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BRASÍLIA - O governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB),

decretou na tarde desta segunda-feira situação de emergência em Brasília devido ao


incêndio no Parque Nacional de Brasília e da seca. O fogo consumiu mais de dez mil
hectares do parque. Cerca de 80 bombeiros tentam apagar o fogo que começou no fim
de semana.

"O Corpo de Bombeiros Militar e a Defesa Civil adotarão todas as medidas


administrativas necessárias para minimizar os efeitos do incêndio no Parque Nacional
de Brasília e de outros possíveis focos em áreas ambientais do DF, por conta das
condições climáticas", diz a nota divulgada pelo governo do DF.

A estiagem de 117 dias facilitou a propagação das chamas. Outro problema é baixa
umidade relativa do ar nos últimos meses - o índice tem ficado abaixo de 20%. A
situação de emergência vale por 60 dias.

O fogo já destruiu 25% do Parque Nacional de Brasília, no Distrito Federal. Este é


considerado o pior incêndio dos últimos anos pela administração do parque. Em 2007,
um incêndio durou sete dias e 11mil hectares foram destruídos. Este ano, em apenas 24
horas, o fogo consumiu 10 mil hectares do total de 42.389 mil hectares da área total do
parque. O incêndio que começou às 7h da manhã deste domingo ainda não foi
totalmente controlado.

O chefe da Comunicação do Corpo de Bombeiros, coronel Paulo Roberto, que esteve


averiguando um dos focos do incêndio nesta segunda pela manhã, disse que a situação
se agravou.

- Nosso temor de que o tempo seco e o vento ampliariam o fogo está se confirmando. A
intenção inicial era acabar com o fogo até o meio-dia desta segunda mas o atraso de
duas aeronaves prejudicou a estratégia. O trabalho agora não é mais preventivo, é
corretivo - explicou.

O Corpo de Bombeiros está concentrando esforços em dois focos principais, próximos à


Barragem de Santa Maria.

- Caso o fogo ultrapasse a barragem, estará ameaçando a área mais preservada do


parque e poderá prejudicar o fornecimento de água potável para Brasília - ressaltou o
chefe da Comunicação do Corpo de Bombeiros.

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que a chuva chegue no


final deste mês ou no início do mês de outubro.

Segundo o coronel Paulo Roberto, o intenso período da seca provocou o aumento de


85% das queimadas em todo o país. No Distrito Federal já foram destruídos 15 mil
hectares com as queimadas.

O Parque Nacional de Brasília foi criado em 1961 e é um dos principais parques do


Distrito Federal. Recebe diariamente 3 mil pessoas e abriga espécies da fauna e da flora,
típicas do Cerrado, que estão em extinção. Animais como o lobo-guará, o tatu
campestre, o tamanduá bandeira e a onça-parda habitam no local.
Segundo o chefe do parque, Amauri da Sena Motta, a principal preocupação é com os
animais, pois a flora deve se recuperar naturalmente em três meses.

Cerca de 300 bombeiros, 50 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade,


três helicópteros, além de duas aeronaves vindas do Tocantins, uma transportando 1.200
litros de água e outra 2.800 litros, atuam na operação.

Um brigadista do Instituto Chico Mendes teve pernas, braços e rosto queimados durante
o trabalho de combate às chamas neste domingo.

Queimadas levam a Brasília nível de


poluição de São Paulo
Uma névoa seca encobria o horizonte em Brasília na segunda-feira e os níveis de
poluição do ar eram comparáveis aos da cidade de São Paulo. Enquanto o ar frio dava
aos paulistanos uma trégua, mantendo boa a qualidade do ar na região metropolitana, as
queimadas no Centro-Oeste e na Amazônia elevavam os níveis de monóxido de carbono
(CO) e particulados na capital federal.O CO é um gás tóxico. Os particulados finos
(chamados de PM25) são um tipo de fuligem que fica muito tempo suspensa no ar e
penetra facilmente nos pulmões, agravando doenças respiratórias. As informações são
do jornal Folha de S. Paulo.

Medido pelo deficit de leitos, o número de internações por poluição no Distrito Federal
subiu. Segundo Paulo Feitosa, da Secretaria da Saúde, no ano passado eram 10%; neste
ano o deficit é de 17%. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
mostram que o Distrito Federal teve à 0h de ontem 30 microgramas de material
particulado fino por metro cúbico de ar. De acordo com o Inpe, em São Paulo, nos
períodos críticos de poluição, são registrados de 50 a 100 microgramas.

