– Aprender a rezar.
Quando estava nesta terra, a Virgem não fazia nada que não fosse por
referência ao seu Filho: cada vez que falava com Jesus, e quando o fitava,
quando lhe sorria ou pensava n’Ele, orava, pois a oração é isso: é falar com
Deus4.
Devemos chegar a um trato cada vez mais íntimo com o Senhor na nossa
oração mental – nesses tempos diários que dedicamos a falar-lhe
silenciosamente dos nossos assuntos, a dar-lhe graças, a pedir-lhe ajuda e a
dizer-lhe que o amamos... – e mediante a oração vocal, empregando muitas
vezes as palavras que serviram a tantas gerações para elevar os seus
corações e os seus pedidos ao Senhor e à sua Santíssima Mãe.
Nenhuma pessoa neste mundo soube tratar Jesus como a sua Mãe; e,
depois d’Ela, São José, que passou longas horas olhando-o, contemplando-o,
falando com Ele dos pequenos assuntos diários, com simplicidade e
veneração. Se recorrermos a eles com fé antes de começarmos a nossa
oração mental diária, veremos como nos ajudam a conversar afectuosamente
com o Senhor nesses minutos de silêncio e de colóquio íntimo.
(1) Lc 2, 19; (2) Lc 2, 51; (3) F. M. Moshner, Rosa mística, pág. 201; (4) cfr. Card. J. H.
Newman, Rosa mística, pág. 79; (5) F. Suaréz, A Virgem Nossa Senhora, pág. 246-247; (6) At
1, 14; (7) São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 285; (8) cfr. Graduale Romanum, 1979,
pág. 422; (9) Lc 22, 46; (10) São João da Cruz, Cântico espiritual, 1, 8; (11) Conc. Vat. II,
Const. Dei Verbum, 8; (12) cfr. F. M. Willam, Vida de Maria, pág. 160; (13) São Josemaría
Escrivá, Amigos de Deus, n. 296; (14) cfr. H. Marín, Doctrina Pontificia IV: Documentos
marianos, BAC, Madrid, 1954, n. 322.