Dom Pedro I foi da maçonaria por pouco mais de dois meses; lá fez pouco política e muito estrago
Cercado de lendas, o início da história da maçonaria no Brasil permanece um campo nebuloso. A começar
pela exaltação à figura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Conjuração Mineira de
1789. Muitos maçons não têm dúvida de que o herói pertenceu à organização. Não existem, porém, provas
documentais nem da filiação de Tiradentes nem da existência de lojas maçônicas funcionando
regularmente no Brasil do século XVIII.
O que existe são fortes indícios de que havia indivíduos nascidos no Brasil que entraram na maçonaria
quando estavam na Europa, sobretudo em Portugal. Comprovadamente, porém, a primeira loja maçônica
passou a funcionar no Brasil em 1801, no Rio de Janeiro, e foi chamada Reunião, de acordo com
testemunho de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838). Teria sido fundada por um misterioso
“cavalheiro Laurent”, vindo da França para esse fim.
Registra-se em 1809 a criação de um Grande Oriente ou Governo Supremo, em Salvador (BA),
agrupando lojas maçônicas cariocas, baianas e pernambucanas. Do mesmo modo, existiram
várias agremiações maçônicas no movimento separatista e republicano que eclodiu, em 1817, na forma de
luta armada em Pernambuco. Alagoas, Paraíba e Ceará. Mas não havia em nenhuma dessas agremiações
ligações explícitas com um projeto de independência de todo o território brasileiro.
É somente em 24 de junho de 1822 que surge o Grande Oriente do Brasil(GOB), no Rio de Janeiro, cujo
primeiro grão-mestre foi José Bonifácio.
É exagero afirmar que a independência brasileira foi obra da maçonaria.É preciso reconhecer, porém que a
agremiação foi um importante espaço de aglutinação política de setores das elites que permitiu a separação
de Portugal, ao lado de outros espaços, indivíduos e grupos não maçônicos. Por exemplo, foram enviados
emissários maçons para articular a adesão de outras províncias à independência.
Já a passagem do imperador D. Pedro I (1798-1834) pela maçonaria foi meteórica e fulminante. Durou
pouco mais de dois meses, ao fim dos quais o monarca proibiu as atividades da fraternidade no país e
mandou prender vários dos que chamava de “irmãos”.
Essa história é curiosa. Em 2 de agosto de 1822, D. Pedro foi acolhido no grau mais elementar, como
iniciante. Na sessão seguinte, três dias depois, foi elevado a mestre. E a 4 de outubro atingiu o grau máximo
na hierarquia daPerfeição Universal, chegando a grão-mestre do GOB. Ficou nessa posição apenas 17 dias,
quando usando seu apelido maçônico (Guatimozim, em homenagem ao “imperador” asteca), interditou os
trabalhos da agremiação que o ajudara a chegar ao poder e proclamar a independência
Introdução
Desde a crise do Antigo Sistema Colonial, a maçonaria está presente em nossa história, destacando-se
inicialmente, entre alguns revolucionários da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana no final do
século XVIII. Nesse período que antecede a Independência, a maçonaria assumiu uma posição avançada,
representando um importante centro de atividade política, para difusão dos ideais do liberalismo
anticolonialista.
Sua influência cresceu consideravelmente durante o processo de formação do Estado Brasileiro, onde
apareceu como uma das mais importantes instituições de apoio à independência, permanecendo atuante
ao longo de todo período monárquico no século XIX. Nesse processo, a história do Brasil Império é
também a história da maçonaria, que vem atuando na política nacional desde os primeiros movimentos de
independência, passando pelos irmãos Andradas no Primeiro Reinado, até as mais importantes lideranças
do Segundo Império, no final do século XIX.
Embora tenha, a Maçonaria brasileira, se iniciado em 1797 com a Loja Cavaleiros da Luz, criada na
povoação da Barra, em Salvador, Bahia, e ainda com a Loja União, em 1800, sucedida pela Loja Reunião em
1802, no Rio de Janeiro, só em 1822, quando a campanha pela independência do Brasil se tornava mais
intensa, é que iria ser criada sua primeira Obediência, com Jurisdição nacional, exatamente com a
incumbência de levar a cabo o processo de emancipação política do país.
