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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo, esclarecer sobre o Plano Nacional de


Educação, tomamos com base as idéias dos artigos de Dermeval Saviani sobre a
“Organização da educação nacional: sistema e conselho nacional de educação,
plano e fórum nacional de educação” e “Sistemas de ensino e planos de educação:
O âmbito dos municípios.”
No artigo o autor procura analisar a organização da educação nacional, como
ela está disposta na atual LDB, indicando os elementos para a implantação do
Sistema Nacional de Educação com seu pedido normativo e deliberado
representada pelo Conselho Nacional de Educação, em parceria com o Plano
Nacional de Educação e com seu órgão de acompanhamento e avaliação
constituído pelo Fórum Nacional de Educação.
Tendo como base as ideias do autor traçamos algumas considerações a
respeito, em primeiro plano um histórico sobre a evolução do PNE, em seguida um
exposição do funcionamento do Sistema Educacional Brasileiro e como o plano se
dá nos estados e municípios. Por fim algumas críticas feitas pelo autor ao PNE e as
considerações finais de cada componente do grupo.

Histórico

A instalação da República no Brasil e o surgimento das primeiras idéias de


um plano que tratasse da educação para todo o território nacional aconteceram
simultaneamente. À medida que o quadro social, político e econômico do início
deste século se desenhava, a educação começava a se impor como condição
fundamental para o desenvolvimento do País. Havia grande preocupação com a
instrução, nos seus diversos níveis e modalidades.
Nas duas primeiras décadas, as várias reformas educacionais, ajudaram no
amadurecimento da percepção coletiva da educação como um problema
nacional.Em 1932, um grupo de educadores, 25 homens e mulheres da elite
intelectual brasileira, lançou um manifesto ao povo e ao governo que ficou conhecido
como "Manifesto dos Pioneiros da Educação". Propunham a reconstrução
educacional, "de grande alcance e de vastas proporções... um plano com sentido
unitário e de bases científicas...". O documento teve grande repercussão e motivou
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uma campanha que resultou na inclusão de um artigo específico na Constituição


Brasileira de 16 de julho de 1934. O art.150 declarava ser competência da União
"fixar o plano nacional de educação, compreensivo do ensino de todos os graus e
ramos, comuns e especializados; e coordenar e fiscalizar a sua execução, em todo o
território do País". Atribuía, em seu art.152, competência precípua ao Conselho
Nacional de Educação, organizado na forma da lei, a elaborar o plano para ser
aprovado pelo Poder Legislativo, sugerindo ao Governo as medidas que julgasse
necessárias para a melhor solução dos problemas educacionais bem como a
distribuição adequada de fundos especiais".
Todas as constituições posteriores, com exceção da Carta de 37,
incorporaram, implícita ou explicitamente, a idéia de um Plano Nacional de
Educação. Havia, subjacente, o consenso de que o plano devia ser fixado por lei. A
idéia prosperou e nunca mais foi inteiramente abandonada. O primeiro Plano
Nacional de Educação surgiu em 1962, elaborado já na vigência da primeira Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 4.024, de 1961. Ele não foi
proposto na forma de um projeto de lei, mas apenas como uma iniciativa do
Ministério da Educação e Cultura, iniciativa essa aprovada pelo então Conselho
Federal de Educação. Era basicamente um conjunto de metas quantitativas e
qualitativas a serem alcançadas num prazo de oito anos. Em 1965, sofreu uma
revisão, quando foram introduzidas normas descentralizadoras e estimuladoras da
elaboração de planos estaduais. Em 1966, uma nova revisão, que se chamou Plano
Complementar de Educação, introduziu importantes alterações na distribuição dos
recursos federais, beneficiando a implantação de ginásios orientados para o trabalho
e o atendimento de analfabetos com mais de dez anos.
A idéia de uma lei ressurgiu em 1967, novamente proposta pelo Ministério da
Educação e Cultura e discutida em quatro Encontros Nacionais de Planejamento,
sem que a iniciativa chegasse a se concretizar. Com a Constituição Federal de
1988, cinqüenta anos após a primeira tentativa oficial, ressurgiu a idéia de um plano
nacional de longo prazo, com força de lei, capaz de conferir estabilidade às
iniciativas governamentais na área de educação. O art. 214 contempla esta
obrigatoriedade.
Por outro lado, a Lei nº 9.394, de 1996 , que "estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional", determina nos artigos 9º e 87, respectivamente, que
cabe à União, a elaboração do Plano, em colaboração com os Estados, o Distrito
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Federal e os Municípios, e institui a Década da Educação. Estabelece ainda, que a


