólogo responsável pela aplicação dos testes de aptidão
psicológica deverá, no prazo máximo de quinze dias úteis, encaminhar laudo
conclusivo, em envelope lacrado e com recibo, à unidade do DPF em que o
interessado protocolizou a sua solicitação.
§ 4o. O interessado poderá ter livre acesso às informações concernentes
aos testes a que se submeteu, por meio de entrevista de devolução.
§ 5o. As despesas decorrentes dos testes de aptidão psicológica,
aplicados por psicólogo credenciado, serão custeadas pelo interessado.
§ 6o. O Coordenador-Geral da CGDI expedirá Ordem de Serviço criando
o Manual do Psicólogo, que norteará os procedimentos para a aplicação dos
testes de aptidão psicológica.
Art. 44 Havendo inaptidão psicológica, o interessado poderá ser
submetido a reteste, desde que decorridos noventa dias da aplicação da última
avaliação.
§ 1o. O laudo conclusivo do reteste, se contrário ao laudo anterior, será
retificador ou, se igual, ratificador.
§ 2o. O chefe da Delegacia de Defesa Institucional – DELINST
centralizada em Superintendência Regional, ou da Delegacia de Polícia
Federal, ou, em casos especiais, do SENARM/DASP/CGDI, pessoalmente ou
através de servidor designado, deverá preencher os dados constantes do
formulário padrão – Anexo IX, para envio ao psicólogo do DPF ou credenciado
pelo DPF que aplicará o reteste, conforme a escolha do interessado.

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§ 3o. Da decisão do reteste, em caso de inaptidão, não caberá recurso,
podendo o candidato, decorridos noventa dias, entrar com uma nova
solicitação.
Seção II

Do Credenciamento de Psicólogo
Art. 45 O interessado em exercer a atividade de psicólogo deverá
solicitar o seu cadastramento junto a uma Delegacia de Defesa Institucional –
DELINST centralizada em Superintendência Regional, ou a uma Delegacia de
Polícia Federal, mediante formulário padrão – Anexo VIII, devidamente
preenchido, de duas fotos 3X4 recentes e dos seguintes documentos:
a) cópia autenticada de documento de identidade e do CPF;
b) comprovante de que possui pelo menos três anos de efetivo exercício
na profissão e de prática com os instrumentos a serem utilizados, ou certificado
de cursos sobre os testes, com carga horária mínima de oitenta horas/aula;
c) certidão negativa de ética e adimplência do Conselho Regional de
Psicologia;
d) comprovante de que dispõe de ambiente e equipamentos adequados
para aplicação dos testes, composto de banheiro, sala de espera e sala de
aplicação individual de testes, com o mínimo de quatro metros quadrados, ou
sala para aplicação coletiva de testes, onde sua capacidade de uso permita o
espaço mínimo de dois metros quadrados por candidato, equipada com os
materiais necessários à execução das atividades e isolada acusticamente; e
e) comprovante de estar em dia com as autorizações legais pertinentes
ao local de trabalho, tais como: alvará de funcionamento, inspeção sanitária,
bombeiros etc.
Art. 46 Os requerimentos protocolizados para obtenção do
credenciamento de Psicólogo, serão submetidos ao seguinte processamento,
cuja finalização deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias úteis:
a) verificação nos Bancos de Dados Corporativos tais como: SINARM,
SINPI, SINIC e SINPRO;
b) obtido o “nada consta” a solicitação será entregue à comissão de
psicólogos do DPF, designada pelo Coordenador-Geral da CGDI, responsável
pela fiscalização ordinária, que emitirá parecer circunstanciado recomendando
ou não o credenciamento; e
c) devidamente instruída, a solicitação será encaminhada ao
Superintendente Regional que ao deferi-la, expedirá Certificado de
Credenciamento, formulário padrão - Anexo X, providenciando, através do
SENARM/DASP/CGDI, a publicação em Boletim de Serviço.
§ 1o. O credenciamento terá validade de até dois anos, renováveis por
iguais períodos, não gerando direito ou vínculo com a Administração.
§ 2o. O credenciamento poderá ser cancelado a qualquer tempo, a
critério da autoridade competente, em caso de descumprimento das normas
atinentes à espécie, de baixa qualidade técnica ou registro de antecedentes
criminais.
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§ 3o. A fiscalização dos psicólogos credenciados poderá ser feita em
caráter extraordinário, sem aviso prévio, por psicólogo do DPF designado pelo
Coordenador-Geral da CGDI.

