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O ESPÍRITO

1. O ministério do ESPÍRITO
2. A função do ESPÍRITO humano
3. A promessa do ESPÍRITO
4. O selo e o batismo do ESPÍRITO Santo
5. O fruto do ESPÍRITO
6. Estar ou andar no ESPÍRITO
7. Exercitar ou Liberar o ESPÍRITO
8. Abanar ou Apagar o ESPÍRITO
9. Se embriagar ou se encher do ESPÍRITO
10. Servir no ESPÍRITO
11. Semear para o ESPÍRITO
12. Ser guiado pelo ESPÍRITO
13. Inclinar a mente para o ESPÍRITO
14. A lei do ESPÍRITO da vida

FABIANO MACHADO Página 1


CAPÍTULO 1

O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO

“o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do
espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras
em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés,
por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o
ministério do Espírito! (II Co 3:6-8)”

Deus nos chamou para sermos ministros da Nova Aliança. Os ministros da Nova Aliança não são
ministros da letra, eles são ministros do ESPÍRITO. Há duas alianças e dois ministérios. A atitude do
nosso coração vai determinar em qual deles nós estaremos. Uma é a glória da letra, e outra é a glória
do ESPÍRITO. O fato de estarmos no Novo Testamento, na era da graça, e fazermos parte da Igreja,
não significa que, na prática, não estejamos no ministério da letra. Nosso comportamento exterior,
enganado pela religião, pode manifestar aos outros uma aparente espiritualidade. Assim como Jó,
podemos ser um homem bom, reto, íntegro, e nos desviar do mal; mas conhecer o Senhor só por
ouvir falar. Muitas vezes o conhecimento que temos a respeito de Cristo é um conhecimento teórico,
e nossa relação com Ele é uma relação mecânica, baseada na lei. O ministério da letra até pode ter
uma certa glória, mas é uma glória que passa. É só uma questão de tempo para que a verdadeira
natureza se manifeste. Embora possa não parecer, há uma grande diferença entre o ministério do
ESPÍRITO e o ministério da letra. Vejamos o seguinte quadro:

ANTIGA ALIANÇA NOVA ALIANÇA II Co 3:6


Ministério da Letra Ministério do Espírito II Co 3:6,8
Ministério da morte Ministério da Vida II Co 3:7
Ministério da condenação Ministério da Justiça II Co 3:9
Glória desvanece Glória é permanente II Co 3:11,13
Escravidão Liberdade II Co 3:17
Escrita com tinta em papel Escrita pelo Espírito no coração II Co 3:2-3
Suficiência vem do homem Suficiência vem de Deus II Co 3:5

Quando reconhecemos a nossa condição e voltamos o nosso coração ao Senhor, em nosso


ESPÍRITO, então o “véu” da religiosidade é tirado e nós entramos na realidade do ministério do
ESPÍRITO, onde contemplamos, somos transformados e refletimos a imagem do Senhor. Enquanto
vivemos no ministério da letra, nosso foco é o pecado e trazemos sobre os irmãos um constante
sentimento de condenação. A partir do momento em que nos tornamos ministros do ESPÍRITO,
vivendo na esfera do ministério do ESPÍRITO, nosso foco será conduzir os irmãos a uma comunhão
de vida com Cristo. Nosso falar será doce, suave e cheio de frescor do aroma de Cristo (II Co 2:12).
Não haverá em nós nenhum sentimento de condenação, mas estaremos debaixo da justiça que Cristo
cumpriu por nós na cruz. Haverá em nós um amor e uma preocupação de pai, para que os irmãos
cresçam e sejam aperfeiçoados no ESPÍRITO para reinar com Cristo no milênio. O ministério do
ESPÍRITO é um ministério de desfrute. O ministério do ESPÍRITO não é um ministério para ser
entendido ou conhecido, mas para ser desfrutado e vivido no ESPÍRITO. Todos os dias precisamos
nos assentar à mesa com o Senhor para desfrutar das suas riquezas. Se não voltarmos o nosso
coração ao Senhor, podemos ler toda a bíblia e todos os livros espirituais, fazer todo tipo de curso,
participar de todos os eventos da igreja, usar toda a nossa força e entendimento para fazer uma
grande obra para o Senhor, que mesmo assim estaremos no ministério da Letra.

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CAPÍTULO 2

A FUNÇÃO DO ESPÍRITO HUMANO

“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. (I Ts 5:23)”

Esse texto de I Ts não deixa dúvida de que o ser humano é tripartido: corpo, alma e espírito. Com o
nosso corpo tocamos as coisas materiais, com a nossa alma tocamos as coisas psicológicas e com o
nosso espírito tocamos as coisas espirituais. Quanto à nossa alma, entendo que ela é formada de três
partes: mente, vontade e emoção. Quanto ao nosso espírito, entendo, pelo que aprendi, que também
possui três partes, ou três funções: comunhão, consciência e intuição. Paulo diz que o nosso corpo,
referindo ao ser humano, é templo do Espírito Santo. Vejo que há uma semelhança do nosso corpo,
alma e espírito, com o Tabernáculo; de modo que o Átrio Exterior representa o nosso corpo, o Santo
Lugar representa a nossa alma, e o Santo dos Santos representa o nosso espírito. Nosso espírito foi
feito para contatar a Deus. Quando o homem, no jardim, pecou e se afastou da presença de Deus, o
seu espírito ficou amortecido e sem função. Quando somos regenerados, pelo nosso posicionamento
de fé em Cristo, nosso espírito é despertado e passa a funcionar. Nesse momento tão importante em
nossa vida, o Espírito de Deus passa a habitar dentro do nosso espírito humano. Nós recebemos o
Espírito de filiação, o qual testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8:15-16). E
aquele que se une ao Senhor é um ESPÍRITO com Ele (I Co 6:17). No ESPÍRITO está mesclado o
espírito humano e o Espírito de Deus. Podemos dizer que, agora, por meio do ESPÍRITO temos
acesso ao Santo dos Santos. O caminho que nos separava pelo véu foi aberto e agora podemos entrar
com intrepidez na presença de Deus (Mc 15:38; Hb 10:19-20) por meio do ESPÍRITO. Agora
podemos e devemos usar o ESPÍRITO para servir a Deus (Rm 1:9). A consciência (Rm 9:1) nos
ajuda a discernir o certo do errado, assim como condenar ou justificar (I Co 5:3). A consciência dá
uma direção básica ao homem do que pode e do que não pode fazer. Pela comunhão (Jo 4:24) nos
aproximamos de Deus, sentimos, percebemos e desfrutamos da sua presença divina. É pela função da
comunhão que adoramos a Deus. Pela comunhão podemos contatar Deus. Já a intuição (Mc 2:8;
8:12; Jo 11:33) nos permite ter uma sensação ou conhecimento direto. É algo que vai além da razão,
das circunstâncias ou antecedentes. É um “sentimento” que não depende de um motivo racional. É
algo direto e instantâneo. Não depende do conhecimento ou da capacidade humana. Normalmente,
sem perceber, quando colocamos a nossa mente no ESPÍRITO, usamos a intuição para orar. Pela
intuição, podemos sentir alegria, tristeza, ou ainda sentir que tem algo estranho. Enquanto a Palavra
Logos está em nossa mente, a manifestação da Palavra Rhema vem pela intuição. Podemos dizer que
a nossa consciência é a porta do ESPÍRITO. Quando fechamos a nossa consciência para as coisas de
Deus, nosso ESPÍRITO fica endurecido, de modo que a nossa consciência fica cauterizada (I Tm
4:2).

