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O documento trata de um pedido de expedição de RPV (Requisição de Pequeno Valor) para pagamento de honorários sucumbenciais e contratuais decorrentes de uma ação judicial. O advogado requer o pagamento de forma autônoma, citando jurisprudência do STJ que permite a expedição de RPV para honorários de forma fracionada do valor total da execução.
O documento trata de um pedido de expedição de RPV (Requisição de Pequeno Valor) para pagamento de honorários sucumbenciais e contratuais decorrentes de uma ação judicial. O advogado requer o pagamento de forma autônoma, citando jurisprudência do STJ que permite a expedição de RPV para honorários de forma fracionada do valor total da execução.
O documento trata de um pedido de expedição de RPV (Requisição de Pequeno Valor) para pagamento de honorários sucumbenciais e contratuais decorrentes de uma ação judicial. O advogado requer o pagamento de forma autônoma, citando jurisprudência do STJ que permite a expedição de RPV para honorários de forma fracionada do valor total da execução.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA FEDERAL DE TEÓFILO
OTONI-MG
AUTOS:
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – VERBA ALIMENTAR.
PETRÔNIO, devidamente inscrito na OAB…………………………………, ……………………….,
aplicando o artigo 106 do CPC, vem respeitosamente, nos autos supra, requerer a expedição de ofício ao Presidente do Tribunal Regional da 1ª Região para que proceda à expedição da competente RPV (Requisição de Pequeno Valor) nos termos do art. 100, da Constituição Federal, no valor já disponibilizado nos presentes, referentes ao pagamento da sucumbência fixada na sentença n. 0002502-17.2015.4.01.3816, em desfavor do INSS, DIREITO AUTÔNOMO DO ADVOGADO, com a atualização monetária existente já existente nos autos.
CONSIDERAÇÕES ÉTICAS INICIAIS – PRINCÍPIO DA BOA FÉ.
Inúmeras tentativas foram efetuadas com a Autora, inclusive notificação inclusa, enviada por carta registrada, rastreamento n. ………… para que a mesma fornecesse seu CPF bem como o do representado para cumprir a decisão Judicial; Entretanto, os mesmos ficaram silentes, nada informaram vez que, por questão pessoal, uma vez que houve a separação judicial com a ex-esposa deste Advogado, Sra. ………………………………..; . Tal descaso, uma verdadeira afronta ao Princípio da Boa- Fé está prejudicando extremamente o Advogado que subscreve já que o mesmo tem direito a honorários sucumbencias e contratuais e necessita de tais recursos para quitar o atraso de suas contribuições com o INSS para ter direito a aposentar-se. Portanto, imperioso é o deferimento da TUTELA ANTECIPADA, conforme processo em andamento, autos de n., em trâmite na Vara JEF - BELO HORIZONTE. De outro lado, por ter direito de receber o RPV (dos honorários de sucumbência e contratuais) de forma Autônoma, vem requerer que se emita o RPV nos citados honorários de sucumbência e Contratuais. Ressalte-se que no caso concreto, não houve nenhum saque de Honorários. Neste sentido: PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. HONORÁRIOS CONTRATUAIS. ÓBITO DA CONSTITUINTE. OFÍCIO REQUISITÓRIO AUTÔNOMO. POSSIBILIDADE. RESOLUÇÃO CJF Nº 405, DE 9⁄6⁄2016. 1. A controvérsia devolvida no apelo extremo circunscreve-se à pretensão das recorrentes de receberem o pagamento dos honorários contratuais decorrentes do sucesso na ação, mediante requisição autônoma e independentemente de habilitação de eventuais sucessores da constituinte falecida. 2. O Tribunal a quo negou o pleito por entender que "o pagamento dos honorários está condicionado à expedição de ofício requisitório de pagamento em nome do autor ou, acaso comprovado seu falecimento, em nome de seus sucessores legais, depois de devidamente regularizada a representação processual, com habilitação nos autos. Não é possível, como pretende a advogada da parte autora, expedição autônoma dos honorários contratuais, os quais, nos termos da Resolução n. 168⁄2011 do CJF, art. 21, § 2º, 'devem ser considerados como parcela integrante do valor devido a cada credor para fins de classificação do requisitório de pequeno valor'" (fls. 403-404, e-STJ). 3. A jurisprudência do STJ, firmada sob o rito dos recursos repetitivos, admite requisição autônoma para honorários de sucumbência. 4. A orientação do STF objeto da Súmula Vinculante 47 é no mesmo sentido. 