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Filosofia

10ºano
OBJECTIVOS PARA O TESTE 2

I. INTRODUÇÃO À ACTIVIDADE FILOSÓFICA


1-ABORDAGEM INTRODUTÓRIA A FILOSOFIA E AO FILOSOFAR
1.2.QUAIS SÃO AS QUESTÕES DA FILOSOFIA? - ALGUNS EXEMPLOS
A-O que caracteriza uma questão filosófica?
1.Nem todas as questões que o Homem coloca são filosóficas. As questões filosóficas são
aquelas que dizem respeito a todos os homens.

2. As questões básicas da filosofia variam menos que as filosofias. Durante séculos


persistiram as questões enunciadas por Platão: a Verdade -o Bem - a Beleza. Aspectos que
reflectiam a natureza do Ser (metafísica). No século XVIII, E. Kant formulava as
seguintes: Que podemos saber (metafísica)? Que podemos fazer (moral)? Que podemos
esperar (religião)? Que é o homem (antropologia)?
A última questão incluía todas as anteriores. Nos nossos dias os filósofos, retomam sem
cessar estas e outras questões, assim como enunciam novas problemáticas que emergem da
nossa sociedade, nomeadamente no domínio da ética.

-ALGUMAS CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DAS QUESTÕES FILOSÓFICAS:


GENERALIDADE, RADICALIDADE, PERENIDADE, HISTORICIDADE.

Radicalidade .Inicialmente a palavra "sofia" tinha um sentido prático, mas por volta do séc.
IV a.C adquiriu um sentido muito amplo de natureza teórica. O saber filosófico passa a ser
identificado com um saber que resulta de uma procura das causas primeiras, o fundamento
ou princípio de tudo o que é. Um nível de questões que ultrapassa as ideias feitas, o nível do
senso comum. À filosofia interessa descobrir a natureza íntima das coisas, a sua razão de
ser. É intenção do filósofo ir à raiz dos problemas.

Generalidade. A filosofia visa compreender ou determinar o princípio ou princípios de todo


o real. Mesmo quando um determinado filósofo incide a sua reflexão sobre um aspecto
particular a experiência humana - a arte, a ciência ou a religião - o que em última instância
procura compreender é a Totalidade e não simples casos particulares.
Um outro aspecto revela ainda a dimensão universal da filosofia: ao abordar questões que
são comuns a todos os homens, o filósofo acaba por elaborar um discurso que se dirige a
todos os homens.

Historicidade . Uma vez que a filosofia se desenvolve ao longo do tempo, sendo influenciada
pelo período de história em que decorre. O filósofo é filho do seu tempo e da sua época e
os textos filosóficos traduzem sempre as marcas do contexto cultural, social, político,
económico. Inserido num tradição histórica, nenhum filósofo começa a partir do nada. É
aceitando as ideias do seu tempo ou reagindo contra elas que o filósofo constrói o
pensamento e aponta outras vias reflexivas.

Perenidade: A tese da perenidade defende que o valor não depende da época histórica. A
perenidade é do valor e não dos objectos em que ele se manifesta. Por exemplo, a
honestidade e amizade sempre foram considerados valores ao longo do tempo, as suas
manifestações, exemplos e realizações é que podem sofrer alterações.

1 Adaptação, Isabel Valente


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A tese da historicidade defende que os valores mudam conforme a época histórica. Isto
está ligado a uma ideia de relativismo axiológico que defende que o que é ou não valor é
completamente relativo.
Tudo muda, e os valores também. Podemos afirmar, como tese intermédia, que apesar dos
valores sofrerem obviamente uma influência do tempo, até surgem novos valores, há algo de
perene nos valores; amizade será sempre um valor importante, embora o seu conceito sofra
inevitavelmente alterações.

Autonomia. A filosofia implica uma atitude livre e todas as coerções e de todos os


constrangimentos exteriores, sejam eles de natureza religiosa ou políticas. A reflexão
filosófica recusa qualquer forma de autoridade no seu exercício. Ser autónomo
(Auto+nomos = aquele que cria a sua própria lei), é a primeira condição do Homem enquanto
ser racional. A legitimidade da filosofia está nela própria. Neste sentido, é a expressão de
um ser que pensa e age por si, procurando orientar-se por finalidades que ele próprio
reconhece como suas.

