A Ouriversaria e as Pratas
Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra
Indice
Introdução
O Início do Barroco
Características do Barroco
A Pintura Barroca
O Barroco em Portugal
O Rocaille
As Jóias Barrocas
A Ouriversaria em Itália
Milão e Florença
Génova e Veneza
Roma
Nápoles Sicíla e Turim
Conclusão
Binliografia
Introducao
Seguidamente são descritas a jóias deste tempo, passando-se para a produção a nível dos
metais em Itália e no resto da Europa.
O Inicio do Barroco
• No século XVI Stª Inácio forma a ordem dos Jesúitas, surge aí um período
denominado de Proto-Barroco ou Jesuítico.
• O Barroco é uma arte que surge pela Igraja.
• Em Roma é construída a igraja de El Gesú, onde colaboram Giacommo della
Porta e Vignola.
• Nasce uma tipologia de planta nova. O anúncio do Barroco está na sua fachada,
que é composta po um corpo principal e dois mais baixos laterais encimados por
duas aletas em voluta.
• A igreja possui uma nave central e capelas laterais.
• Possui uma cúpula no crusamento da nave com o transepto que cria uma fonte
luminica no altar.
• É uma tipologia de planta que se deivulga por todo o mundo católico e que
perdura até aos dias de hoje
• O Proto-Barroco é diferente do Barroco proporiamente ditto.
• O espaço mais revolucionário do Barroco é a elipse.
• O Barroco é uma arte global pois o artista trabalha no sentido global para um todo
(arquitectura m pintura ee escultura).
• O verdadeiro Barroco existe e Itália, e outros países sucedâneos do berroco
através da religião católica, e não existe no norte da Europa, nos países
protestantes.
• O termo Barroco nasce de um termo utilizado na joalharia para as perolas
imperfeitas.
• O Barroco é uma arte do Sul, pois os países do Norte não aderiram ao
catolicismo.
• A França era um país liberal, existeia catolocismo e protestantismo.
• A França nunca aderiu totalmente ao Barroco, tendo uma arte clássica abarrocada.
Caracteristicas
• O Barroco tem uma grande intenção de captação dos fieis, que nos dias de hoje
poderia ser considerado uma gigantesca campanha de marketing.
• São criados espaços teatrais utilizando a luz.
• Em todo o espaço existe um jogo de luz, as capelas laterais são mais iluminadas
são mais escuras enquanto a nave central é mais iluminada.
• Todo o espaço criado pelo barroco é dramatico, criam-se jogos de luz e sombra de
forma a atrair os fieis pela promessa do paraíso.
• Diz-se que o Barroco é dramatico pois ele cria um espaço que não é tanquilo, não
é clássico.
• Nos livros de História da Arte mais antigos é considerado Renascimento todo o
período entre o século XIV e o século XVII.
• O maneirismo é de certa forma um ensaio de outros estilos
• No entanto, o Barroco afasta-se do classicismo pela ausência de serenidade.
• Barroco pode ser considerado pelas suas características anticlássicas e também
pela sobrecarga de elementos.
• A pintura do Barroco mais importante é de Caravaggio e dos Caravaggistas.
• Toda a arte do barroco é uma arte de luz e sombra.
• Na arte Barroca temos um novo termo: “Belo Composto”, como se designa toda
uma conjugação entre a arquitectura, a escultura e a arquitectura, para uma única
composição do belo.
• A talha barrocoa é uma talha profunda que cria grandes jogos de luz e sombra.
• O mesmo se observa na escultura, por exemplo, nos panejamentos.
• A arquitectura torna-se “masculada”. Apresenta uma sobreposição de várias
camadas que criam igualmente jogos de luz e de sombra.
• A pintura do Barroco é chamada de pintura tenebrista, devido aos jogos de luz e
sombra.
• No século VXII a arte torna-se mais leve, mais alegre em contraposição com a rte
Barrocoa que se revela muito carregada.
A Pintura
• No século XVII houve dois tipos de pintura, a pintura Barroca e a pintura do
Norte de Europa.
