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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO

DA 1ª VARA DA FAMÍLIA DA COMARCA DE PORTO


VELHO-RO,

Autos de processo nº 0000263-94.2010.822.0001

MARIA PEREIRA DA PAIXÃO COSTA , brasileira,


casada, aposentada, RG nº 141.998 – SSP/RO, CPF nº 350.940.952-34
e JOSÉ FERREIRA COSTA, brasileiro casado, motorista, RG nº 227.880
– SSP/RO, CPF nº 143.084.522-87, ambos residentes e domiciliados
na Rua Tancredo Neves nº 1893, Centro, Itapuã do Oeste-RO, por seu
advogado ao final assinado, com escritório profissional no endereço
constante do rodapé, onde recebe correspondências e documentos
afins, vem perante Vossa Excelência, com o devido respeito e acato,
apresentar:

CONTESTAÇÃO

Nos autos em epigrafe, AÇÃO DE ALIMENTOS,


ALIMENTOS que
lhe movem VITOR CLEBER DA SILVA COSTA e GLAUBER DA SILVA
COSTA, representados por sua Genitora RAIMUNDA JÉSSICA DA
SILVA, fazendo-a nas medidas fáticas e jurídicas a seguir delineadas:

Não procedem as alegações expendidas na inicial,


eis que a verdade dos fatos é diversa ao alegado, o que se provará
durante a instrução do feito.

Quanto à alegação de que os Requerentes estão a


mingua, não condiz com a realidade, eis que quando da morte de seu
genitor, receberão seguro DPVAT, como também passaram a receber
pensão por morte pelo INSS;

Ademais Excelência, conforme pode observar, que os


requeridos são pessoas idosas seu rendimento salarial provem do
beneficio de auxilio doença a qual recebe a requerida do INSS
correspondente a um piso salarial, e o requerido é autônomo, e seus
sustento advém da força bruta, com muito suor capinando.
Os requeridos não tem condições de contribuir com
os alimentos de seus netos face as condições precárias dos seus
rendimentos familiar.

Neste sentido temos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS MOVIDA CONTRA AVÓS


PATERNOS. IMPOSSIBILIDADE FINANCEIRA DOS AVÓS.
DESCABIMENTO. PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA
REJEITADA. Não tendo a autora/apelante juntado o rol de
testemunhas oportunamente, conforme dispõe o art. 407 do CPC,
não há falar em cerceamento de defesa.

A obrigação dos avós em pagar alimentos aos netos é excepcional e


pressupõe possibilidade e a total ausência de condições dos pais, o
que não ocorre na hipótese, em que demonstrado que os
avós/apelados não possuem condições de pagar alimentos à apelante
sem prejuízo do sustento próprio. Os avós não estão obrigados a
sacrificar seu próprio sustento para alimentar netos, principalmente,
como no caso, em que demonstrado que a mãe da apelante possui
condições de manter a apelante sem apelar aos avós paternos. Ou
seja, a genitora da apelante exerce atividade laborativa e recebe do
INSS pensão alimentícia pela morte do pai da apelante.

Preliminar rejeitada, e Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº


70018905588, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Ricardo Raupp Ruschel, Julgado em 13/06/2007)

Desta forma, não se pode sacrificar o sustento de um


casal de idosos, quando a mãe dos requerente é uma mulher
saudável com condições físicas de trabalhar para contribuir com o
sustento familiar já que recebe pelo INSS a pensão supramencionada.

No presente caso temos que, caso haja a


necessidade de alimentos, o que se cogita apenas por amor ao
debate, neste estaríamos diante de alimentos complementares,
sendo aí, devidos pelos avós paternos e maternos, não podendo
sacrificar somente os avós paternos, conforme já decidiu o Colendo
Superior Tribunal de Justiça.

CIVIL. FAMÍLIA. ALIMENTOS. RESPONSABILIDADE COMPLEMENTAR


DOS AVÓS.
Não é só e só porque o pai deixa de adimplir a obrigação alimentar
devida aos seus filhos que sobre os avós (pais do alimentante
originário) deve recair a responsabilidade pelo seu cumprimento
integral, na mesma quantificação da pensão devida pelo pai.
Os avós podem ser instados a pagar alimentos aos netos por
obrigação própria, complementar e/ou sucessiva, mas não solidária.
Na hipótese de alimentos complementares, tal como no caso, a
obrigação de prestá-los se dilui entre todos os avós, paternos e
maternos, associada à responsabilidade primária dos pais de
alimentarem os seus filhos.
Recurso especial parcialmente conhecido e parcialmente provido,
para reduzir a pensão em 50% do que foi arbitrado pela Corte de
origem.
(REsp 366.837/RJ, Rel. Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR, Rel. p/
Acórdão Ministro CESAR ASFOR ROCHA, QUARTA TURMA, julgado em
19/12/2002, DJ 22/09/2003 p. 331)

Diante dos exposto espera os requeridos, de Vossa


Excelência, que seja reconhecido a improcedência da ação, face a
falta de condições de contribuir com os alimentos devido o estado de
miserabilidade dos mesmos.

Destarte, diante das argumentações supra


delineadas, para garantia da dignidade da pessoa humana.

EX POSITIS, REQUER:

Seja julgada totalmente improcedentes os pedidos


constantes da inicial vergastada.

JUSTIÇA!!!

N. termos,
P. deferimento.

Porto Velho-RO, 19 de Novembro de 2010.

Felipe Gaspar
Advogado

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