Cada filosofia é como que um sinal dessa permanente insatisfação humana, que nunca se
contenta com nenhuma resposta e procura atingir sempre novos horizontes.

-AS DIVERSAS DISCIPLINAS DA FILOSOFIA


Apesar da procura da compreensão da totalidade, ser uma das características mais comuns
às diferentes filosofias, a verdade é que se foram definindo diversas áreas de
investigação, as denominadas disciplinas filosóficas.

Antropologia: Reflexão sobre a natureza do Homem, o que o distingue das outras espécies
de animais, o sentido da sua existência, etc.
Questões: O que é o homem? Que é o bem? Quando é que uma acção pode ser considerada
moralmente boa? Qual o fundamento dos Direitos Humanos? É legítima a pena de morte?

Ontologia: Sinónimo de Metafísica Geral. Trata das questões relativas ao ser enquanto Ser
(Ontos). Ocupa-se do Ser em geral e das suas propriedades.
Metafísica: Reflexão sobre o Ser, as causas e primeiros princípios.
Questões: O que é ser? Qual a origem do Ser? Como se caracteriza? Que é a realidade?

Epistemologia /Teoria do Conhecimento: Disciplina da filosofia que trata da origem,


constituição e limites do conhecimento em geral. Num sentido mais actual e restritivo,
doutrina dos fundamentos e métodos do conhecimento científico.
Questões: O que é a verdade? As verdades científicas são infalíveis? Qual o papel do erro
na ciência?
Questões: Qual a origem das nossas ideias? Podemos conhecer tudo o que existe?

Lógica:Termo de origem grega que significa ciência do raciocínio. A lógica é entendida como
o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir um raciocínio correcto de um
raciocínio incorrecto. A lógica pode ser dividida em Lógica Formal e Lógica Material. A
primeira estuda as leis que devem regular as diferentes formas do pensamento (conceitos,
juízos, raciocínios...). A segunda, estuda o acordo do pensamento com a realidade, sendo o
seu objecto de estudo, os métodos seguidos pelas diversas ciências.
Questões: Qual a validade de um raciocínio? Quais as condições de um pensamento válido?

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Ética:Reflexão sobre os fundamentos da moral. O que caracteriza a ética é a sua dimensão
pessoal, isto é, o esforço do homem para fundamentar e legitimar a sua conduta. A ética é
actualmente dividida em três partes fundamentais: a)Ética Descritiva Descreve os
fenómenos morais; b) Ética Normativa -procura a justificação racional da moral;
c) Metaética- reflecte sobre os métodos e a linguagem utilizada pela própria Ética.

Estética: Termo de origem grega que significa sensibilidade. Disciplina da filosofia que
estuda as formas de manifestação da beleza natural ou artística (criadas pelo homem).
Questões: O que é a arte? O que é o belo? Como é que um objecto se torna uma obra de
arte? Como podemos avaliar uma obra de arte? Com que critérios? A arte tem alguma
utilidade? Qual?

Filosofia da Linguagem: Reflexão sobre a origem, a evolução, significado e função da


linguagem. Outra disciplina filosófica nesta área: filosofia da comunicação.

Filosofia Política: Reflexão sobre a constituição, função e sentido do Estado e da


sociedade. Outras disciplinas filosóficas que existem nesta área: filosofia social, filosofia
do direito e filosofia da história.
Questões: O que é o Estado? O que se entende por Bem Comum? Quais os limites do poder
político?

Filosofia da Religião: Reflexão sobre a relação do homem com o sagrado (sobrenatural,


transcendente, etc).
Questões: Deus existe? A fé deve ou não discutir-se? O que significa ser religioso?

1.3.A DIMENSÃO DISCURSIVA DO TRABALHO FILOSÓFICO


Comportamento inapto de espécie – conjunto de comportamentos próprios de uma
determinada espécie. O que distingue os seres humanos dos outros animais é a cultura, e o
facto de podermos ser seres racionais. O homem é um ser racional, significa que pode
tornar-se um ser pensante.

-PORQUE NÃO EXISTE APENAS UM MÉTODO EM FILOSOFIA?