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CAPÍTULO 3

A PROMESSA DO ESPÍRITO

“para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que
recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido (Gl 3:14)”

Há uma promessa de Deus feita a Abraão, quatrocentos e trinta anos antes da lei (Gl 3:17), de que
nele seriam benditas todas as famílias da terra (Gl 3:8) e de que mediante a fé alcançariam a salvação
(Gl 3:11) e a herança celestial (Gl 3:18). E é pela fé que alcançamos o ESPÍRITO prometido (Gl
3:14). Pela fé temos acesso às alianças da promessa (Ef 2:12). Podemos ver que a salvação
prometida a Abraão está associada ao ESPÍRITO. Quando cremos, automaticamente recebemos o
ESPÍRITO da promessa. Vemos que a todos os que andam nas pisadas da fé que teve Abraão, nosso
pai, antes de ser circuncidado, cabe também a promessa de serem herdeiros do mundo (Rm 4:12-13;
Hb 9:15). Essa promessa é tão firme que está alicerçada na graça, e não na lei (Rm 4:16). Como
Paulo diz aos Gálatas, não é pelas obras da lei, mas pela pregação do evangelho que recebemos o
ESPÍRITO da promessa (Gl 3:2). Estando Jesus ainda com os seus discípulos, soprou sobre eles e
disse: “recebei o Espírito Santo” (Jo 20:22). Não podemos ter dúvida de que a partir do momento em
que cremos no Senhor, o ESPÍRITO Santo passa a habitar dentro de nós (Jo 7:39). Pelo ato da fé, nós
somos introduzidos no Corpo de Cristo e passamos a fazer da Igreja. É como um dom gratuito de
Deus (Rm 6:23). Diferentemente do que foi prometido ao profeta Joel sobre o derramamento do
ESPÍRITO (Jl 2:28), a promessa feita a Abraão é alcançada pela fé. Podemos dizer então que há dois
aspectos do ESPÍRITO, o ESPÍRITO interior e o ESPÍRITO exterior. O derramamento do
ESPÍRITO está relacionado ao aspecto exterior do ESPÍRITO; enquanto que receber o ESPÍRITO
está relacionado ao aspecto interior do ESPÍRITO. O ESPÍRITO exterior está relacionado ao poder e
à autoridade, enquanto que o interior está relacionado à vida. O ESPÍRITO exterior é para a obra,
enquanto que o ESPÍRITO interior é para o crescimento espiritual. O ESPÍRITO exterior não nos
qualifica como espirituais, mas qualifica a nossa obra e o nosso ministério. O ESPÍRITO exterior é
como um vento impetuoso; de modo que podemos dizer que o “sopro” é para a vida e o “vento” é
para o mover. Podemos sim ter recebido o ESPÍRITO e ainda não termos experimentado o
derramamento do ESPÍRITO. Embora os discípulos já tenham recebido o ESPÍRITO, o Senhor lhes
disse: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto
sejais revestidos de poder (Lc 24:49).” Havia ainda a promessa feita através de Joel. Em outra
ocasião, estava Jesus comendo com seus discípulos, quando determinou-lhes que não se ausentassem
de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai (At 1:4). Apolo, por exemplo, um grande
cooperador de Paulo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras, fervoroso de ESPÍRITO, falava e
ensinava com precisão a respeito de Jesus, mas ainda não tinha tido a experiência do derramamento
do ESPÍRITO (At 18:25). Em outra ocasião, estando Paulo em Éfeso, vemos que alguns cristãos já
haviam sido batizadao nas águas e se arrependido dos seus pecados; mas só tiveram a experiência de
vir sobre eles o ESPÍRITO, quando o apóstolo Paulo impôs sobre eles as mãos (At 19:1-6). Podemos
concluir então que, embora tenhamos alcançado a promessa do ESPÍRITO, devemos ainda buscar o
selo do ESPÍRITO.

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CAPÍTULO 4

O SELO E O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO

“Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos
selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração. (II Co 1:21-22)”

Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado por justiça (Gl 3:6). Pela fé a promessa do ESPÍRITO é
alcançada (Gl 3:14). Deus não exige mais nada de nós. Entretanto, a confirmação da aliança
estabelecida com Abraão exigiu da parte de Deus um sinal, uma marca, um selo. Disse Deus a
Abraão: “Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós
(Gn 17:10-11).” A circuncisão tornou-se um selo que acompanharia a descendência de Abraão como
uma confirmação da promessa. Abraão recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé (Rm
4:11). Acredito que Abraão não fazia ideia da extensão desse sinal, quando fosse aplicado aos
gentios. Ainda no Antigo Testamento, Deus falou através do profeta Joel que derramaria do seu
ESPÍRITO sobre toda carne (Jl 2:28). O próprio Senhor Jesus falou dessa promessa (Lc 24:49; At
1:4-5), a qual se cumpriu em “Pentecostes”. Ele mesmo recebeu do Pai o ESPÍRITO Santo
prometido e derramou o que as pessoas de Jerusalém estavam vendo e ouvindo (At 2:33). Estando os
discípulos reunidos no mesmo lugar, como lhes foi orientado pelo Senhor, “de repente, veio do céu
um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E
apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo (At 2:2-4).” Muitos não entenderam o que estava
acontecendo, quando Pedro se levantou e explicou que tratava-se, na verdade, do que foi dito por
intermédio do profeta Joel (At 2:14-21). João Batista disse que ele batizava com água, para
arrependimento; mas que depois dele, viria Jesus que batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Mt
3:11). Voltando ao caso em que Paulo passou por Éfeso, achando lá alguns discípulos, Paulo lhes
perguntou que em que batismo eles tinham sido batizados, quando então responderam que só no
batismo de João. Eles nem sequer sabiam a respeito do batismo no ESPÍRITO Santo; de modo que
Paulo orou por eles e eles foram batizados no ESPÍRITO (At 19:1-6). Logo, podemos entender que o
batismo de Jesus está relacionado ao selo do ESPÍRITO. Paulo ainda fala para os Efésios que, depois
deles terem ouvido a palavra da verdade, o evangelho da salvação, tendo nele também crido, foram
selados com o ESPÍRITO da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até que haja o resgate
(Ef 1:13-14). Ao meu ver, não fica dúvida de que o selo não está relacionado à salvação. Entretanto,
essa experiência com o aspecto exterior do ESPÍRITO deve ser buscada. Enquanto que alcançarmos
a promessa do ESPÍRITO, recebendo ele em nosso ESPÍRITO, interiormente, é uma questão de fé;
alcançarmos o selo do ESPÍRITO, recebendo ele sobre nós, em forma de derramamento de poder, é
questão de busca. Assim como Abraão pagou um preço pra ter esse sinal na sua carne, nós também
devemos fazer o mesmo. Jesus disse aos seus discípulos que eles receberiam poder, ao descer sobre
eles o ESPÍRITO, e que seriam testemunhas Dele em todo lugar (At 1:8). Para fazermos a obra do
Senhor e sermos revestidos de autoridade, precisamos, necessariamente, do derramar, do selo e do
batismo no ESPÍRITO.