União encaminhe o Plano ao Congresso Nacional, um ano após a publicação da
citada lei, com diretrizes e metas para os dez anos posteriores, em sintonia com a
Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
Em 10 de fevereiro de 1998, o Deputado Ivan Valente apresentou no Plenário
da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 4.155, de 1998 que "aprova o Plano
Nacional de Educação". A construção deste plano atendeu aos compromissos
assumidos pelo Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, desde sua
participação nos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, consolidou os
trabalhos do I e do II Congresso Nacional de Educação - CONED e sistematizou
contribuições advindas de diferentes segmentos da sociedade civil. Na justificação,
destaca o Autor a importância desse documento-referência que "contempla
dimensões e problemas sociais, culturais, políticos e educacionais brasileiros,
embasado nas lutas e proposições daqueles que defendem uma sociedade mais
justa e igualitária".
Em 11 de fevereiro de 1998, o Poder Executivo enviou ao Congresso
Nacional a Mensagem 180/98, relativa ao projeto de lei que "Institui o Plano Nacional
de Educação".Iniciou sua tramitação na Câmara dos Deputados como Projeto de Lei
nº 4.173, de 1998, apensado ao PL nº 4.155/98, em 13 de março de 1998. Na
Exposição de Motivos destaca o Ministro da Educação a concepção do Plano, que
teve como eixos norteadores, do ponto de vista legal, a Constituição Federal de
1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, e a Emenda
Constitucional nº 14, de 1995, que instituiu o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.
Considerou ainda realizações anteriores, principalmente o Plano Decenal de
Educação para Todos, preparado de acordo com as recomendações da reunião
organizada pela UNESCO e realizada em Jomtien, na Tailândia, em 1993. Além
deste, os documentos resultantes de ampla mobilização regional e nacional que
foram apresentados pelo Brasil nas conferências da UNESCO constituíram
subsídios igualmente importantes para a preparação do documento. Várias
entidades foram consultadas pelo MEC, destacando-se o Conselho Nacional de
Secretários de Educação - CONSED e a União Nacional dos Dirigentes Municipais
de Educação - UNDIME. Os projetos foram distribuídos às Comissões de Educação,
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Cultura e Desporto; de Finanças e Tributação; e de Constituição, Justiça e de


Redação. Na primeira, é Relator, o Deputado Nelson Marchezan.

Sistema Educacional Brasileiro

É a forma de como se organiza a educação regular no Brasil. Essa


organização se dá em sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios. A Constituição Federal de 1988, com a Emenda Constitucional n.º
14, de 1996 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituída
pela lei nº 9394, de 1996, são as leis maiores que regulamentam o atual sistema
educacional brasileiro.
A atual estrutura do sistema educacional regular compreende a educação
básica – formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio – e a
educação superior. De acordo com a legislação vigente, compete aos municípios
atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil e aos Estados e
o Distrito federal, no ensino fundamental e médio. O governo federal, por sua vez,
exerce, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, cabendo-lhe
prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios. Além disso, cabe ao governo federal organizar o sistema de educação
superior.
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, é oferecida em
creches, para crianças de até 3 anos de idade e em pré-escolas, para crianças de 4
a 6 anos. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, é obrigatório e
gratuito na escola pública, cabendo ao Poder Público garantir sua oferta para todos,
inclusive aos que a ele não tiveram acesso na idade própria. O ensino médio, etapa
final da educação básica, tem duração mínima de três anos e atende a formação
geral do educando, podendo incluir programas de preparação geral para o trabalho
e, facultativamente, a habilitação profissional.
Além do ensino regular, integram a educação formal: a educação especial,
para os portadores de necessidades especiais; a educação de jovens e adultos,
destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino
fundamental e médio na idade apropriada. A educação profissional, integrada às
diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciências e à tecnologia, com o
objetivo de conduzir ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
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produtiva. O ensino de nível técnico é ministrado de forma independente do ensino