Diversidade de Métodos. Cada filosofia tem o seu método. Perante a multiplicidade de
formas pelas quais a totalidade da experiência humana pode ser encarada, cada filósofo
elege não apenas o seu objecto de estudo, mas também traça o seu caminho (método),
através do qual somos convidados a compreender a realidade. Ao fazê-lo apresenta-nos a
sua visão particular da realidade, sustentada num conjunto de pressupostos teóricos e
posicionamento no mundo e na comunidade filosófica. Ao fazê-lo transmite-nos igualmente o
seu próprio entendimento da filosofia. É por esta razão que a filosofia se apresenta um
desconcertante conflito de interpretações das coisas.
Cada filosofia é como que um sinal dessa permanente insatisfação humana, que nunca se
contenta com nenhuma resposta e procura atingir sempre novos horizontes.

-INSTRUMENTOS LÓGICOS DO PENSAMENTO: (MEIOS COM OS QUAIS


PENSAMOS)
 Conceitos
 Juízos
 Raciocínios

3 Adaptação, Isabel Valente


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QUAIS OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE UM DISCURSO FILOSÓFICO?
1. A filosofia pode ser definida como um actividade intelectual que procura analisar,
compreender e dar respostas para aos enigmas e problemas com que se debate a
humanidade e aos quais a ciência não dá resposta.
Cada filósofo sobre estes problemas formula os seus pontos de vista, produzindo
afirmações (teses, teorias) sustentadas num conjunto de razões (argumentos) credíveis,
isto é, susceptíveis de convencer as pessoas da verdade das suas conclusões.
2. A filosofia é nesta perspectiva também uma actividade argumentativa, envolvendo
estratégias de persuasão de um dado auditório (os destinatários dos discursos produzidos).
3. Num discurso filosófico podemos encontrar os seguintes elementos:
Problema/Questão, Tese, Argumentos, Contra-Argumentos, Refutação dos Contra-
Argumentos, Conclusão.

Conceitos – representação mental que é universal e abstracta das características


essenciais do objecto.
 Todos os conceitos são abstractos, já que são noções gerais, existentes apenas a
nível do pensamento. São abstractos mesmo que permitam identificar realidades
concretas.
 Do encadeamento e das relações entre conceitos nascem as proposições que
são enunciados verbais. A relação pode ser de conveniência ou de não
conveniência

Abstracto – uma realidade a nível mental.


O contrário de abstracto é concreto.
Concreto – o que tem realidade própria, fora e independentemente do sujeito que o pensa.

Juízo – proposição resultante da ligação entre conceitos.

Raciocínios – interligação, encadeamento de juízos (proposições) em que uns desempenham


a função de premissas e outros desempenham a função de conclusões.

Uma PROPOSIÇÃO DESEMPENHA A FUNÇÃO DE PREMISSA quando justifica, suporta ou


conduz à conclusão.

Um JUÍZO OU PROPOSIÇÃO DESEMPENHA A FUNÇÃO DE CONCLUSÃO deriva; é o


resultado das premissas.
CONCEITOS <JUÍZOS <RACIOCÍNIOS

-SIGNOS LINGUÍSTICOS: (SINAIS DE UMA LINGUAGEM)


 Significante – o sinal em si utilizado. (exemplo: mesa)
 Significado – conceito/noção do que é a mesa.

-PENSAMENTO LINGUAGEM
Pensamento:
(conceitos, juízos, raciocínios)
 Pensar é substituir mentalmente.
Linguagem:
 Sistema de sinais cuja utilização observa determinados requisitos.

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 Qualquer linguagem humana é artificial (criada pelo homem/não natural) e
convencional (resultado de um acordo).
SIGNIFICADO + SIGNIFICANTE = DISCURSO
Discurso – é uma forma de organizar o nosso pensamento (em linguagem verbal).

argumento

Raciocínio
proposição
Juízo   Discurso
termo
Conceito 

Problema: O enigma que se procura encontrar uma resposta.


Exemplo: O que é a realidade?

Questão: Uma forma particular de formular o problema de modo a que o mesmo possa ser
abordado, numa dada perspectiva. A formulação da questão acaba assim por evidenciar
alguns aspectos do problema, secundarizando outros. Alguns autores não fazem qualquer
distinção entre problema e questão.
Exemplo: A realidade pode reduzir-se apenas ao que vemos?

Tese: A resposta ou hipótese explicativa sobre um determinado problema. A tese, em certo


sentido, coincide com a conclusão.

Teoria: Uma tese apresentada de uma forma coerente e apoiada num conjunto de
argumentos convincentes da sua verdade.

Argumentos: Razões que fundamentam a tese e nos conduzem a admitir uma dada conclusão
(tese/teoria).