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CAPÍTULO 5

O FRUTO DO ESPÍRITO

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,


fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. (Gl 5:22-23)”

O resultado de andar no ESPÍRITO será necessariamente o fruto do ESPÍRITO. Paulo menciona


nove aspectos do fruto do ESPÍRITO a título de ilustração. Esses nove aspectos são na verdade
atributos da pessoa de Cristo. Na medida em que crescemos em vida, esse fruto naturalmente se
manifesta em nós. Não há necessidade alguma de esforçar-nos para possuir qualquer uma dessas
virtudes cristãs. O fruto do ESPÍRITO deve manifestar-se espontaneamente. Não há como imitá-lo
ou “fabricá-lo”. O fruto é consequência de uma nova vida. Se assim como um grão de trigo, nós
morremos, então damos muito fruto (Jo 12:24). Nós não precisamos buscar o fruto, nós devemos
buscar uma vida no ESPÍRITO. Até podemos ter uma certa dose de amor, de paz, de mansidão, e
outras virtudes; mas as que são procedentes do ESPÍRITO, são elevadas, e estão relacionadas à
Cristo. Os dons podem, e costumam ser dados a nós por ocasião da nossa conversão, não
representando maturidade espiritual; mas o fruto do ESPÍRITO, é necessariamente consequência de
um processo de crescimento e amadurecimento espiritual.

“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer. (Jo 15:5)”

A árvore é conhecida pelo fruto, não pelas obras ou pelo poder que tem (Lc 6:44). Cristo como a
videira verdadeira, não nos conhece pelas nossas obras ou pela nossa capacidade, mas pelo quanto
nós permanecemos Nele. Podemos ser muito ativos na igreja e ter muito conhecimento ou dons, mas
é o fruto que vai revelar o tipo de árvore que nós somos. O fruto sempre corresponde à natureza da
árvore. É uma questão de fonte. Se Cristo não for a fonte do nosso suprimento de vida,
consequentemente, não importa o que façamos, não manifestaremos o fruto do ESPÍRITO. O
segredo é permanecermos em Cristo. Assim como o ramo está ligado à vide, nosso relacionamento
com Cristo é orgânico. É um relacionamento de vida. A seiva precisa estar fluindo constantemente
para os ramos. Satanás não pode impedir que o fruto apareça, mas ele pode impedir que a vida flua.
Não havendo contato entre o ramo e a videira, será impossível que o fruto se manifeste. O fruto do
ESPÍRITO é resultado de uma vida de comunhão constante com Cristo. Sem essa comunhão viva,
nada poderemos fazer. Deus Pai, como o viticultor, espera poder colher o fruto da videira. A
verdadeira espiritualidade não se dá pelos dons, mas pelo fruto do ESPÍRITO. O fruto é resultado de
um processo; é resultado de um morrer constante para o velho homem; é consequência de um
trabalhar de vida e ressurreição; é resultado de um trabalhar diário do ESPÍRITO em nosso ser. Isso
exige crescimento. Na medida em que a imagem do que está em nosso ESPÍRITO é refletida em
nossa alma, os atributos de Cristo, como fruto do ESPÍRITO, certamente se manifestam no nosso
viver.

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CAPÍTULO 6

ESTAR OU ANDAR NO ESPÍRITO

“Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. (Gl 5:25)”

Embora o Senhor Jesus habite em nós por meio do seu ESPÍRITO (Jo 14:16-18), boa parte do tempo
nós mesmos não estamos no ESPÍRITO; mas estamos na mente ou na emoção. No momento em
fomos salvos e regenerados, nosso ESPÍRITO foi unido ao ESPÍRITO do Senhor. Essa união é
inquebrável. Embora possamos como cristão muitas vezes não andar no ESPÍRITO, isso não quer
dizer que o ESPÍRITO Santo nos abandone. Podemos entristecer o ESPÍRITO, mas ainda assim ele
não se afasta de nós. Não importa onde estejamos ou o que estejamos fazendo, o ESPÍRITO Santo
sempre estará conosco. O fato do ESPÍRITO Santo sempre estar conosco significa que nós vivemos
no ESPÍRITO, mas isso não significa necessariamente que nós andemos no ESPÍRITO. “Viver”
significa que nós temos a vida de Deus, e “andar” significa que temos agora de caminhar conforme
essa vida. Andar no ESPÍRITO não representa necessariamente uma vida cheia de milagres, mas que
o nosso viver diário em todos os seus aspectos manifestam a vida divina. Enquanto andamos na
carne, comemos, bebemos e respiramos os elementos da vida natural; mas quando andamos no
ESPÍRITO, comemos, bebemos e respiramos os elementos divinos. Albert Benjamin Simpson
(pregador evangélico canadense, teólogo, autor, e fundador da Aliança Cristã e Missionária)
entendeu que ao andar no ESPÍRITO, nós também respiramos no ESPÍRITO. Viver no ESPÍRITO
representa que fomos comprados e introduzidos no reino de Deus, mas não representa
necessariamente uma vida transformada. Se andamos no ESPÍRITO, necessariamente os elementos
de Cristo, que estão em nosso ESPÍRITO, serão dispensados à nossa alma, de modo que a nossa
mente, vontade e emoção serão renovados. Somente o andar no ESPÍRITO nos trás crescimento e
novidade de vida.

“Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. (Gl 5:16)”

Se você quiser andar no ESPÍRITO, você necessariamente terá de morrer para a carne. Você pode ter
a vida de Deus em seu ESPÍRITO e ainda assim discutir com a sua esposa, mas será impossível você
andar no ESPÍRITO e não transmitir a vida e o amor de Deus ao seu cônjuge. Eu posso ser um
cristão cheio de dons e de princípios e valores dignos de um grande homem de Deus; mas se eu não
andar no ESPÍRITO, a minha vontade, o meu padrão e a minha justiça irão prevalecer e eu não terei
paz em meu ESPÍRITO. O caminho do ESPÍRITO não é o caminho da força, da imposição ou da
persuasão, mas o caminho do amor e da vida. Se eu andar no ESPÍRITO, o amor e a justiça de Cristo
irão me levar à cruz e o Seu padrão prevalecerá sobre o meu. Andar no ESPÍRITO representa um
viver crucificado. Não há espaço para o ego ou para a força do homem. Não promovemos o homem,
mas simplesmente manifestamos a vida divina. Não engrandecemos o homem, mas engrandecemos a
Cristo. Não nos preocupamos com a carne ou o pecado. Não lutamos mais contra o pecado. O
pecado deixa de ser um problema. Vivemos agora por meio de uma outra lei, a lei do ESPÍRITO. Se
andamos no ESPÍRITO, jamais satisfaremos a concupiscência da carne. Quando Paulo diz “jamais”,
isso quer dizer que é impossível. Nosso foco, hoje, na igreja, não é lutar contra o pecado; mas andar
no ESPÍRITO. Quando Paulo fala de andar, ele está falando de uma continuidade. Não podemos
parar. Nossa busca deve ser constante.

