Porém, o velho conceito de "depósito de livros" foi redefinido para "ambiente físico ou virtual
destinado à coleção de informações com a finalidade de auxiliar pesquisas e trabalhos escolares ou
para praticar o hábito de leitura, material este seja impressos em folhas de papel ou ainda
digitalizadas e armazenadas em outros tipos de materiais, tais como CD, fitas, VHS, DVD ou bancos
de dados (arquivos em PDF ou DOC).[1]
A disciplina que rege o funcionamento das bibliotecas é a
Biblioteconomia, onde as Leis de Ranganathan ou Cinco Leis
da Biblioteconomia são os princípios fundamentais.[1] As
Bibliotecas também são denominadas CDI (centros de
documentação e informação). São normativamente locais de
silêncio para não interromper a leitura de terceiros.[2]
Interior da Biblioteca da Abadia de São
A maior biblioteca do mundo é a do Congresso dos Estados Galo, na Suíça.
Unidos, em Washington, D.C., com 155 milhões de itens entre
livros, manuscritos, jornais, revistas, mapas, vídeos e
gravações de áudio. É a biblioteca oficial de pesquisa do congresso norte-americano e foi criada em
1800, quando a sede do governo federal foi transferida de Filadélfia para Washington. Seu prédio,
chamado Thomas Jefferson Building ("Edifício Thomas Jefferson"), foi aberto ao público em 1897.[3]
Índice
Bibliotecas no mundo: uma epopeia histórica
Momentos históricos
Tipos de biblioteca
Bibliotecas da antiguidade
Bibliotecas comunitárias
Bibliotecas monacais ou monásticas
Bibliotecas universitárias
Bibliotecas Escolares
Bibliotecas particulares
Bibliotecas infantis
Bibliotecas hospitalares
Bibliotecas do século XXI
Administração da biblioteca
Princípios gerais abordados
Aquisição de novas edições bibliográficas
Teoria sobre o futuro das bibliotecas
Em Portugal
No Brasil
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
Mas outras bibliotecas também tiveram grande importância, como as bibliotecas judaicas, em Gaza; a
de Nínive, da Mesopotâmia; e a biblioteca de Pérgamo, que foi incorporada à de Alexandria, antes de
sua destruição. Os gregos também possuíam bibliotecas, mas as mais importantes eram particulares
de filósofos e teatrólogos.
A partir do século XVI é que a biblioteca realmente se transforma, tendo como característica a
localização acessível, passa a ter caráter intelectual e civil, a democratização da informação e
especializada em diferentes áreas do conhecimento.
No Brasil, a biblioteca oficial é a atual Biblioteca Nacional e Pública, do Rio de Janeiro, que se tornou
do Estado em 1825. Essa biblioteca era constituída dos livros do rei de Portugal, Dom José I e foi
trazida para o Brasil por Dom João VI, em 1808. Junto à Biblioteca Nacional, outra de grande
importância no Brasil é a Biblioteca Municipal de São Paulo.
Tipos de biblioteca
As bibliotecas podem ser públicas ou particulares. Nas bibliotecas públicas o acesso aos livros
costuma ser gratuito e muitas vezes é possível emprestar livros por um determinado tempo, a
depender das políticas definidas, que variam de acordo com o tipo de obra. As bibliotecas públicas
buscam ser locais que propiciem a comunidade acesso a informações que de alguma forma sejam
úteis e ajudem a desenvolver a sociedade. No contexto atual, muitas bibliotecas buscam oferecer
infraestrutura para inclusão digital.[4]
As bibliotecas particulares podem ser mantidas por
instituições de ensino privadas, fundações, instituições de
pesquisa ou grandes colecionadores. Algumas delas
permitem acesso a sua coleção, permitindo a pesquisadores,
estudantes ou interessados o acesso as informações
armazenadas em suas dependências.
Bibliotecas da antiguidade
As características destas bibliotecas são as seguintes: não são acessíveis ao público, templos e
palácios. A religiosidade ficava a cargo de sacerdotes, o saber era sagrado e somente os sacerdotes
sabiam ler. O tipo de material utilizado na época eram as tabletas de argila, rolos de papiro ou
pergaminho, até o ano 300 aproximadamente.
Bibliotecas comunitárias
O número dessas bibliotecas tem aumentado nos últimos anos, no Brasil, inclusive com um sistema
informal de empréstimo que dispensa até mesmo funcionários: nesse sistema, o próprio interessado
escolhe seu livro, anota seu nome em um papel, e retira a obra, entregando-a quando puder. É uma
maneira inclusive de exercitar a cidadania e o senso de responsabilidade de cada um.
Um exemplo desse sistema ocorre em Campanha (MG). No município, a ONG Sebo cultural organizou
algumas bibliotecas em pontos-chave da cidade (rodoviária, delegacia…), locais de acesso ininterrupto
aos interessados. Na rodoviária, por exemplo, a biblioteca fica numa sala sem portas, facilitando
assim o acesso irrestrito não só dos munícipes, mas também de viajantes que usam o terminal.