Tempo seco causa queimadas e deixa


Brasília sem chuva há 106 dias
Depois da pequena peleja contra uma queimada que avançava em direção à
chácara onde moramos, no Distrito Federal, achei que deveria compartilhar
algumas considerações sobre Cerrado, fogo e “nós no meio disso”, feitas a partir de
minhas vivências profissionais e pessoais neste bioma.

Ao longo de toda sua extensão o Bioma Cerrado pode ser caracterizado


basicamente pela predominância das formações de cerrado stricto sensu (savanas)
na paisagem. Contudo, o bioma não é formado somente por savanas, também
abrigando formações vegetais que vão de campos limpos a exuberantes florestas
(que podem estar ou não associadas a cursos d’água). Mas qual seria, então, o
fator responsável pela atual proporção entre as formações florestais, savânicas e
campestres ao longo do bioma.
Atualmente é amplamente aceito que clima, solos e fogo são altamente
interativos nos seus efeitos sobre a vegetação no Bioma Cerrado. Apesar de
fundamental importância, chuvas sazonais e baixa fertilidade de solo parecem ser
insuficientes para explicar a presente distribuição da vegetação de savana ao longo
do bioma. Por exemplo, vastas áreas no sudeste do Brasil com forte sazonalidade
pluviométrica e solos com baixos teores de nutrientes (como o leste de Minas
Gerais) têm uma cobertura contínua de florestas semidecíduas e não são ocupadas
por cerrado.

O fogo assume, então, papel de fator chave para explicar a atual proporção entre
as diferentes formações vegetais no bioma. Porém, dizer simplesmente que o fogo
é um componente natural no Cerrado acaba por encobrir o principal responsável
pela sua ocorrência na atualidade: o próprio homem, e deliberadamente na maior
parte dos casos. - O fogo é natural do Cerrado VÍRGULA - A ocupação humana na
região alterou drasticamente o regime natural das queimadas (época do ano e
freqüência) trazendo conseqüências para estrutura da vegetação e sua composição
florística. Não estamos falando aqui somente da ocupação pelos sertanejos
contemporâneos. A literatura é abundante em evidências de que o homem toca
fogo no Cerrado há pelo menos 10.000 anos.

Se parece razoável supor que raios são o principal agente causador de queimadas
naturais, devemos considerar que sua maior incidência está concentrada durante a
estação das chuvas, quando o teor de umidade na superfície do solo e na vegetação
está bem mais elevado. Freqüência, intensidade e extensão das queimadas eram
bem menores quando o fogo no Cerrado ocorria apenas (ou predominantemente)
devido a causas naturais.

O fogo em alta freqüência tende a favorecer as fisionomias mais abertas, como os


campos, onde há espécies que florescem e frutificam em abundância após as
queimadas, nos proporcionando belos espetáculos. Entretanto, o esplendor pós-
fogo proporcionado pela floração de algumas espécies ofusca a gradual perda de
diversidade e drástica alteração na estrutura da vegetação que ocorrem quando as
queimadas são muito freqüentes.

A expectativa, corroborada por estudos recentes, é de um aumento na cobertura


vegetal se diminui a freqüência de fogo. Alta incidência de fogo (queimadas anuais
ou bianuais, p.ex.) tende a manter a vegetação em estádios sucessionais mais
iniciais. Não levar isto em consideração pode nos induzir ao erro em trabalhos de
caracterização voltada ao manejo ou conservação da flora. São muitos os locais
onde poderíamos encontrar matas semideciduais no lugar de atuais fisionomias de
cerrado (savana), locais onde haveria cerrados mais densos ou até cerradões, onde
hoje se vê campos e cerrados ralos. Isto nos é mostrado claramente quando
associamos flora, estrutura da vegetação e histórico do fogo no local.
Indivíduos de espécies tipicamente arbóreas podem ser mantidos como um arbusto
de poucos centímetros de altura, se lhe pegam fogo todos os anos.

Vivendo no Cerrado há pouco mais de três anos e, por mais de dois anos
convivendo diariamente com a população rural na região da Chapada dos
Veadeiros, me convenci de que a tese da “combustão espontânea” na época seca
não passa de lenda (salvo raras e eventuais exceções). Atualmente, a principal
causa do fogo no cerrado não é descuido de fumante porcalhão que joga bituca de
cigarro ou fósforos pela janela do carro, mas predominantemente agricultural. As
queimadas têm sido a técnica mais empregada como forma de “manejar” lavouras
ou pastagens naturais (formações mais abertas) e plantadas. É a maneira preferida
de “limpar” o pasto ou a área que será cultivada no início das chuvas. Como a
queimada é realizada normalmente no período da seca e muitas vezes não são
adotadas as medidas prévias de controle, sua intensidade e extensão tende a ser
aumentada. Há casos em que a frente do fogo avançou sem trégua por mais de
100 km ao longo da Serra do Paranã, borda leste da Chapada dos Veadeiros
durante duas semanas.

