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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE


FAMÍLIA REGIONAL DE BANGU

LUIZ FELIPE FIGUEIREDO DE


OLIVEIRA, menor absolutamente incapaz, representado
por sua genitora DÉBORA SOLANGE FIGUEIREDO
LOPES, tel.: 3331-9058, brasileira, solteira, auxiliar de
serviços gerais, portadora da cédula de identidade nº.
13.190.988-9, expedida pelo DETRAN/RJ, inscrito no CPF/MF
sob o nº. 090.321.447-40, residente e domiciliada na
Estrada do Taquaral, Trav. 02, Casa 10 SB, Bangu, Rio de
Janeiro/RJ, CEP: 21.842-550 e LEANDRO CESAR MATTOS
DIAS, tel. nº. 3830-1737, brasileiro, solteiro, almoxarife,
portador da cédula de identidade nº. 20.350.314-9,
expedida pelo DETRAN/RJ, inscrito no CPF/MF sob o nº.
105.071.877-17, residente na Rua Costa Filho, nº. 417, Bl.
8, Ap. 40, Mal. Hermes, Rio de Janeiro/RJ, CEP: 21610-570,
vem, pela Defensoria Pública, propor a presente

AÇÃO DE ANULAÇÃO PARCIAL DE REGISTRO C/C


RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE

em face de ADRIANO PORFIRIO DE OLIVEIRA, brasileiro,


solteiro, açougueiro, residente em lugar incerto, pelos fatos
e fundamentos que a seguir aduz:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Inicialmente, afirma, nos termos do art.


4º, § 1º, da Lei nº. 1.060/50 com a redação modificada pela
Lei nº. 7.510/86, sua hipossuficiência jurídica, pois não
possuem condições financeiras de arcar com as custas
processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu
sustento e de sua família, razão pela qual faz jus à
GRATUIDADE DE JUSTIÇA, indicando a Defensoria
Pública Geral do Estado para patrocinar-lhe os interesses.

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

A mãe do primeiro requerente manteve


um relacionamento amoroso com o segundo requerente, Sr.
LEANDRO CESAR MATTOS DIAS, no que resultou o
nascimento do menor LUIZ FELIPE FIGUEIREDO DE
OLIVEIRA, em 01 de outubro de 2003, ora primeiro
requerente.

Quando o menor nasceu, sua genitora


residia com Sr. ADRIANO PORFIRIO DE OLIVEIRA que
efetuou registrou o menor.

Quando o menor contava com pouco


mais de um ano de idade, o casal se separou e o Réu nunca
mais deu notícias.

A Sra. Débora e o 2º requerente


retomaram contato e, juntamente com o menor,
submeteram-se ao exame de DNA, que concluiu ser o 2º
requerente pai do 1º requerente.
Assim é que o assento de nascimento do 1º
requerente encontra-se em desconformidade com a
paternidade biológica. Em virtude do erro, gerou-se estado
de filiação que atenta contra a realidade dos fatos.

ASSIM É QUE, ATRAVÉS DA PRESENTE,


VEM O SR. LEANDRO CESAR MATTOS DIAS
RECONHECER A PATERNIDADE DO MENOR LUIZ
FELIPE FIGUEIREDO DE OLIVEIRA.

Quanto aos alimentos do menor,


atualmente o segundo requerente e a genitora do
menor retomaram o relacionamento e o
pensionamento vem sendo prestado in natura,
situação que deve prevalecer por atender ao
interesse das partes envolvidas.

A Constituição da República em seu art.


227 dispensa tratamento especial à criança e ao
adolescente.

O direito ao reconhecimento da
paternidade é personalíssimo, indisponível e imprescritível,
podendo ser exercido sem qualquer restrição, segundo
dispõe o art. 27 do ECA.

Acerca dos Registros Públicos, assevera o


Prof. Caio Mário da Silva Pereira, in Instituições de Direito
Civil, vol. I, 13a. Edição, Ed. Forense, 1992, RJ, p. 167,
verbis:

"Contendo a inscrição dos momentos


capitais da vida do indivíduo, o registro
patenteia o seu estado, que dele se
infere enquanto subsistir, mas não
constitui prova absoluta, porque
suscetível de anulação por erro ou
falsidade."

Trata-se de presunção juris tantum aquela


decorrente do registro. Admite, portanto, prova em
contrário, capaz de conduzir à anulação do assentamento.
Nestes termos dispõe o art.1604 do Código Civil, que
admite a prova acerca do erro ou falsidade do registro civil.

Destarte, não resta aos Requerentes outro


caminho senão a busca da tutela jurisdicional do Estado
para que seja declarada sua relação de paternidade,
garantindo-se o direito constitucional do menor de fazer
constar em sua certidão de nascimento sua real filiação, e
preservando-se o princípio da paternidade real e a
dignidade de todos os envolvidos, tudo nos termos dos
arts.1º, inc.III, 226 e 227 da Constituição Federal.

Assim é que se faz indispensável a anulação


do registro que se encontra em desconformidade com a
paternidade biológica, bem como que do registro do 1º
requerente passe a constar sua real filiação, a fim de que
possa gozar de todas as vantagens deste estado.

DOS PEDIDOS

Em face do exposto, requerem a V.Exª.:

a) Que seja reconhecido o seu direito à


GRATUIDADE DE JUSTIÇA;
b) A intimação do Representante do
Ministério Público para atuar no feito;

c) A expedição dos ofícios de praxe para


localização do Réu e após sua citação para contestar
a demanda;

d) que seja julgado procedente o


pedido, determinando-se a anulação do registro
de nascimento do menor, no que tange à
relação de filiação com o requerido, e para
DECLARAR A PATERNIDADE DO 2º
REQUERENTE EM RELAÇÃO AO 1º REQUERENTE,
oficiando-se ao cartório de Registro Civil das Pessoas
Naturais competente para as anotações de estilo,
para que sejam acrescidos ao registro do
Requerente, os nomes de seu genitor e avós
paternos, passando o menor a chamar-se LUIZ
FELIPE FIGUEIREDO MATTOS.

e) a condenação do Réu ao pagamento


das custas processuais e honorários advocatícios,
esses na base de 20% (vinte por cento), estes
recolhidos ao CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS DA
DEFENSORIA PÚBLICA GERAL DO ESTADO, na forma
da Lei no 1.146 de 26 de fevereiro de 1987.

Dá-se à causa o valor de R$ 465,00 (quatrocentos e


sessenta e cinco reais).

Protestam por provar o alegado por todos os meios de


prova em direito admitidos.
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2009
Ana Rosenblatt
Defensora Pública
Mat. 896.709-3

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