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CAPÍTULO 7

EXERCITAR OU LIBERAR O ESPÍRITO

“O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. (Mt 26:41)”

A unção e o mover do ESPÍRITO em nós é constante. Há um movimento constante do ESPÍRITO


em nosso interior. Nós, porém, não nos movemos ou não acompanhamos o ESPÍRITO no mesmo
ritmo. Podemos comparar esse mover à circulação da corrente elétrica em nossa casa. Embora não a
vejamos, ela está presente e em movimento constante. O resultado desse fluir constante só é
percebido quando ligamos a tomada. O problema todo reside no fato de que, na maior parte do
tempo, nós limitamos, frustramos e impedimos o mover, trabalhar e agir do ESPÍRITO. Nós não
cooperamos suficientemente com ele. Geralmente oramos para que Senhor opere em nós através do
seu ESPÍRITO, quando na verdade é Ele que aguarda a nossa cooperação. Quando não exercitamos o
nosso ESPÍRITO, bloqueamos o ESPÍRITO. É como fechar o escape de uma chaminé. Quando
fechamos e bloqueamos a corrente de ar, o fogo não queima. Naturalmente que a responsabilidade de
liberar o ESPÍRITO é nossa. Por vermos o ESPÍRITO muitas vezes apenas do ponto de vista de
“pentecostes”, tendemos a ter uma atitude passiva de ficar esperando que o ESPÍRITO venha sobre
nós e nos encha. Aguardamos que ele nos tome e nos use. Embora, ocasionalmente, isso possa
ocorrer, no viver prático da igreja, independente de estarmos num culto ou não, o ESPÍRITO flui
através de nós somente quando nós O liberamos. Quando oramos, por exemplo, podemos estar
focados nas necessidades, problemas, enfermidades e circunstâncias ao nosso redor; ou
simplesmente focar no sentimento da parte mais íntima do nosso ser, liberando o sentimento do
ESPÍRITO. O ESPÍRITO não vai nos usar à força. Quando tomamos a Palavra, por exemplo, e
pregamos, podemos fazê-lo usando a nossa habilidade natural, conhecimento e persuasão; ou
podemos nos voltar para o ESPÍRITO e liberá-Lo para que ele nos use. Nada disso exclui uma
oração ou uma Palavra mais objetiva. Quando nos esvaziamos e nos voltamos ao ESPÍRITO, ele nos
limpa e nos purifica. Podemos achar que em determinado momento não estamos inspirados ou
animados, mas o problema não está no ESPÍRITO. Quando queremos dar a partida no carro, não
esperamos que o carro faça isso sozinho. Nós temos de dar a partida. Semelhantemente, não
devemos esperar que o ESPÍRITO nos inspire; é nossa responsabilidade ligá-Lo e liberá-Lo. Quando
sentimos a unção em alguém, é porque na verdade ele está com o ESPÍRITO liberado. Em um culto
podemos exercitar a mente ou podemos exercitar o ESPÍRITO. Depende da nossa atitude. Temos
uma escolha. Se nos fechamos e ficamos passivos, esperando algo, bloqueamos o ESPÍRITO. Se nos
abrimos, temos uma atitude de busca, nos abrindo ao agir e operar do ESPÍRITO, então liberamos o
ESPÍRITO. Quando liberamos o nosso ESPÍRITO para ministrar a alguém, quem convence a pessoa
do pecado, da justiça e do juízo é o ESPÍRITO. Sem o fluir do ESPÍRITO, os cultos são mortos e não
produzem vida. A formalidade, em princípio pode ser boa; deve haver ordem e certos princípios
devem ser seguidos; mas, devemos cuidar para não engessar o ESPÍRITO. Devemos aprender a dar
liberdade ao ESPÍRITO para que ele flua livremente. Não deveríamos ir ao culto com a ideia de
simplesmente receber, mas sim com o propósito de exercitar o ESPÍRITO para adorar e exibir a
Cristo. Deus é ESPÍRITO e os verdadeiros adoradores adoram em ESPÍRITO (Jo 4:23).

FABIANO MACHADO Página 8


CAPÍTULO 8

ABANAR OU APAGAR O ESPÍRITO

“Não apagueis o Espírito (I Ts 5:19)”

Podemos dizer que o ESPÍRITO é como um fogo que queima constantemente (Ap 4:5). Devemos ter
o fluir como o queimar do ESPÍRITO. Há vários modos de apagar o fogo e um deles é cortando o
suprimento de ar. Sem ar, não há como o fogo queimar. Quanto maior for o fluxo de ar, mais forte o
fogo fica. Semelhantemente, o queimar do ESPÍRITO requer um fluir espiritual. Embora o
ESPÍRITO esteja sempre queimando, em nossa experiência, nem sempre ele queima. Quando
fechamos todas as portas de nosso ser, bloqueando a corrente espiritual, provocamos o apagar do
ESPÍRITO. Não há nenhum proveito em termos conhecimento e ao mesmo tempo termos o
ESPÍRITO apagado. Podemos ter muita Palavra e sermos muito ativos, mas espiritualmente estarmos
apagados. O ensino e a doutrina é como um mapa, mas se não dirigirmos será inútil. Usar o
ESPÍRITO é como andar pelo mapa. Muitos cristãos hoje estão mortos, inativos, fracos, frios e
passivos porque o fogo do ESPÍRITO não está queimando. Abrir-nos para que o ESPÍRITO flua e
queime através de nós exige uma expressão de todo o nosso ser. Percebo que todo aquele que fica
inerte, principalmente aquele que não abre a sua boca, ele não queima no ESPÍRITO. Se ele não
liberar o ESPÍRITO, não haverá fogo. Muitas vezes abrir a boca é como abrir a tampa da “chaminé”,
levando o ESPÍRITO a queimar. Não há nenhum problema em “enlouquecermos” para Deus (II Co
5:13). Ao liberar-nos da razão, do ego, da timidez, do padrão comum de comportamento, louvando e
adorando a Deus com todo o nosso ser, mantemos o fogo do ESPÍRITO aceso. Assim como
podemos abanar o ESPÍRITO, também podemos apagar o ESPÍRITO. Apagamos, por exemplo,
quando somos muito formais, quando ficamos na mente, quando queremos preservar o nosso ego,
quando cuidamos e julgamos os irmãos, quando estamos preocupados com os problemas, quando
confiamos no nosso conhecimento e na nossa maneira de fazer as coisas, quando queremos ser o
centro. Se queremos que o ESPÍRITO queime, precisamos necessariamente ser simples e confiar
nEle. Não devemos querer forjar uma esfera espiritual. Isso mata os irmãos. Devemos simplesmente
deixar o ESPÍRITO queimar. O queimar do ESPÍRITO liberta e contagia as pessoas. Enquanto
muitas pessoas ainda estão preocupadas em fazer coisas pra Deus, Deus está preocupado em que o
nosso ESPÍRITO não se apague. Ter o ESPÍRITO apagado, não significa perder a salvação; significa
apenas que nós não estamos funcionando; não estamos dando caminho pra Deus. É muito mais fácil
manter o ESPÍRITO acesso, do que ter de reacendê-lo novamente.