5. Em relação aos honorários contratuais, como não decorrem da condenação, prevalecia a posição de que não podem ser objeto de RPV apartada, assegurando-se ao advogado apenas a possibilidade de requerer a sua reserva, mediante a juntada do contrato de prestação de serviços aos autos, antes da expedição do mandado de levantamento ou do precatório.6. A Resolução 168⁄2011 do CJF, entretanto, foi alterada pela Resolução CJF nº 405⁄2016, em especial quanto à possibilidade de fracionamento dos honorários contratuais e expedição de requisição autônoma para pagamento, não sendo estes considerados como parcela integrante do valor devido a cada credor (art. 9º, XIV, c⁄c art. 18 e seguintes). 7. Não obsta a aplicação do normativo superveniente o fato de que a decisão recorrida foi proferida sob a égide da Resolução 168. Tanto o CPC⁄1973 como o atual CPC⁄2015 preveem seja levado em consideração no julgamento da causa o direito posterior à peça da parte. 8. Também não constitui impedimento ao direito perseguido o óbito da representada pelas recorrentes. Constituindo os honorários contratuais direito autônomo, e sendo eles exigíveis, não há subordinar seu pagamento aos procedimentos e trâmites próprios da sucessão processual, por ausência de acessoriedade ou dependência. 9. Recurso Especial provido. (STJ-RECURSO ESPECIAL Nº 1.686.591- Relator: MINISTRO HERMAN BENJAMIN - Brasília, 05 de setembro de 2017 (data do julgamento)). AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. IPERGS. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. FRACIONAMENTO. EXPEDIÇÃO DE RPV PARA PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS ADVOCATICIOS. POSSIBILIDADE. Reconhecida pelo STF a constitucionalidade do fracionamento da execução de sentença contra a Fazenda Pública para que os honorários advocatícios sejam adimplidos autonomamente por meio de requisição de pequeno valor. (RE 564.132). Reapreciação da matéria, na forma do art. 543-B, § 3º, do CPC. Agravo desprovido. (Agravo de Instrumento Nº 70077440436, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Aurélio Heinz, Julgado em 12/07/2018). (TJ-RS - AI: 70077440436 RS, Relator: Marco Aurélio Heinz, Data de Julgamento: 12/07/2018, Vigésima Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 17/07/2018) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. RPV. FRACIONAMENTO DO VALOR DA EXECUÇÃO. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. POSSIBILIDADE. Conforme definido no Recurso Especial Representativo de Controvérsia nº 1.347.736/RS, inexiste óbice ao fracionamento do valor do crédito principal e dos honorários advocatícios para pagamento por requisição de pequeno valor. RECURSO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70077835650, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Tasso Caubi Soares Delabary, Julgado em 12/09/2018). (TJ-RS - AI: 70077835650 RS, Relator: Tasso Caubi Soares Delabary, Data de Julgamento: 12/09/2018, Nona Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 14/09/2018) PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DIREITO AUTÔNOMO DO CAUSÍDICO. DESMEMBRAMENTO DO REGIME DOS PRECATÓRIOS JUDICIAIS. PAGAMENTO POR MEIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. POSSIBILIDADE. RESP N. 1.347.736/RS, SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO CPC. 1. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do REsp 1.347.736/RS, submetido ao rito do art. 543-C do CPC, firmou orientação no sentido de que não há impedimento constitucional ou legal para que o valor da execução seja fracionado, a fim de permitir o pagamento dos honorários advocatícios mediante Requisição de Pequeno Valor - RPV, ainda que o crédito principal seja submetido ao regime dos precatórios. 