• Na pintura observamos imágens com fundos inexistentes.
• A luz, nas pinturas e distribuida como se houvesse um foco lumínico que se
esvanesse desde as primeiras camadas até às trevas.
• Está-se a viver o século de ouro na pintura espanhola, da escola de Caravaggio.
• O barroco cria linhas obliquas que quebram a linearidade clássica
• As linhas representadas são de tal modo fortes que transmitem impressão de que
a pintura deveria passar para além das suas margens.
• Em temas depressivos as linhas aparecem a puxar para baixo.
• Numa pintura de exaltação e glória as estenções puxam para cima.
• Podemos definir o Barroco com as palavras: Movimento, Tenção, Dinamismo,
Emoção.
• Dentro da pintura Barroca podemos observar a pintura mural e a pintura de
cavalete.
• Todos os quadros são muito carregados, representam muitos panejamentos, muita
arquitectura, nuvens, etc.
• O Barroco é a arte da ilusão.
• Na Europa do Norte não se pinta pintura religiosa.
• Surge um novo tipo de pintura, que é a pintura do concreto.
• A pintura do concreto é uma pintura de género elevada às últimas consequências.
• Rubens é um pintor que pinta todos os tipos de pintura.
• Vermier não pinta temáticas religiosas e explora a pintura de género.
• Aparece a pisagem como temática da pintura.
• Antigamente a paisagem servia apenas para enquadrar as cenas.
• A Paisagem agora passa a ser protagonista da pintura e é uma temática muito
explorada.
• Outras temáticas inovadoras são as cenas do quotidiano e as naturezas mortas.
• A pintura do concreto foi instaurada por Caravaggio, ele começa a pintar pessoas
rudes, algo também nunca antes visto na pintura.
• Velasques é um pintor universal, que representa uma mistura entre o sagrado e o
profano.
• Aparece na pintura a nudez feminine.
• Entre as naturezas mortas podemos também observar a pintura que de denomina
de Bodegon, pintura que representa uma composição de objectos pºara além da
natureza morta.
• Como temáticas principais podemos encontrar no Barroco: A Natureza morta, o
Bodegon, a Pintura Religiosa, a Pintura de Género, a Pintura do Concreto e a
Pintura Mitologica.
Barroco em Portugal
• Em Portugal o Barroco divide-se por Barroco do Sul e Barroco do Norte.
• Portugal deve muito aos Filipes de Espanha em termos de Arte.
• Filipe II de Espanha era um homem muito relioso e adopta um classicismo muito
austere.
• Com a vinda da Dinastia de Bragança dá-se a instauração da Independência.
• A expulsão dos espanhois de Portugal foi um período bastante violento para a
arte.
• Sendo um período de instabilidade, foi um período pouco produtivo na arte.
• A arte produzida foi essencialmente arte de interior e menos inovadora na
arquitectura.
• Portugal adopta muito mais a arte Maneirista e a do período Proto-Barroco.
• Adopta mais tarde um barroco semelhante ao do vale do Danúbio, uma mistura de
Barroco e Roccaille francês.
• Portugal divide-se em Norte e Sul, mas não pelo mesmo motivo que o resto da
Europa.
• Em Portugal a cultura entre Norte e Sul é muito diferente.
• Geograficamente podemos dividir o país pelos materiais utilizados, Norte –
Granito, Sul – Barro.
• A paleta cromática entre o norte e o sul é completamente diferente.
• O sul de Portugal é muito mais italiano e assim adere a Itália.
• Manifesta-se no sul um Barroco que utiliza os materiais e técnicas mais
semelhantes a Itália, os mármores, os estuques.
• D Pedro tem a ambição de criar uma corte ao exemplo da corte de Luios XIV.
• O Barroco que se manifesta no Norte é um Barroco eclético, recebe influências de
França, de Itália, da Alemanha e do Norte de Europa.
• O Norte é especial no Barroco português, adopta o mais valioso e inovador, a
planta eliptica e as formas, utilizando a pedra local.
