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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO


4ª VARA CÍVEL
Avenida Caetano Álvares, 594, 2º andar, salas 202 e 204, Casa Verde - CEP 09351-510, Fone: 11-3951-
2525, São Paulo-SP - E-mail: santana4cv@tjsp.jus.br

SENTENÇA

Reclamação: 0116245-19.2008.8.26.0001 - Procedimento Ordinário


Data da Audiência: Data e Hora da Audiência Selecionada << Nenhuma informação disponível
>>
Requerente: Cooperativa Habitacional dos Bancarios de Sao Paulo - Bancoop
Requerido: Suely Lopes Aicarti

Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 0116245-19.2008.8.26.0001 e o código 010000001V10V.
Vistos.

COOPERATIVA HABITACIONAL DOS


BANCÁRIOS DE SÃO PAULO BANCOOP propõe ação de
cobrança SUELY LOPES AICARTI.
A ação originalmente proposta foi
consignatória. Veio aos autos aditamento à inicial para mudar a
natureza da ação. O autor também peticionou, antes da citação da ré,

Este documento foi assinado digitalmente por JOSE LUIZ DE CARVALHO.


para apresentar cópia de acordo firmado com o Ministério Público.
Diz o autor, em síntese, que a requerida,
cooperada que recebeu unidade habitacional em empreendimento
construído e administrado pelo requerente, está em mora com o
pagamento de suas obrigações, no que toca ao pagamento de valor
residual decorrente de custo do imóvel pelo qual a cooperada deve
responder.
A requerida apresenta resposta. Em síntese de
sua alentada petição, do que foi articulado em preliminares e mérito,
argumenta: Quitou integralmente o imóvel. Existe conexão entre a
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presente ação e ação coletiva que tramita perante a Vara Cível


Central de São paulo. Se não admitida a conexão, trata-se de
prejudicial externa. Não tem obrigação de pagamento do valor
exigido. As cláusulas que fundamentam a cobrança de saldo residual
e indenização são nulas. Tece, por fim, considerações sobre a

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administração do empreendimento e as atitudes de seus
responsáveis.
Foi apresentada réplica.

Relatei.
Decido.

A questão entre as partes é de direito,


devendo ser resolvida na presente fase processual.
Não existe conexão entre a presente ação e a
ação coletiva, já que a existência desta última não impede a
propositura de ações individuais, não implicando, necessariamente,

Este documento foi assinado digitalmente por JOSE LUIZ DE CARVALHO.


em reunião de ações. A preliminar de prejudicial externa doveria ser
considerada (já que a existência de débito capaz de ocasionar a
alegada mora, que dá base ao pedido do autor, está sendo objeto de
discussão em outro feito) não fosse o desfecho que terá a presente
ação, conforme abaixo se verá.
Trata-se de unidade habitacional, apartamento
situado na Avenida do Guacá, 291, unidade 223, empreendimento
Parque do Mandaqui, Edifício Cachoeira.
Por força de termo de adesão e compromisso
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de participação a ré adquiriu direitos e obrigações para receber, como


de fato recebeu, o apartamento.
No quadro resumo de fls. 41 consta o valor do
bem, a entrada, a parcela quando da entrega de chaves, as parcelas
anuais e as mensais, mais seguro.

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O autor afirma que o preço estimado como
custo da obra não foi suficiente para a construção. Apurou, conforme
cálculo que apresenta, um resíduo de pouco mais de treze mil reais,
valor que pretende receber da requerida.
Ocorre que não existe, no documento de fls.
41, nem nas folhas seguintes, indicação de critérios para apuração de
eventual resíduo decorrente do custo da obra.
No item 4.1 do termo ao qual aderiu o réu,
consta que o preço total da unidade será pago em parcelas nos
valores estimados, constantes do quadro resumo, e em número
variável, em função da data da entrega da unidade, do grupo e
localização da unidade escolhida ou atribuída. No Regimento Interno,

Este documento foi assinado digitalmente por JOSE LUIZ DE CARVALHO.


há dispositivos genéricos.
Vale dizer: a requerida não tem condições de
verificar se o valor apontado como devido está ou não correto, se é
ou não devido.
A petição inicial é peça genérica, teórica,
referindo-se, no item “dos fatos”, ao que se vê no quadro resumo e a
dispositivos contratuais. Não informa, repita-se, como chegou ao
valor que pretende devido pelo requerido. Não acompanham o
demonstrativo que a autora apresenta elementos para que se possa
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verificar se os cálculos se referem, ou não, a custo suplementar da


unidade.
Acresce que, tratando-se de cooperativa que
há anos se dedica a esse tipo de empreendimento, não se concebe
que não tenha condições de fixar o valor estimado de forma realista,

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vindo depois a surpreender aquele que compra e paga corretamente
o que está fixado no contrato, com exigência de valor suplementar.
Em suma, além de estimar valor de forma
unilateral, sem qualquer formalidade que lhe dê sustentação, o autor
está a cobrar débito sem lastro em cláusula contratual que o preveja.
A cláusula 16ª do contrato, invocada pelo autor (que pode ser vista a
fls. 49), não estabelece com clareza que poderia haver resíduo,
cobrança de valor além dos que constam no termo de adesão (fls. 41)
supra referido.
Isto posto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido
inicial.
Condeno o autor a pagar custas, despesas

Este documento foi assinado digitalmente por JOSE LUIZ DE CARVALHO.


processuais devidamente comprovadas e honorários advocatícios de
20% do valor atribuído à causa.
Julgo extinto o processo com fundamento no
Artigo 269, inciso I, do CPC.
Transitada em julgado, nada requerido em 10
dias, arquivem-se os autos.
P.R.I.C.
São Paulo, 27 de outubro de 2010.
Juiz de Direito: José Luiz de Carvalho

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