Capítulo VII

DA CAPACIDADE TÉCNICA PARA MANUSEIO DE ARMA DE FOGO

SEÇÃO I

Do Comprovante de Capacidade Técnica


Art. 47 O comprovante de capacidade técnica para manuseio de arma
de fogo deverá ser emitido por empresa de instrução de armamento e tiro
registrada no Comando do Exército, ou por instrutor de armamento e tiro: do
quadro do DPF ou por este credenciado; do quadro das Forças Armadas; ou do
quadro das Forças Auxiliares.
Parágrafo único. Para efeito desta IN considera-se:
I – Instrutor de armamento e tiro do DPF: é o servidor efetivo do DPF
com habilitação técnica em armamento e tiro, comprovada por certificado
emitido ou reconhecido pelo DPF; e
II – Instrutor de armamento e tiro credenciado: é o profissional com
habilitação técnica em armamento e tiro, comprovada por certificado emitido ou
reconhecido pelo DPF, Forças Armadas, Forças Auxiliares, ou credenciado
pelo DPF.
Art. 48 Para a obtenção do comprovante de capacidade técnica para
manuseio de arma de fogo, o interessado deverá demonstrar ao instrutor de
armamento e tiro do DPF ou Credenciado:
I – conhecimento da conceituação e normas de segurança pertinentes à
arma de fogo;
II – conhecimento básico dos componentes e das partes da arma de
fogo; e
III – habilidade no manuseio de arma de fogo, em estande de tiro
credenciado pelo Comando do Exército.
§ 1o. Os testes de capacidade técnica somente deverão ser realizados
após o interessado ter sido considerado apto no teste de aptidão psicológica.
§ 2o. O instrutor de armamento e tiro, devidamente credenciado para
aplicar os testes de capacidade técnica, consignará o resultado em formulário
próprio – anexo XI, atestando, de forma fundamentada, a aptidão ou inaptidão
do interessado.
§ 3o. Os critérios a serem utilizados por instrutor de armamento e tiro do
DPF ou credenciado pelo DPF, nos testes para expedição de comprovante de
capacidade técnica, constarão de Instrução de Serviço que criará o Manual de
Armamento e Tiro, a ser expedida pelo Coordenador-Geral da CGDI.

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Art. 49 A contratação do instrutor e do estande de tiro para a realização
dos testes de capacidade técnica é de responsabilidade exclusiva do
solicitante, exceto quando se tratar de servidor e/ou estande do DPF.
Parágrafo único. O instrutor deverá providenciar a arma e a munição
para a realização dos testes, às expensas do solicitante, bem como, se
necessário, a respectiva guia de trânsito para o transporte das mesmas ao
estande.
Art. 50 Decorridos trinta dias da aplicação dos testes de capacidade
técnica, em que tenha sido considerado inapto, o interessado poderá requerer
novos testes.
SEÇÃO II

Do Credenciamento de Instrutor de Armamento e Tiro


Art. 51 O interessado em exercer a atividade de instrutor de armamento
e tiro deverá solicitar o seu cadastramento junto a uma Delegacia de Defesa
Institucional – DELINST centralizada em Superintendência Regional, ou a uma
Delegacia de Polícia Federal, mediante formulário padrão – Anexo VIII,
devidamente preenchido, de duas fotos 3X4 recentes e dos seguintes
documentos:
a) cópia autenticada de documento de identidade e do CPF;
b) no caso de instrutor de Curso de Formação de Vigilantes, cópia
autenticada do comprovante de vínculo empregatício com o curso ou com a
respectiva Empresa de Segurança Privada;
c) cópia autenticada do Certificado de Habilitação em Curso de Instrutor
de Armamento e Tiro, devidamente reconhecido; e,
d) comprovante do credenciamento do estande de tiro junto ao Comando
do Exército, onde o interessado aplicará os testes.
Art. 52 Os requerimentos protocolizados para obtenção do
credenciamento de instrutor de armamento e tiro, serão submetidos ao
seguinte processamento:
a) verificação nos Bancos de Dados Corporativos tais como: SINARM,
SINPI, SINIC e SINPRO; e
b) obtido o “nada consta” será aplicada por instrutor do DPF, prova de
conhecimentos específicos e práticos, onde o interessado deverá demonstrar:
1. conhecimento profundo da conceituação e das normas de segurança
pertinentes a alguns tipos de arma de fogo;
2. conhecimento profundo dos componentes e partes de algumas armas
de fogo; e
3. habilidade profunda no manuseio de algumas armas de fogo,
demonstrada em estande de tiro credenciado pelo Comando do Exército;
c) caso o interessado tenha sido considerado apto na prova de
conhecimentos, a solicitação será encaminhada à autoridade competente, que
decidirá sobre o credenciamento; e

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d) deferida a solicitação, será expedido, em caráter pessoal e
intransferível, o certificado de credenciamento, conforme formulário padrão –
Anexo X.
§ 1o. O credenciamento como instrutor de armamento e tiro terá validade
de dois anos, renováveis por iguais períodos, e não gera direito ou vínculo com
a Administração.
§ 2o. O credenciamento do instrutor de armamento e tiro poderá ser cancelado
a qualquer tempo, a critério da autoridade competente, em caso de
descumprimento das normas atinentes à espécie, de baixa qualidade técnica
ou eventual registro de antecedentes criminais pelo credenciado.