As mais célebres bibliotecas monásticas são a Biblioteca do Monte Athos, na Grécia, a Biblioteca de
Cassiodoro, escritor e estadista romano e a biblioteca de Monte Cassino.
Bibliotecas universitárias
O grande acontecimento medieval que , de uma certa forma,
decide os destinos de toda a civilização, e, por consequência,
os destinos do livro, é a fundação das universidades. Estão ao
serviço dos estudantes e do pessoal docente das
universidades e outros estabelecimentos de ensino.
Correspondem à unidade de informação de uma
Universidade, pelo que as suas coleções devem refletir as
matérias lecionadas nos cursos e áreas de investigação da
instituição. A documentação é sobretudo de caráter científico
e técnico, que deve ser permanentemente atualizada, através
da aquisição frequente de um grande número de publicações
periódicas em suporte papel ou eletrônico. A seleção da
documentação é feita essencialmente pelos diretores de cada
departamento da Universidade e não tanto pelo Biblioteca do Vaticano pelo Papa Sisto
bibliotecário.[5] IV, fresco de Melozzo da Forlí, c. 1477
(Museus do Vaticano).
Estas Instituições têm como objetivos principais: apoiar o
ensino e a investigação; dar um tratamento técnico
aprofundado aos documentos, nomeadamente ao nível da
indexação; e atualizar constantemente os fundos
documentais.
Bibliotecas Escolares
As Bibliotecas Escolares são instituições de ensino do sistema
social que organizam materiais bibliográficos, audiovisuais e Biblioteca Central da Universidade de
outros meios e os colocam à disposição de uma comunidade Bucarest, na Romênia.
educacional. A biblioteca Escolar é um instrumento de
desenvolvimento do currículo e permite o fomento da leitura
e a formação de uma atividade científica; constitui um elemento que forma o indivíduo para a
aprendizagem permanente, estimula a criatividade, a comunicação, facilita a recreação, apoia os
docentes em sua capacitação e lhes oferece a informação necessária para a tomada de decisões em
aula.
Bibliotecas particulares
As bibliotecas reais, dos grandes senhores, que mais tarde passaram a ser oficiais ou públicas. A mais
importante biblioteca pública foi a Biblioteca de Carlos Magno - Rei dos Francos (768-814). Escritores
e intelectuais usualmente possuem grandes bibliotecas, geralmente incorporadas a universidades
após a morte dos donos.
Bibliotecas infantis
Oferecem toda uma variedade de serviços e fundos bibliográficos vocacionados especialmente para as
crianças. Têm como prioridade criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças desde tenra idade,
familiarizar as crianças com os diversos materiais que poderão enriquecer as suas horas de lazer.
Visam despertar as crianças para os livros e a leitura, desenvolvendo a sua capacidade de expressão,
criatividade e imaginação. Podem conter também revistas em quadrinhos e folhetos de cordel, tanto
nas bibliotecas tradicionais, como em gibitecas e cordeltecas.[6]
Bibliotecas hospitalares
São bibliotecas normalmente criadas a partir da cooperação
com o Ministério da Saúde, que visam a humanização da
assistência aos doentes. O seu objetivo é fazer com que o
período de hospitalização não seja um fator de exclusão para
os doentes, pois, veem-se afastados da família, amigos e de
sua casa. Também tornar a sua estadia mais lúdica, alegre, o
menos traumatizante possível, atenuar situações de angústia
e sofrimento, melhorar as relações com a equipe hospitalar e
Biblioteca Narbal Fontes, no Alto de contribuir para o bem-estar físico e psíquico dos doentes. Os
Santana, cidade de São Paulo. seus utilizadores são todos quantos vão ao hospital, crianças
e pais, jovens, adultos e idosos, portanto, todos aqueles que
se encontrem imobilizados no leito, em períodos de espera, em momentos transitórios ou livres de
internamento, consulta ou atendimento ambulatório. Os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros
e voluntários, exercem de mediadores entre os livros, a leitura e os doentes, pois, vão espalhando a
leitura pelos vários ambientes dos hospitais públicos do País.
Administração da biblioteca
A administração da biblioteca é feita por um profissional com formação superior em Biblioteconomia.
Este é chamado de bibliotecário ou bibliotecária. Capaz de gerenciar todo espaço ao qual a biblioteca
se encontra, esse profissional é o responsável direto pelo acervo, classificação de assuntos,
processamento técnico e, manutenção e supervisão da biblioteca. O bibliotecário tem a formação
adequada para organizar e coordenar um grupo de organizadores de documentos ou técnicos
auxiliares em organização da informação.