O Roccaille
• Em França, a mudança social que se da no tempo de Luis VIX, provoca o
nascimento de uma nova estética.
• O Roccaille é uma arte essencialmente decorativa, ao nível dos ornamentos.
• A arquitectura onde os ornamentos Roccaille se encontram inseridos é uma
arquitectura Clássica.
• Não existe arquitectura Roccaille, o Roccaille é aplicado apenas como ornamento.
• A aqruitectura existente em França pode ser considerada abarrocada devido aos
excessos decorativos.
• A pintura que surge nesta época é muito diferente da pintura Barroca.
• A sua paleta crómatica é muito importante pois se opões à paleta cromática
Barroca de cores vivas e aciduladas.
• A pintura do Rococó é uma pintura que se opões totalmente à pintura Barroca.
• É uma pintura clara, leve tranquila e rápida, adaptando-se totalmente à sociedade
da época, uma sociedade pouco profunda, leviana e muito feminine.
• É frquente a representação da nudez feminine, e contextos levianos, de
brincadeira.
• Frayonard e Boucher, são pintores que representam este tipo de tamatica na
pintura
As Joias
A evolução técnico-estilística das joias em Seiscentos, denúncia sobretudo dois
elementos de facto. Por um lado, aperfeiçoa-se o telhe das pedras preciosas, que assumem
assim um papel de protagonismo em deterimento da elaboração da prata e do ouro. Por
outro a ouriversaria, como todas as artes, é influênciada pelo surgir de um novo interesse
pela botânica e a floricultura. O seu iniciado, no final de quinhentos, é o pressistente Jean
Robin, que se entrega à criação de estufas para o cultivo de flores exoticas, fornecendo
assim preciosos modelos aos desenhadores de
adornos. Essas estufas serao adquiridas pouco
depois por Henrrique IV, tornando-se no
jardim do Roi agora horto-botânico.
1
Ornamento de toucado
diamantes e frequenteente com uma pedra escura giaietto ou giaiazzo uma variedade de
lignite.
A Ouriversaria em Italia
A ouriversaria
pormenores da pintura
Mil\ao e Florenca
ebanistas, lapidadores,
fundidores, tecelães,
ourives e escultores. O
fausto da corte requeria
peças em prata, com
embutidos de outros
metais e pedras preciosas.
Era frequente a
colaboração de artistas
franceses, holandeses,
alemães, com os artistas
italianos. Assim foi na
elaboração do frontão de Cosmo II de Médicis em attitude de oração, destinada ao frontão de
altar que o Grão duqye tencionava oferecer à Ctedral de Milão. O
altar em prata fundida e trabalho foi executado em Florença nas oficinas grão-ducais –
Museu das Pratas, Florença
cinzelada para o altar da
Anunviada de Florença, obra de Giovanni Battista Foggini e de Brunick. A novidade do
estilo foi cutivada pelos contempor|aneos, que tinha notado naqueles notaveis relevos da
Última Ceia, do Sacrifício de Isaac e outros motives biblicos a colaboração do Barroco
romano. Foggini formara-se em Roma, junto do escultor Ercole Ferri, ligado à pintura da
Pietro Cortona. Nomeado primeiro escultor da corte dos Médicis em 1678, tinha herdado
a fundição de Giambologna. Dirigiu também, na qualidade de arquitecto a Oficina das
Pedras Duras, numa indústria característica florentina, que eloe enriqueceu com os seus
modelos. Entre os seus trabalhos de prataruia é importante o tabernáculo para a catedral
de Pisa (1678/86) Conhecemos as técnicas desse tempo pela obra de Giuseppe Antonio
Torricerlli (1662/1719), Tratado das pedras Duras que se adoptaram na Real Galeria e na
Capela de S. Lourenço, publicada em 1714. O autor trabalhava ao lado de Foggini, nas
oficinas, nas oficinas grão-ducais como entalhador e incisor de embutidos e pedras duras,
alcançando os resultados mais prestigiosos. Emergia da sua laboração o sentido da
percepção ilusória, hiper-realista, característica do Barroco.