Contra-argumentos: As razões que podem ser apontadas para desmentirem as afirmações


apresentadas.

Refutação: As razões que podem ser indicadas para mostrar que os contra-argumentos são
inconsistentes para negarem as teses/teorias.

Conclusão: As respostas a que teremos que chegar tendo em conta a validade dos
argumentos apresentados, assim como os raciocínios efectuados.

-ARGUMENTAÇÃO. TIPOS DE ARGUMENTOS


4. Na defesa de uma dada tese, podemos produzir três tipos fundamentais argumentos, de
acordo como o modo como raciocinamos.

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ARGUMENTOS DEDUTIVOS: A partir de premissas (afirmações, argumentos) é deduzida


uma dada conclusão que se apresenta como necessária e válida. Se as premissas forem
verdadeiras e o raciocínio for correcto, então a conclusão será também verdadeira.
Exemplos:
Todos os homens são mortais
Os gregos são homens
Logo, os gregos são mortais
.
É verdade tudo penso de forma clara e distinta
Penso de forma clara e distinta que a existência pertence à essência de Deus
Logo, é verdade que Deus Existe.
(adaptado de Descartes)

ARGUMENTOS INDUTIVOS: A partir de conjunto de premissas particulares induzimos


uma conclusão mais geral que se apresenta como logicamente possível, provável mas não
necessária.
Exemplos:
A Helena pertence a uma Associação de Defesa do Meio Ambiente
A maioria das pessoas que pertencem a tal associação opõe-se à destruição de um jardim
no Bairro Alvalade
Logo, Helena vai opor-se à destruição deste jardim no bairro de Alvalade (Lisboa).
.
"Outrora as mulheres casavam-se muito novas. A Julieta da peça Romeu e Julieta, de
Shakespeare, ainda não tinha 14 anos. Na Idade Média, 13 anos era a idade normal de
casamento para uma rapariga judia. E durante o Império Romano muitas mulheres casavam
aos 13 anos, ou mesmo mais novas". (A. Weston, A Arte de Argumentar).
.
Durante séculos inúmeras observações e experiências nunca desmentiram esta afirmação
Nunca se encontrou algo que a sugerisse que a mesma pudesse ser falsa
Logo, temos que concluir que a mesma é uma verdade absoluta.
.
ARGUMENTOS ANALÓGICOS: Com base em duas ou mais premissas estabelecemos
relações de semelhança entre elas, procuramos extrair uma conclusão que se apresenta
como logicamente possível, provável mas não necessária.
Exemplo:
Colhe-se o que se semeia. Se plantarmos amoras, colhemos amoras. Se plantarmos cebolas
obtemos cebolas. Do mesmo modo quem semeia a guerra não pode esperar obter paz,
justiça e fraternidade (adpt de W.Salmon).

II. A ACÇÃO HUMANA E OS VALORES


1-A ACÇÃO HUMANA - ANÁLISE E COMPREENSÃO DO AGIR
1.1.A REDE CONCEPTUAL DA ACÇÃO
-ACÇÃO HUMANA E COMPORTAMENTO ANIMAL
1. O homem define-se pelo modo como escolhe, decide e executa as diferentes acções.
Cada homem individualiza-se neste processo. Através das acções o homem transforma a
realidade, intervém no curso dos acontecimentos, torna-se num agente de mudança. As suas
acções projectam-no no futuro.

6 Adaptação, Isabel Valente


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2. As acções denominadas humanas são as específicas do homem, as que são inerentes à sua
natureza. O homem pratica dois tipos de actos: os que são comuns a outros animais e os que
só ele próprio realiza.

No primeiro caso temos, entre outros, os chamados actos instintivos. Os estudos de


Konrad Lorenz, apontam para a existência de quatro grandes instintos comuns ao homem e
aos animais (Nutrição, Reprodução, Fuga e Agressão). Os instintos nos animais determinam
quase totalmente o comportamento destes, permitindo-lhes uma resposta perfeita ao meio,
constituindo uma condição imprescindível à sua sobrevivência.

No segundo, a actividade instintiva é secundarizada em favor da actividade reflexiva,


especifica dos seres humanos.

Agir, no caso do homem, implica pensar antes de agir (analisar as situações, definir
objectivos, escolher as respostas mais adequadas e ponderadas as suas consequências).

