O objetivo dessa aula é elaborar e aplicar estratégias de
comunicação que favoreçam a convivência e o relacionamento em qualquer ambiente, além de proporcionar aos cursistas uma capacitação básica da etiqueta social e institucional, a fim de desenvolver as competências e habilidades das relações sociais, para o auxílio na condução das relações interpessoais.
3.1 Boas maneiras no cotidiano
Como já foi dito anteriormente as boas maneiras é a denominação empregada ao comportamento civilizado, esse comportamento é mutável adequando-se as diferentes culturas, sendo que a sua essência permanece pautada naqueles comportamentos adquiridos e tidos como adequados no convívio social. Nesta aula será aprendido para posteriormente ser posto em prática as regras de boas maneiras no cotidiano.
A começar pela apresentação e o cumprimento, a apresentação é
vista como a etapa inicial do processo de relacionamento social entre os indivíduos. Neste simples contato social ou profissional, geralmente existe um indivíduo que na ocasião fica de pé e apresenta os demais, sempre enunciando os nomes das pessoas a serem apresentadas, evitando-se assim o uso de apelidos e possíveis constrangimentos. Já os cumprimentos são tidos como atos de deferência entre duas ou mais pessoas, geralmente é manifestado por pequenas expressões orais do tipo “bom dia” ou “como vai”, como também expressados por gestos como o aperto ou aceno de mão.
Em relação a essas duas formas de manifestação da boa conduta
diária, existem algumas regras de procedências com o intuito de facilitar e estabelecer o bom convívio entre os indivíduos. Quanto às normas de apresentação existe a chamada ordem de prioridade, são elas as prioridades de acordo com sexo, intimidade, idade e grau social. Veja alguns exemplos: x Quanto ao sexo: A mulher é mais importante, perdendo sua prioridade somente em duas situações, ao ser apresentada a uma pessoa bem mais idosa ou a uma autoridade do tipo reitor de universidade, ministros e etc.;
x Quanto à idade: A pessoa mais nova deverá sempre ser
apresentada as pessoas mais velhas, devido o último ter prioridade como prova de respeito;
x Quanto ao grau social: A pessoa menos importante deverá
ser apresentada a pessoa mais importante, não estendendo a mão à espera que a outra pessoa o faça;
x Quanto à intimidade: A pessoa menos intima é que possui a
prioridade.
As regras de cumprimentos não são extensas e basicamente
seguem a mesma ordem de prioridade da apresentação. Vejamos algumas dessas regras:
x Um homem sentado ao cumprimentar qualquer outra
pessoa através de um aperto de mão, deverá levantar-se;
x O gesto do aperto de mão deve ser firme e consistente, sem
deixar apertar ou afrouxar demais a mão da outra pessoa, devendo-se evitar as sacudidas desnecessárias e a tapinha nas costas;
x Uma mulher sentada só deverá levantar-se para
cumprimentar pessoas mais idosas e de cargos importantes.
Também faz parte das boas maneiras o tratamento, aqueles termos
utilizados que dão a entender o afastamento entre duas ou mais pessoas, em que uma subordina-se em relação à outra, com o intuito de manter um bom convívio ou relacionamento.
Dentre os principais tratamentos utilizados, o emprego do senhor e
senhora, é consagrado universalmente entre as pessoas mais comuns, como forma de demonstrar respeito a quem quer que seja. Vejamos alguns exemplos de formas de tratamento:
x Embaixadores: Precedidos do pronome de tratamento
senhor mais o cargo, já para as mulheres emprega-se apenas o termo embaixatriz;
x Ministros: Independente do sexo pode ser precedido ou não
do pronome de tratamento senhor (a);
x Presidente da República, Governadores e Prefeitos:
Dizemos Vossa Excelência ou senhor presidente, senhor governador ou senhor prefeito;
x Reitores de Universidades: Emprega-se o termo magnífico
reitor;
x Escritores: emprega-se o termo mestre;
x Políticos: Emprega-se o tratamento pelo cargo. Exemplo:
deputado, senador, etc.;
x Religiosos: Para o Papa o chamamos de “Sua Santidade”,
para o vigário de “Reverendíssimo”, para os cardeais de eminência e o monsenhor pelo sobrenome.