médio regular. Este, entretanto, é requisito para a obtenção do diploma de técnico.
A educação superior abrange os cursos de graduação nas diferentes áreas
profissionais, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou
equivalente e tenham sido classificados em processos seletivos. Também faz parte
desse nível de ensino a pós-graduação, que compreende programas de mestrado e
doutorado e cursos de especialização. A partir da LDB de 1996 foram criados os
cursos seqüenciais por campo do saber, de diferentes níveis de abrangência, que
são abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas
instituições de ensino superior.

O plano nacional nos estados e municípios

De acordo com o Plano Nacional de Educação, uma das principais


prioridades refere-se à garantia de acesso ao ensino fundamental obrigatório de
oito séries a todas as crianças de 7 a 14 anos (atualmente 9 séries, pois a crianças
de 6 anos foram incluídas no ensino fundamental). Conforme a legislação
educacional brasileira cabe aos Estados e Municípios a responsabilidade pela
oferta do ensino fundamental. No entanto, há que ressaltar o papel da União na
assistência técnica e financeira às demais esferas governamentais, a fim de
garantir a oferta da escolaridade obrigatória.
A consecução desse objetivo tem sido associada a políticas e ações
governamentais relacionadas, entre outras, à regularização do fluxo escolar, à
formação de professores e à elaboração de diretrizes curriculares.
No que se referem à regularização do fluxo escolar, as altas taxas de
defasagem idade-série presentes nas estatísticas nacionais têm conduzido a
formulação e implementação de políticas para correção e adequação das idades dos
alunos à série escolar correspondente. Duas políticas são de grande relevância para
a consecução desse objetivo: a) a implementação de programas de aceleração de
aprendizagem que, com o suporte de materiais didático-pedagógicos específicos, a
ênfase na elevação da auto-estima do aluno e a oferta de infra-estrutura adequada
aos professores, possibilitam o avanço progressivo do aluno às séries e períodos
subseqüentes; b) a reorganização do tempo escolar através da implantação dos
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ciclos escolares, agrupando os alunos de acordo com as etapas de desenvolvimento


do indivíduo.
As políticas de regularização do fluxo escolar têm sido implementadas tanto
pelo governo federal em parceria com outras instituições como através da iniciativa
dos próprios Estados e Municípios. A reorganização do tempo escolar vem sendo
amplamente discutida nessas esferas governamentais, de modo que a sua adesão
tem sido crescente.
No que diz respeito à formação de professores, ações têm sido direcionadas
para garantir formação inicial e continuada dos professores, bem como infra-
estrutura adequada para o desenvolvimento do seu trabalho, tais como remuneração
adequada, tempo para estudo, atualização e tempo de carreira. Entre essas ações,
destacam-se:
• Garantia de formação mínima, ou seja, que todos os professores tenham o curso
superior completo como formação mínima.
• Programas de formação de professores a distância, com a utilização de recursos
tecnológicos, como a TV Escola, com o objetivo de formar professores leigos,
principalmente em localidades onde o número de professores nessa situação é
maior.
As políticas relativas à formação de professores são de responsabilidade de
todas as esferas governamentais. Esforços têm sido empreendidos a fim de que
sejam obtidas parcerias com instituições de ensino superior, organizações não-
governamentais e agências de financiamento, de modo a tornar possível a formação
mínima exigida pela legislação educacional,

Críticas feitas por Dermeval Saviani ao PNE

Dermeval Saviani tece várias críticas ao modelo de educação e


principalmente a forma como se planeja a estrutura da mesma no país. Segundo
Saviani a Educação Básica nunca foi prioridade de planos nacionais na época das
províncias, durante o Império (1822-1889), e depois dos estados, na Primeira
República (1889-1930). Somente a partir do Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova, em 1932, um dos primeiros movimentos a chamar a atenção para a
necessidade de planejar a Educação e organizá-la em todo o território é que a
Educação básica começou a ser motivo de discussão das pessoas responsáveis
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pela mesma em nosso país. A Constituição de 1934 criou o primeiro Conselho