FABIANO MACHADO Página 9


CAPÍTULO 9

SE EMBRIAGAR OU SE ENCHER DO ESPÍRITO

“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,
falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos
espirituais (Ef 5:18-19)”

Não devemos nos embriagar com vinho, mas podemos nos “embriagar” com o ESPÍRITO. Podemos
ter a atitude voluntária de nos encher do ESPÍRITO. Paulo fala da importância de nós termos uma
busca. Fala de não sermos passivos a ponto de ficar esperando que algo aconteça, mas de ser ativos e
buscarmos um enchimento do ESPÍRITO. Creio que encher-se do ESPÍRITO é estar com o
ESPÍRITO queimando e liberado. Embora o ESPÍRITO de Deus esteja no nosso ESPÍRITO, a nossa
mente, vontade e emoção também têm de estar cheia do ESPÍRITO. Um irmão vazio é um irmão
cuja alma não está tocando em Deus. Ele está, na verdade, embriagado com o vinho deste mundo.
Normalmente nós estamos cheios daquilo com o qual nós gastamos o nosso tempo e atenção. Se
buscamos as coisas dessa terra, nos enchemos das coisas terrenas; mas se buscamos as coisas do alto,
nos enchemos de coisas espirituais (Cl 3:1-4). Nossa alma é como uma vasilha que precisa estar
cheia de azeite (Mt 25:8). Um cristão prudente é um cristão cheio do ESPÍRITO. Creio que encher-
se do ESPÍRITO é encher-se de Cristo até a plenitude de Deus, o que faz com que transbordemos em
nosso falar, cantar, salmodiar, dar graças a Deus e submeter-nos uns aos outros. Paulo nos dá dicas
de como podemos nos encher do ESPÍRITO: com salmos, com louvor, com hinos e com cânticos.
Abrir os nossos lábios como uma forma de expressarmos o que sentimos é fundamental. Podemos,
sim, louvar a Deus com os lábios e o nosso coração estar longe Dele; mas não podemos estar com o
coração cheio de adoração, e não expressar isso com os lábios. Quando Paulo fala “enchei-vos” ele
não se refere apenas a um indivíduo, mas está falando também da Igreja. Na medida em que nós
externamos no culto o nosso ESPÍRITO, por meio dos nossos lábios, nós contagiamos aqueles que
estão ao nosso redor. E assim nos enchemos do ESPÍRITO mutuamente. Também podemos ver
nesse ponto a grande responsabilidade que tem aqueles que ministram o louvor na igreja. Nas
reuniões pequenas, também podemos proclamar audivelmente as letras das músicas. Isso ajuda os
irmãos a tocar no que está sendo cantado e os estimula a fazer a mesma coisa, liberando o ESPÍRITO
deles. Paulo nos mostra que o segredo para nos enchermos do ESPÍRITO não depende de nós
pedirmos; mas simplesmente de nós adorarmos, louvarmos e agradecermos por tudo o que Ele tem
feito por nós. Paulo ainda inclui o fato de que nossa postura de submissão para com os irmãos,
principalmente a liderança da igreja, também é uma condição para nos encher do ESPÍRITO.

FABIANO MACHADO Página 10


CAPÍTULO 10

SERVIR NO ESPÍRITO

“No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor. (Rm 12:11)”

Em diversos versículos o apóstolo Paulo nos diz que ele servia a Deus em seu ESPÍRITO. Após seu
encontro com Deus, na estrada para Damasco, Paulo, diferentemente do que fazia antes, passou a
usar o seu ESPÍRITO para servir a Deus. O ESPÍRITO Santo está mesclado ao nosso ESPÍRITO, e
agora precisamos aprender a servir a Deus em nosso ESPÍRITO. “Deus é ESPÍRITO e importa que
os seus adoradores o adorem em ESPÍRITO” (Jo 4:24). Adorá-Lo em ESPÍRITO é adorá-Lo no
ESPÍRITO humano. Deus é ESPÍRITO e precisamos aprender a contatá-Lo no ESPÍRITO. At 17:16
– Nos diz que o “ESPÍRITO de Paulo se revoltava em face da idolatria dominante em Atenas”. O
ESPÍRITO de Paulo só se incomodou porque estava ativo. Uma coisa é ficarmos incomodados em
nossa alma, outra coisa é ficarmos incomodados em nosso ESPÍRITO. Podemos liberar uma palavra
na alma, e podemos liberar a mesma palavra no ESPÍRITO. Podemos servir na alma, e podemos
fazer o mesmo serviço no ESPÍRITO. O resultado sempre será diferente. O fruto de um será vida e
paz, e o fruto de outro será condenação e morte. Quando servimos na alma, facilmente nos
ofendemos, nos iramos e condenamos os irmãos. Quando servimos no ESPÍRITO, temos o
sentimento de servos, tomamos a cruz, oramos e rogamos com amor por aqueles que ainda não estão
servindo. Se queremos que os irmãos sirvam, devemos levá-Los ao ESPÍRITO. Se a motivação do
nosso serviço é a emoção e não o ESPÍRITO, nos ofendemos se alguém nos diz alguma coisa, e nos
ofendemos também se alguém não diz nada. Hoje em dia, muitos irmãos estão servindo na emoção, e
o resultado é que acabam se decepcionando e se cansando. At 19:21 nos diz que “Paulo resolveu em
seu ESPÍRITO ir a Jerusalém” e At 20:22 diz que “ele foi a Jerusalém constrangido em seu
ESPÍRITO”. Claramente o ESPÍRITO de Paulo era UM com o ESPÍRITO do Senhor. Paulo não
fazia nada sem consultar o seu ESPÍRITO. Esse é o órgão adequado para servirmos a Deus. Muitos
pensam que pelo simples fato de sermos cristãos, estamos automaticamente servindo a Deus no
ESPÍRITO. Isso não é verdade. Automaticamente estamos servindo na carne ou na alma. Para
servirmos a Deus no ESPÍRITO, precisamos necessariamente inclinar a nossa mente para o
ESPÍRITO. Temos de aprender a usar o ESPÍRITO humano. Sem o ESPÍRITO será impossível que
ministremos Cristo aos outros como vida. Nosso falar e serviço será sempre legalista. Estaremos no
ministério da letra. Quando estamos na alma queremos ser persuasivos e atrativos; mas quando
estamos no ESPÍRITO, nossa única preocupação é ministrar vida. No ESPÍRITO não estamos
preocupados em preservar a nossa posição ou defender o nosso ponto de vista; nos preocupamos
apenas em que as pessoas toquem, desfrutem, e conheçam a Cristo. Quando servimos no ESPÍRITO
o rio da água da vida flui através de nós. Alguns até podem não ser muito eloquentes, mas sabem
como falar no ESPÍRITO. Ao usar a figura do tabernáculo em Rm 12, no verso 11 Paulo nos diz para
sermos fervorosos de ESPÍRITO ao servir ao Senhor. Depois de nos dizer para oferecer o nosso
corpo por sacrifício vivo (Rm 12:1) e buscarmos uma transformação pela renovação da nossa mente
(Rm 12:2), Paulo cita agora o ESPÍRITO como o órgão adequado para servirmos. Ser fervoroso de
ESPÍRITO, acredito que seja ser cheio ou estar queimando no ESPÍRITO.