Os planos e ações de prevenção e controle do fogo normalmente são


desarticuladas, as campanhas publicitárias de conscientização veiculadas nos
grande meios de comunicação parecem errar o alvo, pois são focadas nos
“motoristas descuidados”. O trabalho das brigadas de incêndio torna-se inglório,
pois, por mais fogo que se apague mais fogo virá. Está claro para mim que a
maneira mais eficiente de combater as queimadas é antes que elas ocorram, por
meio de programas e ações de educação em várias frentes. O que pode ser feito
com a formulação de políticas públicas integradas, incorporando a questão das
causas e efeitos do fogo no Cerrado, que contemplem e articulem os diversos
agentes na região e suas respectivas unidades de gestão (sejam propriedades
particulares, unidades de conservação, municípios, etc.). Ninguém vai resolver
sozinho o problema das queimadas, pois como se diz: o fogo anda e todos temos
vizinhos.

Já ocorreram mais de 1000 incêndios florestais só em 2008. E o mais triste é que esse
número é considerado normal para o Distrito Federal.

As queimadas continuam sendo a forma mais prática e barata de limpar uma área, fato
que ocasiona sua utilização em larga escala. Porém o descuido das pessoas durante a
queima de lixo traz um prejuízo enorme para a fauna e a flora e conseqüentemente para
a qualidade de vida do brasiliense. Além de animais e vegetais, o fogo pode destruir
cercas, linhas de transmissão de energia elétrica ou telefonia, construções e até ceifar
vidas humanas.

Os efeitos imediatos das queimadas são: o aumento da probabilidade de erosão do solo


e a deterioração da qualidade do ar.

Além de seguirem as normas ao realizar queimadas, os cidadãos podem contribuir com


pequenas mudanças de hábitos, como não jogar pontas de cigarro acesas nas margens de
rodovias, apagar restos de fogo em acampamentos e utilizar o fogo como seu aliado,
tomando cuidados básicos para não transformá-lo em vilão.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento recomenda através dos Dez


Mandamentos da Queimada Controlada, como agir com racionalidade.

1- Obter autorização do Ibama para queima controlada. Documentos necessários:

a) comprovante de propriedade ou de justa posse do imóvel onde se realizará a queima;

b) cópia da autorização de desmatamento quando legalmente exigida;

c) comunicação de queima controlada.


2- Reunir e mobilizar os vizinhos para fazer queimada controlada e em mutirão, de
maneira que um possa ajudar o outro. Assim, o calor será menor e o solo será menos
impactado com a temperatura.

3- Evitar queimar grandes áreas de uma só vez, pois as distâncias dificultam o controle
do fogo.

4- Fazer aceiros, observando as características do terreno e altura da vegetação. Em


terreno inclinado, o fogo se alastra mais rapidamente, devendo-se construir valas na
parte mais baixa para evitar que o material em brasa saia da área queimada. A largura
dos aceiros deve ser 2,5 vezes a altura da vegetação em regiões de pastagens e/ou
Cerrado ou, no mínimo, 3 metros, para o caso de queima controlada.

5- Limpar completamente o aceiro, sem deixar restos de folhas ou paus, de qualquer


natureza, no meio da faixa.

6- Prestar atenção à força e direção do vento, à umidade e às chuvas. Só queimar


quando o vento estiver fraco. Nunca comece um fogo na direção contrária dos ventos.
Inicie no sentido dos ventos. Se a queima for realizada após as primeiras chuvas, é
possível evitar o risco do fogo escapar e evitar os danos causados pelo acúmulo de
fumaça no ar.

7- Queimar em hora fria. No início da manhã, no final da tarde, ou à noitinha, é mais


seguro, pois a temperatura é mais baixa e a vegetação está mais úmida.

8- Nunca deixe árvores altas, sem serem cortadas, no meio da área a ser queimada. Elas
demorarão a queimar, permitindo que o vento jogue fagulhas à distância, provocando
incêndios em áreas vizinhas, sobretudo, se forem pastagens.

9- Permaneça na área da queimada, após o fogo, pelo menos, por duas horas, a fim de
verificar se não haverá pequenos focos de incêndio, na vizinhança, provocados pelos
ventos.

10-Tenha sempre disponível, para ser utilizado, em caso de ter de controlar o fogo, o
seguinte material: a) enxada; b) abafador; c) foice; d) bomba costal; e) baldes com água.

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