Genova e Veneza
Em Seisentos, os aprestos das casas genovesas
impressionavam viajantes e artistas. O nível de
vida era documentado por uma arquitectura
com estuques e frescos, adornada no interior de
pinturas, sobretudo retratos, directamente
realizados por Rubens e Van Dyck, de movies
dequintados e de prates. Tal como na escultura,
também na prataria foi decisive a influência de
Bernini e do ambiente romano. Em Roma,
Tinha permanhecido artistas genoveses,
sobretudo Filippo Parodi. De igual modo
significativa era a contribuiação que vinha de
plástica vigorosa de Pierre Puget, o marselhês
que se encontrava em Génova em 1661 e onde
viria a estar ainda por várias ocasiões até final
de 1680.
A trama das relações europeias que gravitava
em torno dos riscos financeiros lugúrios, Relicário de S. António (1668). Da base
permite intercâmbios continuos também para em forma de vaso, com motives de folhas
ladeando três montes heráldicos
os objectos de uso domestico. A via do ouro e esculpidos em vidro vermelho facetado,
partem douis ramos floridos com lírios
da prata procedia da américa para Sevilha, de que emolduram a placa gemada que
delimita o invólucro que contem as
Cádis ou Barcelona para Génova, para relíquias, tem por coroamento uma cruz
em diamantes, que parece suspença no
prosseguir em direcção a Milão e à Flandres. vazio. S. Petrónio, Bolonha
Afluiam os cofres dos banqueiros com reflexos
crescents sobre a produção. A força económica dos genoveses permiti-lhes também
assumirem encargos junto da tesouraria papal. Isto explica a influência que os aprestos
das grandes familias sofreram dos modelos romanos.
As formas seguiam os exemplos do maneirismo perdurante, mas com novas decorações,
nas taças e bacias, em volutes floridas, já de clara tendência barroca.
frequentes nas residencies lagunares, um tipo particular de pratos, tigelas para sobremesa
e a caixa de luvas habitualmente posta à entrada. O faqueiro ou seja o conjunto de
talheres de mesa, conheceu em Veneza um sucesso precoce, este compreendia uma
colher, originalmente um cabo curto, faca e garfo de três dentes. Na segunda metade do
século, o cabo é frequentemente de Madeira talhada. A prata servia, entre outras coisas,
para as juntas, trabalhadas em relevo ou com placas perfuradas, unidas a brasões
nobilárquicos e alegorias.
Roma
Algardi concebe modelos para uma série de estatuas em prata para a capela da Confisão
em S. Pedro.
Entre os mestres de primeira geração,
inserido num intercâmbio que ligava
Roma às cortes de Florença e Turim,
acha-se Gaspare Mola. Ourives,
mercador de arte de origem milanesa,
tinha feito a sua parendizagem em
milão. Requisitado pelos Médicis, tinha
obtido a encomenda para as portas da
bronze para a fachada ocidenhtal da
Catedral de Pisa. Em 1608 é-lhe
atribuida a Cunhagem grão.ducal. a ele
recorreu Carlos Manuel de Sabóia para
uma medalha com o seu retrato e a
legenda Opportune, acompanhada por
um centauro. Em 1625 é nomeado
gravado da cunhagem papal.
Também Fantio Taglietti seguia uma
linha mais ligada à grande escultura. A
Vaso em crystal de rocha com armação em
ouro, esmaltes, rubis e esmeraldas, Museu sua obra demonstra qual possa ser o
das Pratas, Florença
emprego da prataem incumbencies
ligadas à recuperação da plástica monumental. A estatua equestre de Saint’Ambrósio
Miliciano (1641) para a Catedral de S. Giovanni, em Ferentino, reproduz fielmente a
iconografia de Marco Aurélio do Capitólio. Há informações de que tinha executado, em
1640, um grande frontão de altar, em prata, para a igreja de Jesus em Roma, e mais tarde
uma concha (bacia) desenhada por Bernini som encomenda do cardeal António
Barberino. Também neste caso o argentista dedicava exclusivamente o seu trabalho à
laboração do metal, enquanto os moldes provinham de mestres ilustres. Em geral estes
peritos estavam unidos a tradições familiares, na comunidade especifica da profissão.