FABIANO MACHADO Página 11


CAPÍTULO 11

SEMEAR PARA O ESPÍRITO

“Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que
semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. (Gl 6:8)”

Por um lado podemos semear para a carne a fim de cumprir o propósito da carne. Por outro lado,
podemos semear para o ESPÍRITO, tendo o ESPÍRITO como meta. Paulo fala aqui de termos o
ESPÍRITO como alvo. Semear gera algo que vai crescer e um dia será colhido. É fato que o tempo
todo estamos semeando, consequentemente mais cedo ou mais tarde iremos colher algo. Ou
semeamos pra vida, ou semeamos pra morte (Rm 8:6). Isso em cada área da nossa vida. Nossas
palavras e ações sempre terão uma consequência. Naturalmente que a nossa maior preocupação não
deve ser com o que colheremos, mas com o que estamos semeando. Se estamos semeando para a
carne, não podemos esperar colher coisas espirituais. Não apenas aquilo que falamos, mas também
aonde vamos e o que vemos, influencia diretamente naquilo que estamos semeando. Podemos ver no
texto de Paulo que a carne contrasta com o ESPÍRITO, e que a corrupção contrasta com a vida
eterna. Há somente esses dois tipos de semeadura e de colheita. Não há neutralidade. Paulo nos diz
que se semearmos para a carne o resultado será sempre o mesmo – a corrupção. Ao passo que se
semearmos para o ESPÍRITO, sempre colheremos vida eterna. A palavra nos diz que onde está o
nosso tesouro, aí está também o nosso coração. Podemos tomar essa palavra emprestada para dizer
que aplicamos o nosso coração, ou semeamos todos os nossos esforços, naquilo que é o nosso
tesouro. Se o nosso alvo é o reino de Deus, então semearemos para o Reino. Mas se o nosso alvo são
coisas terrenas, então semearemos para a carne. Quando Paulo fala de colhermos “corrupção”, ele
está falando, não apenas daquilo que pode nos matar, mas também daquilo que se corrói, que se
corrompe com o tempo (II Co 4:18). Quando Paulo fala de semear para a carne, ele não está falando
apenas de viver em pecado ou de buscar os interesses próprios, mas está falando também de viver
pela lei (Gl 6:11-12). Era uma palavra direta para os religiosos da época. Só há uma maneira de
colhermos e desfrutarmos da vida, é semeando para o ESPÍRITO.

Pra finalizar, eu queria citar um texto do Craig Hill, do livro “Enganado, Eu”, capítulo 3, onde ele
diz o seguinte: “Muitos cristãos não compreendem a lei de semear e colher. Se você semeou para a
carne durante muitos anos numa certa área da sua vida e, subitamente você pára de semear
carnalmente nessas áreas, você ainda poderá continuar a obter uma colheita carnal por um bom
tempo. Algumas vezes as sementes não crescem tão rápido, mas certamente você colherá o que
semeou; seja na carne ou seja no espírito. Pode ocorrer de uma semente que você semeou para o
espírito durante um mês, simplesmente não ter tido tempo ainda de amadurecer e frutificar. Você
deve continuar em espírito e esperar pela colheita.”

FABIANO MACHADO Página 12


CAPÍTULO 12

SER GUIADO PELO ESPÍRITO

“Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos
entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo
espírito, não estais sob a lei. (Gl 5:17-18)”

Paulo claramente faz uma distinção bastante forte entre ser guiado pela lei e ser guiado pelo
ESPÍRITO. Se formos guiados pela lei, inevitavelmente estaremos na carne; e a carne milita contra o
ESPÍRITO. Ainda que a lei seja boa, colheremos os frutos da carne. O problema não está na lei, o
problema está no fato de que o pecado habita na nossa carne; e a lei do pecado é mais forte do que a
lei da nossa mente. Vivenciamos todos os dias o conflito de duas naturezas: a natureza do pecado e a
natureza divina, o velho e o novo homem. Quem vai nos governar e nos guiar vai depender da nossa
escolha. Não é uma questão de sermos tomados sobrenaturalmente e ser guiados pelo ESPÍRITO. É
uma questão de sintonizarmos a nossa mente com o nosso ESPÍRITO. O ESPÍRITO está sempre
falando, mas nós não escutamos. Religiosamente temos uma tendência de sermos guiados pelo certo
e errado. Vivemos a vida toda sendo guiados pela “árvore do conhecimento do bem e do mal” e
quando conhecemos a Cristo, encontramos uma certa dificuldade em sermos guiados pela “árvore da
vida”. Racionalmente parece lógico que se nos guiarmos pelo certo e pelo bem, estaremos agradando
a Deus; mas nos esquecemos que a àrvore (fonte) é a mesma e que não há como separar o bem do
mal. O fruto sempre será o mesmo - a morte. Ser guiado pelo ESPÍRITO não é uma questão de certo,
correto, ou de fazer o bem; mas simplesmente de fazer a vontade de Deus. Ser guiado pelo
ESPÍRITO é viver na total dependência de Deus. Quando o homem tomou do fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal, seus olhos se abriram, e ele passou a ter uma vida da alma
independente de Deus. Antes disso ele simplesmente era guiado pelo ESPÍRITO de Deus. Engana-se
o homem que acha que a lei serve para guiar o homem a fazer a vontade de Deus. Ela serve apenas
para expor a nossa condição. A lei nos escraviza, mas o ESPÍRITO nos liberta. Na medida em que
aprendemos a ser guiados pelo ESPÍRITO, nos livramos do jugo da lei. Quando Paulo fala da
possibilidade de sermos guiados pelo ESPÍRITO, ele está falando de um guiar contínuo que visa um
alvo. A lei, que não é capaz de aperfeiçoar homem algum, gera em nós uma máscara espiritual, nos
dando uma falsa sensação de espiritualidade. É como o véu que estava posto sobre o rosto de Moisés
(II Co 3:13-16). O ESPÍRITO, o qual pode ser comparado ao Santo dos Santos, ao qual temos livre
acesso, nos leva a contemplar a glória de Cristo e a sermos transformados na Sua própria imagem (II
Co 3:17-18). A lei sempre levará o homem a contemplar o seu ego, enquanto que o ESPÍRITO
sempre nos levará a contemplar a Cristo. O guiar do ESPÍRITO nem sempre seguirá a nossa lógica,
mas sempre nos guiará por um processo de santificação. Paulo ainda nos diz que todos os que são
guiados pelo ESPÍRITO de Deus são filhos de Deus (Rm 8:14). Muitas vezes nos enganamos por
achar que por fazermos muitas obras como profetizar no nome do Senhor, expelir demônios, e fazer
milagres, testifica a nossa filiação (Mt 7:22-33). É possível que Deus nem conheça tais pessoas. A
maior prova de que somos filhos de Deus é sermos guiados pelo ESPÍRITO de Deus.

