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Manuscritos do Mar Morto

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Os Manuscritos do Mar Morto são uma coleção de centenas de textos e fragmentos de texto
encontrados em cavernas de Qumran, no Mar Morto, no fim da década de 1940 e durante a década
de 1950.[1] Foram compilados por uma doutrina de judeus conhecida como Essênios, que viveram
em Qumran do século II a.C. até aproximadamente 70.[1] Porções de toda a Bíblia Hebraica foram
encontradas, exceto do Livro de Ester e do Livro de Neemias.[1] Os manuscritos incluem também
Livros apócrifos e livros de regras da própria seita.[1] Os Manuscritos do Mar Morto são de longe a
versão mais antiga do texto bíblico, datando de mil anos antes do que o texto original da Bíblia
Hebraica, usado pelos judeus atualmente.[1] Atualmente, estão guardados no Santuário do Livro
do Museu de Israel, em Jerusalém.[1]

Índice
Histórico
Autoria
Importância para o cânone bíblico
Controvérsias
Israel Knohl
Michael Wise
Referências
Bibliografia
Ligações externas

Histórico
Os manuscritos do Mar Morto foram casualmente descobertos por um
grupo de pastores de cabras (Beduinos), que em busca de um de seus
animais localizou, em 1947, a primeira das cavernas com jarros
cerâmicos contendo os rolos de papíro. Inicialmente os pastores
tentaram sem sucesso vender o material em Belém. Mais tarde, foram
finalmente vendidos para Athanasius Samuel, bispo do mosteiro
Fragmento dos ortodoxo sírio São Marcos em Jerusalém e para Eleazar Sukenik, da
manuscritos no Museu Universidade Hebraica, em dois lotes distintos.
Arqueológico de Ammán
A autenticidade dos documentos foi atestada em 1948. Em 1954,
governo israelense, que já havia comprado o lote de Sukenik, comprou através de um
representante, os documentos em posse do bispo, por 250 mil dólares.
Outra parte dos manuscritos, encontrada nas últimas dez cavernas, estavam no Museu
Arqueológico da Palestina, em posse do governo da Jordânia, que então controlava o território de
Qumram. O governo jordaniano autorizou apenas oito pesquisadores a trabalharem nos
manuscritos. Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel apropriou-se do acervo do museu,
porém, mesmo com a entrada de pesquisadores judeus, o avanço nas pesquisas não foi
significativo. Apenas em 1991, com a quebra de sigilo por parte da Biblioteca Hutington em relação
aos microfilmes que Israel havia enviado para algumas instituições pelo mundo, um número maior
de pesquisadores passou a ter acesso aos documentos, permitindo, enfim, que as pesquisas
avançassem significativamente.

Os desdobramentos em relação aos resultados prosseguem e, recentemente, a Universidade da


Califórnia apresentou o "The Visualization Qumram Project" (Projeto de Visualização de
Qumram), recriando em três dimensões a região onde os manuscritos foram achados. O Museu de
Israel já publicou na Internet parte do material sob seus cuidados e o Instituto de Antiguidades de
Israel do Museu Rockefeller trabalha para fazer o mesmo com sua parte.

Em 2015, após 45 anos, os pesquisadores da Universidade de Kentucky decifraram versículos do


Livro de Levítico a partir de um rolo de pergaminho encontrado carbonizado na Arca Sagrada da
sinagoga de Ein Gedi[2].

No ano seguinte, 2016, arqueólogos ,da Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriram


evidências de uma décima segunda caverna. No local, foram desenterrados estilhaços de jarros que
contiveram outros documentos. Infelizmente, os documentos haviam sido saqueados, acredita-se
que por volta de 1950.[3]

Autoria
A autoria dos documentos é até hoje desconhecida. Com base em referências cruzadas com outros
documentos históricos, ela é atribuída aos essênios, uma seita judaica que viveu na região da
descoberta e guarda semelhanças com as práticas identificadas nos textos encontradas. O termo
"essênio", no entanto, não é encontrado nenhuma vez em nenhum dos manuscritos.

O que se sabe é que a comunidade de Qumram era formada provavelmente por homens, que
viviam voluntariamente no deserto, em uma rotina de rigorosos hábitos, opunham-se à
religiosidade sacerdotal e esperavam a vinda de um messias.