(Atenção): O emprego indevido do termo doutor é bastante comum
e está associado ao status social ou nível hierárquico de poder. Logo se faz necessário compreender que o uso deste termo só deve ser empregado em duas situações, quando se for fazer referência ao médico (por uma questão de tradição), ou quando se fizer referência aos que possuem o grau de estudo acima da formação superior.
Devido à propensão de novos meios de comunicação, a forma de
tratamento entre as pessoas ficou bastante simplificada, mas nem por isso se deve deixar de demonstrar respeito e simplicidade com os outros. 3.2 A arte da boa conversa O processo de comunicação nunca se tornou tão rápido e prático como nos dias atuais. Hoje os indivíduos dispõem de aparelhos e ferramentas como celular, internet e videoconferências, que lhes permitem se comunicar com qualquer pessoa, em qualquer lugar e em qualquer momento. Porém ainda fica a dúvida para reflexão, será que realmente as pessoas estão se comunicando melhor?
Exemplos são dados todos os dias nos mais diversos seguimentos do
mercado de trabalho, através de conflitos gerados por falhas na comunicação, muitas vezes ocasionadas pela maneira como se fala. Daí a importância de saber se comunicar, pois o simples fato de falar não quer dizer que todos sabem se comunicar ou transmitir mensagens.
Assim como o ato de gerenciar as normas de etiqueta implica no auxilio
do trabalho entre os seres humanos, visando a melhoria do convívio em sociedade, a comunicação tem como objetivo criar, manter ou estimular a conexão entre as pessoas.
No âmbito profissional do mercado de eventos, para todos os
profissionais voltados a essa área é imprescindível fazer uso das normas de etiqueta, devido o trabalho lidar diretamente com pessoas e depender do desempenho quanto ao trato pessoal. Daí partir para a comunicação enquanto ferramenta de trabalho, a fim de fortalecer as relações pessoais e sociais entre as pessoas.
A arte da boa conversa esta diretamente associada à maneira de como
é estabelecida uma relação com as outras pessoas, portanto use sua comunicação de forma construtiva, formando relações produtivas da seguinte forma:
x Quando for fazer a abordagem ao seu interlocutor seja positivo,
aja com simpatia, cordialidade e sensatez, demonstrando segurança e confiança;
x Busque a empatia através de formas de compreensão e canais
de afinidade, pois todas as pessoas se relacionam melhor com pessoas que compartilham das mesmas idéias e dividem do mesmo sentimento; x Adéqüe sua comunicação ao estilo do seu interlocutor, de modo a facilitar a transmissão do seu discurso;
x Cuidado com o pré-julgamento no processo de comunicação,
pois como já foi dito, a maneira como as pessoas nos são apresentadas através da sua imagem, acaba por rotular e conseqüentemente interferir na maneira de como será mantido o contato com elas.
No processo de comunicação, as palavras evocam reações em diversas
situações. Por exemplo, ao se comunicar pelo telefone, o discurso sofrerá influencias externas de outros fatores, que irão influenciar na interpretação da mensagem, como o tom da voz adotada. Já no processo em que a comunicação será realizada pessoalmente, os sinais vocais e visuais irão ter maior predominância sob as palavras ditas.
Dada a importância do efeito que as palavras podem ocasionar,
considere algumas dicas relevantes, para evitar reações negativas sob os seus discursos:
x Evite o uso de frases que exprimam exigência, devido à mesma
demonstrar ao interlocutor a falta de opções;
x Palavras ou termos negativos;
x Palavras ou termos depreciativos e discriminatórios;
(Atenção): Fica a dica, antes de falar tenha em mente sempre o
pensamento voltado para o outro, partindo da seguinte questão: como será que eu iria reagir se alguém me dissesse isso?