FABIANO MACHADO Página 13


CAPÍTULO 13

INCLINAR A MENTE PARA O ESPÍRITO

“Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se
inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o
do Espírito, para a vida e paz. (Rm 8:5-6)”

Naturalmente, nascemos e crescemos com a mente inclinada para a carne. Ter a mente inclinada
significa ter a mente propensa para determinada coisa. Quando você tem a inclinação para
determinado pecado ou fraqueza, significa que isso lhe atrai. Embora podemos escolher colocar ou
não a nossa mente na carne, a carne por sua vez sempre pende para a morte. Seu prazer é
momentâneo e ilusório, ela não conduz para a vida. Não importa o que você faça na carne, ainda que
pareça bom, o resultado sempre será morte. A partir do momento que nosso ESPÍRITO foi
despertado, ele foi aberto, de modo que podemos, por livre escolha, tirar a nossa mente da carne e
colocá-la no ESPÍRITO. Cogitar está relacionado àquilo que nós pensamos. Paulo encoraja os
Colossenses a pensar nas coisas lá do alto e não nas que são aqui da terra, fazendo morrer a nossa
natureza terrena, e se revestindo do novo homem (Cl 3:1-10). Nossa mente fica numa luta constante
entre a carne e o ESPÍRITO. Ela naturalmente é atraída pelas coisas da carne. Cabe a nós um esforço
voluntário de inclinar a mente para o ESPÍRITO. Colocar a mente no ESPÍRITO significa permitir
que o ESPÍRITO governe e dirija a mente. Ser dirigido pelo ESPÍRITO significa viver e pensar
como o novo homem em Cristo. Na medida em que inclinamos a nossa mente para o ESPÍRITO,
nossa mente é renovada e começamos a experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus
(Rm 12:2). Segundo o apóstolo Paulo, o homem espiritual tem a mente de Cristo (I Co 2:15-16).
Andar debaixo do controle da carne ou do ESPÍRITO vai depender de nós. Tudo é uma questão de
onde está a nossa mente. É uma lei imutável. Não precisamos perguntar se alguém anda no
ESPÍRITO ou não, mas, sim, se a mente dela cogita das coisas da carne ou do ESPÍRITO. Quando
cogitamos das coisas do ESPÍRITO temos vida e paz. Como Paulo diz aos Filipenses, essa paz
excede todo entendimento e guarda o nosso coração e a nossa mente em Cristo. E ainda diz que tudo
o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, isso é o que deve
ocupar o nosso pensamento (Fp 4:7-8). Não há como esperar que Deus nos dê uma direção, enquanto
a nossa mente não estiver inclinada para o ESPÍRITO. Conforme Paulo fala aos Efésios, não
devemos mais andar como quem é carnal, “na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos
de entendimento, alheios à vida e ao propósito de Deus, pela dureza do seu coração” (Ef 4:17-18).
Quando falamos de inclinar a nossa mente para a carne e de sermos duros de coração, logo pensamos
em pecados grosseiros. Mas será que quando o que está em jogo é nossos propósitos e sonhos, nossa
cultura, nosso comportamento, nossa personalidade, nós não somos duros? Será que tudo isso não é
como uma fortaleza em nossa mente que nos impede de tocar na vontade de Deus? Que tipo de
armas, meios, instrumentos, ou artifícios, temos usado para convencer os irmãos a fazer algo na
igreja? Paulo diz aos Coríntios que as nossas armas não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus,
para destruir fortalezas, anulando sofismas e altivez que se levante contra o conhecimento de Deus,
levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo (II Co 10:3-5). O falar de Deus no
ESPÍRITO sempre é um falar suave delicado. O que é imposto à força, nunca vem de Deus. Quando
Jesus falou aos seus discípulos sobre o fermento dos fariseus (Mt 16:5-12), os discípulos, por
estarem com a mente inclinada para a carne, seguindo o raciocínio lógico, acharam que Ele estava
falando de comida. Se estivessem com a mente inclinada para o ESPÍRITO saberiam que a falta de
“pão” não seria um problema. Logo em seguida, Pedro inclinado para o ESPÍRITO diz que Jesus é o
Cristo, o Filho do Deus vivo; de modo que Jesus lhe diz que isso não lhe foi revelado por carne e
sangue; ou seja, não veio por um raciocínio carnal. Entretanto, imediatamente, depois disso, Pedro,
inclinado para a carne, pede a Jesus para que tenha compaixão dEle mesmo e não vá para Jerusalém;
de modo que Jesus lhe diz: “arreda Satanás, tu és para mim pedra de tropeço, por que não cogitas das
coisas de Deus, e sim das dos homens (Mt 16:13-23)”. Isso nos mostra que, num momento nós
podemos estar com a mente inclinada para o ESPÍRITO, mas que, logo em seguida, já podemos estar
com a mente inclinada para a carne; cooperando como propósito do Malígno. A vida e a paz jamais
serão alcançados pelo nosso esforço e realização de sonhos pessoais, mas simplesmente por inclinar
a nossa mente para o ESPÍRITO.

FABIANO MACHADO Página 14


CAPÍTULO 14

A LEI DO ESPÍRITO DA VIDA

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do
Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. (Rm 8:1-2)”

Esse é pra mim um dos pontos mais importantes dentro desse assunto. Entender isso é crucial para
que tenhamos uma vida cristã vitoriosa. Em decorrência disso, gastarei um tempo maior aqui. Para
abordar este ponto tomarei como base o que disse Craig Hill, no livro “Engano, Eu?”, capítulo 3.

