Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática,
será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a
rocha. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e
bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava
fundada sobre a rocha.” (Mateus 7:24-25)
Jesus, por ordem divina, não era casado, porque era o Messias e não podia ter
uma genealogia física. Jesus não teve uma herança na carne para que seu
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ministério não fosse da carne. A restauração dEle era uma restauração do
espírito. Cumpre em Abraão o decreto de Deus de que seriam multiplicadas as
famílias da Terra, mas por intermédio do Messias, as famílias seriam
restauradas. Abraão veio para multiplicar, o Messias veio para restaurar.
A Bíblia diz que nos últimos dias viria uma unção de Elias, uma unção profética
só para restaurar casamentos, para converter corações de pais aos filhos, de
filhos aos pais, corações de família.
Jesus queria ensinar o que é casa no contexto bíblico. Talvez você diga que
casa é uma estrutura física formada por algumas paredes bem trabalhadas
com um telhado em cima. Essa é nossa interpretação física de casa, mas
Jesus ensinava para um povo nômade que morava em cavernas e tendas; um
povo que tinha como referência de cidade, Jerusalém, e não tinha intenção
alguma de construir casas.
O povo vivia em tendas porque quando o lugar passava por algum tipo de
escassez, eles se mudavam para outro lugar para buscar suprimento. Então, o
público de Jesus era de pessoas que viviam em cavernas, grutas, tendas no
deserto.
Jesus fala de uma casa estável construída sobre a Rocha. Ele não diz o tipo de
material para a construção da casa, mas dá as pistas dentro do contexto de
mentalidade de deserto. Aqueles homens conheciam a mentalidade de deserto
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e sabiam o que Jesus estava dizendo. Tanto sabiam que ficaram maravilhados
com a Sua doutrina.
Jesus está falando de casa como estrutura física e depois fala que essa
estrutura precisa ser habitada por família. Aqui entra o contexto familiar. A meta
não é levar a família para o templo, é trazer o templo para a família.
O discurso de Jesus não foi improvisado. Ele estava ali materializando a Boa
Nova do Pai, dizendo que eles poderiam ter uma casa firme. Ele estava falando
de verdades bem próximas a realidade deles. Tudo o que Jesus falava ali
entrava no coração. Quando Ele fala sobre o homem sábio e o tolo, aborda a
realidade de alguns que sofreram catástrofes, porque não vigiaram com
sabedoria.
Como líderes, precisamos estar curados para curar, e, por isso, estamos
recebendo tanto ensinamento. O Senhor quer que sejamos ajudados para
ajudar. Assim, nossos discípulos terão direito às suas casas e ressuscitarão
sua dignidade.
Quando olhamos o estado crítico em que alguns discípulos vivem e não nos
importamos, não estamos agindo como discipuladores de excelência. O
discipulador serve para ajudar as pessoas a saírem do nível em que estão.
Alguns vivem uma vida miserável e não podemos alimentar a miséria deles.
Não somos políticos, somos profetas, e, por isso, precisamos tirá-los daquela
calamidade com uma palavra de vida. A palavra de vida vale mais do que
dinheiro, porque muda caráter, e se o caráter é modificado, as pessoas
começam a ter atitudes novas.
Precisamos ouvir atentamente o que Jesus quer nos ensinar. O texto mostra
inicialmente dois princípios básicos: ouvir e praticar. “Todo aquele, pois, que
ouve estas minhas palavras e as põe em prática...” (Mateus 7:24a). A maioria
das pessoas que vai à Igreja ainda ouve, mas não pratica. As pessoas gostam
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de alimentar a mediocridade, de buscar alimentos que reforcem as debilidades
da sua alma.
Jesus nos desafia a ouvir e a praticar o que ouvimos. Nem sempre é bom e
fácil ouvir. Muitas vezes é mais difícil ouvir do que falar. Existem algumas
verdades que só ouvimos debaixo da disciplina, mas não queremos ouvir,
porque confrontam o nosso caráter.
O Mestre não teve um discurso fácil nestes três capítulos (Mateus 5, 6 e 7). Ele
fez um confronto e, quando terminou, o povo estava maravilhado, o que
significa que o povo estava curado, que recebeu aquela palavra. Jesus foi
muito duro nesse discurso, mas era o que o povo precisava ouvir.
O discurso profético é difícil de falar, mais ainda de ouvi-lo. Mas, ou você ouve,
ou não ouve. Ou você pratica, ou não pratica. Quase ouvir não é ouvir. Muitos
dizem que uma parte da Bíblia presta e a outra não. Só presta a parte que me
agrada, que alimenta a minha alma, mas aquela que me confronta é horrível.
Deus quer nos ensinar que precisamos ouvir e praticar. Quem ouve e não
pratica não demonstra sabedoria. Só é sábio aquele que ouve e pratica a
Palavra. Ouvir e praticar são princípios de sabedoria que Deus quer inserir em
nosso caráter.
