Fábio Brazza
Esse batuque que a gente rebola vem lá de Angola de Congo, Cabinda e Cambondo
Preto quilombola bole feito mola se embala na ginga do jongo
Não tem ginga dura, swinga a cintura, é nosso coringa é mandinga pura
Seu santo é forte que nem pinga pura e cura o que nem a seringa cura
não posso negar eu sou brasileiro eu sou o tambor do terreiro
Mas também sou o grito dor que ecoou pelo cativeiro
Não posso negar meu roteiro, será que um dia a gente vai pagar
Por todo pecado do nosso passado que não se pode apagar, jamais!
E desde a cultivo de cana que o preto ainda vai em cana
Mas a mão tirana e toda desgraça vai virar fumaça na raça da raça africana
Não se pode negar o passado hostil, mas podemos mudar o presente
Vamo Brasil, quebra o quadril, mas quebra de vez a corrente