Duas leis espirituais importantes operam na terra hoje: uma é a lei do pecado e da morte e a outra é a
lei do ESPÍRITO da vida em Cristo Jesus. Podemos operar na lei da vida em uma área e podemos
operar na lei da morte em outra, mas não podemos operar em ambas as leis na mesma área de nossas
vidas ao mesmo tempo. A lei da morte opera na nossa carne; a lei da vida, no nosso ESPÍRITO. A lei
que permitirmos dominar a nossa alma é aquela que governará a nossa vida. A lei do ESPÍRITO da
vida em Jesus está disponível para nós a qualquer momento, assim como as leis da aerodinâmica
estão sempre em vigor, permitindo que os aviões voem. Porém, as leis do pecado e da morte
continuam operando na terra e devem ser superadas pela lei do ESPÍRITO da vida em Jesus. A
gravidade opera o tempo todo, independente do nosso esforço. Se o piloto de uma aeronave, mesmo
conhecendo todos os princípios da aerodinâmica, não obedecer às suas leis, a gravidade
automaticamente toma o controle. A gravidade só será superada quando o piloto decidir operar por
meio das leis da aerodinâmica. A lei do pecado e da morte e a lei do ESPÍRITO da vida em Cristo
Jesus são muito semelhantes às leis físicas da gravidade e da aerodinâmica. O que as pessoas
conhecem sobre essas leis é irrelevante, pois elas continuam operando da mesma forma. Quando os
cristãos permitem que sua carne domine suas almas, experimentando assim as consequências da lei
do pecado e da morte, eles, frequentemente, acham que Deus está punindo-os pela desobediência ou
disciplinando-os para moldar Seu caráter neles. Algumas vezes, os cristãos chegam a pensar que
Satanás está atacando-os e que é ele quem está trazendo os problemas em suas vidas. É claro que a
verdade é que nem Deus nem Satanás fizeram algo específico, mas a lei do pecado e da morte é que
está operando. Esse homem está simplesmente experimentando as consequências naturais de sua
ação de acordo com a lei da gravidade, que Deus colocou na terra para o nosso benefício. A lei do
pecado e da morte foi introduzida por Satanás, por meio do pecado de Adão. Deus não é o autor da
doença, da pobreza, da opressão, do fracasso ou do tormento emocional e mental. Deus deseja que
cresçamos ao andarmos no ESPÍRITO, e não ao experimentarmos as consequências da lei do pecado
e da morte. Através do ESPÍRITO, nós podemos conhecer os caminhos do Senhor. Deus deu ao
homem o domínio e o governo sobre a terra e esperou que ele dominasse e governasse a terra em
ESPÍRITO e em perfeita comunhão com Ele. Porém, quando Adão pecou e desobedeceu a Deus, a
lei do pecado e da morte tornou-se predominante na terra e nas vidas dos homens. Satanás, o
governador deste mundo, infiltrou a lei do pecado e da morte na terra através do pecado de Adão e,
desde esse tempo, governa os homens na terra de acordo com essa lei da carne corrupta do homem.
Paulo nos diz em Romanos 8:3 que, em Jesus Cristo, Deus condenou o pecado na carne. Se isso é
verdade, o que nos faz então continuar a experimentar as consequências da lei do pecado e da morte
depois que nascemos de novo? Entendemos que é agora é uma questão de escolha. O cristão foi
redimido da maldição da lei do pecado e da morte e Jesus estabeleceu uma nova lei, a lei do
ESPÍRITO da vida em Cristo Jesus. Então, depois de nascermos de novo, poderíamos escolher
permitir que a nossa carne reinasse e experimentasse a lei do pecado e da morte ou poderíamos
deixar que nosso ESPÍRITO reinasse e fosse liberto da lei do pecado e da morte através da lei do
ESPÍRITO da vida em Cristo Jesus. Podemos escolher entre a vida e a morte. O desejo de Deus
nunca foi que experimentemos as consequências da lei do pecado e da morte. Embora isso seja
muitas vezes, inevitável. Devemos reconhecer que quando os tormentos vierem, são consequências
naturais da lei do pecado e da morte que opera em nossas vidas. Cada um é tentado pela sua própria
cobiça, quando esta o atraia e seduz; a cobiça, por sua vez, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez

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consumado, gera a morte (Tg 1:13-16). Em qualquer área da sua vida, você pode andar na lei do
ESPÍRITO da vida em Cristo Jesus ou na lei do pecado e da morte. A lei do ESPÍRITO da vida é
ativada em nosso ESPÍRITO no momento em que cremos no Senhor. Por outro lado, a lei do pecado
e da morte opera nas pessoas devido à falta de fé na obra redentora de Cristo. A lei da vida opera na
fé que temos em Deus e a lei da morte opera na falta de confiança em Deus. Se você simplesmente
viver a sua vida sem operar na lei da vida, inconscientemente, você estará operando na lei da morte.
Não existe meio termo. A lei da morte é como a gravidade e a lei da vida, como a aerodinâmica. Se
você não fizer nada, a gravidade prevalecerá. Operar nas leis da aerodinâmica é a única forma de
você ser liberto da lei da gravidade. A lei do ESPÍRITO da vida em Jesus o libertou da lei da morte.
A lei da vida não o liberta da lei da morte, a menos que você caminhe na vida. Você já escolheu a
vida quando você nasceu de novo. O seu ESPÍRITO está cheio de vida, mas a sua alma precisa se
apropriar dessa vida por meio da sua fé ou confiança em Deus. Digamos que o piloto de um avião
seja como um cristão que quer se libertar da escravidão da “gravidade”. Ele pode se sentar num
avião e clamar a Deus para que ele seja liberto da gravidade, implorando: “Liberte-me e deixe-me
voar”. Mas ele continua escravo da gravidade. Finalmente, ele percebe que há uma batalha espiritual
e que Satanás está impedindo o voo. Então, ele repreende o diabo e todos os demônios e exercita a
sua autoridade em Cristo sobre eles, mas continua sem voar. Com base em Mc 11:23-24 ele entende
que deve receber com antecedência aquilo por que tem orado tanto. Então ele volta ao avião e
declara: “em nome de Jesus, recebo a libertação da gravidade. Eu estou voando. Confesso isso.
Tomo posse. A Palavra diz que posso voar e, nesse momento, exercito a minha fé para voar.” Mas
ele ainda permanece no chão. Cansado de tanto tentar, esse piloto pára de raciocinar em sua mente
humana e fala com Deus em seu ESPÍRITO: “Pai, mostra-me, no ESPÍRITO, por que eu não fui
libertado da gravidade e por que eu não fui capaz de voar”. Então, ele ouve em seu ESPÍRITO uma
voz mansa e calma dizendo: “Ligue os motores, vá até o fim da pista e acelere”. Se o piloto obedecer
e fizer isso, ele operará numa lei física que Deus colocou na terra para o benefício do homem. Deus
estabeleceu provisões para o voo por meio das leis da aerodinâmica, que estão em vigência e atuam
consistentemente todas as vezes que as operamos. Semelhantemente, Deus projetou a lei do
ESPÍRITO da vida em Cristo na terra por meio do sangue de Jesus para nos libertar da lei do pecado
e da morte. Mesmo se clamarmos para que Deus nos liberte da escravidão, repreendermos Satanás,
pedirmos que outras pessoas orem por nós e confessarmos a Palavra, nenhuma dessas coisas por si
mesmas operam a lei da vida. Precisamos necessariamente ligar o motor do ESPÍRITO.

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