2. Agravo regimental não provido. (STJ - AgRg no RMS: 41557 RS 2013/0072262-0, Relator: Ministro BENEDITO GONÇALVES, Data de Julgamento: 03/03/2015, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 11/03/2015) PETIÇÃO Nº 10.856 - RS (2013/0072262-0) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES REQUERENTE : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL IPERGS PROCURADORES : ANDRÉIA WAGNER E OUTRO (S) LÍVIA DEPRÁ CAMARGO SULZBACH E OUTRO (S) REQUERIDO : IDA PITA SANTARIANO ADVOGADOS : AMARILDO MACIEL MARTINS E OUTRO (S) RUI FERNANDO HÜBNER E OUTRO (S) FELIPE NÉRI DRESCH DA SILVEIRA E OUTRO (S) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA APRESENTADOS CONTRA ACÓRDÃO PROFERIDO EM SEDE DE RECURSO ORDINÁRIO. RECURSO MANIFESTAMENTE INCABÍVEL. EXEGESE DO ART. 546 DO CPC, C/C O ART. 266 DO RISTJ. PRECEDENTES. RECURSO NÃO ADMITIDO. DECISÃO Trata-se de embargos de divergência apresentados contra acórdão da Primeira Turma cuja ementa é a seguinte: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DIREITO AUTÔNOMO DO CAUSÍDICO. DESMEMBRAMENTO DO REGIME DOS PRECATÓRIOS JUDICIAIS. PAGAMENTO POR MEIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. POSSIBILIDADE. RESP N. 1.347.736/RS, SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO CPC. 1. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do REsp 1.347.736/RS, submetido ao rito do art. 543-C do CPC, firmou orientação no sentido de que não há impedimento constitucional ou legal para que o valor da execução seja fracionado, a fim de permitir o pagamento dos honorários advocatícios mediante Requisição de Pequeno Valor - RPV, ainda que o crédito principal seja submetido ao regime dos precatórios. 2. Agravo regimental não provido. A embargante alega a existência de dissídio com o acórdão proferido no julgamento do REsp 1.347.736/RS (Rel. p/ Acórdão Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, DJe 15/4/2014). Sustenta, em suma, que: A ausência de litisconsórcio ativo facultativo entre a parte autora e o advogado na execução, não considerados pela decisão ora agravada, impede que se fracione o precatório já expedido. Assim, deve ser mantido o entendimento adotado no acórdão prolatado na origem, sob pena de restar autorizado o fracionamento da execução e do requisitório, vedado pelo regramento constitucional (artigo 100, § 8º, da Carta Magna e do artigo 87 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias). Requer sejam providos os embargos. É o relatório. Passo a decidir. Nos termos do art. 546 do CPC, c/c o art. 266 do RISTJ, é cabível a interposição de embargos de divergência em face de acórdão de Turma deste Tribunal, proferido em sede de recurso especial, que serão julgados pela respectiva Seção (quando as Turmas divergirem entre si ou de decisão da mesma Seção) ou pela Corte Especial deste Tribunal (se a divergência for entre Turmas de Seções diversas, ou entre Turma e outra Seção ou com a Corte Especial). Acrescente- se que "cabem embargos de divergência contra acórdão que, em agravo regimental, decide recurso especial" (Súmula 316/STJ). Assim, é manifestamente incabível a apresentação de embargos de divergência contra acórdão deste Tribunal, proferido em sede de recurso ordinário. No mesmo sentido: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. NÃO CABIMENTO. ART. 266 DO RISTJ. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. I - Nos termos do art. 266 do Regimento Interno desta Corte, das decisões da Turma, proferidas em sede de recurso especial, poderão ser interpostos embargos de divergência. II - Não são cabíveis embargos de divergência em sede de recurso ordinário em mandado de segurança. Precedente. III - Agravo interno desprovido. (AgRg na Pet 8.477/RJ, Rel. Ministro GILSON DIPP, CORTE ESPECIAL, julgado em 05/12/2011, DJe 02/02/2012) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. NÃO CABIMENTO. VÍCIOS DO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA. 1. Os embargos de declaração têm como objetivo sanar eventual existência de obscuridade, contradição ou omissão (CPC, art. 535), sendo inadmissível a sua interposição para rediscutir questões tratadas e devidamente fundamentadas na decisão embargada, já que não são cabíveis para provocar novo julgamento da lide. 2. Os embargos de divergência apenas são oponíveis contra acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça no âmbito do recurso especial, não se admitindo, assim, em face de aresto exarado em recurso ordinário em mandado de segurança. 3. Embargos de declaração rejeitados. (EDcl nos EDcl na Pet 10.107/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/02/2014, DJe 10/03/2014) Diante do exposto, não admito os embargos de divergência. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 29 de maio de 2015. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES, Relator (STJ - Pet: 10856 RS 2013/0072262-0, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Publicação: DJ 08/06/2015).
“AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.499.386 - RS (2014/0306151-4) RELATOR:
MINISTRO HERMAN BENJAMIN AGRAVANTE: HERMINIO CÉSAR SBAROUNI DA SILVA ADVOGADOS: CARLOS PAIVA GOLGO EGÍDIO LUCCA FILHO E OUTRO (S) FELIPE LUCCA AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL ADVOGADO : PROCURADORIA- GERAL DA FAZENDA NACIONAL DECISÃO Trata-se de Agravo Regimental interposto contra decisão (fl. 551, e-STJ) proferida pela Presidência deste egrégio Superior Tribunal de Justiça, que negou seguimento ao recurso com o fundamento de que, "'na hipótese de o recorrente ser beneficiário da justiça gratuita, deve haver a renovação do pedido quando do manejo do recurso, uma vez que o deferimento anterior da benesse não alcança automaticamente as interposições posteriores' (EDcl no AgRg nos EAREsp 221.303/RS, Corte Especial, Rel. Ministro Sidnei Beneti, DJe de 27/3/2014)." A parte agravante sustenta, em suma, que prevalece no STJ a assistência judiciária já concedida em outra instância. Aponta violação ao artigo 9º da Lei 1060/1950. Requer a reconsideração do decisum ou a submissão do feito à Turma. É o relatório. Decido. Os autos foram recebidos neste Gabinete em 8.4.2015. Com efeito, a Corte Especial, em sessão realizada na data de 26.2.2015, decidiu ser desnecessária a renovação do pedido de assistência judiciária gratuita no âmbito do Superior do Tribunal de Justiça, conforme julgamento do Agravo Regimental no EAREsp 86.915/SP. Diante do que foi decidido pela Corte Especial do STJ, nos EAREsp 86.915/SP, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 26.02.2015, reconsidero a decisão de fl. 551, e-STJ, e passo ao exame do Agravo em Recurso Especial. Trata-se de Recurso Especial interposto (art. 105, III, a, da Constituição) contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região assim ementado (fl. 429, e-STJ): AGRAVO LEGAL. DECISÃO DENEGATÓRIA DE SEGUIMENTO A RECURSO. ARTIGO 557, 'CAPUT' DO CPC. Ausentes elementos a alterar a convicção firmada quando da análise do pedido inicial, deve ser mantida a decisão denegatória de seguimento a recurso. Agravo legal desprovido. Em suas razões, o recorrente alega violação dos arts. 22, § 4º, 23 e 24, § 1º, da Lei n. 8.906/194. Sustenta, em síntese, que: Em 2014 o Superior Tribunal de Justiça publicou acórdão em sede de recurso repetitivo - REsp 1.347.736/RS - cujo teor reconheceu expressamente o direito dos patronos requisitarem em requisição autônoma a expedição de honorários contratuais e de sucumbência. De acordo com o julgado transitado em julgado, os advogados podem receber os honorários contratuais e de sucumbência por meio de requisição de pequeno valor RPV -, nos processos contra a Fazenda Pública, mesmo quando o crédito principal, referente aos valores da execução, seja pago ao seu cliente por precatório (fl. 438, e-STJ). Afirma ainda que, "limitando-se o advogado a requerer expedição de RPV, quando os honorários não excederem o teto legal, não haverá, de modo algum, fracionamento da execução, ainda que o crédito do seu cliente siga pela modalidade do precatório" (fl. 442, e-STJ). Requer, assim, o direito à expedição de ofício requisitório contemplando os honorários contratuais e de sucumbência, em RPV autônoma e independente do crédito de seu cliente. Contrarrazões às fls. 525-529, e-STJ. É o relatório. Decido. Os autos foram recebidos neste Gabinete em 8.4.2015. Merece prosperar a irresignação. A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que os honorários contratuais e de sucumbência constituem direito autônomo e alimentar do advogado, diverso do direito da parte, nos termos do que dispõe a Lei 8.906/1994. Tal posicionamento ficou claramente esposado por ocasião da apreciação do Resp 1.347.736, processado e julgado sob o rito dos recursos repetitivos, quando se pacificou que não há impedimento constitucional ou legal para que os honorários advocatícios sejam executados mediante RPV, desde que não excedam o valor limite, ainda que o crédito principal seja submetido ao regime dos precatórios. Sobre o tema, cito recentes julgados desta Corte: ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DESMEMBRAMENTO DO MONTANTE PRINCIPAL, SUJEITO A PRECATÓRIO. ADOÇÃO DE RITO DISTINTO (RPV). POSSIBILIDADE. QUESTÃO DECIDIDA COM BASE NO ART. 543-C DO CPC. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. A Primeira Seção do STJ, no julgamento do REsp 1.347.736/RS, submetido ao rito do art. 543-C do CPC, firmou entendimento no sentido de que "Não há impedimento constitucional, ou mesmo legal, para que os honorários advocatícios, quando não excederem ao valor limite, possam ser executados mediante RPV, ainda que o crédito dito 'principal' observe o regime dos precatórios" (Rel. p/ acórdão Ministro HERMAN BENJAMIN, DJe de 15/04/2014). II. Agravo Regimental improvido. (AgRg no REsp 1415519/MS, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, DJe 28/11/2014). PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DIREITO AUTÔNOMO DO CAUSÍDICO. DESMEMBRAMENTO DO REGIME DOS PRECATÓRIOS JUDICIAIS. PAGAMENTO POR MEIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. POSSIBILIDADE. RESP N. 1.347.736/RS, SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO CPC. 1. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do REsp 1.347.736/RS, submetido ao rito do art. 543-C do CPC, firmou orientação no sentido de que não há impedimento constitucional ou legal para que o valor da execução seja fracionado, a fim de permitir o pagamento dos honorários advocatícios mediante Requisição de Pequeno Valor - RPV, ainda que o crédito principal seja submetido ao regime dos precatórios. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no RMS 41.557/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe 11/03/2015). Cumpre destacar que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 564.132, concluiu de forma harmônica com esta Corte, no sentido de que os honorários advocatícios têm natureza autônoma e podem ser executados e levantados separadamente em precatórios, inclusive via RPV, não possuindo caráter acessório do processo principal. Diante do exposto, reconsidero a decisão de fl. 551, e-STJ, tornando-a sem efeito e, nos termos do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou provimento ao Recurso Especial. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 09 de abril de 2015. MINISTRO HERMAN BENJAMIN Relator (STJ - AgRg no REsp: 1499386 RS 2014/0306151-4, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Publicação: DJ 30/04/2015). CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N. 8⁄2008. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DESMEMBRAMENTO DO MONTANTE PRINCIPAL SUJEITO A PRECATÓRIO. ADOÇÃO DE RITO DISTINTO (RPV). POSSIBILIDADE. DA NATUREZA DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. No direito brasileiro, os honorários de qualquer espécie, inclusive os de sucumbência, pertencem ao advogado; e o contrato, a decisão e a sentença que os estabelecem são títulos executivos, que podem ser executados autonomamente, nos termos dos arts. 23 e 24, § 1º, da Lei 8.906⁄1994, que fixa o estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.2. A sentença definitiva, ou seja, em que apreciado o mérito da causa, constitui, basicamente, duas relações jurídicas: a do vencedor em face do vencido e a deste com o advogado da parte adversa. Na primeira relação, estará o vencido obrigado a dar, fazer ou deixar de fazer alguma coisa em favor do seu adversário processual. Na segunda, será imposto ao vencido o dever de arcar com os honorários sucumbenciais em favor dos advogados do vencedor. 3. Já na sentença terminativa, como o processo é extinto sem resolução de mérito, forma-se apenas a segunda relação, entre o advogado e a parte que deu causa ao processo, o que revela não haver acessoriedade necessária entre as duas relações. Assim, é possível que exista crédito de honorários independentemente da existência de crédito "principal" titularizado pela parte vencedora da demanda. 4. Os honorários, portanto, constituem direito autônomo do causídico, que poderá executá-los nos próprios autos ou em ação distinta.5. Diz-se que os honorários são créditos acessórios porque não são o bem da vida imediatamente perseguido em juízo, e não porque dependem de um crédito dito "principal". Assim, não é correto afirmar que a natureza acessória dos honorários impede que se adote procedimento distinto do que for utilizado para o crédito "principal". Art. 100, § 8º, da CF 6. O art. 100, § 8º, da CF não proíbe, nem mesmo implicitamente, que a execução dos honorários se faça sob regime diferente daquele utilizado para o crédito dito "principal". O dispositivo tem por propósito evitar que o exequente se utilize de maneira simultânea – mediante fracionamento ou repartição do valor executado – de dois sistemas de satisfação do crédito (requisição de pequeno valor e precatório).7. O fracionamento vedado pela norma constitucional toma por base a titularidade do crédito. Assim, um mesmo credor não pode ter seu crédito satisfeito por RPV e precatório, simultaneamente. Nada impede, todavia, que dois ou mais credores, incluídos no polo ativo da mesma execução, possam receber seus créditos por sistemas distintos (RPV ou precatório), de acordo com o valor que couber a cada qual.8. Sendo a execução promovida em regime de litisconsórcio ativo voluntário, a aferição do valor, para fins de submissão ao rito da RPV (art. 100, § 3º da CF⁄88), deve levar em conta o crédito individual de cada exequente. Precedentes de ambas as Turmas de Direito Público do STJ.9. Optando o advogado por executar os honorários nos próprios autos, haverá regime de litisconsórcio ativo facultativo (já que poderiam ser executados autonomamente) com o titular do crédito dito "principal". 