Fazia caminho a óptica barroca, os artistas, por exemplo, Jacopo Coabert e Nicolas
Cordier, forneciam desenhos para ourives ainda de aparência marcada pela influência
maneirista, mas com características da modelação próprias do Barroco. Isto mostra-se
evidente no busto relicário em prata dourada com incrustrações em pedras.
Na segunda metade dp século, as formas mudam ainda mais decisivamente, as ideias do
Classicismo entram numa estrutura mais dinâmica, inseridas numa morfologia de curvas
repetidas.
O Barroco tardio distingue-se pelos motivos de conchas, grinaldas de flores, folhas de
acanto e figures alegoricas acompanhados de ornamentos arquitectónicos.
documentada entre
1620 e 1647, o que
permite seguir a
evolução do gosto
seiscentista. Os
argentistas não
trabalhavam só os
seu próprios
desenhos, mas
socorriam-se dos
pintores, retomando
por exemplo motives
de naturezas mortas Duas das desoito gravuras represetando modelos para utensílios sagrados
e profanes em prata, de Orazio Scoppa ourives e ornamentalista.
de Giacomo Recco
ou figures de Solimena, que transpunham para os bustos-relicários e para as alegorias,
enquanto escultores forneciam regularmente dese-nhos de modelos.
As desoito gravuras de
Scoppa chegadas até nós
apresentam-se como
protótipos para a
confrontação de
objectos, na sua
maioria litúrgicos. Os
exmplares sobretudo
profanes executados
em base des tes,
acabaram por se perder
por ventura convertidos
À esquerda a gravura de Orazio Scoppa com o modelo de um jarro
ricamente decorado com carrancas, cupidos destacantes e contranaturas, em oferendas votives.
a asa e o colo são constituídos por figures entrelaçadas de tritões e
sereias. À direita a forma da asa do jarro da gravura é retomada de Tratam-se de alfaias de
forma simplificada.
pastoral, frontões de
últimos existe um
coberto de folha de
prata ilustrado com as
medalhas de Luís XIII.
Outros moveis
apesentam granadas,
esmeraldas, safiras e
rubis encastoados.
Passava-se depois aos
objectos mais efémeros,
como os jogos de mesa
e de perfumaria com as
flores de lis, em
turquesas, da Dama
Real. Havia ainda um
Prato executado em Trapani no início de Seiscentos, em cobre dourado, conjunto de mesa em
coral e esmalte.
prata dourada com
grandes salvas octogonais, bandejas para panar o gelo, pequenas colheres, açucareiros, e
recipients para conservas.
Quanto às jóias, no tocante aos primeiros decénios do século conhecemo-las nos seus
pormenores por um inventário de 1627 relativo às jóias possuídas pelo principe Vittorio
Amadeo I. Numerosos colares, entre os quais um de ouro brilhantemente lavrado com a
insignia da anunciada adornada de diamantes. Inúmeros botões esmaltados de preto com
um grande diamante em ponta com um grande diamante em ponta. Uma jóia grande para
o penacho do barrette, com diversos diamantes, cruzes de São Murício, de ouro com
rubis, cintos, pendões, e camafeus, caixinhas de ouro com lavramentos a esmalte.
Natueza morta com pratas e flores, numa pintura do pintor flamengo Abraham Brugel (1631/90)
Franca
Copo e recipiente para poridge, moldado em prata com excessiva produção. Por seu lado Luis
motivos de gosto naturalista, Victoria and Albert
Museum, Londres
XIV convidava os eclesiásticos a
reduzierem os objectos litúrgicos de
grande valor e estabelecia a obrigatoriedade de punções até na provincia.