Por tudo isto não podemos reduzir as acções dos homens a simples actos mecânicos. Os
homens são livres de agir ou não, de escolher um ou outro caminho. Os seus actos possuem
uma dimensão moral que se fundamenta na liberdade e na consciência da acção.

Numa dimensão moral, como veremos, os homens praticam também actos que embora sejam
conscientes e intencionais não deixam de ser considerados inumanos. A razão é que os
mesmos não se enquadram no âmbito daqueles que consideramos dignos de seres humanos.

ACÇÃO HUMANA
ACÇÃO – é uma interferência consciente, voluntária, livre e responsável de um ser humano
(o agente) no normal decurso das coisas, que sem a sua interferência seguiriam um caminho
diferente.
O conceito de ACÇÃO HUMANA, APLICA-SE APENAS ÀS ACÇÕES QUE SÃO
REALIZADAS DE FORMA CONSCIENTE e nas quais existe uma clara intenção de
produzir um dado efeito.
Acção humana = concepção mental + pôr em prática

Pensamos para agir e pensamos enquanto agimos.


A liberdade humana nunca é absoluta.
Os seres humanos não são totalmente livres, mas suportam as mudanças e compensam com
a sua actividade inventiva as limitações a que estão sujeitos.

-FAZER E AGIR
Entre estas acções intencionais, podemos as que visam "fazer" algo em concreto e o "agir".

Fazer: aplica-se às nossas acções em que temos em vista a execução ou a produção de


determinados efeitos num qualquer objecto. Trata-se de uma actividade centrada em
objectos, que envolve uma série de ocorrências distribuídas no tempo, implicando
frequentemente conhecimentos prévios de natureza técnica.

Agir: aplica-se a todas a outras acções intencionais que livremente realizamos e de que
somos facilmente capazes de identificar os motivos porque fazemos o que fazemos. Nestas
acções sentimo-nos directamente responsáveis pelas consequências dos nossos actos.
Estamos implicados nas escolhas que fazemos.

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3.Dada a diversidade das acções que o homem pratica é natural que a palavra acção tenha
muitos significados. Importa distinguir dois tipos de acções, as involuntárias e as
voluntárias.

ACÇÕES INVOLUNTÁRIAS: as acções que não implicaram qualquer intenção da parte do


sujeito. Coisas que acontecem connosco, mas onde nos limitamos a ser meros receptores de
efeitos que não provocamos. Há actos que realizamos por um mero reflexo instintivo,
fazemo-los sem pensar. Há outros que realizamos de forma acidental devido a uma
sucessão de causas que nos são totalmente alheias e que não controlamos.

ACÇÕES VOLUNTÁRIAS: as acções que implicam uma intenção deliberada do sujeito de


agir de determinado modo e não doutro. Estas acções são reflectidas, estudadas,
premeditadas ou até projectadas a longo prazo tendo em vista atingir determinados
objectivos. Nestes casos afirmamos que temos a intenção ou o propósito de fazer o que
fazemos.

APLICAMOS O TERMO ACÇÃO APENAS ÀS QUE REALIZAMOS DE FORMA


CONSCIENTE, DADO QUE SÃO AS ÚNICAS QUE SÃO ESPECÍFICAS DOS SERES
HUMANOS.

-3.REDE CONCEPTUAL DA ACÇÃO

Na análise da acção humana, podemos descobrir um conjunto de momentos ou fases que


constituem a sua estrutura ou rede conceptual:

- AGENTE – alguém que age, isto é, que por sua opção faz com que algo ocorra (o actor ou
agente que pratica a acção)

- INTENÇÃO implica a deliberação e definição do propósito da acção. (o que o agente da


acção tem em vista atingir, o objectivo)

- MOTIVO razoes que permitem compreender a intenção. (a razão apresentada para


justificar a acção)

CONSCIÊNCIA – capacidade de o agente se aperceber de si mesmo em relação com o


meio.

LIVRE ARBÍTRIO/VONTADE – capacidade de opção do agente.

- CONCEPÇÃO (a razão nem sempre evidente que motivou a acção)

- DELIBERAÇÃO (a análise das condições da acção, dos seus objectivos, motivos e opções).

- DECISÃO (a manifestação de uma escolha ou opção)

- EXECUÇÃO (a realização da opção escolhida)

- RESULTADOS

- CONSEQUÊNCIAS

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ESQUEMAS

Actos Voluntários e Involuntários

Conceitos Básicos da Acção

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