10. Assim, havendo litisconsórcio ativo voluntário entre o advogado e seu cliente, a aferição do valor, para fins de submissão ao rito da RPV, deve levar em conta o crédito individual de cada exequente, nos termos da jurisprudência pacífica do STJ.11. O fracionamento proscrito pela regra do art. 100, § 8º, da CF ocorreria apenas se o advogado pretendesse receber seus honorários de sucumbência parte em requisição de pequeno valor e parte em precatório. Limitando-se o advogado a requerer a expedição de RPV, quando seus honorários não excederam ao teto legal, não haverá fracionamento algum da execução, mesmo que o crédito do seu cliente siga o regime de precatório. E não ocorrerá fracionamento porque assim não pode ser considerada a execução de créditos independentes, a exemplo do que acontece nas hipóteses de litisconsórcio ativo facultativo, para as quais a jurisprudência admite que o valor da execução seja considerado por credor individualmente considerado.RE 564.132⁄RS, submetido ao rito da repercussão geral 12. No RE 564.132⁄RS, o Estado do Rio Grande do Sul insurge-se contra decisão do Tribunal de Justiça local que assegurou ao advogado do exequente o direito de requisitar os honorários de sucumbência por meio de requisição de pequeno valor, enquanto o crédito dito "principal" seguiu a sistemática dos precatórios. Esse recurso foi submetido ao rito da repercussão geral, considerando a existência de interpretações divergentes dadas ao art. 100, § 8º, da CF.13. Em 3.12.2008, iniciou- se o julgamento do apelo, tendo o relator, Ministro Eros Grau, negado provimento ao recurso, acompanhado pelos votos dos Ministros Menezes Direito, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Brito. O Ministro Cezar Peluso abriu a divergência ao dar provimento ao recurso. Pediu vista a Ministra Ellen Gracie. Com a aposentadoria de Sua Excelência, os autos foram conclusos ao Min. Luiz Fux em 23.4.2012. 14. Há, portanto, uma maioria provisória, admitindo a execução de forma autônoma dos honorários de sucumbência mediante RPV, mesmo quando o valor "principal" seguir o regime dos precatórios.15. Não há impedimento constitucional, ou mesmo legal, para que os honorários advocatícios, quando não excederem ao valor limite, possam ser executados mediante RPV, ainda que o crédito dito "principal" observe o regime dos precatórios. Esta é, sem dúvida, a melhor exegese para o art. 100, § 8º, da CF, e por tabela para os arts. 17, § 3º, da Lei 10.259⁄2001 e 128, § 1º, da Lei 8.213⁄1991, neste recurso apontados como malferidos. 16. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ n. 8⁄2008. (STJ-RECURSO ESPECIAL Nº 1.347.73- PRIMEIRA Seção do Superior Tribunal de Justiça, R.P⁄ACÓRDÃO: MINISTRO HERMAN BENJAMIN -Brasília, 09 de outubro de 2013 (data do julgamento) Neste sentido requerer: - Conhecer que os honorários é um Direito Autônomo do Advogado e determinar a expedição IMEDIATA do RPV, com o valor apenas do original e a atualização monetária já existente nos autos. As posteriores atualizações o Advogado renuncia expressamente. - Que se apliquem os Princípios acima citados e determine que o RPV seja emitido exclusivamente para o Advogado, cujo CPF já se encontra nos Autos; -Informa ainda que o endereço do Advogado é na…………………………………., atendendo o que dispõe o artigo 106 do CPC. - Que os honorários contratuais sejam arbitrados em 10% do valor devido pelo INSS às partes, na conformidade com o artigo 85 do atual CPC. Quanto aos honorários contratuais, efetuados de forma verbal, o Advogado renuncia expressamente a qualquer correção e atualização monetárias. - Por ser pobre no sentido legal, requer o Advogado a Gratuidade Judiciária, nos termos dos artigos 98 e seguintes do CPC; - Que intimide pessoalmente a tutora……………………… residente e domiciliada à ……………………………querendo, constitua outro Advogado e que requeira o que é de Direito; Nestes termos aguarda e espera deferimento. De Novo Cruzeiro-MG, para Teófilo Otoni, MG, 16 de novembro de 2017.