Capítulo VIII

DAS COMPETÊNCIAS
Art. 53 São autoridades competentes para autorizar a aquisição, o
registro, a renovação do registro, a transferência de propriedade e o porte de
arma de fogo no âmbito do DPF:
I – o Diretor-Geral, o Diretor Executivo e o Coordenador - Geral de
Defesa Institucional, nas unidades centrais; e,
II – os Superintendentes Regionais, nas unidades descentralizadas.
§ 1o. Fica vedada a delegação de competência para autorizar a
aquisição e o porte de arma de fogo.
§ 2o. Compete exclusivamente às autoridades citadas no inciso I, a
concessão do porte de arma de fogo previsto no artigo 29 desta IN.
Art. 54 Incumbe ao Coordenador-Geral da CGDI autorizar, quando for o
caso, o porte de arma de fogo para diplomatas de missões diplomáticas e
consulares acreditadas junto ao Governo Brasileiro e a agentes de segurança
de dignitários estrangeiros, durante sua permanência no Brasil,
independentemente dos requisitos previstos na legislação específica, desde
que observado o princípio da reciprocidade.
Parágrafo único. Em casos especiais, dependendo da urgência, os
Superintendentes Regionais do DPF, poderão expedir os portes de arma de
fogo de que trata este artigo.
Capítulo IX

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS


Art. 55 A entrega das solicitações para aquisição, registro, renovação de
registro, transferência de propriedade, trânsito e porte de arma de fogo, deverá
ser registrada em recibo, se possível eletronicamente, no qual serão
consignados os números do protocolo, a data e a hora da entrega, o nome e a
assinatura do servidor que as receber.
Parágrafo único. Os dirigentes das unidades descentralizadas e da
CGDI deverão destinar a setor específico, interligado ao SIAPRO, o
recebimento das solicitações de que trata este artigo.

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Art. 56 A CTI/DLOG, com a interveniência do SENARM/DASP/CGDI,
disponibilizará às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito
Federal, o acesso ao SINARM para consulta à base de dados dos registros e
portes de arma de fogo deferidos nas suas Unidades da Federação.
Art. 57 Ficam instituídos no âmbito do DPF, os seguintes formulários e
documentos:
a) Anexo I - REQUERIMENTO PARA AQUISIÇÃO, REGISTRO,
RENOVAÇÃO DE REGISTRO, TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE,
TRÂNSITO, PORTE, APREENSÃO, EXTRAVIO, FURTO, ROUBO E
RECUPERAÇÃO DE ARMA DE FOGO;
b) Anexo II – AUTORIZAÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE ARMA;
c) Anexo III – CERTIFICADO DE REGISTRO FEDERAL DE ARMA DE
FOGO;
d) Anexo IV – AUTORIZAÇÃO PARA PORTE DE TRÂNSITO DE ARMA
DE FOGO;
e) Anexo V – PORTE FEDERAL DE ARMA;
f) Anexo VI – REQUERIMENTO PARA COMPRA DE MUNIÇÃO;
g) Anexo VII – AUTORIZAÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE MUNIÇÃO;
h) Anexo VIII – REQUERIMENTO PARA CREDENCIAMENTO DE
ARMEIRO, PSICÓLOGO E INSTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO;
i) Anexo IX – FORMULÁRIO DE RETESTE;
j) Anexo X – CERTIFICADO DE CREDENCIAMENTO DE ARMEIRO,
PSICÓLOGO E INSTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO; e,
k) Anexo XI – FORMULÁRIO PARA TESTE DE CAPACIDADE
TÉCNICA.
l) Anexo XII – FORMULÁRIO DE ENCAMINHAMENTO PSICOLÓGICO;
m) Anexo XIII – AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE ARMA; e
n) Anexo XIV – LAUDO PSICOLÓGICO.
Art. 58 As dúvidas suscitadas na aplicação desta IN, bem como os casos
omissos, serão dirimidos pelo Coordenador-Geral da CGDI.
Art. 59 Em caso de aprovação do referendo popular previsto no artigo 35
da Lei 10.826/03, ficam revogadas as disposições relativas à aquisição de
armas de fogo e munições no comércio.
Art. 60 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua
publicação em Boletim de Serviço, revogando-se as Instruções Normativas
01/2004–DG/DPF, de 26 de fevereiro de 2004 e 013/2001 – DG/DPF, de 6 de
dezembro de 2001, e demais disposições em contrário.

PAULO FERNANDO DA COSTA LACERDA


Diretor-Geral

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