Ano I
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
A força por detrás dessas três idéias é mais do que energia, é uma pulsão motriz:
O abismo pode conter tudo, nele o vão se arroga como aberto do mundo, devorador de
horizontes, profundeza composta por paredões que ao invés de reprimir dá o sentido de
inescrutabilidade maior, dá o sentido de grandeza que abarca, o abismo é pois como um Titã
que em constante ação para realizar sua impassiva intenção, como si revelando-se igual à
consciência desvela também a grandiosidade do espírito do artista e o pacto que este tem com a
própria poesia.
O poeta então, este pactuado com o a língua, este sedutor que usa como arma o imagético
condensado, o qual extrai de dentro de si (pois dentro de si há o enorme aberto onde pode
passar, abrigar e conter tudo).
Desde tudo isso... para mim, o poeta, muitas coisas estão se revelando!
emt.
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
Ano 0
( parênteses introdutório )
“A Textura desse Abismo chamado Consciência” é um blog publicado por mim desde o
ano de 2002.
Da globo e do weblogger não tenho mais nenhum registro, a não ser o fundo de blog
que eu havia preparado para o weblogger pouco antes dele fechar:
Alojei o blog depois disso em dois lugares, como se só para marcar território.
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
A Carne do Escorpião
Em mim
a carne
Assim
como em você
Na dor
que há de ser
Pelo desejo
de um não saber
querer
Cadência de pedregulhos
&
Cortes profundos
de faca
cega
Degradando a carne
Elevando o sofrimento
Inseminando o veneno
Engolindo sua saliva
Em beijos proibidos
No desprezo do cuspe
A força da queda
Que divisa assassinos
de loucos & enraivecidos
de desprezíveis pessoas
e espíritos latentes
pais que matam filhos, filhos que matam pais
afeitos ao mal como se fosse o bem...
ou ao nada!
Carne da própria carne.
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
Depois abri um blog no terra.com, mas ali por causa das limitações preferi não ficar
temporariamente, publicando três post apenas, sendo só um de um texto meu, que
depois postei no blogspot também.
Desde 2008 então me estabeleci no blogspot.com e espero que por muito tempo.
emt.
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
Ano I
2008 e.v
Recomeço...
Foram quatro anos lá... Quantos serão aqui, explorando os abismos de minha
consciência, quedando em cada dobra do des-tempo-inespaço?
Profusão de pensamentos desconexos irrigados pela infusão de sangue-raiva na veia...
-Citação no abismo:
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
Ventos a zero
Rumo a ficar
No mesmo lugar
O ápice da época
É a morte dos Deuses
Manjedoura de Gênios
Calor de Gaia
Febre das rochas
Pus de magma
Dissolve de eus
A alma tramada
Destino, sina, decisão
E prepara o escuro-cama
Escamas e pele de trocar
O vento a levar...
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
„...que essa estrada fosse uma eterna reta e essa música tocasse para sempre...
...eu sei que isso seria a morte, mas seria um infinito momento de uma felicidade sem
fim também!‟
E eu escutei essas suas deliciosas palavras calado, Com o olho e a alma na estrada,
desejando que essa morte chegasse logo...
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
Ah...! Sim!
Os gatos já dormem, ou não!
As aves já pastam no chão
Os cães enxugam o sereno que caiu-lhes
E os homens... uns cansados, outros exaustos de sono
vão encontrar seu dia inteiro
de labores & sabores... insignificantes no final das contas
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
E quando...
a manhã acaba...
eu não sei!
Só sei que temos sempre... sempre...
mais...
Como ar... luz... noite... manhas...
estrelas e sonhar...
Somos sonhos...
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
J.
Que eu...
observando de longe...
posso ver & amar... todas as suas imperfeições de menina...
Mas não posso estar mais perto de você
que o som... do susto!
que o cheiro... do torpor!
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
Prima-Facie Utopia
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A Textura desse Abismo chamado Consciência – Ano I e.m.tronconi
Misantropia Inerente
Poderia pular
E fluir nessa liberdade
Mas quem não me entende
São os que pensam que eu os engano
Eternos iludidos por outros pastores
Estrelas de Sangue
Em dias sádicos de fúria prazerosa
Gemem os incrédulos tolos e fracos
Mansos ainda à espera de próximo engano
Que esses não me atormentem nunca mais!
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Diário Noturno
Nessa manhã
as folhas caídas
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Anno Dominni
No mesmo lugar
nos mesmos restos de lembranças
que me acusam do crime de não olhar
de procurar a desnecessariedade
do perdão do pecado imputado & herdado.
“Faça-me Estrela!”
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Retro.2008
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Contato:
emtronconi@hotmail.com
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