Segundo as considerações de Lukower (2008), existem outras dicas
valiosas a serem consideradas no processo de conversação, dicas do que não se deve fazer:
x Elevar o tom de voz para prevalecer seu ponto de vista;
x Ficar desatento à conversação;
x Ser desagradável ao falar mal de determinada pessoa ou ao insistir em assuntos de ordem pessoal ou profissional em que os interlocutores desejam evitar;
x Falar com as mãos, se utilizando delas para segurar a pessoa
enquanto fala;
x Jamais usar palavrões, gírias ou expressões grosseiras;
x Evitar cacofonias ou expressões como “né” e “aí”.
A percepção é outra ferramenta poderosa no processo de comunicação,
isso tudo se deve ao fato de quando as pessoas falarem se tornarem capazes de transmitir mensagens que serão processadas a partir das suas próprias referências, gerando diferentes percepções. Essas referências geralmente são formadas por vários fatores como: experiência, estado emocional, princípios, cultura entre outros.
Essas referências também são responsáveis em transformar os
discursos ou mensagens em percepções, estimulando as reações formadas através das impressões e julgamentos. Pois sempre que há uma comunicação os interlocutores criam impressões que irão condicionar as suas reações, de forma subconsciente.
De fato não existe forma ou maneira para controlar como as pessoas
recebem e captam os discursos, mas há como se determinar a forma de como eles podem ser transmitidos, através de sinais vocais e visuais. Logo, a percepção tem como objetivo principal identificar o momento certo para cada tipo de discurso.
3.3 Atitudes e gestos
A leitura dos gestos e atitudes é expressa através do comportamento, sendo este, o primeiro sistema de comunicação usado pelo ser humano, muito antes do desenvolvimento da linguagem oral. Apesar de muitos acreditarem que a linguagem oral é o principal meio de comunicação, em termos de evolução o ato de falar é dado como recente se comparado com a linguagem corporal, há cerca de 2,5 milhões de anos atrás, em que a linguagem corporal e os sons produzidos pela garganta eram utilizados para transmitir emoções e sentimentos. Existem duas formas de nos expressarmos visualmente através das atitudes e gestos.
No que diz respeito às atitudes, é importante manter-se hábitos
impecáveis que priorizem a distinção e a elegância, quer estejamos em locais públicos ou privados. Dentre as principais atitudes, podemos citar: Agir em qualquer situação com simpatia, devido esse tipo de atitude aproximar mais as pessoas; ser gentil demonstrando interesse em amenizar pequenos problemas do cotidiano alheio; ser tolerante; ser bem humorado e sempre que necessário fazer uso das três expressões mágicas (obrigado, desculpe e, por favor).
Os gestos são capazes de dizer muito sobre as pessoas, portanto os
mesmos têm como objetivo principal reforçar o que foi dito com palavras, enfatizando pontos relevantes através de movimentos, porém é bom se evitar o uso de gestos que denotem conotação negativa e jamais se deve apontar para as pessoas, pois tal ato é tido como ofensivo. O respeito da denominada “zona de conforto” entre duas pessoas varia de pessoa para pessoa, por isso é importante adequar-se conforme as necessidades de cada um.
(Saiba mais): Saiba mais dicas sobre etiqueta e boas maneiras através do site: http://etiquetaeboasmaneiras.blogspot.com/
(Resumo): Nesta aula foi vista a importância de saber se comunicar
corretamente, além da análise de gestos e atitudes adequados a boa maneira. Logo, as idéias principais foram:
x A denominação empregada as boas maneiras baseiam-se na
manifestação do bom comportamento diário, sendo as formas de apresentação e de cumprimento, exemplos clássicos.
x Para ambas as formas de manifestação, existem regras de
procedências quanto ao sexo, grau de intimidade, idade e grau social;
x Os pronomes de tratamento também condizem com as boas
maneiras e tem como intuito manter e estabelecer o grau de afastamento ou subordinação entre duas pessoas para o bom convívio; x A comunicação enquanto ferramenta é capaz de fortalecer as relações pessoais entre as pessoas, já que tem como objetivo principal criar, estabelecer e manter uma conexão;
x As palavras são poderosas e são capazes de evocarem diversos
tipos de reações a partir da influência externa adquirida;
x As atitudes e os gestos são expressos através da linguagem
corporal, o primeiro com o intuito de manter bons hábitos e o segundo para reforçar através de movimentos o sentido do nosso discurso.