Nacional de Educação e determinou que se formulasse um plano nacional, o qual foi
elaborado em 1937, durante a gestão do ministro Gustavo Capanema. O documento
era detalhado, mas com o advento do Estado Novo, que aconteceu naquele mesmo
ano, ele não chegou a ser implantado. A ideia ressurgiu na primeira Lei de Diretrizes
e Base da Educação Nacional (LDB), que deu entrada no Congresso Nacional em
outubro de 1948 e por lá tramitou 13 anos, e o foco era mais econômico, ou seja, de
distribuição de recursos.
SAVIANI comenta que na história da Educação sempre houve visões
diferentes do que deveria ser um plano nacional. O primeiro trazia uma visão
orientada para a modernidade e renovação, mas como já comentamos não foi
implantado. O Estado Novo com suas regras autoritárias deram um enfoque de
controle ideológico-político, o que também aconteceu durante a ditadura. A primeira
LDB se resumia apenas a distribuir financiamentos. Saviani (2002 p.75) enfatiza que
“em decorrência dessa orientação, a ideia de Plano de Educação na nossa primeira
LDB ficou reduzida à instrumentação de distribuição de recursos para os diferentes
níveis de ensino. De fato, pretendia-se que o Plano garantisse o acesso das escolas
particulares, em especial as católicas, aos recursos públicos que eram destinados à
educação”.
A partir de 1964, o planejamento educacional que até então era de
responsabilidade dos educadores se transfere agora para os tecnocratas, colocando
o Ministério da Educação (MEC) subordinado ao Ministério do Planejamento, cujos
corpos dirigentes e técnicos eram, via de regra, oriundos da área de formação das
ciências econômicas. Nesse contexto, os planos para a área de educação decorriam
diretamente dos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PND), recebendo, por isso
mesmo, a denominação de "Planos Setoriais de Educação e Cultura" (PSEC).
Tradicionalmente, os Planos educacionais vêm sendo elaborados de forma
centralizada pelos governos brasileiros, a cargo de gabinetes ministeriais ou de
comissões contratadas para esse fim, não havendo debates ou participação dos
setores sociais envolvidos com a educação. Na atual legislatura, o PNE está referido
no Art. 214 da Constituição Federal de 1988, que determina a sua elaboração de
acordo com alguns princípios fundamentais. Já a sua regulamentação foi
determinada apenas com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDB/1996, que deixou à cargo da União, em colaboração com Estados e Municípios,
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e incumbência de elaborar o PNE, que foi aprovado pela Lei n° 10.172, de


09/01/2001.
De acordo com Saviani, é necessário que uma atenção especial seja dada ao
PNE com relação a questão de financiamento, não para garantir a realização de
metas, mas porque é condição indispensável para o cumprimento dessas, em
virtude do país ter a educação como um dos eixo do projeto de desenvolvimento se
faz necessário toda a atenção nesse sentido. Segundo Saviani os valores hoje
destinados a Educação poderia ser duplicado imediatamente, o percentual do PIB
investido em educação, saltando, já em 2011, no início da vigência do novo PNE,
dos atuais 4,7% para 9,4%. Dessa forma teríamos condições para tratar, de fato, a
educação com o grau de prioridade que tanto se ouve proclamado nos discursos. De
acordo com Saviani isso é plenamente viável, porque os recursos investidos na
educação não serão subtraídos da economia, mas, ao contrário, será o principal
elemento para impulsionar a economia, dinamizando seus diversos setores
representados pela agricultura, indústria, comércio e serviços. Educação quando
olhada com seriedade torna-se um bem de produção e não apenas um bem de
consumo.