Criado a 17 de junho de 1822, por três Lojas do Rio de Janeiro - a Commercio e Artes na Idade do Ouro e
mais a União e Tranquilidade e a Esperança de Niterói, resultantes da divisão da primeira - O Grande
Oriente Brasileiro teve, como seus primeiros mandatários José Bonifácio de Andrada e Silva, ministro do
Reino e de Estrangeiros e Joaquim Gonçalves Ledo, Primeiro Vigilante. A 4 de outubro do mesmo ano, já
após a declaração de independência de 7 de setembro, José Bonifácio foi substituído pelo então príncipe
regente e, logo depois, Imperador D. Pedro I (Irmão Guatimozim). Este, diante da instabilidade dos
primeiros dias de nação independente e considerando a rivalidade política entre os grupos de José
Bonifácio e de Gonçalves Ledo - que se destacava, ao lado de José Clemente Pereira e o cônego Januário da
Cunha Barbosa, como o principal líder dos maçons - mandou suspender os trabalhos do Grande Oriente, a
25 de outubro de 1822.
Somente em novembro de 1831, após a abdicação de D. Pedro I - ocorrida a 7 de abril daquele ano - é que os
trabalhos maçônicos retomaram força e vigor, com a reinstalação da Obediência, sob o título de Grande
Oriente do Brasil, que nunca mais suspendeu as suas atividades.
Instalado no Palácio Maçônico do Lavradio, no Rio de Janeiro, a partir de 1842, e com Lojas em
praticamente todas as províncias, o Grande Oriente do Brasil logo se tornou um participante ativo em
todas as grandes conquistas sociais do povo brasileiro, fazendo com que sua História se confunda com a
própria História do Brasil Independente.
Através de homens de alto espírito público, colocados em arcas importantes da atividade humana,
principalmente em segmentos formadores de opinião, como as Classes Liberais, o Jornalismo e as Forças
Armadas - o Exército, mais especificamente - O Grande Oriente do Brasil iria ter, a partir da metade do
século XIX, atuação marcante em diversas campanhas sociais e cívicas da nação.
Assim, distinguiu-se na campanha pela extinção da escravatura negra no país, obtendo leis que foram
abatendo o escravagismo, paulatinamente; entre elas, a "Lei Euzébio de Queiroz", que extinguia o tráfico de
escravos, em 1850, e a "Lei Visconde do Rio Branco", de 1871, que declarava livre as crianças nascidas de
escravas daí em diante. Euzébio de Queiroz foi maçom graduado e membro do Supremo Conselho da Grau
33; o Visconde do Rio Branco, como chefe de Gabinete Ministerial, foi Grão-Mestre do Grande Oriente do
Brasil. O trabalho maçônico só parou com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888.
A Campanha republicana, que pretendia evitar um terceiro reinado no Brasil e colocar o país na mesma
situação das demais nações centro e sul americanas, também contou com intenso trabalho maçônico de
divulgação dos ideais da República, nas Lojas e nos Clubes Republicanos, espalhados por todo o país. Na
hora final da campanha, quando a república foi implantada, ali estava um maçom a liderar as tropas do
Exército com seu prestígio: Marechal Deodoro da Fonseca que viria a ser Grão-Mestre do Grande Oriente
do Brasil.
Durante os primeiros quarenta anos da República - período denominado "República Velha" - foi notória a
participação do Grande Oriente do Brasil na evolução política nacional, através de vários presidentes
maçons, além de Deodoro: Marechal Floriano Peixoto Moraes, Manoel Ferraz de Campos Salles, Marechal
Hermes da Fonseca, Nilo Peçanha, Wenceslau Brás e Washington Luís Pereira de Souza.
Durante a 1ª Grande Guerra (1914 - 1918), o Grande Oriente do Brasil, a partir de 1916, através de seu Grão-
Mestre, Almirante Veríssimo José da Costa, apoiava a entrada do Brasil no conflito, ao lado das nações
amigas. E, mesmo antes dessa entrada, que se deu em 1917, o Grande Oriente já enviava contribuições
financeiras à Maçonaria Francesa, destinadas ao socorro das vítimas da guerra, como indica a
correspondência, que, da França, era enviada ao Grande Oriente do Brasil, na época.
Mesmo com uma cisão, que, surgida em 1927, originou as Grandes Lojas Estaduais brasileiras,
enfraquecendo, momenta-neamente, o Grande Oriente do Brasil, este continuou como ponta-de-lança da
Maçonaria, em diversas questões nacionais, como: anistia para presos políticos, durante períodos de
exceção, com estado de sítio, em alguns governos da República; a luta pela redemocratização do país, que
fora submetido, desde 1937, a uma ditadura, que só terminaria em 1945; participação, através das
Obediências Maçônicas européias, na divulgação da doutrina democrática dos países aliados, na 2ª Grande
Guerra (1939 - 1945); participação no movimento que interrompeu a escalada da extrema-esquerda no país,
em 1964; combate ao posterior desvirtuamento desse movimento, que gerou o regime autoritário longo
demais; luta pela anistia geral dos atingidos por esse movimento; trabalho pela volta das eleições diretas,
depois de um longo período de governantes impostos ao país.