Os homens que ouvem e praticam são chamados por Deus de homens sábios.
O homem sábio é chamado de prudente. A Bíblia indica que um homem
prudente é aquele que constrói com base nos princípios.
O homem prudente tem opções tanto quanto as outras pessoas. Todos têm o
direito de andar por onde quiserem, de decidir pela vida ou pela morte diante
das opções que são dadas. Vemos que na vida de um homem sábio, que tem
muitas opções, a única coisa que o diferencia dos demais é a decisão dele. Ele
toma decisões coerentes, maduras, pensadas.
Já estudamos que a mulher que não sabe construir sua casa é tola, assim
como um homem que não sabe construir também é tolo. Um homem e uma
mulher sábios eliminam a possibilidade de construir sua casa num lugar
suspeito e decidem construir na rocha.
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No contexto bíblico, rocha fala de permanência histórica. Construa uma família
histórica, para que, ao falarem seu sobrenome, as pessoas tenham boas
referências. A Bíblia diz que Deus nos daria um nome que as nações teriam
pavor, um nome elevado, nome de honra (Isaías 56:5).
Deus quer honrar a nossa família. Assim será com cada um de nós: nossa
herança será perpétua na Terra. Construir sobre a rocha é construir
perpetuamente. Jerusalém está no mesmo lugar desde os dias de Davi até os
dias de hoje. Você precisa construir num lugar que seja permanente.
Jesus não está falando de uma mentalidade nômade. Ele diz que devemos
fazer uma construção firme. Podemos ver, pelo contexto bíblico, que a nossa
construção deve ser firme, permanente e segura. Quando enfatizamos esse
tipo de construção, revelamos um caráter de sabedoria.
Jesus, então, começa a falar que caiu a chuva. Imagine o povo sentado e
Jesus dizendo que caiu a chuva num país onde chove só quatro vezes durante
o ano! Mas o aspecto principal a ser entendido é que nossa família pode estar
na rota do córrego, sujeita ao risco. Jesus está dizendo: tire a sua família do
córrego; não a sujeite ao risco.
Quando Jesus diz que a chuva cairia, Ele sabia do que estava falando. Estava
mostrando que se a chuva viesse e as águas subissem, se a família estivesse
no córrego, no lugar de risco, não sobraria nada dela.
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de deserto, como pode eliminar a família, vai depender da estratégia geográfica
que você usar.
Na aplicação espiritual, podemos ver que não existe nenhum casamento que
fique isento de uma chuva forte. Não estou profetizando desgraça, estou
dizendo que se você estiver estrategicamente situado, você não sofrerá
prejuízos, mesmo que a chuva venha.
Se sua casa for construída embaixo, você estará sujeito a tudo o que vem de
cima. A questão de estar na rocha é importante, mas não é fundamental. O
fundamental é estar na rocha correta. Seu casamento pode estar sólido, sendo
fortalecido nesses dias, mas se você não transportar a sua casa do córrego
para o lugar alto, tudo o que melhorar nesses dias poderá se tornar nada.
Deus quer nos ensinar mudanças. Mesmo que sua casa esteja construída na
rocha, veja se há riscos geográficos. A inteligência da família precisa entrar em
operação. A família tem inteligência, porque tem uma alma da aliança.
Devemos buscar de Deus o conceito da alma da família para que a família não
entre em destruição. Precisamos perceber que a sabedoria de Deus nos ensina
a não construirmos em qualquer rocha. A Bíblia diz que aquele homem
construiu na Rocha e não em uma rocha qualquer.
O vento não avisa nem pede licença para poder soprar; ele leva tudo. Tire a
sua casa da rota do vento e coloque-a sobre a Rocha para que o vento,
quando vier, não leve a sua casa. Minha família só será atingida se ela estiver
no deserto, pois é no deserto que vem o vento impetuoso. Só Deus pode livrar
alguém de uma tempestade do deserto.
1. Discussão
2. Comportamento de solteiro
Quando Jesus fala sobre transbordar os rios, Ele fala de destruição e perda
total dos bens. Quando entramos nesses níveis de risco no casamento,
podemos até salvar a família, mas patrimônios vão embora ou deixam de ser
acrescentados.
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Quando passamos o tempo todo concentrados nas enfermidades da família ou
de um casamento e não curamos isso, perdemos a bênção de ganhar bênçãos.
Quando saramos essas enfermidades, as coisas ficam mais fáceis, o casal
consegue conquistar mais rápido.
Jesus hoje decidiu tirar a sua casa da rota de risco e colocá-la na Rocha que é
Ele mesmo. Nossa chamada é para que a nossa família esteja estabelecida na
Rocha. Precisamos arrepender-nos de não termos vigiado e de termos
colocado nossa família na margem de risco. Vamos pedir perdão a Deus e
clamar a Ele para que tome nossa família e coloque-a na Rocha.