Considerações: Paula Graziela

A luta dos educadores, no Brasil, na atualidade, deve atender às exigências


de uma difícil condição de um sistema em que as forças que sobre ele atuam se
compensam. É preciso avançar na consolidação legal dos direitos sociais
educacionais da população. Entretanto, é necessário ao mesmo tempo atuar de
modo que as conquistas não acabem por institucionalizar o desrespeito às leis
como prática natural e inevitável. O estabelecimento dos direitos na lei é apenas
um momento de uma luta política bem mais complexa de efetivação desses direitos
nas relações sociais.
A formação do Plano Municipal de Educação deve observar o princípio
constitucional de “Gestão Democrática do Ensino Público” (Constituição Federal,
art.206, inciso VI) e dá solução a significação real as normas definidas no Plano
Nacional de Educação – Lei Nº 10.172/01. Este sentimento de esperança dará ao
PNE um caráter democrático e indicará o caminho para se construir um plano de
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educação para o Município, que responda aos anseios da comunidade local e que
assuma compromissos com o bem comum.

Considerações: Aldeniza Pereira

O texto é bem informativo quanto à questão dos estados e municípios e suas


e responsabilidades na oferta do ensino que não depende somente dos professores
e sim da assistência a qual é dada para eles, tanto o município quanto o estado
estão ligados nesses planos educacionais sendo que o município como disse
Saviani não tinha autonomia própria para baixar suas próprias normas.
Acreditando assim que a educação ainda tem muito crescer em nosso país no
qual não se tem prioridade com o sistema educacional.

Considerações: Arlete Sousa Gonçalves

Portanto a conclusão que se chega mediante ao exposto é que a ideia de


plano no âmbito do sistema educacional só começa a existir a partir de 1930,
quando é criado o ministério da educação. O país apesar de, desde o descobrimento
contar com as escolas jesuítas, nunca se estruturou de fato, para escolarizar seu
povo. Só tinha acesso à educação uma classe privilegiada, o que se resumia numa
pequena faixa da população. Ao longo de seu processo histórico o país, é marcado
por sucessivas exclusões, mas a principal delas era a dificuldade de acesso ao
sistema educacional. A partir do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova que é
que a educação aparece como assunto importante e colocado em discussão, pensa-
se na elaboração de um Plano Nacional de Educação que possa ser estendido a
todos.
Com o advento do Estado Novo, o que foi pensado pelos pioneiros fica
somente do papel, nada é implantado, muitas coisas mudam no Planejamento da
Educação nesse período, a ideia anterior é absorvida, porém revestida do caráter de
instrumento de controle político-ideológico. Entre 1946 e 1962 , esse período foi
marcado por visões diferenciada na qual prevaleceu a ideia de plano de educação
como mero instrumento de uma política educacional.
Nos períodos seguintes o que se percebe é o continuo descompasso entre a
necessidade do povo e a atuação dos poderes constituídos.
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Considerações: Rosane dS Bindá

Podemos dizer que a formulação do Plano Nacional de Educação (PNE) se


põe como uma exigência para que o Sistema Nacional de Educação mantenha
permanentemente suas características próprias.
O plano educacional é exatamente o instrumento que visa introduzir
racionalidade na prática educativa como condição para se superar o espontaneísmo
e as improvisações, que são o oposto da educação sistematizada e de sua
organização na forma de sistema.
Quanto à composição do Fórum, uma ideia a ser considerada seria a de que
as entidades representativas da educação gozariam da prerrogativa, não de indicar
representantes, mas de lançar candidatos que disputariam as vagas do Fórum em
eleições amplas, cujo colégio eleitoral seria constituído por todas as pessoas
envolvidas diretamente com a educação, tais como profissionais da área,
professores, alunos, pais de alunos e funcionários das instituições escolares. Seria
este, talvez, um mecanismo importante de organização do campo pedagógico e de
estímulo à sua mobilização e politização.
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Referências

MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos."Sistema educacional


brasileiro" (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São
Paulo:-Midiamix-Editora,-2002,

http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=173, visitado em 13/11/2011.


SAVIANI, D. Educação brasileira: estrutura e sistema. 10. ed. Campinas: Autores
Associados, 2008.
_______, Sistemas de ensino e planos de educação: O âmbito dos municípios.
Educ. Soc. v..20 n.69 Campinas dez. 1999.
_______, Organização da educação nacional: sistema e conselho nacional de
educação, plano e fórum nacional de educação. Educ.
Soc. vol.31 no.112 Campinas jul./set. 2010

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