E, em 1983, investia na juventude, ao criar a sua máxima obra social; a Ação Paramaçônica Juvenil, de
âmbito nacional, destinada ao aperfeiçoamento físico e intelectual dos jovens - de ambos os sexos, filhos ou
não filhos de maçons.
Presente em Brasília - capital do país, desde 1960 - onde se instalou em 1978, o Grande Oriente do Brasil
tem, hoje, um patrimônio considerável, e em diversos Estados, além do Rio de Janeiro, e na Capital Federal,
onde sua sede ocupa um edifício com 7.800 metros quadrados de área construída.
Com aproximadamente 2.500 Lojas, cerca de 100.000 obreiros ativos, reconhecido por mais de 200
Obediências regulares do mundo, o Grande Oriente do Brasil é, hoje, a maior Obediência Maçônica do
mundo latino e reconhecida como regular e legítima pela Grande Loja Unida da Inglaterra, de acordo com
os termos do Tratado de 1935.
Extraído de:
http://www.gob.org.br
http://www.historianet.com.br
Extraído de:
http://www.gob.org.br
http://www.historianet.com.br
A colonização necessária
- ameaça de invasões estrangeiras (piratas holandeses, ingleses e
franceses ameaçavam o litoral)
No ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira
expedição com objetivos de colonização. Esta foi
comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como
objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os
invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
As plantações ocorriam no
sistema de plantation, ou seja,
eram grandes fazendas
produtoras de um único produto,
utilizando mão-de-obra escrava e
visando o comércio exterior.
A Insurreição Pernambucana
durou de 1645 a 1654 quando os
colonos conseguiram expulsar
definitivamente os holandeses do
Brasil.
As missões jesuíticas na América, também chamadas de reduções, foram os
aldeamentos indígenas organizados e administrados pelos padres jesuítas. O
objetivo principal das missões jesuíticas foi o de evangelizar e catequizar os
nativos.
As bandeiras eram expedições particulares que partiam de São Paulo durante os
séculos XVI, XVII e XVIII. Geralmente ultrapassavam a linha do Meridiano de
Tordesilhas o que contribuiu para aumentar consideravelmente o território
brasileiro. Utilizavam os rios Tietê, Paraná, São Francisco e os afluentes meridionais
do Amazonas.
A cobiça dos portugueses pela área do Prata é comprovada pela fundação da Colônia
do Sacramento em 1680, defronte a Buenos Aires, centro da disputa entre espanhóis e
portugueses.
Características são:
Olinda era Vila, possuía Câmara Municipal e tinha autonomia em relação a Recife,
que era sua comarca e subordinada administrativamente.
A elevação de Recife a categoria de vila pelo rei de Portugal no final de 1709, por
pressão dos "mascates" separando-a de Olinda precipitou a guerra.
O principal motivo dessa revolta foi a instalação, pelo governo português, das
Casas de Fundição para controlar a cobrança do quinto.
Ao fim da devassa,
somente Tiradentes foi
condenado a morte: foi
enforcado na cidade do
Rio de Janeiro no dia 21
de abril de 1792. Logo
depois foi esquartejado,
e seus quartos foram
espalhados pela estrada
real, sendo a cabeça
exposta na praça central
de Vila Rica
Foi um movimento separatista que contou com a participação de sapateiros,
alfaiates, bordadores, ex-escravos e escravos. Em alguns momentos, teve o
apoio de padres, médicos e advogados.
O movimento foi liderado por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio
Carlos de Andrada e Silva e do Frei Caneca, chegando a proclamar a República.
O movimento exigia
✓o imediato retorno da Corte para o reino
✓o estabelecimento, em Portugal, de uma Monarquia constitucional
✓a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil (reinstauração do
Pacto Colonial).
Foi o primeiro imperador do Brasil e 28° rei de Portugal, ainda que o reinado
em Portugal tenha durado sete dias, em 1826.
Depois de ler, amassou e pisoteou as cartas, montou seu cavalo e cavalgou até
às margens do Ipiranga e gritou à guarda de honra: "Amigos, as cortes de
Lisboa nos oprimem e querem nos escravizar...Deste dia em diante, nossas
relações estão rompidas“.
Apesar do processo de
independência ter base nas idéias
iluministas de liberdade, a
escravidão foi mantida.