Inglaterra
Bacia em prata, a borda em estilo auricular circunda uma cena de Diana e Atteone, ostentando
evidencias a grande relevo e ás figuras principais.
fabricação de vários objectos, como por exmplo taças de prata. O exotismo sugeria cenas
de árvores e aves sobre o fundo de paisagens
fantásticas com rochedos e pagodes.
A introdução de novas bebidas, como o
chá, o café e o chocolate, comporta novos
recipientes de forma cilindrica com bico.
De igual modo caem em desuso os
lçavabos e as tigelas para lavar os dedos
devido à difusão do garfo. O nível de vida
da aristocracia exigia candelabros,
molduras, espelhos, nécessaires até mesmo
em viágem. De entre o vasilhame, o
destinado a manter o vinho fresco
distinguia-se pela lavragem sumtuosa em
martelo e cinzel e bem assim os baldes para
o gelo, para além dos caudle cups, taças de
duas pegas originalmente destinadas a papa
de aveia, ou bebidas quantes, como o vinho
ou o leite com especiarias. Em 1660 é
introduzido o salver, pequena tigela com pé
largo para servir comidas ou bebidas.
Adam van Vianen, prestigioso artista que trabalhava directamente, sem estampas, a
lâmina de prata.
A burguesia holandesa demonstrava uma nova
atenção para o mobiliário, do que encontramos
reflexo, para além das artes preciosas, também na
pintura de natureza morta, nos anos 1630/40, no
Haarlem, nas pinturas de Pieter e Willem Claesz. A
ouriversaria de uso doméstico ara apresnetada
como símbolo perdurante da riqueza, no centro de
mesas postas numa internacional ordem
Caneca em marfim e prata dourada,
des Ausburgo, cerca de 1645.
Na Rússia, a prata era usada nos cerimoniais, com tipologias específicas, a bratina, para
além de ser o cálice da fraternidade derivado do modelo Shiita, era usada como
insensário, nas cerimónias fúnebres e o kovsh, que era uma sólida concha para o vinho ou
a cerveja, mais tarde oferecida com significados simbólicos, como dádiva pressagiosa.
Ambos apresentavam frequentemente inscrições de figuras e festões e fruta. Entre as
técnicas preferidas estava o nielo, usado em pó e fixado a quente nos segmentos incisos
da prata.
Na alemanha por volta de Seiscentos, as
formas do Maneirismo mais
elaborado, difundidas pelo atelier de
Wenzel Jamnitzer, conheceram
variantes decisivas que acentuaram a
importância do ornato. Por vezes aos
grandes troféus, aos cacifos
preciosos, acrescentavam-se
macanismos de relojoaria para lhes
dar movimento. São muitos os
objectos trabalhados em esmalte,
especialista do género era David
Altenstetter, ourives na corte de
Rudolfo II.
A partir de cerca de 1618, devido à
guerra dos trinta anos, observa-se
uma profunda crise económica, que
se reflecte em toda a produção. A Conjunto móvel em prata parcialmete dourada constituido
por uma figura de Diana a caçadora montada num veado
procura de matéria-prima não pode e por cães que perseguem uma lebre, esta elaborada
composição é dotada de um mecanismo que lhe premite
ser satisfeita, dado o encerramento andar, é provavelmente obra de Mattaus Wallbaum de
Augsburgo,
das minas de prata. Entre as poucas
obras do príodo, pelo seu caracter
monumental, destaca-se o trono de prata oferecido a Cristina da Suécia, obra de Abraham
Drentwett.
Espanha e Portugal
Portugal divide em parte a experiência estilística espanhola, mas não a perca por falta de
um caractér próprio, ao mesmo tempo que denuncia influências diversas. É assim na
ouriversaria campeiasm o tema das túlipas, de derivação holandesa, o dos dragões alados,
de matriz oriental, e motivos brasileiros e africanos.
Conclusão
As peças produzidas destinam-se a fins religiosos e profanos. Entre as peças com fim
relligioso são muito frequentes os Bustos-relicário, e os frontões de altar. Nas peças de
uso quotidiano temos os centros de mesa, os candelabros, diferentes loiças e outros.