Importância para o cânone bíblico


Antes da descoberta dos Rolos do Mar Morto, os manuscritos mais antigos das Escrituras
Hebraicas datavam da época do nono e do décimo século da era cristã. Havia muitas dúvidas sobre
a confiabilidade dessas cópias. A análise dos textos encontrados mostra que os textos hebraicos
eram bastante fluidos antes de sua canonização. Há textos que são quase idênticos ao texto
massorético embora haja fragmentos do livro do Êxodo e de Samuel com diferenças significativas
das cópias modernas.

Mas o Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do
Mar Morto, declarou: "O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a
transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas
judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa."
O rolo mencionado por Barrera trata-se de
uma peça com 7 metros de comprimento,
em aramaico, contendo o inteiro livro de
Isaías. Diferentemente deste rolo, a maioria
deles é constituída apenas por fragmentos,
com menos de um décimo de qualquer dos
livros. Os livros bíblicos mais populares em
Qumran eram os Salmos (36 exemplares),
Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21
exemplares). Estes são também os livros
mais frequentemente citados nas Escrituras
Gregas Cristãs.

Nesta caverna, em Qumran, na Cisjordânia, foram


Embora os rolos demonstrem que a Bíblia
encontrados os manuscritos do Mar Morto. não sofreu mudanças fundamentais, eles
também revelam, até certo ponto, que havia
versões diferentes dos textos bíblicos
hebraicos usadas pelos judeus no período do Segundo Templo, cada uma com as suas próprias
variações. Nem todos os rolos são idênticos ao texto massorético na grafia e na fraseologia. Alguns
se aproximam mais da Septuaginta grega.

Anteriormente, os eruditos achavam que as diferenças na Septuaginta talvez resultassem de erros


ou mesmo de invenções deliberadas do tradutor. Agora, os rolos revelam que muitas das
diferenças realmente se deviam a variações no texto hebraico. Isto talvez explique alguns dos casos
em que os primeiros cristãos citavam textos das Escrituras Hebraicas usando fraseologia diferente
do texto massorético. — Êxodo 1:5; Atos 7:14. Assim, este tesouro de rolos e fragmentos bíblicos
fornece uma excelente base para o estudo da transmissão do texto bíblico hebraico. Os Rolos do
Mar Morto confirmaram o valor tanto da Septuaginta como do Pentateuco samaritano para a
comparação textual.

Os rolos que descrevem as normas e as crenças da seita de Qumran tornam bem claro que não
havia apenas uma forma de judaísmo no tempo de Jesus. A seita de Qumran tinha tradições
diferentes daquelas dos fariseus e dos saduceus. É provável que essas diferenças tenham levado a
seita a se retirar para o ermo. Eles se encaravam como cumprindo Isaías 40:3 a respeito duma voz
no ermo para tornar reta a estrada de YHWH. Diversos fragmentos de rolos mencionam o Messias,
cuja vinda era encarada como iminente pelos autores deles. Isso é de interesse especial por causa
do comentário de Lucas, de que “o povo estava em expectativa” da vinda do Messias. — Lucas 3:15.
[carece de fontes?]

Os Rolos do Mar Morto ajudam até certo ponto a compreender o contexto da vida judaica no
tempo em que Jesus pregava. Fornecem informações comparativas para o estudo do hebraico
antigo e do texto da Bíblia. Mas o texto de muitos dos Rolos do Mar Morto ainda exige uma análise
mais profunda.

Controvérsias
A associação de Jesus Cristo com a seita dos essênios ou sua influência sobre estes é controversa.
Os essênios, que viviam em comunidades isoladas, tinham conceitos muito diferentes dos das
outras seitas judaicas (Saduceus, Fariseus) sobre a Lei de Moisés. Preocupavam-se em especial
com a purificação pessoal, eram geralmente celibatários e vestígios encontrados nas cavernas de
Qumran indicam que se vestiam apenas com túnicas brancas e acessórios simples. Havia uma
interpretação muito rígida da guarda do sábado, pois segundo suas regras, até fazer suas
necessidades fisiológicas era considerado violação ao sábado. A seita dos essênios mantinha uma
estrita postura com o sábado devido a lei de Moisés estar vigente durante aquele periodo.