Dentro deste preceito, a aquisição de novos documentos deve ser realizada de maneira organizada, e
para isso segue uma política de compra de livros. A seleção faz-se tendo em conta o fundo documental
existente da Biblioteca, a fim de o completar, e ainda de acordo com as necessidades relativas à
atualização das coleções existentes. A bibliografia deve ser selecionada seguindo critérios de
qualidade e valor, levando em conta a necessidade de quem a utiliza.
Antes de mais a Biblioteca conta com o apoio e orientação do Professor (a) Bibliotecário (a) e dos
vários professores dos diferentes Departamentos que, ao iniciarem um novo ano letivo, fazem o
levantamento da bibliografia necessária para o novo ano letivo e enviam a respectiva informação para
a Biblioteca, para o responsável pelas aquisições verificar o que existe na Biblioteca e por seguinte
proceder à aquisição do material que está em falta. As "visitas" periódicas a Livrarias que lançam as
novidades também são importantes assim como ter em conta as sugestões dos utilizadores.
Processo de aquisições
No Brasil
A Lei n° 12.244 de 2010, sancionada pelo presidente Luís Inácio
Lula da Silva, dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas
instituições de ensino do país. Conforme o texto, "Biblioteca Escolar
" é definida como uma coleção de livros ou documentos registrados
em diferentes tipos de suportes que sejam destinados a consulta,
pesquisa, estudo ou leitura.[8]
De acordo com a lei, todas as escolas, sejam elas particulares ou Edifício da Biblioteca Nacional,
públicas, deverão contar com uma até o ano de 2020, além de serem na cidade do Rio de Janeiro.
obrigadas a fornecerem um título para cada aluno matriculado.
Também deverão ampliar seus acervos, divulgando orientações para
uma boa utilização dos mesmos.
Outra exigência desta lei estabelece que todas as bibliotecas sejam administradas por profissionais da
área, fato que torna a lei de suma importância para os bibliotecários.
Ver também
Biblioteconomia
Bibliofilia
Classificação decimal de Dewey
Biblioteca de Alexandria
Classificação decimal universal
Biblioteca digital
Gibiteca
Biblioteca do Congresso
Biblioteca Municipal Informação
Bibliotecário ISBN
Bibliotecário de referência Livraria
Bibliotecas especializadas Livro digital
Referências
1. Arruda 1988, p. 1271.
2. PUCPR. «Regulamentos e Normas» (http://www.pucpr.br/biblioteca/regulamentos.php). Pontifícia
Universidade Católica do Paraná. Consultado em 19 de setembro de 2015
3. http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-a-maior-biblioteca-do-mundo?
utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_mundoestranho
4. ANTUNES, Walda de Andrade, et al. Curso de capacitação para dinamização e uso da biblioteca
pública (manual). São Paulo: Global. 2000. ISBN 85-260-0597-9.
5. http://www.cfb.org.br/noticias-cfb.php?codigo=408
6. Escola pública arrecada doações para implantação de gibiteca e cordelteca em Araripina (https://
g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/escola-publica-arrecada-doacoes-para-implantacao-de-gi
biteca-e-cordelteca-em-araripina.ghtml)
7. «Internet. Os ratos de biblioteca estão diferentes» (http://www.ionline.pt/artigos/portugal/internet-o
s-ratos-biblioteca-estao-diferentes)
8. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12244.htm
Bibliografia
CANFORA, Luciano. A Biblioteca desaparecida: histórias da biblioteca de Alexandria. São Paulo:
Companhia das Letras, 1989. 195 p.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 698 p. (A era
da Informação: economia, sociedade e cultura; v. 1).
ECO, Umberto. O Nome da rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. 562 p.
MARTINS, Wilson. A Palavra Escrita. São Paulo: Ática, 3. ed. 1998. 512 p.
SCORTECCI, João. Guia do Profissional do Livro. São Paulo: Scortecci, 2007. 252 p.
CAMPELLO, Bernadete Santos; CALDEIRA, Paulo da Terra. Introdução às fontes de
informação. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. 184 p.
VALIO, E.B.M., Biblioteca Escolar. trans-in-formação, 1990. Disponível em:
http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/transinfo/article/viewFile/1670/1641 Acesso:
08 de nov. de 2018.
VACALEBRE, Natale. COME LE ARMADURE E L'ARMI. Per una storia delle antiche biblioteche
della Compagnia di Gesù. Con il caso di Perugia, Premessa di Edoardo Barbieri. Firenze:
Olschki, 2016. 292 p. ISBN 9788822264800
Ligações externas
Biblioteca virtual da UFSC (http://www.ced.ufsc.br/bibliote/virtual/)
Directório de Bibliotecas de Portugal (http://bibliotecas.wetpaint.com/)
Directório de Bibliotecas Escolares de Portugal (http://www.bibliotecasescolares.net/)
Biblioteca de Biologia e Ciências (https://www.bibliotecas.ufu.br/portal-da-pesquisa/base-de-dado
s/planeta-biologia)
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