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Assuntos Tratados

1º Horário
 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO (Continuação)
 Modalidades de poderes administrativos
 Poder vinculado e poder discricionário
 Poder disciplinar

2º Horário
 PODER HIERÁRQUICO
 Poder regulamentar
 Poder de polícia

1º HORÁRIO

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO (Continuação)

4) Modalidades de Poderes da Administração

A doutrina tradicional classificou esses poderes da seguinte forma:

- Poder vinculado e poder discricionário;


- Poder disciplinar;
- Poder hierárquico;
- Poder regulamentar;
- Poder de polícia.

5) Poder vinculado e poder discricionário

Essa classificação leva em conta a liberdade de atuação da Administração. Mérito é a


oportunidade e a conveniência que só existe nos atos administrativos discricionários. O Judiciário
pode fazer controle do mérito do ato administrativo? Não pode. Pode, sim, fazer controle de
legalidade.

Dessa forma, com base no poder discricionário, a lei confere à Administração liberdade para
atuar. Pelo poder vinculado, a Administração não tem liberdade de agir.

6) Poder disciplinar

- Conceito: é o poder da Administração de apurar infrações e aplicar penalidades em face


daqueles sujeitos a disciplina administrativa.
- Fundamentos: existência de uma relação de supremacia específica, entre a Administração e o
administrado.

Sujeitos à disciplina administrativa: servidores públicos, estudantes de escolas públicas, doentes


de um hospital público e contratados pela Administração.

- Principal característica: é discricionário. É discricionário no poder de aplicar penalidades.

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Os meios para o exercício do poder disciplinar são o processo administrativo disciplinar. Artigo
146 da Lei 8.112/90.

Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de
penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será
obrigatória a instauração de processo disciplinar.

E temos os meios sumários: sindicância, conhecida também como inquérito administrativo. Artigo
145 da Lei 8.112 de 1990.

E temos a verdade sabida, que é procedimento pelo qual a pena disciplinar é aplicada diretamente
pela autoridade superior, porque essa tomou conhecimento imediato da infração cometida. Não é
aplicada no Brasil.

2º HORÁRIO

7) PODER HIERÁRQUICO

A) Conceito: é o poder da Administração de ordenar as atribuições de seus órgãos, de rever e


fiscalizar os atos dos seus agentes criando uma relação de hierarquia e subordinação.

b) Poderes decorrentes da hierarquia:

- Poder de comando e dever de obediência;


- Poder de fiscalização;
- Poder de revisão. Súmula 346 e 473 do STF;
- Poder de delegar e avocar competência. Artigo 11 a 17 da Lei 9.784 /99.

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a


que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de
competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio
oficial.
o
§ 1 O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites
da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso
cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
o
§ 3 As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior.

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Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais
das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente
em matéria de interesse especial.
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá
ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.

Obs.: Cuidado com o artigo 12 da referida lei que traz um caso de delegação fora do poder
hierárquico.

- Poder de aplicar penalidades em relação aos seus servidores. Obs.: há doutrinadores que
entendem que esse poder será o disciplinar e não o hierárquico.
- Poder de editar normas internas voltadas para ordenar a atuação do órgão. Obs.: há
doutrinadores que entendem ser um poder regulamentar, normativo.

8) Poder regulamentar

a) Sentido da expressão: em sentido amplo é o poder dos órgãos e pessoas que integram a
Administração Pública de editar atos de natureza normativa, o que abrange regulamentos,
portarias, circulares, instruções normativas, resoluções. É o que alguns chamam de poder
normativo. Em sentido estrito é o poder do Chefe do Executivo de editar regulamentos.

b) Espécies de regulamentos

Regulamento executivo ou de execução: é aquele que existe para dar cumprimento a lei. Artigo
49, inciso V da CF/88.

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


(...)
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

Artigo 84, inciso IV da CF/88.

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


(...)
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução.

Obs.: não pode ser delegada essa competência. Artigo 84, § único CF/88.

Regulamento autônomo ou independente. É aquele que disciplina relação jurídica não prevista em
lei e que, portanto, inova a ordem jurídica. É admitido no Brasil? Em 5 de outubro de 1988 foi
promulgada a CF/88 e tendo ficado estabelecido que regulamento não existe no Brasil.

Em 2001, tivemos a EC 32 que alterou a redação do artigo 84 inciso VI da CF/88:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


(...)
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001).
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001).

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b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001).

Assim, a doutrina entende que a partir dessa emenda esse artigo seria um caso de regulamento
autônomo.

Pode ser delegado ao Ministro de Estado. Artigo 84, § único da CF/88:

Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições


mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado,
ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

9) Poder de polícia

A) Sentido da expressão:

- Em sentido amplo, abrange leis e atos administrativos.


- Em sentido estrito só se refere aos atos administrativos. É a chamada polícia administrativa,
que é a atividade administrativa.

B) Conceito: Artigo 78, CTN:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com
observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como
discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

C) Fundamento do poder de polícia. São atos de supremacia geral.

D) Objeto ou conteúdo do ato de polícia: pode ser uma obrigação de fazer; não fazer e de
suportar.

E) Características:

- Discricionário;
- Coercitividade, poder de polícia é extroverso.
- Indelegabilidade.

Obs.: a minoria da doutrina admite delegação do poder de polícia a pessoas administrativas de


direito privado que integram a Administração Indireta.

Obs.: é possível delegar a prática de ato material anterior ou posterior ao ato de polícia.

F) Formas de manifestação:

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- Através de atos gerais;
- Através de atos individuais;
- Forma preventiva;
- Forma repressiva;
- Forma fiscalizadora.

G) Diferença entre polícia administrativa e polícia judiciária.

Ambas são manifestações do poder de polícia do Estado. A polícia administrativa tem como
regime jurídico o direito administrativo. Seus órgãos competentes são quaisquer órgãos do Estado
a que a lei atribua essa função. Tem como finalidade precípua combater as atividades anti-sociais.

Já a polícia judiciária tem como regime jurídico a legislação processual penal. Seus órgãos
competentes são apenas os órgãos especializados como a polícia federal, polícia civil e polícia
militar. Sua finalidade está intimamente ligada ao combate dos infratores da lei penal.

Referência geral

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Editora Atlas.


CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Editora Lúmen Juris.

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