Israel Knohl
O acadêmico judeu Dr. Israel Knohl, presidente do Departamento Bíblico da Universidade
Hebraica de Jerusalém e professor convidado nas universidades de Berkeley e de Stanford,
apresenta no seu livro: "The Messiah Before Jesus" (O Messias antes de Jesus), com base nestes
pergaminhos, a tese de que por volta do ano do nascimento de Jesus Cristo falecera um suposto
Messias, chamado Menahem, o essénio, em circunstâncias semelhantes àquelas em que o próprio
Jesus mais tarde viria a morrer, e supõe o autor que Jesus poderia ter tido conhecimento desta
história. Outra interpretação possível é que Jesus seria um personagem baseado nesta obra
anterior.

Menahem (ou Menachem), líder de uma seita judaica de Qumran, tentou liderar uma revolta
contra os Romanos, mas acabou morto por estes, que proibiram que o seu corpo fosse enterrado.
Este grupo de discípulos, ao contrário dos cristãos, logo se dissipou. Este Menahem teria, segundo
Knohl, falecido por volta de 4 a.C.

Michael Wise
Outro académico, o cristão Michael Wise, professor nos Estados Unidos, afirma que o messias dos
pergaminhos se chamava Judah e morreu de forma violenta por volta de 72 a.C. Wise publicou o
livro "The First Messiah" em 1999.

Referências
1. «The Weirdo Cult That Saved the Bible» (http://www.slate.com/id/2181864/entry/2181917/)
(em inglês). Slate. 17 de janeiro de 2008. Consultado em 19 de julho de 2011. "[...] I didn't
know exactly what the Dead Sea Scrolls were. [...] But since I have come to Israel to get as
close as I can to the Bible, I make a visit to the scrolls at the Shrine of the Book. [...] Housed at
the Israel Museum in Jerusalem, the shrine consists of [...]. [...] The scrolls, as I have now
learned, are a collection of hundreds of texts and fragments of text found in caves at Qumran,
on the Dead Sea, during the late 1940s and '50s. (Famously, the first were discovered when
Bedouin shepherds chanced on one of the caves.) The scrolls were compiled by an
apocalyptic Jewish sect known as the Essenes (or Yahad), which lived in Qumran from the
second century B.C. until around A.D. 70. Portions of every Hebrew Bible book except Esther
and Nehemiah were found—the glory is a complete copy of the Book of Isaiah. The scrolls also
include apocrypha and the sect's own rule books. The Dead Sea Scrolls are by far the earliest
versions of biblical text, dating a full 1,000 years earlier than the original Hebrew Bible text
used by Jews today. (In other words, the biblical writings in the Dead Sea Scrolls are twice as
old as the next oldest Hebrew Bible text. There are Greek translations of the Bible that date
from the fourth century A.D., several hundred years after the scrolls.)"
2. Scientists decipher ancient scrolls damaged by fire (http://news.sciencemag.org/sifter/2015/07/
scientists-decipher-ancient-scrolls-damaged-by-fire) Arquivado em (https://web.archive.org/we
b/20150723073201/http://news.sciencemag.org/sifter/2015/07/scientists-decipher-ancient-scrol
ls-damaged-by-fire#) 23 de julho de 2015, no Wayback Machine. pela Equipe de pesquisa
Seales em 21 de julho de 2015
3. «Nova caverna dos Pergaminhos do Mar Morto, mas onde estão os documentos?» (http://scie
ntia.educacionalplenus.com.br/nova-caverna-dos-pergaminhos-do-mar-morto-mas-onde-estao
-os-documentos/). Scientia. 11 de fevereiro de 2017
Bibliografia
Revista Aventuras na História. Edição 65, dezembro de 2008. Editora Abril, São Paulo ISSN
180624156

Ligações externas
The Digital Dead Sea Scrolls (http://dss.collections.imj.org.il/) (em inglês)
Deadseascrolls.org (http://www.deadseascrolls.org/) (em inglês)
Manuscritos do Mar Morto com tradução, transliteração e narração (http://www.hebraico.pro.b
r/r/marmorto/12_isaias/qumdir.asp)
Entrevista ao curador do museu (http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u26506.shl)
The Qumran Visualization Project (https://web.archive.org/web/20161013233917/http://www.vir
tualqumran.com/)

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